Diferença.

O Blog do Josias informa de uma reunião extraordinária da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, convocada pelo senador Heráclito Fortes(DEM-PI), para esta segunda pela manhã. Convidado a participar do encontro de “emergência”, Demóstenes Torres(DEM-GO), um dos grampeados pela ABIN do Lula, antecipou o retorno a Brasília. “A reunião foi marcada para as 10h. Chegarei às 9h.” Embora abespinhado com o fato de ver estampada no noticiário a conversa privada que mantivera com o presidente do Supremo, Demóstenes vai ao debate com ânimo técnico, não político.“Estamos diante de um fato gravíssimo, que põe em risco a harmonia entre os poderes. Mas seria descabido responsabilizar o Lula..." Demóstenes arremata: “A atividade de inteligência é essencial para qualquer país. Mas não se pode admitir que ela descambe para a bandidagem, para a bisbilhotagem...Há um monstrengo à solta. Se não podemos dizer que foi o Lula quem ordenou essas barbaridades, podemos afirmar que só ele pode enjaular esse monstro." Isto é fazer política com um mínimo de seriedade, coisa que Rodrigo Maia, presidente do partido ao qual os dois senadores pertencem, parece não conhecer. O problema está sendo colocado nas mãos do responsável, Lula, mas sem ameaças, gritinhos e histerias.

Oposição fala em impeachment de Lula.

Lula deve estar morrendo de medo dos demos e tucanos.

É com engulhos, náuseas e ânsias de vômito que reproduzo, abaixo, duas declarações que mostram bem a cara nojenta da oposição que temos no Brasil:

"Ou o presidente toma uma atitude rápida e aponta os responsáveis pelo grampo, ou, se continuar calado e omisso como está, ficará como responsável perante a sociedade e terá de responder por isto com base na lei do impeachment." - Rodrigo Maia, presidente do DEM.

"Esse tipo de atentado, além de ilegal, é uma grave ameaça contra os direitos e os valores democráticos duramente conquistados pela sociedade brasileira" - Sérgio Guerra, presidente do PSDB.

Depois da entrevista de Fernando Henrique Cardoso, ninguém tira o Lula. E esta merda de impeachment ainda vira o grito por uma campanha pelo terceiro mandato, em resposta à estupidez estratégica de uma oposição que só late, não morde. Leia mais aqui.

Lula, um pinto no lixo.

"Não sou de comentar pesquisa, mas hoje estou prazerosamente feliz porque, depois de apanhar cinco anos da própria imprensa que me bate, vejo uma manchete sobre o sucesso e a credibilidade de nosso governo", disse Lula, hoje, montado em palanque, fazendo campanha eleitoral para petistas, usando o dinheiro público que paga as horas extras de seguranças, mordomos, motoristas e demais figurantes. Lula teve o desplante de se referir ao ano de 2005, marcado pelo escândalo do mensalão, como sendo um ano "difícil", em que "nós [o PT] fomos até acusados de ter matado o Celso Daniel [ex-prefeito de Santo André assassinado em 2002]". Não citou que os mensaleiros estão sendo julgados e que foram definidos como uma "sofisticada organização criminosa".Lula disse que o período foi "uma provação de Deus" e que as denúncias vinham de "uma oligarquia política desse país que governava há 500 anos e que não conseguia resolver os problemas". Não falou que o seu partido organizou uma quadrilha que pagou a sua eleição com dinheiro de caixa dois, fruto da sonegação, além de um esquema de desvio de numerário dos cofres públicos, através de "laranjas". Também nada falou dos grampos que a ABIN, que ele comanda pessoal e diretamente, aplicou no presidente do Senado e no presidente do STF. Está feliz, muito feliz, é um pinto no lixo.

Ameaça bolivariana.

“McCain está consciente de que Chávez es una amenaza para todo el hemisferio, que Chávez está financiando elementos desestabilizadores a través de todo el hemisferio. (…) Hay que contrarrestar los esfuerzos de Chávez por desestabilizar las democracias en el hemisferio a través de la utilización del poder económico que tiene por el petróleo. (McCain) Está consciente que tenemos enemigos en este hemisferio, y esa es otra diferencia con (el candidato demócrata a la Presidencia, Barack) Obama”.
Declaração de Lincoln Díaz-Balart, congressista republicano cubano-americano da Flórida, em nome do candiato John McCain, à imprensa. Leia mais aqui.

PT fora do ar.

O site do PT está fora do ar desde ontem à noite, pelo menos para o Coturno Noturno. Estarei bloqueado por lá? Não mereço. Sou o melhor ombudsman que eles poderiam ter.
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Voltou, portanto evitem. Pega trojan.

Não perca.

A Nariz Gelado encontrou um tempinho para atualizar o seu blog. Com a mesma boa e justa mão pesada, mas sem perder a elegância. Estava fazendo falta. Não perca.

Conversa mole.

Da Folha:

"Os grandes anúncios do governo Lula nem sempre se concretizaram de acordo com a euforia do discurso político. O exemplo mais recente é o das reservas do campo de Mexilhão, na bacia de Santos, descoberta que supostamente seria a redenção dos problemas de abastecimento de gás no Brasil.Desde o seu anúncio, em 2003, até hoje, o governo já anunciou a antecipação da entrada do gás de Mexilhão no mercado para 2008 mais de uma vez, mas isso ainda não aconteceu. Na verdade, segundo a Petrobras, o gás de Mexilhão deverá começar a ser produzido entre o final do ano que vem e o início de 2010.A própria capacidade de produção do campo já teve vários números. O governo chegou a falar em produção de até 54 milhões de m3 por dia a partir deste ano. Para a Petrobras, a produção, quando começar, deverá ficar em 15 milhões de m3.O campo de Mexilhão não é o único projeto a se desconectar do discurso do governo. Na lista de grandes anúncios que nunca se concretizaram, também figura o H-Bio, anunciado pelo governo em maio de 2006. Ele era uma mudança no processo industrial de produção de óleo diesel, na qual um óleo vegetal (principalmente o de soja) entraria no processo produtivo, substituindo o petróleo.Em tese, o H-Bio reduziria a necessidade de importação de óleo diesel, diminuindo a dependência externa e ajudando a balança comercial. O programa não andou porque o preço do óleo de soja subiu muito e seu uso na produção de diesel encareceria o combustível.No caso do pré-sal, a real extensão dos reservatórios somente será conhecida a partir do próximo ano, depois dos testes que serão feitos pela Petrobras. A estatal ainda não divulgou uma previsão oficial.Outra grande mudança regulatória no país que nunca deixou de ser apenas discurso do governo foi a reformulação das agências reguladoras. Alvo principal do governo Lula em 2003, as agências foram acusadas de terem autonomia demais e de estarem usurpando o papel do próprio governo.O governo federal afirmou que reduziria o papel delas, ouviu várias críticas dos principais investidores privados em infra-estrutura e desistiu da idéia. Um projeto chegou a ser enviado ao Congresso Nacional, com poucas mudanças em relação ao quadro atual, mas nem mesmo essa iniciativa teve andamento."

FHC lutou contra impeachment de Lula.

Do Estadão:

Durante todo o primeiro mandato e parte do segundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma linha direta de consultas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mantida por meio de conversas secretas dos então ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. A linha direta funcionou com mais vigor no auge do escândalo do mensalão, quando os ministros pediram a Fernando Henrique para agir e evitar que a oposição descambasse para pedir o impeachment de Lula. Ele atendeu e se posicionou publicamente contra o impeachment. Três anos depois, olhando para trás e avaliando a situação, o ex-presidente minimizou o fato de ter atendido aos apelos. “Eu não fiquei contra o impeachment porque eles me pediram, mas porque sou muito cauteloso nessas questões. Na época, não havia condições políticas para sustentar um pedido de impeachment de Lula. Criaria uma cisão no Brasil”, alinhou. Explicou por que aceitou as conversas secretas: “Adversários políticos não devem ser tratados como inimigos.”

Em 2008, o governo Lula mandou montar e publicar um dossiê contra FHC. Funcionou e a CPMI que investigou o escândalo da roubalheira dos Cartões Corporativos acabou em pizza. Impeachment? Nunca mais, nem quando grampeiam o presidente do STF e o presidente do Senado.
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Atualizando: Paulo Boccato, você deve ter postado o seu comentário em algum outro lugar. Não lembro de ter cortado algum comentário seu. Só não arranje um processo para este pobre Coronel....

PF de Tarso acoberta petista.

Da revista Época, mostrando que o governo Lula pratica o "grampo seletivo":

Acostumada a ganhar manchetes em suas operações anticorrupção, desta vez a Polícia Federal é colocada sob a suspeita de acobertar um alto dirigente do PT, o partido do governo. Na quinta-feira passada, ÉPOCA revelou como Romênio Pereira, secretário nacional de assuntos institucionais do partido, caiu na malha da Operação João-de-Barro, que desarticulou um grupo investigado por desviar dinheiro das obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A PF alegou "razões técnicas" para deixar de realizar grampos no ramal telefonico de Romênio na sede nacional do PT, embora tivesse autorização do ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal. Novos documentos obtidos por ÉPOCA mostram que os policiais possuíam outros números de telefone do dirigente do PT, mas que nem sequer solicitaram autorização para grampeá-los. Conforme relatórios da própria investigação, a PF teve acesso aos números dos celulares de Romênio e mesmo ao telefone de sua residência, em Belo Horizonte. Leia mais aqui.

FARC: terrorista refugiado no Brasil não quer depor.

O Blog do Josias publica, hoje, a notícia de que o "Cura Camilo", o assassino narcoterrorista, membro comprovado das FARC, com quem mantém contato permanente a partir da proteção que recebe do governo Lula aqui no Brasil, nega-se a depor na Comissão de Relações Exteriores. Leia a carta do bandido:

"Excelentíssimo Deputado:

Gostaria de manifestar a V. Exa. que me honra escrever a presente, enviando minhas saudações cordiais, respeitosas e junto aos augúrios por um desempenho pleno de êxitos em vossa missão de presidir a digna e prestigiada Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional dessa Magna Casa.

Com a vênia de V. Exa., descrevo, a seguir, de forma sucinta, o objetivo desta missiva:

Manifestar que recebi da emérita Comissão presidida por V. Exa., no último dia 26, um Convite para participar de uma Audiência Pública.

Gostaria de fazer a seguinte reflexão.

Para saber como agir, pedi luzes ao Altíssimo, dialoguei com familiares, amigas e amigos, cuja solidariedade me honra. Rememorei duas coisas. Uma, que o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), usando critérios técnicos, entendeu que havia fundado temor de perseguição em razão de minhas opiniões políticas, o que impediria o retorno a meu país, razão pela qual me concedeu o refúgio. E a outra, o julgamento de meu Processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), máxima instância do Poder Judiciário, fazendo brilhar a Justiça nessa Sessão Plenária, na qual nove dos dez Excelentíssimos Ministros presentes votaram pelo não-conhecimento de minha extradição e, julgando extinto o Processo, determinou a expedição do alvará de soltura, em 21 de março de 2007.

