Haddad não criou o Prouni. Palavra do Tarso Genro!

Assistam ao vídeo da campanha de Tarso Genro para o governo do estado do Rio Grande Sul. Para não ter que olhar para a cara do Béria gaúcho, coloquem logo aos 30 segundos. Ali o gaúcho que fugiu dos milicos vestido de prenda diz que foi ele quem criou o Prouni. Aliás, como este blog já mostrou, a lei foi assinada por ele. Portanto, o Haddad está mentindo. É um mentiroso. É bem cria do Lula.

Serra sorri na entrevista. Agora vai.

"O PT montou uma mentira forte de que tinha um homem há dois anos para operar da catarata". A afirmação foi do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, durante participação nesta sexta-feira (31/08) na série Entrevistas Estadão.
 - Paulo Giandalia/AE
 
Um morador de Cidade Tiradentes, na zona leste, ganhou notoriedade após participar de um programa eleitoral do candidato Fernando Haddad (PT) no qual dizia esperar há dois anos por uma cirurgia de catarata na rede municipal. "O PT saiu falando pega ladrão, pega ladrão e vocês caíram nessa. Esse cidadão não tinha catarata", afirmou Serra.

Ao comentar a propaganda, a pedido do Estado, a Prefeitura revelou informações sobre o paciente desde 2007, deu datas de atendimentos na rede e disse que, na verdade, ele sofre de pterígio. Serra disse que essa atitude da Prefeitura foi uma utilidade pública porque divulgou que "não era catarata".

Ao falar sobre educação, o candidato do PSDB disse que a gestão do PT em São Paulo foi devastadora.

Além disso, Serra aproveitou para destacar as qualidades da atual administração. "O Kassab tem uma gestão na Prefeitura bem melhor que na avaliação que ele tem. A prova é que os candidatos quando falam da gestão dele mentem".

O marqueteiro é o empurrãozinho.

 
"Autoengano. Não é de hoje que o PSDB atribui seus revezes aos programas do horário eleitoral. A justificativa não obstante confortável, ignora fatores realmente decisivos.

Partido unido, sintonizado com o eleitorado, atento às demandas da sociedade, presente nos debates fundamentais e na posse de posição clara sobre temas de interesse nacional pode até perder eleição, mas não será por obra de erros do marqueteiro.

Já partido desunido, dissociado do eleitorado, desatento às demandas da sociedade, ausente nos debates fundamentais e sem posição clara sobre temas de interesse nacional dificilmente ganha eleição por mais genial que seja o departamento de propaganda."
 
(Da coluna da Dora Kramer no Estadão)

Serra: “vamos para o segundo turno e vamos ganhar essa eleição”.

Na quarta campanha para prefeito de São Paulo, uma vitoriosa, o ex-governador José Serra (PSDB) minimiza a rejeição ao seu nome e a queda apontada pelas pesquisas. Atribui a rejeição aos adversários que ficam dizendo que irá deixar novamente a prefeitura, como fez em 2006. Aos 70 anos, diz que, se eleito, ficará no cargo e não será candidato em 2014. A entrevista foi concedida na terça-feira, antes da última pesquisa Datafolha, que apontou nova queda e aumento da rejeição. Nesta quinta-feira, Serra reafirmou: “Vamos para o segundo turno e vamos ganhar essa eleição”.
 
O senhor já foi prefeito de São Paulo e deixou o cargo para se candidatar a governador. Por que deseja ser prefeito novamente?
Porque é uma questão de vida pública. A prefeitura de São Paulo me motiva bastante. É uma cidade que é um verdadeiro país, com muitos desafios. Minha vida pública tem sido marcada pela vontade de fazer coisas boas acontecerem, e há muita coisa boa para fazer acontecer em São Paulo. E também coisas boas que devemos manter e que precisam aparecer, como inovações.
 
O senhor diz que há pontos a avançar na cidade. Em que pontos a gestão Kassab deixa a desejar?
Essa gestão não fez tudo. Fez coisas boas e positivas quase na totalidade, mas há ainda muito a avançar. Por exemplo, no caso da saúde. É preciso melhorar condições de agendamento de consultas, exames e cirurgias. Há capacidade instalada, foi um avanço enorme, mas tem de se avançar na área. Em medicamentos, chegamos a um ponto bastante satisfatório. É possível ampliar a distribuição de remédios em casa.
 
Pesquisas mostram polarização entre sua candidatura e a de Celso Russomanno (PRB). Mas sua campanha tem focado o debate com o PT. A candidatura de Russomanno não se sustentará?
Não escolhemos nenhuma polarização. Nós rebatemos críticas (feitas pelo PT), o que é diferente. Não é escolher um alvo e dizer que vamos atirar aqui. É rebatendo críticas.
 
O episódio em que seu programa de rádio chamou uma proposta de Fernando Haddad (PT) de “bilhete mensaleiro” não foi revide.
Isso é uma questão menor. O bilhete único mensal (promessa do PT) é um equívoco. Ele vai encarecer o transporte e vai fazer com que quem ande de ônibus pague mais, mesmo que não esteja andando..
 
Qual é a sua expectativa sobre o julgamento do mensalão?
Acompanho, não tenho tempo de assistir aos vídeos, mas está sendo um processo importante e inusitado na História brasileira. Diria que vai trazer uma contribuição muito importante para a vida pública brasileira.
 
E para as eleições? É um tema pertinente?
Essa é uma questão que está na mídia, na cabeça das pessoas, e é possível que esteja no voto. Outra coisa é transformar o mensalão em um objeto de debate de campanha. A campanha tem de ser travada em torno das questões da cidade, o que é muito difícil.
 