Então, levando em conta os fatos já mencionados e as circunstâncias em que me encontro, acudi confiante à voz de minha consciência. Eis seu recado:

Continue honrando seu refúgio como até agora; ame os compromissos adquiridos como se fossem seus mandamentos. Aceite os deveres e direitos de refugiado, com modéstia e humildade. Seja respeitoso dos costumes, leis e normas que regem a vida do povo desse país, cujo Estado abriu para você, como diz o Prêmio Nobel de Literatura, Gabriel Garcia Marquez, "uma segunda oportunidade sobre a terra".

Continue reservado lendo, traduzindo, visitando as amizades, participando em atividades relacionadas com a cultura, a religiosidade, trabalhando a roça e, como um João de Barro, lute pelo sustento dos seus.

Excelentíssimo Deputado, sinto que devo obediência à minha consciência, cujo altar é o foro íntimo de cada mulher e de cada homem. Portanto, com todo respeito, agradeço a oportunidade, mas, com a vênia de V. Exa. declino o Convite recebido. Gostaria que minha reflexão fosse acompanhada pela compreensão e a aquiescência dessa insigne Comissão.

Desde já, agradeço vossa atenção.

Francisco Antonio Cadena Collazos
(Refugiado Político)”

Banditismo.


Banditismo. A palavra utilizada pelo senador Demóstenes Torres não poderia ser mais adequada para definir o grampo que a ABIN do Lula promoveu contra ele e o presidente do STF.

ABIN provoca grave crise institucional.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, cancelou a viagem que faria à Coréia do Sul. Ele participaria, a partir desta segunda-feira (1º), do Simpósio Internacional de celebração pelo 20º aniversário da Corte Constitucional daquele país. Ele falaria sobre “Os novos desafios para a garantia constitucional no século 21: Perspectiva brasileira” num painel com os presidentes das cortes supremas da Armênia, Alemanha, Cazaquistão e Eslovênia na quarta-feira (3). As graves denúncias feitas pela revista Veja, de que o próprio presidente do STF foi grampeado pelos arapongas do Lula, acoitados secretamente dentro da ABIN, são o motivo para o cancelamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve esclarecer os grampos da Abin em gabinetes do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo. "A Corte vai se reunir para decidir que providências tomar depois da confirmação do grampo", declarou neste sábado, 30. O presidente do STF disse que o País vive "um quadro preocupante de crise institucional." "O próprio presidente Lula deve ser chamado às falas", disse Mendes. O presidente do Supremo afirmou que recebeu um telefonema na manhã deste sábado do vice-presidente do Supremo Cezar Peluso e, a partir disso, tomou a decisão de convocar uma reunião com os outros dez ministros do Supremo já na segunda-feira, 1º. Leia mais aqui.

E existe alguma coisa oficial na ABIN?

A ABIN acaba de publicar uma nota oficial. Oficial? Mas aquilo lá é extra-oficial, não é mesmo? Estão sempre na clandestinidade, na escuridão, na arapongagem, não prestam contas, grampeiam todo mundo e fazem coisas, possivelmente, que gente honesta nem conseguiria imaginar. Oficial? Que cara de pau.

A ABIN grampeou Lula?

O servidor da ABIN que fez a denúncia à Veja apenas cumpriu a missão da ABIN. Deve estar correndo sério risco.

Os gastos secretos da ABIN, que espiona e vasculha a vida de senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal para entregar relatórios ao Lula, alcançou, somente em cartões corporativos, R$ 3.695.702,77 até julho deste ano. Uma média de R$ 527 mil por mês, apenas para atividades secretas.

Atenção: tudo o que se relaciona à ABIN é um problema da competência direta do Lula. O problema é dele, não é do Tarso Genro. Se existe crime cometido pela ABIN, o presidente da república também deve responder por ele. Ou, em se tratando de relatórios oficiais entregues exclusivamente a ele, vai dizer que "não sabia"? A finalidade e subordinação da ABIN é muita clara, conforme segue:

"A Abin, órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), tem a seu cargo: planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar a atividade de Inteligência. Em conseqüência, cabe-lhe a atribuição de executar a Política Nacional de Inteligência no mais alto nível do governo, de forma a integrar os trabalhos dos demais órgãos setoriais de Inteligência do país. A Abin tem como competência assessorar o Chefe de Estado no desempenho de suas elevadas funções, sobretudo em caráter preventivo, assegurando-lhe o conhecimento antecipado de fatos e situações relacionados ao bem-estar da sociedade e ao desenvolvimento e segurança do país."

Alguma dúvida de que o beneficiário direto e, portanto, co-responsável direto por tudo o que a ABIN faz é o Presidente Lula?

Desta forma, quem deve responder pelos desmandos cometidos pela ABIN, como grampear autoridades, é ele, Lula. Se estão grampeando senadores e o próprio presidente do STF, qualquer cidadão pode perguntar: estão subornando alguém com dinheiro público? Estão cometendo algum crime mais grave para obter informações? Estão chantageando pessoas? Estão constrangendo cidadãos? O que justifica gastar R$ 17,5 mil por dia em atividades "protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia da segurança da sociedade e do Estado." Que "garantia" é esta que grampeia criminosamente autoridades que possuem a sua atividade protegida por sigilo profissional? Que antro de bandidos se transformou esta ABIN? Que grupelho é este que está incrustrado como um câncer dentro do estado democrático brasileiro? Que quadrilha de foras-da-lei está usando o dinheiro público para cometer crimes? Não caberia ao Lula, quando recebe relatórios tão detalhados, perguntar como a ABIN conseguiu as informações?

Por fim, será que Lula está sendo constrangido pela ABIN, este poder paralelo dentro do estado brasileiro? Se entram e saem do seu gabinete para levar relatórios de onde constam diálogos gravados ilegalmente, o que impede de que os arapongas possam estar fazendo o mesmo contra o presidente da república, mantendo-o pressionado, acossado e acovardado frente a tantas provas? Ou Lula passa o rodo no lixo que está guardado dentro da ABIN ou, podem escrever, ele não tem mais poder para isso, vítima que é do seu próprio veneno. Restará saber quem o mantém subjugado, submisso, conivente. Grampeado também.

A reação do ministro e do senador.

Abaixo, segundo a Veja, a reação do ministro e do senador aos criminosos da ABIN:

O diálogo em poder da Abin foi apresentado ao ministro Gilmar Mendes e ao senador Demóstenes Torres. Ambos confirmaram o teor da conversa, a data em que ela aconteceu e reagiram com indignação.

"Não há mais como descer na escala da degradação institucional. Gravar clandestinamente os telefonemas do presidente do Supremo Tribunal Federal é coisa de regime totalitário. É deplorável. É ofensivo. É indigno", disse o ministro, anunciando que vai pedir providências diretamente ao presidente Lula. "Não acredito que a ação da Abin ou da Polícia Federal seja oficial, com o conhecimento do governo, mas cabe ao presidente da República punir os responsáveis por essa agressão", acrescentou Mendes.

O senador Demóstenes Torres também protestou: "Essa gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes". O parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para analisar o caso. "O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é conivente com esse crime contra a democracia."

Comprovado o grampo em Gilmar Mendes.

Da Veja, já nas bancas:

Há três semanas, VEJA publicou reportagem revelando que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, foi espionado por agentes a serviço da Agência Brasileira de Inteligência. O diretor da Abin, Paulo Lacerda, foi ao Congresso e negou com veemência a possibilidade de seus comandados estarem envolvidos em atividades clandestinas. Sabe-se, agora, que os arapongas federais não só bisbilhotaram o gabinete do ministro como grampearam todos os seus telefones no STF. VEJA teve acesso a um conjunto de informações e documentos que não deixam dúvida sobre a ação criminosa da agência. O principal deles é um diálogo telefônico de pouco mais de dois minutos entre o ministro Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), gravado no fim da tarde do dia 15 de julho passado. A conversa, reproduzida na página anterior, não tem nenhuma relevância temática, mas é a prova cabal de que espiões do governo, ao invadir a privacidade de um magistrado da mais alta corte de Justiça do país e, por conseqüência, a de um senador da República, não só estão afrontando a lei como promovem um perigoso desafio à democracia. O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo. O relato do araponga é estarrecedor. Segundo ele, a escuta clandestina feita contra o ministro Gilmar Mendes, longe de ser uma ação isolada, é quase uma rotina em Brasília. Os alvos, como são chamadas as vítimas de espionagem no jargão dos arapongas, quase sempre ocupam postos importantes. Somente neste ano, de acordo com o funcionário, apenas em seu setor de trabalho já passaram interceptações telefônicas de conversas do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e de mais dois ministros que despacham no Palácio do Planalto – Dilma Rousseff, da Casa Civil, e José Múcio, das Relações Institucionais. No Congresso, a lista é ainda maior. Segundo o araponga, foram grampeados os telefones do presidente do Senado, Garibaldi Alves, do PMDB, e dos senadores Arthur Virgílio, Alvaro Dias e Tasso Jereissati, todos do PSDB, e também do petista Tião Viana. Esse último, conforme o araponga, foi alvo da interceptação mais recente, que teve o objetivo "de acompanhar como ele está articulando sua candidatura à presidência do Senado". No STF, além de Gilmar Mendes, o ministro Marco Aurélio Mello também teve os telefones grampeados.

Gilmar Mendes – Oi, Demóstenes, tudo bem? Muito obrigado pelas suas declarações.
Demóstenes Torres – Que é isso, Gilmar. Esse pessoal está maluco. Impeachment? Isso é coisa para bandido, não para presidente do Supremo. Podem até discordar do julgado, mas impeachment...
Gilmar – Querem fazer tudo contra a lei, Demóstenes, só pelo gosto...
Demóstenes – A segunda decisão foi uma afronta à sua, só pra te constranger, mas, felizmente, não tem ninguém aqui que embarcou nessa "porra-louquice". Se houver mesmo esse pedido, não anda um milímetro. Não tem sentido.
Gilmar – Obrigado.
Demóstenes – Gilmar, obrigado pelo retorno, eu te liguei porque tem um caso aqui que vou precisar de você. É o seguinte: eu sou o relator da CPI da Pedofilia aqui no Senado e acabo de ser comunicado pelo pessoal do Ministério da Justiça que um juiz estadual de Roraima mandou uma decisão dele para o programa de proteção de vítimas ameaçadas para que uma pessoa protegida não seja ouvida pela CPI antes do juiz.
Gilmar – Como é que é?
Demóstenes – É isso mesmo! Dois promotores entraram com o pedido e o juiz estadual interferiu na agenda da CPI. Tem cabimento?
Gilmar – É grave.
Demóstenes – É uma vítima menor que foi molestada por um monte de autoridades de lá e parece que até por um deputado federal. É por isso que nós queremos ouvi-la, mas o juiz lá não tem qualquer noção de competência.
Gilmar – O que você quer fazer?
Demóstenes – Eu estou pensando em ligar para o procurador-geral de Justiça e ver se ele mostra para os promotores que eles não podem intervir em CPI federal, que aqui só pode chegar ordem do Supremo. Se eles resolverem lá, tudo bem. Se não, vou pedir ao advogado-geral da Casa para preparar alguma medida judicial para você restabelecer o direito.
Gilmar – Está demais, não é, Demóstenes?
Demóstenes – Burrice também devia ter limites, não é, Gilmar? Isso é caso até de Conselhão.
(risos)
Gilmar – Então está bom.
Demóstenes – Se eu não resolver até amanhã, eu te procuro com uma ação para você analisar. Está bom?
Gilmar – Está bom. Um abraço, e obrigado de novo.
Demóstenes – Um abração, Gilmar. Até logo.