O senhor considerou acertado o uso do mensalão na sua campanha?
O mensalão está na imprensa todos os dias, não há quem fale mais de mensalão que os jornalistas. O PT tem uma habilidade extraordinária de patrulhar. Quando eles têm algum ponto vulnerável, eles patrulham. A própria imprensa, às vezes, veste a camisa do PT nesse patrulhamento. É um exagero, não imaginava que eles fossem ficar tão inseguros por conta disso.
 
A que atribui o fato de ter o mais alto índice de rejeição da eleição?
Fui candidato a presidente em 2010, numa disputa grande. É natural que o eleitorado do PT tenha posição mais definida a meu respeito. Segundo, quando aparecem indicações sobre o motivo da rejeição, não há praticamente nada do ponto de vista moral, ético ou de realizações. Os próprios adversários não têm muito o que falar a esse respeito. Isso está sendo explorado pelos adversários. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, dizendo que vou sair de novo, para ser candidato a presidente ou governador.
 
Ter deixado a prefeitura é a principal razão para isso?
Não. Eu saí naquele momento e tive o apoio da população de São Paulo. Tive mais votos para governador do que tive para prefeito no primeiro turno. Naquele momento, era algo que se impunha. Nas eleições de 2006, o governador Geraldo Alckmin não podia concorrer à reeleição, então, concorri com apoio muito grande da opinião pública.
 
Em 2004, aliados da sua campanha diziam que Marta Suplicy (PT) não venceria a eleição porque tinha rejeição muita alta (32%). O PSDB passa por situação parecida. Preocupa?
Você deveria convidar um pesquisador para vir analisar. Eu sou candidato. Eu vou ganhar a eleição. Tem muito chão pela frente. Serão dias intensos.
 
A prefeitura do Rio, apesar de ter um orçamento menor, recebeu mais investimentos do governo federal do que São Paulo. O sr. fala muito da importância da parceria com o governo estadual. E com o governo federal?
É falso que a administração municipal recorreu pouco ao governo federal. É uma coisa que o PT tem dito, e as pessoas têm repetido sem verificar. Não é verdade. O parceiro prioritário é o governo estadual. Em qualquer estado brasileiro, a parceria fundamental é entre a capital e o governo do estado.
 
Sendo candidato do PSDB, que é oposição no plano federal, o sr. se considera com condições de manter boa relação com o governo federal?
Perfeitamente. Como mantive com o Lula quando fui prefeito e governador. O que está tendo agora é uma questão eleitoral de dizer “se vier algum prefeito ligado ao PT, vamos inundar de dinheiro a cidade”. Isso é fantasia. Fizemos parceria até no Expresso Tiradentes, na época. Agora, não houve leniência da prefeitura. A UPA do Rio, feita dois anos depois, foi baseada nas AMAs (unidades de Atendimento Médico Ambulatorial) de São Paulo. As UPAs foram financiadas pelo governo federal, e aqui a prefeitura vivia pedindo que financiasse as AMAS. Não foi falta de pedido. O programa de creches federal não existiu na prática. Eles ficam falando mas não existiu. Isso é tudo coisa eleitoral.
 
Esperava a entrada do ex-presidente Lula com tanta força em SP?
Sim. A especialidade do Lula nunca foi governar, mas fazer campanha. Imagina se ele vai perder uma campanha!
 
O senhor pediu ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para aparecer na sua campanha?
O presidente Fernando Henrique está aí, é uma reserva moral para o país. O presidente fará o que achar melhor. Ele é um grande amigo nosso.
 
Para 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é um nome natural?
Não vou falar sobre 2014. Deixa passar 2012. Só faltava discutir agora quem será o candidato do PSDB em 2014. Eu não vou.
 
O senhor fica na prefeitura até o fim do mandato?
Claro.
 
Os planos de disputar a nova eleição presidencial ficam para 2018?
Fico até envaidecido de se preocuparem com o que vou fazer em 2018. Significa que estou em grande forma.
 
O Maluf está apoiando Haddad, mas o PSDB tentou a aliança com ele para a sua campanha. O senhor gostaria de ter o apoio do Maluf?
Não. Hoje não.
 
E no segundo turno?
Não faz diferença.
 
A que atribui o crescimento de Russomanno?
Eu não me sinto confortável de ficar analisando o porquê da subida dos adversários. Não ganho meio voto nem perco meio voto. É inútil.
 
O trânsito é um dos piores problemas da cidade. Qual sua proposta?
É dos piores problemas, e me pergunto o que teria acontecido caso não tivéssemos investido tanto na cidade. Como governador fiz um dos maiores investimentos da História no metrô. O número de passageiros duplicou em relação a meados da década. Passou de 3,5 milhões para 7 milhões. O Rodoanel tirou de dentro da cidade caminhões que iam para o Porto de Santos. A Nova Marginal, não que seja um paraíso, melhorou muito. Qual o problema? É que entram 500 a 700 carros (novos) por dia em São Paulo. De 2005 para cá, os veículos aumentaram 35%. Tem que investir na área de trilhos, o metrô, o monotrilho e o trem.
 
Foi equívoco do governo federal dar isenção fiscal para a compra de automóveis para enfrentar a crise?
Seria demasia dizer que foi equívoco. Naquele momento, ajudou a manter o emprego. Foi opção do governo Lula. Em vez de aumentar investimentos e abaixar juros na crise de 2008 e 2009, preferiram aumentar salário do funcionalismo e turbinar o consumo. Foi uma estratégia. Eu teria feito a outra. O governo da Dilma está tentando fazer o que estou dizendo que seria correto. É uma autocrítica em relação à gestão anterior. O governo federal nunca se voltou para o metrô. Tem o projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio que não tem pé nem cabeça. Vai gastar R$ 70 bilhões para uma demanda escassa, sem resolver os problemas.
 