Um discurso nauseabundo.

"Meu caro companheiro professor Luizinho, a quem nós devemos muito por essa universidade existir aqui, hoje, em Santo André..."
Luizinho é aquele mensaleiro que foi fotografado entre duas profissionais honestas, pelado, com um charuto na boca.
"Jornalistas – mesmo os que escreveram ontem que nós estávamos inaugurando uma obra inacabada..."
A obra é inacabada. São quatro paredes, dezenas de salas de aula, nem refeitório tem. Um amontoado de jovens jogados dentro de uma fábrica de diplomas. O imbecil, como sempre, se irrita com a verdade, mesmo que ela venha dos blogs, como este aqui que, ontem, já informava do estelionato praticado.
"Estou muito feliz por estar inaugurando este bloco. Muito mais feliz por ouvir do ministro Fernando Haddad e do reitor Adalberto que esta universidade, dentro de pouco tempo, estará entre as cem melhores universidades do mundo. Hoje, a USP está em 115º lugar na classificação. Nós estamos dizendo que esta aqui estará entre as cem melhores do mundo em pouco tempo..."
O imbecil não tem a menor idéia de quais são os indicadores que determinam o que é uma grande universidade. Nunca ouviu falar do Webometrics Ranking of World Universities ou de outros rankings. A USP, estadual, mantida pelo Governo de São Paulo, comprovadamente a melhor universidade do país, tem 75 anos, sua graduação é formada por 229 cursos, dedicados a todas as áreas do conhecimento, distribuídos em 40 unidades e oferecidos a quase 56 mil alunos. O imbecil acha que basta construir um prédio, dois prédios, três prédios...
"Não estava previsto nos livros de sociologia, pelo menos até outro dia, que um torneiro mecânico de São Bernardo poderia chegar à Presidência da República, não estava previsto, não estava escrito. A grande inquietação dos preconceituosos contra mim era dizer que não tenho diploma universitário e, portanto, se eu não tenho diploma universitário, como é que eu queria ser presidente da República? Possivelmente, é o fato de não ter diploma universitário que me faz ter a preocupação que quem já tem o seu diploma e governou este país não teve..."
Lula está para a sociologia como o cocô está para o cavalo do bandido. Não é tema, não é objeto, não é hipótese, é apenas um acidente lamentável na história do Brasil, para provar o quanto somos um povo despreparado, mal formado, idiotizado, para chegar ao ponto de colocar um imbecil completo na condução do país. E o pior: este imbecil achar que pode confrontar o conhecimento.
"Aí vamos nacionalizar as oportunidades para que todas as pessoas, da mais rica a mais pobre cidade, tenham o direito de ter a oportunidade de estudar um curso universitário. Se a gente acabar com o vestibular e permitir que o Enem seja o grande teste para a nossa juventude entrar na universidade, estaremos criando mais oportunidades para nossa juventude..."
O imbecil, por ser imbecil, detesta a meritocracia. Quer nivelar por baixo.
"Ontem eu fiz uma reunião com a construção civil, Arlindo: está faltando até “tijolinho baiano”, que é como eles chamam, na linguagem da indústria, a cerâmica vermelha; está faltando carrinho de mão no Nordeste; está faltando aquela máquina que mói cimento, que mexe o cimento; está faltando grua; está faltando cimento. Está faltando jornalista? Não está faltando jornalista..."
Novamente, o imbecil investe contra a imprensa. Se pudesse, mandava todos os jornalistas para o paredón. Onde já se viu criticar o gênio Lula da Silva e provar que ele está inaugurando apenas um prédio, jamais uma universidade, que pressupõe ensino, pesquisa e extensão?
"Ao mesmo tempo, vamos pegar parte do dinheiro do pré-sal para resolver dois problemas, que são uma dívida histórica deste país. Parte desse dinheiro é para resolver o problema da dívida educacional que temos com este país, e outra parte é para resolver o problema da pobreza crônica que foi criada durante tantos e tantos séculos..."
O caloteiro ataca novamente. Quando o Capitão Gancho brasileiro arrancar aquele tesouro do fundo do mar, vai virar um Robin Hood. Pela sua história, vai continuar Capitão Gancho.
"O refeitório, espero que seja inaugurado antes, com um pouco de pressa aí, não é, reitor? Afinal de contas, vai ser no ex-matadouro de Santo André. Vamos fazer aí o bandejão, comida de qualidade, sem colocar salitre na comida, como as fábricas colocavam na nossa, para a gente engordar e ficar forte..."
Se o Lula pelego montou a sua biografia mentirosa em cima de um sofrimento que nunca houve, por que os pobres dos estudantes não podem pagar a sua parte, passando um pouquinho de fome na grande universidade do ABC? Quem sabe um dia eles nao viram pelegos ou até presidentes do Brasil?
"Tem um problema que foi levantado aqui, naquela portinha – viu, Fernando Haddad, prefeito – a questão da segurança em volta da universidade. É preciso anotar aí para falar com o governador, para mandar um pouco de polícia para ajudar a tomar conta disso..."
A única coisa que ele precisa do estado é de polícia. Afinal de contas, o governo tucano é uma merda em termos de segurança, desde a o PCC de 2006.
"A cidade ganhou uma universidade, vem para cá gente de outras partes do País, sequiosas para estudar. O cidadão está com um “quarto e cozinha”, ali, paralisado, é a chance que ele tem de tentar ganhar um pouquinho mais, é a chance. Obviamente que vai ter um momento em que isso vai assentar, mas aí vamos tentar ver o que é possível fazer para ajudar, porque também as pessoas não podem viver só para pagar aluguel, as pessoas precisam comer, visitar a noite de Santo André, sobretudo quem veio de outras cidades, visitar São Bernardo, São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Se sobrar um tempinho, dêem um pulo até Brasília que terei imenso prazer em recebê-los..."
O imbecil morre pela boca. Quer dizer que vai haver um êxodo em busca do eldorado da UFABC? Que coisa! E estes estudantes podem pagar apartamento, cair na balada? Quer dizer que o Lula está fazendo mais uma universidade pública para a elite, aquela que paga cursinho e que vai passar no vestibular? Teremos mais jovens ricos estudando em universidades pagas com dinheiro público?
Lula, hoje, em Santo André. São Paulo, inaugurando mais um prédio que um dia vai tentar ser uma universidade. Podem enfiar dois dedos na goela e vomitar. É nauseante. Quando acabar de vomitar, volto para fazer alguns comentários em azul, em cima da fala do imbecil.

O mundo ri do pré-sal.

Matéria da Reuters:

Nem uma gota de petróleo do pré-sal foi produzida ainda e já há uma fila de chapéu na mão interessada em gastar o dinheiro da megadescoberta. Todos querem uma fatia do bolo que só deve ficar pronto a partir de 2014. Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ministros e políticos, todo mundo opina sobre o destino dos recursos e disputa por uma cota na partilha de um produto ainda a ser explorado é acirrada.E quando começar a jorrar petróleo, será que vai ter para todo mundo? Quem largou na frente pedindo a sua "parte nesse latifúndio" foi o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que em junho reivindicou recursos para reaparelhar a Marinha, visando defender o próprio pré-sal. Logo em seguida, senadores e deputados iniciaram uma corrida de propostas para o uso dos bilhões, a maioria defendendo a distribuição dos royalties para além dos Estados e municípios produtores. No Congresso, já tramitam projetos destinando o dinheiro do petróleo para as mais diversas áreas. "Nós começamos o discurso do pré-sal pelo fim, só escuto falar de fundo para saúde, fundo para meio ambiente, fundo para a cultura, fundo para a Olimpíada 2016", ironizou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), um dos palestrantes do evento batizado de "Os desafios do pré-sal".Virou uma "porta da esperança", definiu no melhor estilo fogo amigo o senador Delcídio Amaral (PT-MS).O presidente Lula fomentou o debate pelos recursos ainda inexistentes ao declarar que o pré-sal será usado para fazer política pública, com investimentos na educação e no combate à pobreza. Uma lista de ministros também já manifestou intenção de dividir o dinheiro ainda virtual.Guido Mantega (Fazenda) deseja aplicar os recursos no fundo soberano para impedir pressões inflacionárias e mais valorização do real. Fernando Pimentel (Previdência) trabalha para que os recursos gerados com a exploração do petróleo ajudem a pagar o déficit da previdência rural.José Gomes Temporão (Saúde) também defendeu seu quinhão. Já o novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, assumiu a pasta na última quinta-feira definindo até percentual de repasse para sua pasta: 1 por cento."Nós daremos a cada ministério aquilo que for possível dar. Nem mais, nem menos", alertou Lula na véspera, em resposta ao apressado pedido de Ferreira.

Rasgando dinheiro público.

A Universidade Federal do ABC - UFABC, que está começando a funcionar em Santo André, São Paulo, é um investimento de R$ 220 milhões, apenas em obras físicas. Hoje à tarde, Lula está lá para inaugurar o primeiro prédio. Para funcionar a pleno, serão necessários uns R$ 100 milhões por ano, por baixo. Com 30% deste dinheiro, Lula poderia comprar 10.000 vagas ociosas em universidades paulistas, sem onerar os cofres do país com mais uma estatal. Hoje a UFABC está com 2.000 alunos. Vai demorar cinco anos para chegar a 10.000. Haja pré-sal.

McCain: uma mulher como vice.