Como pretende, se eleito, conseguir recursos e tirar do papel promessas para a área de transporte?
A prefeitura tem dinheiro em caixa. Mas tem que ter capacidade para fazer operações de crédito (empréstimos), o que, modéstia à parte, é especialidade minha. Fiz muito isso quando ministro do Planejamento. São Paulo tem outras possibilidades de receita. Uma delas são as operações urbanas. Outras são as parcerias com a iniciativa privada. Vocês podem ver que falo com muito mais agrado das coisas que quero fazer.
 
A que horas tem ido dormir?
Varia muito agora. Por mim faria tudo de madrugada, o grosso, quero dizer. Não sou eu que marco os horários. Digo aos candidatos novatos a vereador e deputados que tem que ser paranoico. Candidato que está muito seguro não é uma boa.
 
O senhor está mais para paranoico ou seguro?
Nem um nem outro. Como já fiz muito análise, mais ou menos tenho domínio do quadro psicológico.
 
(Entrevista concedida ao O Globo)

Serra chora na missa. Agora vai.

Um dia depois de perder a dianteira na disputa pela Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB) chorou ao participar de uma missa do padre Marcelo Rossi. O tucano foi convidado pelo sacerdote e acompanhou a cerimônia da primeira fila do altar. Chamada "missa de cura e libertação", a celebração tem, tradicionalmente, forte conteúdo simbólico. Rossi falou a Serra sobre a missa há cerca de 20 dias, durante rápido encontro na Bienal do Livro. Na ocasião, ressaltou que a missa era transmitida pela internet a "cerca de 500 mil pessoas". Ontem, outras 15 mil acompanharam a cerimônia in loco.

"Serra, você vai ver que missa emocionante é essa", avisou Rossi, logo no início. O padre pregou sobre superação de adversidades. Durante a palavra, citou um versículo de Eclesiástico. "Não entregues tua alma à tristeza e não aflijas a ti mesmo com tuas preocupações", disse, lendo o texto. "No mundo, querem nos derrubar com mentiras e inverdades. Aqui não", falou em outro trecho. Serra comungou. "Nada poderá me abalar. Nada poderá me derrotar", dizia a música que embalou a ceia.

No fim da missa, o tucano falou. Parabenizou o padre e dom Fernando Figueiredo pelo santuário que vão inaugurar. "Eles desconhecem os limites do impossível", disse. Depois, chorou ao lembrar que, já no fim da vida, sua mãe recebeu uma bênção de dom Fernando. "Isso me marcou muito". Serra recebeu água benta e saiu. "A porta está aberta para todos," disse padre Marcelo. "Mas amigo é amigo" concluiu. (Folha Poder)

São Paulo: pesquisas indicam que a eleição é de mudança, não é de continuidade.

Todas as pesquisas publicadas indicam que a eleição da cidade de São Paulo é de mudança e não de continuidade. Este é o motivo que faz Serra cair de forma estrondosa nas pesquisas. O eleitor, ao ver no ar a mesmíssima campanha feita por Serra em eleições anteriores, sem nenhuma inovação, sem nenhuma inspiração, reforçou este sentimento. " Não! Serra de novo? Serra que abandonou a cidade nas mãos do pior prefeito de todos os tempos (que é sempre o último)? Não vai cumprir estas promessas se não cumpriu a maior, de permanecer no cargo..." Este panorama é o pior possível para uma campanha. É muito dificil reverter este quadro com promessas e tchus tchas. Talvez se Serra chorasse no vídeo. Talvez se Kassab reconhecesse a sua péssima gestão, em vez de ficar dando 10 para si mesmo. Talvez se Serra trocasse o marqueteiro ou se este tivesse humildade para pedir demissão.Sim, também poderia bater no PT e no Haddad, afirmando que ele mente quando diz que criou o Prouni, mostrando o estado de miséria dos hospitais universitários, trazendo o kit gay para o debate, enfim. Funcionou para levar Serra para o segundo turno em 2010. Muito difícil que funcione agora, com Russomanno sozinho na frente. Aliás, quando disse alertei para a tese do voto útil, fui duramente criticado. Acho que ainda poderemos ouvir: " sou tucano, voto Russomanno". Por um motivo muito simples: não entregar São Paulo para o PT.

Kassab, o prefeito nota 10...

O Ibope divulgou, nesta sexta-feira (31), pesquisa que mostra como os eleitores de São Paulo avaliam a administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD). A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Veja os números da avaliação da gestão:
  • Ruim – 15%
  • Péssima - 32%
  • Regular - 33%
  • Boa – 15%
  • Ótima - 2%
  • Não sabe - 2%
Somando, 47% acham a gestão ruim ou péssima. Sem comentários. 

Ibope confirma: marqueteiro conseguiu jogar fora mais de 1/3 dos votos de Serra.

Clique nas imagens para ampliar os gráficos do Estadão, que pagou a pesquisa, na íntegra. Aqui em texto.  O marqueteiro do Serra conseguiu, com cinco programas, perder 1/3 dos votos de Serra. Isso que é competência. E não foi por falta de aviso.

Do palanque para a prisão: cai Cunha, o primeiro petista mensaleiro.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, encerrou a primeira parte do julgamento do mensalão aplicando nova condenação ao deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que horas depois anunciou a seu grupo político a desistência de concorrer à Prefeitura de Osasco. A nova punição no caso do mensalão -o petista agora está condenado por três crimes- aumenta as chances de ele ter de cumprir parte da pena em regime fechado.

Britto proferiu o sexto voto para condenar o petista por lavagem de dinheiro e também o considerou culpado por corrupção passiva e peculato, crimes em relação aos quais já havia maioria na corte para a condenação. As punições aplicadas ao petista se referem a desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados, quando ele presidiu a Casa (2003-2005). Segundo a acusação, João Paulo recebeu R$ 50 mil do empresário Marcos Valério Fernandes Souza para, em troca, o beneficiar em contrato com a Câmara. Sua pena poderá ficar acima de oito anos e começaria a ser cumprida na prisão, em regime inicialmente fechado.