Ao contrário do Obama, que rifou Hillary Clinton, McCain escolheu Sarah Palin, a primeira mulher e a pessoa mais jovem a ser eleita a governadora do Alasca, como vice na sua chapa. Palin é conhecida por suas posições conservadoras, sendo uma grande opositora do aborto e membro da National Rifle Association, organização que defende o direito dos americanos de portarem armas. É conhecida por ser dura contra a corrupção, tendo liderado uma investigação a conduta ética de políticos republicanos enquanto trabalhava na Comissão de Conservação do Petróleo e Gás do Alasca, em 2003. Antes de ser eleita governadora, ela foi prefeita da cidade de Wasilla, que tem uma população de cerca de 7.000 habitantes. Nascida no Estado de Idaho, Palin se mudou para o Alasca com a família aos três meses de idade. Formou-se na Universidade de Idaho em 1987, tendo estudado jornalismo e ciência política.Casada, Palin deu à luz ao seu quinto filho em abril. A criança é portadora da síndrome de Down. Outro filho está no Exército e deve ser transferido para o Iraque no próximo mês.

Blog movimentado.

Hoje o Blog está movimentado. Gente de Las Vegas, Luanda, Milão e muitos leitores "gov.br". De ontem para cá, o Blog também passou a ser freqüentado pelo namorado do Boris, que assina com o codinome de Lyreta, boi-corneta da tradicional família Lyra. É fanático torcedor do Náutico, militante do PSTU e figura carimbada nos Aflitos e no Recife Antigo.

Mucha plata.

Os empresários brasileiros estão sendo convidados a abrir "fábricas socialistas" na Venezuela, com uma participação minoritária, da ordem de 40% para cá e 60% para lá, franqueando um mercado anual de R$ 10 bilhões em máquinas e equipamentos. Como sempre, o grande cliente será a PDVSA, o que dá uma certa garantia aos negócios. As negociações estão apenas começando. Dinheiro não vai faltar: o BNDES do Lula com certeza vai dar as garantias contra um possível calote. Assim como vai dar para que a falida Aerolíneas Argentinas recomponha a sua frota com aviões da Embraer. Ou seja: no final, quem irá financiar o sonho do socialismo bolivariano serão os otários pagadores de impostos no Brasil.

Estado policial, menos contra petistas.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) pediu, ontem, em Plenário, esclarecimentos à Polícia Federal (PF) sobre denúncia publicada pela revista Época de acobertamento de dirigente petista em investigação realizada pelo órgão. Na matéria, a PF é acusada de deixar de realizar grampos no telefone do secretário nacional de Assuntos Institucionais do Partido dos Trabalhadores, Romênio Pereira, durante a operação João de Barro, que desarticulou uma quadrilha que desviava recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). - Esse fato precisa ser esclarecido. Quero deixar aqui um crédito de confiança à Polícia Federal. A matéria [da revista Época] precisa ser esclarecida. Que esses fatos não sejam tão graves assim, porque, se se mostrarem graves e verdadeiros, a segurança jurídica no país está comprometida. A liberdade e o direito à privacidade não existem mais - disse. O senador, possivelmente, foi grampeado na Operação Satihagra. Já os petralhas mensaleiros, corruptos e achacadores dos cofres públicos, como sempre, escapam incólumes das investigações do estado policial implantado no Brasil na era Lula.

Esticando o factóide eleitoral.

A comissão interministerial que estuda modificações no marco regulatório do setor de petróleo deve prorrogar o prazo para entregar suas recomendações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na quinta-feira o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o comunista Haroldo Lima. As recomendações deveriam ser enviadas ao presidente até o dia 19 de setembro. O colegiado foi instituído por causa da descoberta de petróleo na camada pré-sal."Vai prorrogar por umas duas semanas", declarou Lima a jornalistas ao sair da reunião da comissão, no Palácio do Planalto. O novo prazo vai dar exatamente na véspera do primeiro turno das eleições municipais.

Romântico e superficial.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) adiantaram ontem que podem diminuir a área destinada à reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, para deixar livres para as Forças Armadas as faixas de fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana. A demarcação permaneceria da forma contínua, como determinou o governo, mas o tamanho da reserva seria reduzido. A decisão nesse sentido contrariaria o voto do relator da ação, contra a demarcação, ministro Carlos Ayres Britto, que manteve a delimitação da reserva nos moldes originais. Quatro dos 11 ministros se mostraram propensos a fazer ressalvas ao voto de Britto, que foi classificado por um colega de "romântico" e visto por outros como superficial - mesmo tendo 108 páginas. Para que sejam feitas alterações na reserva são necessários 6 votos. Os demais membros do Supremo preferiram não se pronunciar, mesmo reservadamente. Leia mais aqui.

Diamantes por cachaça.

Da Folha:

Área marcada pelo embate entre produtores de arroz e índios, a terra indígena Raposa/ Serra do Sol (RR) esconde outras riquezas, que atualmente não podem ser exploradas devido a um impedimento legal -que pode ser extinto em breve, com o apoio do governo.Segundo mapas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) produzidos em 2005, existem, dentro dos limites da terra, 26 áreas ativas de garimpo de diamante. Todas essas áreas são ilegais -a exploração mineral em terras indígenas não é permitida, por falta de regulamentação do artigo 231 da Constituição, que condiciona a pesquisa mineral em áreas indígenas à autorização do Congresso Nacional.A Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE disse que os dados foram repassados pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e que não foram mais atualizados.Sem citar números, o chefe do DNPM em Roraima, Eugênio Tavares, disse à Folha que sabe da existência de garimpos, em atividade no local ainda hoje, conduzidos por índios. Tavares afirmou que não pode precisar nem a quantidade de garimpos e envolvidos nem a localização exata das áreas.Segundo ele, a extração ilegal de que tem conhecimento fica na região do rio Maú, fronteira com a Guiana, na área da Raposa. Tavares afirmou que a Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista sobrevoou a região no primeiro semestre deste ano e constatou a presença de índios num garimpo.As atividades de fiscalização na região viraram "brincadeira de gato e rato", segundo o chefe do DNPM no Estado. Tavares diz que, quando as autoridades se aproximam da região, os índios cruzam a fronteira."Quando se sentem prejudicados, os índios ficam pressionando a Funai. Agora, como são eles, não falam nada."A Funai confirmou, por meio de nota, a existência de garimpos na região, mas não deixou claro se os responsáveis pela extração são índios ou brancos.O potencial minerário da região -que envolve, além de diamantes, reservas não quantificadas de ouro e outros minérios- está prestes a se abrir para a exploração de empresas, através de licitações. Projeto de lei substitutivo ao apresentado em 1996 pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), atual líder do governo no Senado, está em fase final de tramitação.Em julho, o projeto, que prevê repasse de ao menos 4% da receita proveniente de atividades de mineração a comunidades indígenas, recebeu parecer favorável do deputado Eduardo Valverde (PT-RO), relator de comissão especial criada em 2005 para tratar do tema.Como a posição da comissão especial tem caráter conclusivo, o relator diz que pretende encaminhar o projeto de volta ao Senado ainda neste ano.A intenção dele é aguardar o desfecho do julgamento sobre a terra no Supremo Tribunal Federal, interrompido anteontem após pedido de vista do ministro Carlos Alberto Direito.O projeto substitutivo foi apresentado pelo governo.Tavares diz haver cerca de 800 processos de requisição de autorização de pesquisa de minérios em terrenos da região parados, no aguardo de uma eventual mudança na lei.

Eleições: TSE pode liberar internet.

O TSE pode decidir a qualquer momento pela liberação do uso da internet como mídia nestas eleições municipais. A ação é movida pelo iG, que pede que o TSE suspenda liminarmente e depois anule, no julgamento de mérito, os artigos 18 e 19 da Resolução 22.718/08, sobre propaganda eleitoral na internet. E que seja permitido ao provedor “a livre comercialização de espaço publicitário relacionado às propagandas partidárias e eleitorais; a publicação de entrevistas com candidatos e a emissão de opiniões favoráveis ou desfavoráveis em relação a candidatos, partidos e/ou coligações; a manutenção do funcionamento dos blogs, inclusive de candidatos, permitindo que os colunistas opinem da forma que melhor entenderem limitados apenas pelas regras previstas no artigo 220 da CF; e a manutenção de salas de bate-papo e todos os demais espaços cabíveis para a garantia do livre fluxo de informações, da liberdade de opinião ou expressão, com vistas a possibilitar a manutenção e um espaço de comunicação caracterizado pelo pluralismo político e cultural.” Leia mais aqui.

Rio 2016: investimentos estão começando...

Da Reuters:
A Secretaria da Segurança Pública do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira a compra de nove veículos conhecidos como "caveirões", aumentando de 12 para 21 a frota desses blindados no Estado. Os "caveirões" são usados em operações em morros e favelas do Estado. Estampado com o emblema do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio (Bope) -- um crânio sobre duas pistolas com um punhal cravado na parte superior --, o blindado causa nas comunidades. Sua chegada é, na maioria das vezes, sinônimo de mortes nos morros. Os novos modelos terão um reforço na parte dianteira para derrubar barricadas montadas por traficantes na entrada das favelas afim de dificultar o acesso dos blindados. Os blindados foram arrematados em pregão eletrônico por um total de 3,6 milhões de reais. A empresa paulista vencedora do pregão eletrônico deve entregar os veículos ao longo do segundo semestre. "O primeiro chega na segunda-feira, e na outra, mais três. Os demais serão entregues de quinze em quinze dias", disse um assessor da Secretaria de Segurança Pública do Rio. Os "caveirões" tem capacidade para transportar até vinte policiais e podem suportar disparos de armas calibre ponto 30, capazes de derrubar helicóptero. Mais aqui.

Pré-dinheiro.

O que sei é que, em 2009, Lula, no Executivo, vai botar a mão em 72,2% de todo o orçamento da União, algo em torno de R$ 750 bilhões. E que graças a sua gestão que eleva progressivamente o gasto público, contratando companheiros e exercendo a sua megalomania irresponsável, vai ter que destinar R$ 202 bilhões para pagamento de juros e despesas financeiras para os banqueiros, no ano que vem. Para a Saúde, apenas R$ 59 bilhões. E para a Educação, R$ 39 bilhões. Em contraposição à clareza numérica do orçamento, Lula já gasta o pré-dinheiro estratosférico das reservas de petróleo do pré-sal. Quer dar destino certo à suposta renda. Quer carimbar o pré-dinheiro que ainda não saiu do fundo do mar. Alimenta, assim, mais esta grande mentira de que, de repente, o Brasil vai estar sentado em cima de uma montanha de dinheiro, como se tudo já fosse certo. Com isso, Lula pode abrir as torneiras em ano eleitoral. Pode autorizar mais inchaço para a máquina pública. E cria um novo discurso no momento em que o povo brasileiro descobre que está cada vez mais endividado e que o cheque especial subiu para as nuvens. Tudo isso assistido por uma oposição que não tem forças nem para manter as calças amarradas à cintura, aparecendo o tempo todo com a bunda de fora para o povo, envolvida em corrupção, negociatas e traição. E lá vai Lula, fazendo sucesso com o pré-dinheiro do pré-sal.

Contribuição sindical?

Da Folha Online:

O presidente do Sindicatos dos Securitários do Estado do Rio, Júlio Menandro de Carvalho, foi assassinado na manhã desta quinta-feira na sede do sindicato, na rua Álvaro Alvim, no centro do Rio, em uma suposta troca de tiros entre ele e um funcionário do sindicato, segundo a Polícia Militar. O funcionário --que não teve seu nome revelado-- está hospitalizado. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio não forneceu detalhes sobre o estado de saúde dele. Informações preliminares fornecidas por Policiais Militares que atenderam a ocorrência dão conta que a morte do presidente do sindicato aconteceu após uma briga. Os dois trocaram tiros por um motivo ainda não revelado e Carvalho morreu no local. Segundo comunicado do sindicato, o presidente foi candidato único na eleição para a presidência do órgão, que aconteceram neste mês. Procurados pela Folha Online, representantes do sindicato ainda não se manifestaram sobre o crime. O sindicato ocupa dez andares de um prédio na rua, que foi interditada.

Salário mínimo 2009: R$ 464,72.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu nesta quinta-feira, 28, o reajuste na remuneração dos ministros do STF. Projeto que tramita na Câmara aumenta o salário dos ministros de R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil. "Esperamos que seja votado. Há uma expectativa da magistratura em geral de que haja essa revisão", disse. Ao defender o reajuste, afirmou que a remuneração de um ministro do STF "está longe de ser excessiva" diante do grau de responsabilidade que o cargo requer. Segundo ele, hoje "há uma diferença mínima" entre o que ganha um juiz e um ministro do Supremo e se mostrou a favor da isonomia de salários entre os ministros do STF e deputados e senadores. Com isso, poderia haver o fim das gratificações que parlamentares ganham. "Tanto melhor que tenhamos subsídios claros, porque encerramos todos aqueles atalhos, aquilo que se chamava de gratificações e penduricalhos. Sou favorável que haja transparência nessa relação e que haja remuneração digna para os parlamentares", disse.O projeto que aumenta o salário dos ministros do STF aguarda votação na Câmara. Na última quinta, na reunião de líderes, alguns deputados defenderam a isonomia entre os dois Poderes. Se aprovado, o proposta será ainda analisada pelo Senado. É o grande toma-lá-dá-cá que sempre caracterizou o Brasil.

Sem teto.

Evo Morales, presidente da Bolívia, teve que fazer escala obrigatória no Brasil, de helicóptero. Ao saber da sua presença na região de Beni, na Amazônia, os opositores tomaram três aeroportos da região, impedindo que o cocalero trocasse de aeronave para seguir à La Paz. Em função disso, o governo boliviano pediu no final da tarde autorização ao Brasil para usar a pista de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia.A conexão foi feita durante a noite O Exército brasileiro teve de iluminar o aeroporto com caminhões, tanto para pousar o helicóptero de Morales quanto para pousar o avião King Air da Força Aérea boliviana. O presidente teria decolado rumo a La Paz às 23h30 de Brasília.

Mensalão II, o retorno.

Do Painel da Folha:

Paulo Okamoto e Delúbio Soares, ex-tesoureiros do PT e de campanhas de Lula, almoçaram juntos ontem no Retiro do Pescador, em Brasília.

Lula, placa e pedra fundamental.

Do Estadão:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se empenhará no próximo fim de semana tanto na função de chefe do Executivo como na de cabo eleitoral de candidatos petistas em São Paulo e no ABC. A agenda oficial, no entanto, inclui a inauguração da Universidade Federal do ABC (UFABC) em Santo André - cujas obras só deverão ser concluídas em agosto de 2009 - e o lançamento da pedra fundamental do campus da UFABC em São Bernardo do Campo, que teve o edital de licitação suspenso.Na semana passada, o novo reitor da universidade, Adalberto Fazzio, confirmou que a previsão do término das obras em Santo André é agosto do ano que vem. Anfiteatro, biblioteca e restaurante ficarão prontos só em dezembro de 2009, destacou. Lula havia prometido a entrega da unidade em 27 de setembro - oito dias antes do primeiro turno das eleições. O reitor alegou, porém, que houve mudanças no projeto.Sobre o campus de São Bernardo, Fazzio espera a conclusão entre junho a setembro de 2009, mas hoje não existe nem sequer o projeto arquitetônico. O processo de licitação da obra foi suspenso por causa de um problema jurídico.

Terroristas querem guerra.

Do Estadão:

A cúpula do PT ressuscitou a polêmica sobre a punição aos torturadores da ditadura militar (1964-1985), embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha mandado encerrar o assunto. Em nota divulgada ontem, na véspera dos 29 anos da Lei de Anistia, a Executiva Nacional do PT cobrou a responsabilização dos militares que praticaram tortura, sob o argumento de que "crimes contra a humanidade não prescrevem" e saiu em defesa dos ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannucchi (Direitos Humanos), enquadrados por Lula depois de comprarem briga com as Forças Armadas. "A Comissão Executiva Nacional repudia os ataques difamatórios feitos por setores conservadores e antidemocráticos contra os companheiros Paulo Vannucchi e Tarso Genro", diz a nota, numa referência à manifestação de oficiais e generais, no Clube Militar do Rio, há 21 dias. Na ocasião, militares chegaram a divulgar as fichas dos dois petistas, integrantes de organizações clandestinas durante a ditadura. "A Lei de Anistia de 1979 não beneficia quem cometeu crimes como a tortura nem impede o debate público, a busca da verdade e da Justiça", sustenta o texto. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, disse que o partido tem autonomia em relação ao governo. "O PT tem posições políticas e não necessariamente o presidente Lula precisa se alinhar a elas", afirmou Berzoini. Para ele, o retorno do tema não causa constrangimento ao Planalto. "A polêmica já ocorreu e no governo há várias posições", justificou.Na nota de 15 linhas, a Executiva do PT diz esperar que o Judiciário atenda às reivindicações das vítimas do regime militar, especialmente das famílias dos mortos e desaparecidos políticos. "A punição aos violadores de direitos humanos é tarefa da Justiça brasileira."

Miudinha.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) sofreu uma queda nesta quarta-feira e terá que ser submetido a uma cirurgia para colocação de uma espécie de "pino" no braço. Ao chegar no Ministério de Minas e Energia na tarde de hoje, onde teria audiência para discutir a construção de uma usina termelétrica no Rio Grande do Sul, o senador caiu em cima do braço e teve que ser internado no Hospital Sarah Kubitschek. O senador será operado no hospital amanhã, mas segundo assessores, passa bem, sem gravidade no seu quadro de saúde. Na semana passada, a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) também sofreu um acidente após a queda de um palanque na cidade de Naviraí (MS), a 300 quilômetros de Campo Grande. A senadora bateu com a cabeça no momento em que o palanque desabou durante o comício da candidata tucana à prefeitura, Lourdes Elerbrock Virote. Após a queda, Serrano foi levada para um hospital de Campo Grande, submeteu-se a exames neurológicos, mas foi liberada pela equipe médica --que não identificou nenhum ferimento grave. A candidata à prefeita fraturou a perna, teve que ser submetida a um procedimento cirúrgico em Maringá (PR), mas se recuperou da queda. O incidente com Simon não foi o único a marcar a quarta-feira dos parlamentares. No plenário do Senado, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) relatou que seu gabinete em Belém (PA) foi assaltado por um grupo de quatro homens armados. Os assaltantes levaram computadores, telefones e objetos pessoais do parlamentar. (Da Folha Online)

Que tal?

Ministro da Defesa, Nelson Jobim, se prepara para voar em um dos novos caças F-2000, na Base Aérea de Anápolis (GO), hoje à tarde. Nem o Chávez paga um mico destes. O Brasil é uma piada. Alguém poderia fazer o favor de ejetar este babaca, como diria o presidente que manda nele?

Tempo real.

O blog Tempo Real do Estadão fez uma boa cobertura do julgamento da Raposa Serra do Sol, agora suspenso. O Coronel foi demarcar o seu território em importante reunião e só agora vai ler e ouvir a respeito.

Anônimo comenta:

Sobre o retorno da seleção brasileira feminina de voleibol, dos Jogos Olímpicos de Pequim:
"Os ingleses retornam a Inglaterra de British Airways;
os holandeses retornam a Holanda de KLM Royal Dutch Airlines
os brasileiros retornam ao Brasil de .............Air Canada!!!!!!!!!
Claro, deixaram quebrar a empresa aérea nacional que representava esse país...a única em que dava coragem voar..."

Demarcação viciada.

Do STF:

Irregularidades no laudo antropológico que serviu de base para edição da Portaria 534/2005, do Ministério da Justiça, que demarcou a área da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, e violação do princípio federativo com a ocupação de terras devolutas de Roraima pela União. Estes foram os principais argumentos utilizados na sustentação oral que os advogados dos autores da Petição (PET) 3388, que contesta a demarcação daquela área, do próprio estado de Roraima e dos produtores instalados em área englobada pela portaria demarcatória fizeram nesta terça-feira (27) de manhã, no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a PET começou a ser julgada hoje.

O advogado Antônio Glaucius de Morais, que fez sustentação oral em favor dos autores da PET, senadores Augusto Botelho (PT-RR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), reafirmou os pontos já apresentados na inicial. Dentre eles, os principais são vícios no procedimento administrativo que levou à portaria demarcatória e violação do artigo 231 da Constituição Federal (CF), por ter ela demarcado como terra indígena área que não era imemorial, nem historicamente ocupada por nações indígenas.

O advogado sustentou, ademais, que a portaria viola, também, o mesmo artigo porque coloca cinco etnias indígenas diferentes, algumas delas rivais entre si, numa mesma base territorial, com riscos de conflitos e ameaça às suas tradições, sua cultura e, até, sua sobrevivência.

Laudo seria viciado

A principal irregularidade apontada pelo advogado no laudo antropológico da Funai, que deveria ter sido elaborado por um grupo interdisciplinar de técnicos, foi que ele é assinado apenas por uma pessoa, a antropóloga Maria Guiomar de Melo. Ainda segundo o advogado, diversas pessoas nomeadas para compor grupo interdisciplinar responsável pela produção do laudo sequer sabiam que compunham o grupo e “ficaram ainda mais espantadas quando souberam que foram nomeadas em virtude de formação especializada que nunca possuíram”.
Entre essas pessoas ele citou Antônio Humberto Bezerra de Matos, Jerônimo Gomes Teixeira, Wagner Amorim e Maildes Mendes. Todos, conforme o advogado, disseram que não tomaram conhecimento de sua nomeação para integrar o grupo e que não são técnicos agrícolas, qualificação que lhes foi atribuída pela Funai. O primeiro deles, ainda segundo a defesa, teria informado que nunca sequer esteve na área indígena. O segundo teria dito que foi conduzido à área por um motorista, acompanhado de um “doutor” e que, na área, teria apenas medido alguns currais e cortado algumas árvores. Os dois últimos disseram que são motoristas. Maildes Mendes, hoje motorista do deputado federal Luciano Castro (PL-RR), estaria acionando judicialmente a Funai por ter incluído indevidamente seu nome no laudo.
O advogado citou, no fim de sua exposição, um aviso em que o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) teria manifestado sua preocupação com a preservação da integridade nacional, após a demarcação da Raposa Serra do Sol pela Portaria 534. Segundo o advogado, o EMFA , hoje Ministério da Defesa, teria observado que a demarcação envolve áreas ricas, cheias de minerais que, sem controle, poderão ocasionar pressões externas, com risco à soberania nacional.