Cunha informou ao PT a decisão de retirar sua candidatura em reunião na noite de ontem no Sindicato dos Bancários de Osasco. O vice de sua chapa, Jorge Lapas, assumirá a candidatura. Segundo participantes, João Paulo chorou na reunião com os correligionários. Do lado de fora foi possível ouvir o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), dizer que a hora é de "enxugar as lágrimas" e seguir em frente. João Paulo não falou com a imprensa. Na saída do encontro, militantes do PT empurraram e agrediram jornalistas e fotógrafos. Mais tarde, Emidio se desculpou, em nome do PT, pelo ocorrido.

No voto sobre João Paulo, o presidente do Supremo também condenou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Marcos Valério e ex-sócios. Também contra esses já havia maioria para a punição. "[O processo] não deixa dúvidas de que as posições funcionais de João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato foram decisivamente utilizadas para beneficiar as empresas de Marcos Valério." Falta ainda o voto de Rosa Weber no caso de lavagem de dinheiro contra João Paulo, mas o placar está em 6 a 4. O tamanho das penas só será definido no fim do julgamento no STF.(Folha de São Paulo)

PT fez lei para salvar mensaleiros. Proposta pelo atual ministro da Justiça, cotado para virar ministro do STF.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, afirmou ontem em plenário que um projeto de lei foi alterado propositalmente para influenciar o julgamento do mensalão e beneficiar alguns dos réus. Para o ministro, a manobra "é um atentado veemente, desabrido, escancarado" à Constituição. A declaração refere-se à lei 12.232, sancionada pelo então presidente Lula em 2010. O texto trata da contratação de publicidade por órgãos públicos e durante sua tramitação na Câmara foi alterado por deputados do PT e do PR, partidos que têm membros entre os réus. 

Britto diz que a redação "foi intencionalmente maquinada" para legitimar ação pela qual réus eram acusados.O episódio citado começou em 2008, quando o ex-deputado e hoje ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), apresentou o projeto. Ele regulava, entre outras coisas, os repasses do "bônus-volume", que são comissões que as agências recebem das empresas de comunicação como incentivo pelos anúncios veiculados. No processo do mensalão, o Ministério Público acusou empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza de ficar com R$ 2,9 milhões de bônus que deveriam ser devolvidos para o Banco do Brasil, contratante da empresa. 

A acusação diz que o dinheiro foi desviado para abastecer o esquema de compra de votos no Congresso.A proposta de Cardoso permitia que as agências ficassem com o bônus, mas só em contratos futuros.Uma mudança feita na Comissão de Trabalho em 2008, porém, estendeu a regra a contratos já finalizados.O relator na comissão foi o deputado Milton Monti (SP), do PR, partido envolvido no mensalão e que tem um dos seus dirigentes, Valdemar da Costa Neto, como réu. 

Durante a discussão, o então deputado Paulo Rocha (PT-PA), também réu no caso do mensalão, pediu uma semana para analisar o texto. Logo depois, Monti abriu prazo para emenda. O deputado petista Cláudio Vignatti (SC) apresentou sugestões, entre elas a que estendia a aplicação da lei a licitações abertas e contratos em execução. Monti não só acatou a sugestão como incluiu os contratos encerrados. 

O texto seguiu a tramitação e virou lei, que foi usada em julho pelo Tribunal de Contas da União para validar a ação de Valério. A decisão, porém, está suspensa. Ontem Ayres Britto disse que a mudança no projeto é "desconcertante". "Um trampo, me permita a coloquialidade, à função legislativa." A questão do Bônus já foi decidida pelo STF, que por unanimidade condenou quatro réus, entre eles Valério.(Folha de São Paulo)

Ibope combina com Bope.

Dizem que vem aí um Ibope com Serra e Haddad empatados. Se isto ocorrer, não reclamem. Chamem o Bope para prender o marqueteiro do PSDB. Ele é muito ruim. Velho, antigo, do tempo das "medalhas" e das "vacinas". Chamem o Bope!

Irmão de Kátia Abreu desmente notícia sobre trabalho escravo.

Uma notícia plantada pelo Repórter Brasil, do famoso escroto Sakamoto, que já foi processado por Kátia Abreu, envolveu o irmão da senadora em uma investigação de trabalho escravo. Colocou-o como dono da fazenda e, obviamente, ligou a sua atividade diretamente com a parlamentar. O mais flagrante é que a notícia foi divulgada justamente no dia da votação do Código Florestal, numa tentativa de intimidar a senadora. Deu tudo errado. Foi um acordo promovido por ela que permitiu a aprovação da nova lei que traz segurança jurídica para o campo brasileiro. A verdade é que indio odeia a senadora. Sem terra odeia a senadora. Petralha odeia a senadora. Ongueiro ambientalista odeia a senadora. Chefe de quadrilha odeia a senadora. Não é à toa que ela anda escoltada pela Polícia Federal, depois das ameaças que sofreu por parte de gentalha ligada ao Cachoeira.

Abaixo, a nota do irmão de Kátia Abreu, publicada hoje.


NOTA À IMPRENSA

Em relação à divulgação pela imprensa de matéria sobre a libertação de trabalhadores em fazenda no município de Araguatins, presto os seguintes esclarecimentos que se fazem necessários.

1 - Não mantenho vínculo societário com a RPC Energética, objeto da denúncia.

2 - A relação que possuo com a RPC Energética é de fornecedor, por alugar dois tratores e uma carregadeira, operados diretamente por esta empresa, como consta do contrato de locação, sem nenhuma ingerência de minha parte, como as investigações do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal hão de constatar.

3- Desta forma, aguardo com absoluta tranquilidade as investigações que estão sendo realizadas e repudio com veemência o envolvimento de membros de minha família, especialmente da minha irmã, senadora Kátia Abreu, que nenhuma relação, direta ou indireta, próxima ou remota, tem com os fatos assinalados no episódio.

André Luiz de Castro Abreu

Veja matéria do melhor blog político de Tocantins. Aqui.
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Abaixo notícia veiculada no Estadão: 

Irmão de senadora é suspeito de manter trabalho escravo

30 de agosto de 2012 | 18h 37
CÉLIA BRETAS TAHAN - Agência Estado

O servidor do Ministério do Trabalho André Luiz de Castro Abreu, irmão da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), é apontado como proprietário da Fazenda Água Amarela, em Araguatins, onde havia 56 trabalhadores em condições análogas a de escravos. A senadora, líder ruralista no Congresso, preside a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA).

O resgate dos trabalhadores foi feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), dia 27, após denúncia da Polícia Federal (PF). De acordo com as investigações da PF, a fazenda pertence à Ferro Gusa do Maranhão Ltda. (Fergumar) e os serviços de corte de eucalipto e produção de carvão eram terceirizados, estando a cargo da RPC Energética.

Na RPC, consta como proprietário Adenildo da Cruz Souza, que seria "laranja". A empresa era comandada, por meio de procuração, por Paulo Bernardes da Silva Júnior, o verdadeiro dono, juntamente com Abreu, apurou a PF.

Os trabalhadores, recrutados no Maranhão, viviam em alojamentos precários, sem água potável e sem fossa sanitária. Eram transportados na carroceria de um caminhão por motorista sem habilitação e cumpriam regime de dez a onze horas, com intervalo de apenas 15 minutos para almoço. Os 56 resgatados vão receber indenização de R$ 72,4 milhões, além de seguro-desemprego.

Procurado, André Abreu disse ao Grupo Estado que não vai se manifestar sobre o assunto, por orientação do Ministério do Trabalho.

Quantos crimes há nesta mensagem?

A internet tem destas coisas. Este twitter, repercutido por mais de 20 pessoas, é uma das ofensas mais graves já publicadas contra uma autoridade constituída. É uma afirmação criminosa. Se eu fosse o ministro Gilmar Mendes, não vacilaria. Ninguém melhor do que ele pra responder quantos crimes há nesta mensagem. O STF, mais do que nunca, merece respeito.

Desinformada sobre o Código Florestal, Dilma repreende ministras. Apavoradas, elas enganam a presidente.

As ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) receberam, nesta quinta-feira (30), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, um bilhetinho da presidente Dilma Rousseff cobrando as duas sobre a aprovação do Código Florestal e a participação do governo nela. 

"Por que os jornais estão dizendo que houve um acordo ontem no Congresso sobre o Código Florestal e eu não sei de nada?", escreveu a presidente em bilhete flagrado pelas câmeras. A resposta veio em seguida: "Não houve acordo com o governo. A posição do governo era de defesa da MP [medida provisória], com foco especial na 'escadinha'". 

Depois da troca de mensagens, já em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que "o governo está aberto a negociações, mas não assume responsabilidade por negociações que não foram feitas com a presença dele".
Na quarta-feira (29), a comissão mista do Congresso votou o relatório da medida provisória que altera o Código Florestal. A comissão reduziu as distâncias mínimas de recuperação da preservação nas margens dos rios, escalonadas a depender do tamanho da propriedade. Nesta quinta, após evento com a presidente, a ministra Izabella Teixeira afirmou que a mudança no texto original é "um retrocesso do ponto de vista de recuperação ambiental" e não foi pactuada com o governo.(Folha Poder)

Comentário: na verdade, o governo avalizou o acordo promovido na undécima hora pela senadora Kátia Abreu, presidente da CNA. A "escadinha" foi mantida e ampliada, protegendo mais de 95% dos produtores rurais. 

Veja aqui como Kátia Abreu salvou o Código Florestal.

TV Justiça censurada.

Durante o julgamento do Mensalão, no STF, a TV Justiça recebeu determinação para tratar o mesmo como "AP 470", os réus como "acusados" e o "maior julgamento da história da Corte" como um julgamento igual a outro qualquer. Uma série informativa e explicativa de reportagens sobre o Mensalão também foi censurada. A determinação dada foi para fazer uma cobertura simplesmente burocrática.

De João a José: STF sinaliza que vai condenar todos os mensaleiros petistas.

 José e João. O último já pegou seis anos...

A cúpula do PT e o governo da presidente Dilma Rousseff temem o "efeito dominó" da condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) no processo do mensalão. A preocupação é que, se for por terra o argumento do caixa 2 petista para alimentar campanhas políticas de aliados, ministros do Supremo Tribunal Federal passem a condenar todos os homens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles José Dirceu. 

Braço direito de Lula na Casa Civil, entre 2003 e 2005, Dirceu foi apontado pela Procuradoria-Geral da República como "chefe de organização criminosa" instalada no governo àquela época. Amigo do então presidente, João Paulo comandava a Câmara dos Deputados, José Genoino dirigia o PT e Delúbio Soares cuidava do cofre petista. 

Em conversas reservadas, ministros de Dilma afirmam que uma eventual punição para o grupo de Lula - e principalmente para Dirceu, considerado "réu símbolo" do processo - representa a condenação moral do governo dele. No Palácio do Planalto, a estratégia consiste em manter a presidente distante do julgamento no Supremo, como se nada se passasse do outro lado da Praça dos Três Poderes com o partido dela. 