Estado virtual

O ministro aposentado do STF Francisco Rezek, que falou em defesa do estado de Roraima e em apoio à PET 3388, disse que Roraima foi transformado pela União em “estado virtual, em quintal”. Isso porque tem poder para dispor apenas sobre 10% de seu território, porque os 90% restantes são patrimônio da União, seja sob o rótulo de terras agrícolas (50%), seja sob o de terras devolutas da União.
Segundo Rezek, a União vem, sucessivamente, avançando sobre as áreas devolutas que se encontravam sob jurisdição do estado, numa “insolente agressão ao pacto federativo”. Ele acusou a União de ter engendrado a portaria demarcatória e o decreto de sua homologação em gabinetes, em Brasília, sem o devido trabalho de campo e sem ouvir as diversas partes envolvidas. “Que República Federativa é esta para que uma matéria tão importante tenha sido tratada nos corredores do Executivo?”, questionou. Segundo Rezek, no caso presente, “o governo não se contenta em demarcar área de tradicional ocupação indígena. Avança sobre terras devolutas do estado, em domínio privado, até desconstituindo municípios”.
Sobre os produtores instalados dentro da área demarcada, ele disse que eles nada têm a ver com os garimpeiros avulsos que, no passado, aturaram em terra dos índios ianomami, também em Roraima, “que destruíam, corrompiam e não pagavam impostos, sendo verdadeiros marginais”. Segundo ele, trata-se de cerca de sete mil trabalhadores, que ocuparam área devoluta do estado legitimamente, sem esbulho, e portanto merecem permanecer lá.
Segundo o ministro aposentado do STF, neste caso de demarcação, “o governo prestigiou os direitos humanos em voga, que dão mídia no Hemisfério Norte”. Ele lembrou que até o sertanista Orlando Villas Boas já chamou atenção para o perigo que a situação ocasiona para a segurança nacional, manifestando sua preocupação com uma decisão que envolve faixa de fronteira sem ouvir o Conselho de Defesa Nacional.

Produtores

O advogado Luiz Valdemar Albrecht, que defendeu os produtores e, também, segundo ele, “comunidades indígenas que querem transitar com liberdade no mundo globalizado”, disse que na reserva cuja demarcação está sendo contestada residem famílias de não-índios com posses centenárias, muitos deles com idade já avançada que lá nasceram e residem e agora estão sob o estigma de grileiros e intrusos Segundo ele, a área em que residem nunca foi ocupada por índios nem sequer o é, hoje. “Não é nem imemorial nem ancestral”, afirmou, sustentando violação do artigo 231 da CF.
Ele lembrou como surgiu a questão da demarcação da área. Segundo ele, em fevereiro de 1977, um grupo de índios fez uma reunião para debater seu temor de que a rodovia Manaus-Boa Vista, cuja construção era iminente, poderia ameaçar a posse da área. Informado do fato, o então presidente da Funai, Ismart Araújo, mandou fazer um levantamento da situação. E, em março do mesmo ano, o grupo de trabalho por ele nomeado desaconselhou a demarcação, alegando que ela abarcaria a quase totalidade do estado de Roraima.
Entretanto, segundo ele, a partir de 1977, a Funai começou a “satelizar” as aldeias existentes nas áreas ocupadas pela reserva Raposa e pela reserva Serra do Sol (que eram separadas), o que originou problemas com os fazendeiros.

Exagero.

Do Painel da Folha:

Ao entrar no espaço aéreo brasileiro, a seleção feminina de vôlei, que desembarca hoje em Cumbica, será surpreendida por dois caças da FAB que se posicionarão ao lado de cada uma das asas do avião da Air Canada. O piloto de um dos F-5 se comunicará por rádio com o comandante do vôo para ler mensagem de "boas vindas às aguerridas meninas de ouro", com direito a poema de Fernando Pessoa.

Ponto final na "nação étnica".

Da Folha:

Gélio Fregapani, 72, diz conhecer como poucos o Estado de Roraima, onde pisou pela primeira vez no início dos anos 1960. Coronel reformado do Exército, foi um dos fundadores do Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), trabalhou por dez anos na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Diz que o Exército é "fervorosamente contra" a demarcação contínua da reserva.Apontado pela PF como um dos responsáveis por municiar os arrozeiros que atacaram índios, disse que, se isso tivesse ocorrido, a PF não estaria mais na região. "Esse pessoal não pode competir comigo."

FOLHA - Por que a Raposa/ Serra do Sol deve ser demarcada em ilhas?

GÉLIO FREGAPANI - A demarcação contínua de uma grande área indígena, com diferentes etnias e culturas, provoca a criação de algo parecido com o Curdistão, uma nova nação étnica separada dos países. Se for em ilhas, não tem problema nenhum.

FOLHA - Há pressão internacional para formar uma nova nação?

FREGAPANI - Sim. Essa história de índios nômades é falácia. Claro que existe possibilidade de migrações, mas os índios não são nômades. Não é necessária uma área do tamanho de Portugal para isso tudo. Na fronteira é o perigo.

FOLHA - O sr. defende que os índios não levem em conta sua cultura e se considerem apenas brasileiros?

FREGAPANI - Sim. Se nós [fizermos isso], damos [permissão] à criação de nações dentro do Brasil, estamos contribuindo para desagregar o país. Os EUA desejam isso, a Inglaterra, a Alemanha. Porque querem aquelas jazidas que têm lá e querem lidar com um governo mais dócil, não com o governo brasileiro. Se o Brasil ganhar a Raposa, haverá condições de contestarmos outras [terras].

FOLHA - O governo diz que pode entrar a qualquer tempo nas terras.

FREGAPANI - O governo está dividido. Há uma parcela de traidores no governo. Além do mais, o Exército é fervorosamente contra essa reserva, a ponto de poder haver motins se a demarcação for contínua.
FOLHA - Quem são os traidores?

FREGAPANI - Não vou citar. Há um esforço para dividir o Brasil. Chega um momento em que nem o Exército consegue entrar. Nenhuma fronteira é sagrada. Só ficam razoavelmente definidas quando habitadas. Fala-se da floresta, mas é para desviar o assunto. Querem é a serra que separa o Brasil da Venezuela e das Guianas, por causa do potencial mineral.
FOLHA - Os índios não têm direito?

FREGAPANI - Eles têm toda a terra de que precisam. Aquilo é grande. É terra demais e os índios não estão ligados a isso. Isso é coisa de estrangeiro.
FOLHA - A PF o acusa de ajudar os arrozeiros com táticas de guerrilha.

FREGAPANI - Se tivesse ensinado táticas de guerrilha não tinha um policial federal lá. E quem afirmou isso estaria morto. Esse pessoal não pode competir comigo. Agora, quando a região se declarar independente, aí sim vou fazer guerrilhas.

Trem companheiro.

Do Estadão:

Em pleno recesso branco, o Palácio do Planalto enviou ao Congresso um projeto de lei para ajustar o Orçamento da União à criação até dezembro de 72 mil cargos públicos além do previsto. Na prática, o governo multiplicou por 5,3 a previsão de contratações deste ano. O projeto original do Orçamento aprovado em março estimava a criação de 13.375 cargos. Mas ao longo do ano o Planalto enviou ao Congresso propostas de novas contratações.O acréscimo atendeu principalmente a pedidos do Ministério da Educação, que ganhou 60.578 novas vagas de professores e técnicos administrativos e 4.297 comissionados com a aprovação das Leis 11.739 e 11.740. Do total de cargos criados, a expectativa é de que 10.375 sejam preenchidos ainda este ano e 45.968, entre 2009 e 2012, no novo mandato presidencial. Leia mais aqui.

Nepotismo: em vez de demissão, promoção.

Após a proibição do nepotismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), e o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), se utilizaram de uma brecha para evitar a demissão de parentes: bastou promovê-los. É que o veto à contratação de integrantes da família para cargos de confiança não vale para funções políticas, como secretarias ou ministérios. Somos um país muito ordinário, não é mesmo, Rodrigo Maia? Leia mais aqui.

Começa às 9.

Assista aqui. Ouça aqui. O Supremo Tribunal Federal (STF) julga, nesta quarta-feira (27), às 9 horas, a Petição (Pet) 3388, que discute a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. A sessão será transmitida ao vivo pela TV Justiça (canal 53-UHF, em Brasília; Sky, canal 117) e pela Rádio Justiça (104.7 FM, em Brasília). A transmissão online pelo site da TV Justiça terá o número de acessos limitado para evitar sobrecarga no servidor do STF. O sinal de rádio será franqueado pela Rádio Justiça, através da freqüência FM 104,7 MHz, no Distrito Federal, ou via satélite.

Plataforma eleitoreira.

"A troco de adotarmos uma política neoliberal; de ter, transportando nossos produtos, navios de bandeira estrangeira; de ter, fazendo prospecção de petróleo, plataformas contratadas em outros países. O que nós estamos provando? Que nós, brasileiros, sabemos fazer as coisas. E aquilo que nós soubermos fazer, nós queremos fazer. Aquilo que nós não soubermos, nós vamos comprar lá fora. Mas naquilo que a gente tiver competência, nós não abrimos mão."- Lula, 10 de outubro de 2005.

"Nós tomamos a decisão de que não era justo e não era possível que um país da dimensão do Brasil, com a engenharia naval que tinha o Brasil, com a estrutura de construção de navios e plataformas que tinha o Brasil, ficar importando essas plataformas, esses navios de países estrangeiros. Nada contra países estrangeiros, mas é bem melhor a gente investir o dinheiro dentro do Brasil, gerar emprego para os brasileiros e, portanto, fazer a política correta de distribuição de renda, fazer com que a engenharia brasileira se renove e que a gente possa ser competidor." - Lula, 9 de abril de 2007.

"Nós assumimos o compromisso de que era preciso recuperar a indústria naval, não apenas para produzir novos navios mas, sobretudo, para construir as plataformas que a Petrobras contrata no exterior, plataformas que custam sempre mais de 1 bilhão de dólares. Era preciso que a gente fizesse aqui porque nós iríamos gerar empregos, iríamos ter mais tecnologia, iríamos fazer com que o dinheiro ficasse dentro do Brasil e, mais importante, nós iríamos trabalhar com a inclusão de componentes nacionais nessas plataformas." - Lula, 7 de abril de 2008.