Suplente. Na prática, porém, Dilma tem acompanhado tudo sobre as sessões no STF e mais de uma vez já confessou estar preocupada com Genoino, que é atualmente assessor do Ministério da Defesa. Se João Paulo perder o mandato de deputado, Genoino é o suplente na fila para assumir a cadeira dele na Câmara. Mas, caso seja condenado, pode não chegar lá. A situação aflige Dilma. 

Influência. Nesse cenário, há quem aposte que, com o grupo de Lula debilitado no PT, a presidente pode ganhar influência no partido depois das eleições municipais. Egressa do PDT, Dilma não tem trânsito entre as correntes petistas. No Rio Grande do Sul, onde iniciou sua trajetória política, ela é próxima da tendência Democracia Socialista (DS), que, no plano nacional, luta contra a hegemonia da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), de Lula e Dirceu. 

"Eu não acredito no enfraquecimento da CNB. Eles são como polvo, que às vezes submerge e logo em seguida volta com força total", afirmou o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Integrante da tendência PT de Luta e de Massa, que se alia ao grupo de Dirceu na maioria das questões, Tatto também não crê que Dilma queira se envolver na vida partidária nem promover uma reciclagem no PT. "Não existe o PT do Lula e o PT da Dilma", insistiu. 

Defensor da anistia para José Dirceu na Câmara, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) admite que os prejuízos com o julgamento do mensalão, nessa temporada de eleições, podem ser grandes. "Esse processo enfraquece o PT como um todo, é ruim para todos nós. Dilma, que não é de corrente A, B ou C, sabe disso", resumiu Devanir. "Eu só tenho a lamentar a decisão do Supremo", emendou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT.(Estadão)

CPI: Paulo Preto recupera biografia destruída pelo PT, no dia em que o primeiro mensaleiro foi condenado.

No momento em que João Paulo Cunha, o primeiro mensaleiro petista, pegava seis anos de cadeia, Paulo Preto, caluniado pelo PT, calava a boca do relator petista na CPI do Cachoeira, desmontando as acusações falsas contra ele. Abaixo, matéria do Estadão.

Convocado a depor na CPI do Cachoeira, o ex-diretor da Dersa, que administra as obras rodoviárias no Estado de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, garantiu ontem não ter arrecadado doações de empresas para a campanha presidencial do tucano José Serra, em 2010. O depoimento de Paulo Preto frustrou parte dos integrantes da CPI, em especial os petistas, que o apontavam como um "homem-bomba" disposto a revelar a existência de caixa 2 nas campanhas tucanas.

Em quase seis horas de depoimento, Paulo Souza negou as acusações de tucanos de que teria arrecadado R$ 4 milhões para a campanha de Serra e fugido com o dinheiro. "Nunca vi nenhum empresário fazer oficialmente alguma contribuição para campanha sem consultar diretamente quem é de direito", argumentou. "Atribuo isso à má-fé. É ingratidão que recebi de pessoas que nunca vi na vida", afirmou. Mais tarde, listou como desafetos o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas, o deputado José Aníbal (SP) e o ex-tesoureiro tucano Evandro Losacco.

O ex-diretor da Dersa tentou persuadir os parlamentares de sua competência frente a obras do Rodoanel e da Marginal Tietê, tocadas pelos governos de José Serra e Geraldo Alckmin. Rebateu as afirmações do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot que, na véspera, revelou ter sido pressionado pela Dersa a assinar aditivo de R$ 264 milhões à obra de R$ 3,6 bilhões do Rodoanel. "Ele (Pagot) não assinou porque o Dnit não foi autorizado pela Advocacia-Geral da União a assinar", disse. O aditivo, segundo ele, foi assinado quatro meses depois de ele deixar o governo, em abril de 2010. Uma das empresas beneficiadas foi a Delta.

Marqueteiro diz que campanha de Serra não muda, como em 2010.

O crescimento da rejeição do eleitorado a José Serra (PSDB) levou aliados do tucano a cobrarem uma mudança na propaganda e a abordagem direta, no horário eleitoral, do abandono do cargo de prefeito em 2006. Segundo o Datafolha, a porcentagem de eleitores que descarta votar em Serra subiu de 38% para 43%. Na avaliação de aliados, a saída da prefeitura e o baixo índice de aprovação do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que era vice de Serra, são os principais ingredientes da rejeição. 

A ideia da equipe de comunicação do tucano, chefiada por Luiz González, era trabalhar o descontentamento com a saída de Serra da prefeitura de forma sutil, usando os programas para mostrar propostas e o legado na cidade. Mas a alta da rejeição levou integrantes da campanha e da direção do PSDB a questionarem o marqueteiro e pregarem uma "grande ação de marketing" justificando a saída do cargo. 

Com a nova pesquisa Datafolha, a pressão se agravou. González se reuniu com a coordenação da campanha, pediu calma e disse que não pretende mudar o rumo. Afirmou que está medindo a rejeição e que ela vem, principalmente, de quem vota nos rivais. "Essa não é uma disputa de 100 metros, é uma maratona. Vamos manter nossa estratégia, mostrar o Serra e o que ele propõe para a cidade", disse o coordenador-geral, Edson Aparecido.( Folha de São Paulo)

Comentário: se a rejeição fosse de quem vota em rivais, a de Haddad não deveria estar mais alta? E a de Russomanno. O argumento é óbvio e mentiroso. É esta arrogância tucana que ficou insuportável para os paulistanos. Ajoelha, Serra, pede perdão por ter abandonado a prefeitura na mão do pior prefeito(segundo a população) depois do Pitta. Arrogância, arrogância.Como é mesmo que diz a propaganda? Toda vez que eu olho São Paulo de cima...

A mentira tem pernas longas e bem torneadas.

Perícia feita pela Polícia Federal comprovou a autenticidade da letra de Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, em bilhete que ela usa durante suposta ameaça ao juiz federal Alderico Rocha Santos. Alderico Rocha Santos disse ter sido chantageado por Andressa. Santos é responsável pelo processo da Operação Monte Carlo na Justiça Federal, que culminou na prisão do bicheiro em fevereiro.

Segundo o magistrado, Andressa o procurou afirmando que teria um dossiê contra ele e, em troca da não-publicação, teria pedido um alvará de soltura para Cachoeira. Relembre o caso: Juiz afirma que mulher de Cachoeira tentou chantagem para soltar bicheiro Na ocasião, Andressa pediu um pedaço do papel ao juiz e escreveu três nomes: Luis Pires, Maranhense e Marcelo Miranda.

Segundo relato do juiz, Andressa perguntou a ele se conhecia as pessoas: o ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), que teve o mandato cassado em setembro de 2009 por suspeita de abuso de poder político nas eleições de 2006; um fazendeiro da região do Tocantins e Pará, conhecido como Maranhense; e Luis, que seria um amigo de infância do juiz e supostamente responderia a processo por trabalho escravo.

De acordo com o juiz, Andressa teria dito que o jornalista teria fotos do magistrado com essas três pessoas. O laudo da PF com autenticidade do bilhete já está na CPI do Cachoeira. Veja o bilhete:
 Na ocasião, a farsante também acusou a senadora Kátia Abreu de ter pedido dinheiro à Cachoeira e foi desqualificada na CPI. (Do Blog do Camarotti)

Enquanto Andressa Cachoeira está livre, leve e solta, a senadora Kátia Abreu, depois de ter recebido ameaças telefônicas em seu gabinete, anda escoltada por agentes da Polícia Federal.

Mensalão: ministro que sai propõe seis anos de cadeia para petista corrupto e peculatário.

A cinco dias de sua aposentadoria no Supremo, o ministro Cezar Peluso foi responsável por dar um dos votos mais duros contra os réus julgados ontem, entre eles João Paulo Cunha. Peluso propôs a cassação do mandato do deputado e antecipou a sua posição sobre a pena a ser aplicada: seis anos de reclusão.São três anos para o crime de corrupção passiva (recebimento de vantagem indevida por funcionário público) e três para peculato (desvio de recurso por servidor), um acima da pena mínima. 

Peluso disse que caberia "maior censura atribuível ao réu, enquanto detentor do alto cargo, o segundo na linha sucessória da República". "O delito [de corrupção passiva] está em pôr em risco o prestígio, a honorabilidade e a seriedade da função". Os ministros podem mudar o voto, mas alterações num placar tão elástico são virtualmente impossíveis. A acusação contra João Paulo está baseada principalmente no recebimento, em 2003, de R$ 50 mil do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, que na época tentava firmar contrato de publicidade com a Câmara.

Segundo a acusação, em troca João Paulo assegurou contrato de R$ 10 milhões com agência de Valério.Por 6 votos a 4, os ministros absolveram o deputado de outra acusação de peculato ao entender que não houve irregularidade na contratação de assessor que, segundo a acusação, prestava serviços pessoais a ele.Em relação à última acusação, a de lavagem de dinheiro (ocultação da origem ilegal de recursos), o placar está 5 a 4 pela condenação. Faltam votos de dois ministros.

O STF também condenou ontem por corrupção ativa e peculato Marcos Valério e dois ex-sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach. Peluso propôs 16 anos para o publicitário e dez anos aos demais. Após o fim do julgamento, que tem 37 réus, haverá a publicação do acórdão, sem data prevista. A partir daí, advogados podem entrar com recursos para esclarecer a sentença, mas não há chance de mudança do mérito. Eventuais prisões só ocorrem após a decisão dos recursos. 

O decano do STF, Celso de Mello, fez em seu voto uma dura condenação de crimes de corrupção cometidos por agentes públicos. "São eles, corruptores e corruptos, os profanadores da República, os subversivos da ordem constitucional, são delinquentes e marginais da ética do poder, são infratores da ordem do erário e trazem consigo a marca e trazem consigo o estigma da desonestidade", disse o ministro.O STF também condenou por unanimidade o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e, novamente, os réus Valério, Paz e Hollerbach. 

"Parece evidente que houve aqui a apropriação [de recursos]", disse Gilmar Mendes sobre a transferência, determinada por Pizzolato, de R$ 73 milhões de um fundo do qual o BB participa para a agência de Valério.
"Quando a gente vê que (...) se tira dessa instituição R$ 73 milhões, sabendo que não era para fazer serviço algum... fico a imaginar como nós descemos na escala das degradações". Por unanimidade, os ministros absolveram o ex-ministro Luiz Gushiken.(Folha de São Paulo)

PT quer se livrar logo do corrupto e peculatário João Paulo Cunha.

Primeiro político condenado no escândalo do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) sofre forte pressão da direção do PT para que abandone imediatamente sua candidatura à prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. Deputado federal, João Paulo foi condenado nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de peculato e corrupção passiva. A Corte ainda pode condená-lo por lavagem de dinheiro.

O comando do PT também já bateu o martelo que Jorge Lapas, vice na chapa de João Paulo, seguirá na disputa, ainda que predomine a avaliação que sua candidatura não terá tempo hábil para ganhar musculatura.
Nos bastidores, petistas temem o risco de perder a prefeitura de Osasco, hoje administrada por Emídio de Souza, para o PSDB. "O partido tem que agir o mais rápido possível para conseguir construir a nova candidatura", diz um petista que atua na campanha municipal. 