"A Petrobras confirmou nesta terça-feira que a primeira plataforma de petróleo de grande porte destinada ao campo de Tupi --área do pré-sal com reservas estimadas em até 8 bilhões de barris-- será construída no Japão. O anúncio foi feito em Tóquio pela empresa que venceu a concorrência, a Modec (Mitsui Ocean Development & Engineering). O contrato prevê a construção, o afretamento e a operação de um navio-plataforma que atuará no projeto piloto de Tupi. A unidade será alugada para a Petrobras por 15 anos, com opção para renovação por mais cinco de anos. O valor do negócio não foi divulgado. A plataforma tem capacidade para produzir 100 mil barris por dia e deverá chegar ao Brasil no fim de 2010. O cronograma de Tupi prevê o início do teste de longa duração, em março do ano que vem. Inicialmente, está prevista produção de 30 mil barris/dia, que subirá para 100 mil barris/dia com a chegada da plataforma que será feita no Japão e o início do projeto-piloto no campo. A estimativa é que a produção em maior escala na promissora área seja iniciada entre 2011 e 2012. A Petrobras ainda não definiu o projeto, mas estima-se que possam ser instaladas de cinco a dez plataformas na região. A licitação para a construção da plataforma foi feita no mercado internacional por meio de carta-convite. O critério utilizado foi o de menor preço. Outras duas empresas apresentaram propostas." - Folha Online, hoje, 26 de agosto de 2008.

Lei neles, STF.

"Os trabalhadores sem terra e os sem teto passam pela mesma situação que a gente, assim como eles sentem na pele o sofrimento de não ter sua casa, não ter sua terra, nós também estamos sofrendo para ficar na nossa terra", comparou a coordenadora do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Marizete de Souza, da etnia Macuxi. Declaração dada hoje, quando a ratatulha do MST, MTST e indígenas fecharam uma rodovia em Roraima, invadiram uma fazenda produtiva e protestaram contra o inevitável: o STF vai dar um pé na bunda dos vagabundos que querem dividir o Brasil, criando um outro país.

Que os terroristas também paguem.

Editorial de hoje, do Jornal La Nación, da Argentina. Vale o esforço para ler em espanhol. Sugerido por um comentarista anônimo.
Crímenes impunes de los años 70
La Argentina ha progresado en hacer justicia respecto de algunos "delitos de lesa humanidad" cometidos durante los años 70: aquellos que tienen que ver con la responsabilidad directa del Estado. Ha mantenido, en cambio, absolutamente impunes a quienes desde las organizaciones guerrilleras participaron en el violento conflicto armado interno que por entonces asoló al país y cometieron sistemáticamente centenares de crímenes aberrantes contra civiles inocentes o contra militares secuestrados, que conforme a las Convenciones de Ginebra de 1949, que son derecho interno argentino desde marzo de 1957, gozan de la misma protección.
Asesinar, secuestrar o dañar a civiles inocentes en un conflicto interno es un imprescriptible crimen de guerra y un abominable delito de lesa humanidad. Esto es siempre así, cualquiera que fuere el autor del crimen, tenga o no vinculación con el Estado. Así lo determinó la jurisprudencia penal internacional, de la que es buen ejemplo la sentencia del Tribunal Penal Internacional para la ex Yugoslavia en el caso Martic, decidido el 12 de junio de 2007.
El rincón de impunidad aún existente en la Argentina ha sido posibilitado por un conjunto de instrumentos y decisiones que han generado y protegido, hasta ahora, esa impunidad; entre ellos, una mañosa interpretación jurisprudencial que -de espaldas al mundo y al derecho- ha pretendido limitar la responsabilidad por esos crímenes sólo a los casos en que existe responsabilidad directa del Estado o de sus agentes.
Con este particular criterio, sumado a una intensa campaña de desfiguración de la historia y a la existencia del dictamen 158/07 de la Procuración General de la Nación, que desde una cuestionable legalidad intenta cerrar herméticamente las investigaciones que tienen que ver con los crímenes de guerra de los 70, si ellos no fueron cometidos desde el Estado, los ex subversivos han gozado, hasta ahora, de absoluta impunidad.
El Estado, así, ha eludido su deber de asegurar el derecho a la verdad, así como a la reparación a toda víctima, sin distinciones.
La impunidad mantenida ha permitido, además, que se continuara exaltando la cultura de la muerte, sin el menor gesto de arrepentimiento.
Pero la estrategia defensiva de los ex guerrilleros y sus apañadores, centrada en considerar prescriptos sus delitos al calificarlos de comunes por no tener participación estatal, ha comenzado a resquebrajarse rápidamente al incorporar el caso Larrabure la responsabilidad que ciertamente les cabe a los Estados argentino y cubano.
A los poderes Ejecutivo y Legislativo se les imputa haber facilitado e incentivado la acción terrorista mediante los indultos y amnistías concedidas en mayo de 1973 y la derogación de la legislación antiterrorista que al poco tiempo debieron reimplantar, al comprobar que aquellos a los que livianamente habían calificado de "héroes" retomaban inmediatamente su acción criminal.
La responsabilidad de Cuba está reconocida públicamente. Ese país promovió la acción de los guerrilleros en nuestro medio y los entrenó y financió.
Esa responsabilidad del Estado puede haberse ampliado porque el propio procurador general de la Nación, Esteban Righi, luego de conocer el dictamen del fiscal Claudio Palacín, suscribió la resolución 158 que aprueba el dictamen aludido, cuando debió haberse excusado, por haber sido nada menos que el ministro del Interior del presidente Héctor Cámpora, con activa participación en las amnistías por entonces conferidas.
Paradójicamente, si personajes extranjeros que se muestran detestables, como Charles Taylor, Joseph Kony, Ahmed Harun, Ali Kushayb o Thomas Lubanga, hubieran actuado en nuestro país, todos ellos gozarían hoy de impunidad, al igual que quienes secuestraron al general Pedro Eugenio Aramburu o al coronel Argentino del Valle Larrabure para asesinarlos luego con ensañamiento y alevosamente, o que quienes asesinaron a civiles inocentes, como Ignacio Rucci, María Cristina Viola o Arturo Mor Roig, entre otros. Acusados de haber cometido crímenes de guerra actuando en milicias u organizaciones que no pertenecían al Estado, sino que luchaban contra él, los cinco extranjeros antes nombrados enfrentan las responsabilidades que les corresponden ante los tribunales penales internacionales.
Hace algunos días, el juez Marcelo Martín Bailaque decidió rechazar un pedido de nulidad de los fiscales Ricardo Moisés Vázquez, cuyo pliego de ascenso acaba de elevarse, y Adriana Saccone, lo que permite que el caso Larrabure sea finalmente investigado plenamente, según lo solicitado por el fiscal general Claudio Palacín, que entendió que el episodio forma parte de un conflicto armado interno, según la definición internacional vigente, o sea, la que surge del caso Milosevic. Lo hizo con coraje cívico e independencia de criterio.
Queda visto que hay todavía magistrados y fiscales argentinos independientes, que no se dejan amedrentar y que deciden de acuerdo al derecho y a los dictados de sus conciencias en busca de hacer justicia y no de esconderla para beneficio de algunos.
La estrategia defensiva del procurador de la Nación parece haber sufrido un duro revés. La verdad podrá ser investigada plenamente y asegurada para todos, en lo que puede ser un primer paso para cerrar el rincón de impunidad que existe y debería avergonzarnos.
Es de esperar que la paradigmática causa sobre la muerte del coronel Larrabure, quien fue secuestrado, torturado y cobardemente asesinado por quienes están aún impunes y hasta se les rinde homenaje, pueda ver pronto la justicia.

Há vagas para "laranjas".

Vai ficar por conta dos senadores fornecer os nomes dos parentes contratados por seus gabinetes e que agora deverão ser demitidos, para que se cumpra a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe o nepotismo. Tudo porque muitos parentes ou contraparentes não têm o sobrenome de quem os contratou. Garibaldi Alves(PMDB-RN), presidente do Senado, inquirido sobre o nepotismo cruzado, respondeu: - Olha, eu acredito que os senadores vão querer cumprir a lei. Não tenho dúvida de que eles não vão usar de subterfúgios para fugir a isso. Afinal de contas, todos somos senadores da República e temos consciência do que significa uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que precisa ser cumprida.O presidente do Senado também informou que vai aguardar que os parlamentares forneçam os nomes para demissão e que acredita que nenhuma outra providência será necessária. As vagas decorrentes do afastamento de parentes de parlamentares não serão preenchidas por concurso, visto que, pertencendo aos gabinetes, não podem ser destinadas à administração da Casa. Em resumo: procura-se "laranjas".

Bonitinhas, mas ordinárias.

Elas escondem a foice e o martelo em bolsinhas da moda. Em vez de mostrar com orgulho o símbolo máximo do comunismo, usam e abusam das caras e bocas, da maquiagem leve, dos lencinhos indianos no pescoço, das bandeiras azuis e dos fundos rosa bebê. Não usam camisetas do Che, tampouco colocam a Internacional Socialista no fundo musical dos seus programas de TV. Dão, em tudo o que fazem, um capitalista toque fashion. Não lembram nem de longe La Passionaria(acima, à esquerda) ou Olga Benário(acima, à direita), mulheres-símbolo do comunismo internacional. Não saem pregando a luta de classes, a estatização ou as greves. Ângela Albino(acima, à direita) e Manuela D’Ávila(acima, à esquerda), respectivamente, são as candidatas do PCdoB para Florianópolis e Porto Alegre. São comunistas de carteirinha, lutam pelo comunismo, seguem a lógica cruel do comunismo que atrasa, aprisiona e ainda fuzila jornalistas e opositores. Mas você jamais vai ouvir uma delas dizer: “eu tenho orgulho de ser comunista”, pois elas são lobas em peles de ovelha. Escondem, dissimulam, falseiam, enganam. A ilha que Ângela Albino mais admira não é Florianópolis: é Cuba. A metrópole que Manuela D’Ávila idealiza é Pequim, não Porto Alegre. Por mais que tentem dissimular, elas continuam sendo comunistas agora roxas e verdinhas, não mais vermelhas. São bonitinhas, mas ordinárias.

De aloprado para aloprado.

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, disse que o partido não vai investigar, "pelo menos por enquanto", as acusações contra seu secretário de Assuntos Institucionais, Romênio Pereira, que pediu afastamento na última sexta-feira.Para Berzoini, "o partido não tem condição de fazer nenhuma investigação interna, já que não há nenhuma conclusão" sobre o caso. O secretário está sendo investigado pela Polícia Federal. Ele foi flagrado em conversas e encontros com lobista preso na Operação João de Barro, deflagrada em junho."Não existe nenhum tipo de decisão, as investigações prosseguem. Se algo for concluído contra ele, aí trataremos do assunto com a máxima responsabilidade", disse Berzoini.(FSP)

Mortalmente picado.