A condenação de João Paulo também deu força para uma ala do partido que sempre foi refratária à sua candidatura - mesmo numa coligação com 20 siglasele está atras nas pesquisas. Desde sábado, João Paulo não teve agenda de campanha. João Paulo acompanhou o julgamento trancado em sua casa. Segundo um aliado, atendeu poucos telefonemas e demonstrou abatimento. A expectativa é que ele se pronuncie nesta quinta-feira. (Veja)

Gilmar Mendes botou o prego no caixão do petista corrupto, mensaleiro e peculatário João Paulo Cunha.

Alvo de uma campanha de difamação das mais sujas movidas pela esgotosfera e pela mídia chapa-branca, Gilmar Mendes proferiu o voto que definiu maioria pela condenação de João Paulo Cunha.Também votaram pela condenação Marco Aurélio Mello, Cezar Peluso, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Rosa Weber, além do relator, Joaquim Barbosa. O ministro Dias Toffoli seguiu a decisão do revisor, Ricardo Lewandowski, pela absolvição. Três ministros ainda precisam votar.
 
Segundo Mendes, as provas dos autos mostram "evidência inequivocamente que o valor mencionado não teve origem no PT". Isso rebate a tese de parte dos réus do mensalão de que os desvios apontados correspondem a caixa dois eleitoral, e não compra de votos de parlamentares, como aponta o Ministério Público. Mendes pode dizer: a vingança é um prato que se come frio.

Lembram quando falei que poderia haver "voto útil" em Russomanno?

Alguns dias atrás, fiz um post duro, onde dizia que, para o PT não tomar São Paulo, nós, de oposição, poderíamos ter que optar pelo chamado "voto útil", mudando o nosso voto para Celso Russomanno. A campanha de Serra está no ar. A mesma camisinha azul. A mesma linha de comunicação velha e caquética. Tudo isso somado a uma internet de compadres. Abaixo, pesquisa Datafolha.
 
O candidato do PRB, Celso Russomanno, assumiu a liderança isolada na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele manteve 31% das intenções de voto depois da primeira semana de propaganda eleitoral em rádio e TV, aponta o Datafolha. José Serra, do PSDB, caiu cinco pontos percentuais e agora aparece em segundo lugar com 22%. Fernando Haddad, do PT, subiu seis pontos e ocupa a terceira posição com 14%.
 
Gabriel Chalita, do PMDB, oscilou para 7%, e Soninha Francine, do PPS, para 4%. Paulinho da Força (PDT) tem 2%. Ana Luiza (PSTU) e Carlos Gianazzi (PSOL) aparecem com 1%, e os demais não pontuaram. A pesquisa mostra que a rejeição a Serra subiu cinco pontos e alcançou o maior índice desde o início da campanha: 43% dos eleitores dizem que não pretendem votar nele "de jeito nenhum". Nas últimas duas eleições paulistanas, em 2004 e 2008, só o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) superou este patamar de rejeição.
 
Há uma semana, antes do início do horário eleitoral, Russomanno já aparecia 4 pontos à frente de Serra (31% a 27%), mas os dois estavam tecnicamente empatados na liderança. Tucanos e petistas apostavam numa queda do candidato do PRB, que tem pouco mais de dois minutos de TV, mas isso não ocorreu. A queda de Serra surpreende até os petistas, que não esperavam vê-lo com menos de 25% das intenções de voto. Há dois anos, a cidade deu a ele 40% dos votos para presidente no primeiro turno.
 
Entre os motivos mais citados para a alta da rejeição do tucano, estão o desgaste com a derrota de 2010, a reprovação ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o fato de ele ter renunciado à prefeitura em 2006, após ter prometido cumprir todo o mandato. A alta de Haddad já era esperada com a exposição do ex-presidente Lula em seu programa eleitoral. Mesmo assim, os petistas contavam com uma subida mais modesta nesta primeira semana. O Datafolha ouviu 1.069 eleitores entre os dias 28 e 29. O levantamento foi realizado em parceria com a TV Globo e foi registrado na Justiça Eleitoral sob o nº 582/2012. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos. (Folha Poder)

Dilma sanciona o fim da meritocracia na universidade brasileira.

A presidente Dilma Rousseff sancionou na tarde desta quarta-feira (29) o projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. A assinatura ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Luiza Bairros (Igualdade Racial), além do senador Paulo Paim (PT-RS).
 
O texto prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.Ainda conforme o texto aprovado pelo Congresso, dos 50% reservados para cotas, metade das vagas será destinada a alunos com renda familiar de até R$ 933,00 por pessoa. Nesse grupo, também é preciso respeitar o critério racial. Assim, os 50% das cotas restantes podem ser ocupados por quem tem renda maior, desde que seja obedecido o critério racial.
 
O Planalto ainda não informou os vetos da presidente Dilma Rousseff ao texto. No entanto, o ministro Aloizio Mercadante informou que será vetado o artigo 2, que estabelecia que o ingresso por meio de cotas deveria ocorrer pela média das notas do aluno no ensino médio, sem vestibular ou sistema similar. Segundo Mercadante, o ingresso será feito através do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
 
A ministra Luiza Bairros confirmou a informação de Mercadante e disse que apenas o artigo 2 foi vetado. "O acesso se faz pelo Enem. A regra republicana do Brasil é o Enem. Esse ano temos 5,7 milhões de estudantes inscritos. É o segundo maior exame do planeta", afirmou o ministro na última semana.
 
Na prática, o projeto mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.Levantamento da Folha nas 59 instituições federais mostrou que hoje há 52.190 vagas reservadas, de um total de 244.263. Com o projeto, seriam então 122.131 --aumento de 134%. O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. O projeto prevê que as cotas irão vigorar por dez anos. Depois disso, haverá revisão do tema com o objetivo de verificar se o modelo deu certo. O projeto tramitava havia 13 anos no Congresso, mas, por ser polêmico, só foi aprovado depois que o governo mobilizou aliados.(Folha Poder)