Coluna de Clóvis Rossi, hoje, na Folha de São Paulo, repetindo mais ou menos o que disse um post publicado aqui, ontem, intitulado "À Mingua", que causou espécie a muita gente:

O tucano órfão

SÃO PAULO - Atrevo-me a dar uma boa e uma má notícia para Geraldo Alckmin.A boa: ele não é o único candidato a sofrer uma vertiginosa mudança em apenas 30 dias, pouco mais ou pouco menos. Barack Obama também passou de uma vantagem de sete pontos sobre John McCain para uma desvantagem de cinco pontos, pelo menos de acordo com o instituto Zogby.Como Obama é tudo o que se quiser, menos "picolé de chuchu", o apelido que José Simão tascou em Alckmin, o candidato tucano não tem (ainda) razões para cortar os pulsos. Se um candidato tão antichuchu pode tropeçar desse jeito, também pode acontecer com Alckmin ver uma desvantagem de 4 pontos (dentro da margem de erro) transformar-se em 17.A má notícia: lida com lupa a pesquisa Datafolha publicada no domingo, verifica-se que não há propriamente uma gangorra Marta/ Alckmin/ Kassab entre uma pesquisa e outra, mas uma hemorragia na candidatura Alckmin.Em algo menos de dois meses, Marta oscilou de 38% para 36% e para 41%. Do ponto de partida (38%, no início de julho), evoluiu na margem de erro.Kassab idem. De 13% para 11%, e daí para 14%, é um ritmo normal.Alckmin não. Caiu oito pontos percentuais em um mês, fora da margem de erro e sem que tivesse havido qualquer evento que o fizesse sangrar. Não foi apanhado roubando as moedas amealhadas por um mendigo cego na porta da igreja, não esfaqueou a mulher ou a filha, nada que tivesse merecido atenção especial da mídia.A lógica manda atribuir a hemorragia ao fato de que ficou exposta a orfandade de Alckmin. Nem o seu partido o apadrinha. Ao contrário, apunhala-o sem piedade e sem o menor pudor. Não está, pois, nas mãos de Alckmin o torniquete que poderia conter o sangramento.

114 ações sobre demarcação no STF.

O julgamento sobre a extensão e o formato da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, vai servir de base para outras disputas travadas no Supremo Tribunal Federal (STF). Há 144 ações na corte envolvendo a demarcação de terras indígenas na Bahia, Pará, Paraíba, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Leia mais aqui. "Vamos decidir sobre Raposa Serra do Sol. Mas se decidirmos a partir de coordenadas constitucionais e objetivas, servirá de parâmetro para todo e qualquer processo de demarcação", afirmou Ayres Britto.De acordo com suas informações, o julgamento deverá consumir várias horas e talvez alguns dias. Só o seu voto tem 108 páginas.O ministro faz mistério sobre como votará, evitando dizer se será favorável à demarcação em área contínua ou no formato de ilhas. "Não se pode antecipar voto", justificou ele que, nos últimos tempos, começou a se dedicar à prática da meditação para relaxar. "Às vezes a decisão contraria as duas partes", afirmou. Leia aqui.

Tarso faz pressão no STF.

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse ontem temer que o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da demarcação do território indígena Raposa/Serra do Sol provoque "uma onda de revisões" das demarcações já feitas pelo governo federal. Segundo ele, uma decisão contrária do Supremo pode abrir um precedente e gerar instabilidade. O ministro disse ainda que a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança estão na região para que a decisão do Supremo seja cumprida. "Nossa opinião é de que a demarcação foi bem feita, de acordo com a lei e com a constituição, protege o direito dos indígenas. O Supremo interpreta a Constituição em última instância e nós vamos cumprir aquilo que for deliberado", disse Tarso. Agora digam: qual a utilidade prática da declaração deste imbecil, a não ser promover insegurança, revolta e insatisfação? Qual o seu objetivo quando tenta intimidar o STF? Pelo cargo que exerce, não deveria ser o último brasileiro a abrir a boca neste momento?

Sem fairplay.

Recorto e colo do Blog da Lucia Hippolito, uma resposta enviada a ela pela campanha de Alckmin. Não conheço o tal Edson Aparecido. Aliás, nem quero conhecer.

"Tenho a honra de enviar-lhe a proposta de programa de governo do ex-governador Geraldo Alckmin para a Prefeitura de São Paulo, que você disse não existir, ao fazer seu comentário hoje (25/8) na CBN. Lançada em evento com mais de 700 pessoas na última sexta-feira (22/8), ela sintetiza um trabalho de dois meses, que reuniu cerca de 600 colaboradores no esforço de sistematizar propostas da sociedade civil em geral.
Desde o início do ano o Instituto Teotônio Vilela trabalha em todos os distritos da cidade de São Paulo, realizando 800 questionários com moradores dos mais distantes bairros, além de tomar os depoimentos de 300 líderes comunitários da capital paulista.
A partir deste material, com necessidades e demandas das mais diversas em todas as regiões de São Paulo, o PSDB realizou uma bateria de seminários temáticos ao longo de julho passado, sobre Desenvolvimento e Assistência Social, Plano Diretor Estratégico e Lei de Uso do Solo, Mobilidade Urbana e Transportes Coletivos, Saúde, Educação, Segurança Pública, Meio Ambiente e Combate à Poluição.
Os seminários contaram com a presença de técnicos e autoridades de cada área, além de representantes de entidades civis que desenvolvem trabalhos e projetos de políticas públicas. Por fim, do resultado de todo esse trabalho a equipe de programa de governo do PSDB, formada por 90 técnicos, trabalhou até a véspera do seu lançamento para apresentar à população de São Paulo o que Geraldo Alckmin pretende fazer pelas pessoas como prefeito da cidade.
Se merecemos um surra por ter feito de tudo para perder a eleição, o tempo o dirá. É uma opinião sua que respeito. Queria, apenas, deixar claro que propostas e programa para governar São Paulo o PSDB e Geraldo Alckmin têm.
E é precisamente isso que mais preocupa os outros candidatos: eles sabem da percepção popular, indicada em pesquisa Datafolha do mês passado, de que o candidato do PSDB é o mais preparado e o mais experiente para ser prefeito.

Com os meus cumprimentos,

Edson Aparecido"

R$ 50 milhões por medalha.

Do Contas Abertas:

Pode ter faltado competência, equilíbrio emocional e sorte, mas verba não faltou. O último ciclo olímpico (2005-2008), que culminou com a Olimpíada de Pequim, foi o que mobilizou maiores recursos federais em favor do esporte brasileiro, a título de preparação para a maior competição do esporte mundial. As estatísticas apontam que mais de R$ 650 milhões foram gastos em prol do esporte olímpico. O dinheiro é contabilizado por meio dos recursos das loterias, das empresas estatais, do fundo de incentivo fiscal e do Ministério do Esporte, com o Programa Brasil no Esporte de Alto Rendimento, o Brasil Campeão, que inclui o bolsa-atleta. Com isso, cada uma das 13 medalhas conquistados pelo País na China (excluindo as duas do futebol, que não recebe dinheiro público) custou cerca de R$ 50,4 milhões aos cofres públicos. Leia mais aqui.

Empatados.

As duas últimas pesquisas nacionais, uma da CNN e a outra o tracking do Gallup, publicadas ontem, primeiro dia da Convenção dos Democratas, mostram McCain e Obama literalmente empatados. Para acompanhar tudo, clique aqui.

Mais de 100 páginas.

O relator da Petição (PET) 3388, sobre a reserva indígena Raposa Serra do Sol, ministro Carlos Ayres Britto, recebeu hoje representantes dos dois grupos diretamente interessados na solução sobre a demarcação da terra indígena: produtores rurais (principalmente rizicultores) e índios. Dos rizicultores ele recebeu, mais uma vez, o pedido para que a área demarcada exclua estradas, municípios e terras produtivas, que representa cerca de 5% da reserva. Os índios, por outro lado, trouxeram documentos e laudos técnicos que mostram a necessidade de a área ser demarcada continuamente, sem “ilhas”. Ayres Britto ressaltou que está aberto a ouvir as partes, mas disse que seu voto está preparado e já tem mais de cem páginas. Ele será lido no julgamento, assim como os dos demais ministros, na sessão plenária de quarta (27) e quinta-feira (28). O ministro definiu o caso como um dos mais complexos já relatados por ele, sendo comparável, em complexidade, ao voto sobre as pesquisas para o uso de células-tronco embrionárias, do qual também foi relator. Naquele caso, tratava-se de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3510) em que o Supremo Tribunal Federal decidiu liberar as pesquisas científicas com as células.(Do Site do STF)

Quanta tensão.

Eleito pela troca de favores do Legislativo com o Executivo, a quem se submete diturnamente, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) participou de um evento de empresários, que discutia as "tensões entre os Poderes". Lá teve a petulância de afirmar coisas como estas:
  • "Onde já se viu o Judiciário dizer que um parlamentar é ou não infiel a seu partido. Isso é assunto do Legislativo. O Judiciário não poderia fazer o que está fazendo. Ele resolveu aqui, acolá, a legislar porque entra no vácuo do Legislativo" ( Sobre a relação entre os Poderes)
  • "Imagine ter uma cota para poder contratar dois sobrinhos e três tios. Pelo amor de Deus." (Sobre nepotismo e as cotas do Senador Mozarildo)

O mais repulsivo é que o senador Garibaldi fala como se não fosse um dos grandes responsáveis pelo atual estado de coisas. Velho coronel nordestino da família Alves, está pedalando e andando para os "Poderes", desde que o "seu" seja mantido.

Surge a primeira bolsa-companheira.

Postado por um comentarista Anônimo:

A decisão do STF em proibir o nepotismo vai colocar o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão num tremenda saia justa com o colega do Ministério da Educação, Fernando Haddad. A mulher de Haddad, Ana Estela Haddad, é Diretora do Departamento de Educação do Ministério da Saúde, e tem se notabilizado por se meter em seguidas trapalhadas, apoiando-se na força do marido para se manter no cargo. Ana Estella foi nomeada na Saúde depois que o Ministro Haddad assumiu a pasta da Educação.

Complementando 1: a Dra. Ana Estela Haddad foi exonerada a pedido em 15 de agosto de 2005, uma segunda-feira, a partir da nomeação do cônjuge para o cargo de Ministro de Estado da Educação. Imediatamente, pela Portaria nº 1386 de 16 de agosto de 2005, foi designada para exercer a coordenação e execução das atividades da Coordenação de Ações Estratégicas em Educação na Saúde. Não ficou um só dia sem a tetona. Fonte das informações: currículo Lattes.
Complementando 2: em 2006, recebeu R$ 13.294,89 em diárias; em 2007, R$ 13.213,97; em 2008, já está R$ 6.826,15. A companheira, pelo jeito, vai fechar de novo em 13. Fonte das informações: o velho e remexido Portal da Transparência.