Lula quer um "bypass" no PMDB.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resgatou, em conversas com interlocutores, antigo projeto de ter o governador Eduardo Campos (PSB-PE) como eventual vice de Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2014. Como o PMDB ocupa hoje a vaga, a ideia seria o PT abrir mão de disputar o governo de São Paulo para apoiar o peemedebista Gabriel Chalita, candidato à prefeitura da capital paulista em 2012.
 
A troca ainda não foi discutida com Michel Temer (PMDB-SP), atual vice-presidente da República, e deve encontrar resistências tanto no PMDB quanto no PT. Lula tocou no assunto pela primeira vez em novembro. "Tenho planos para você", disse a Chalita na ocasião, segundo a Folha apurou. O tema voltou a ser debatido nas últimas semanas. Nas conversas, Lula diz que o objetivo do PT é quebrar a hegemonia estadual do PSDB, que deve tentar reeleger o governador Geraldo Alckmin.
 
Embora Chalita seja amigo do governador, Lula lembra que, como ex-tucano, o deputado tem potencial para atrair eleitores do PSDB. Para o ex-presidente, as circunstâncias que levaram Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo não são as mesmas para 2014. Candidaturas petistas como a da ministra da Cultura, Marta Suplicy, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, seguem na lista de opções, mas ainda não conquistaram entusiasmo interno.
 
Um nome novo, como o do ministro Alexandre Padilha (Saúde), é hoje visto como menos provável, pois tanto Lula quanto Dilma acham que ele ainda precisa construir uma marca no ministério. A proposta de Lula começa a circular justamente quando a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República vem sendo especulada com mais força. Chalita é cotado para o Ministério de Ciência e Tecnologia, e ainda não se sabe o quanto de sua esperada nomeação depende da sondagem deflagrada por Lula. (Folha Poder)
 

Foto que circula entre jornalistas de Brasília.

A foto acima circula entre os jornalistas políticos de Brasília. Ninguém tem coragem de publicar. Nós, como somos um blog independente, brindamos os leitores com o flagrante que não quer calar. Mas achamos que deve ser uma montagem maldosa e maliciosa contra o nosso ilibado ex-presidente.

Dilma não estava de vermelho.

Representação reclama de vestimentas de Dilma A presidente Dilma Rousseff, que preza por modelos discre­tos, não poderia imaginar que um blazer nada decotado pode levá-la à dar explicações ao Ministério Pú­blico.
 
O PSDB, maior partido de oposição, reclamou da cor do casaco usado por ela na semana passada, durante pronunciamento de TV no qual anunciou a redução da tarifa de energia elétrica. Os tucanos levaram anteon­tem o caso, junto com outras queixas, à Procuradoria-Geral da República por verem uso da máquina pública com fins de promover a candidaturar à ree­leição de Dilma - a sucessão presidencial é no ano que vem. "
 
A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronun­ciamento oficial em uma cla­ra referência às roupas verme­lhas utilizadas na campanha de 2010 (...) fazendo alusão à cor do seu partido", diz a peti­ção, que apontou outros deta­lhes que comprovariam o tom eleitoreiro na apresentação. Mas o blazer da discórdia, neste caso, é inocente, segundo o cabeleireiro Celso Kamura, que arrumou pessoalmente a presidente antes da grava­ção, e confirmou o que o ví­deo e as fotos já dão a enten­der: as vestes, na verdade, não são de tonalidade vermelho-PT, mas "eram sem dúvida ro­sa chiclete Ping-Pong", segun­do definição do hair stylist.
 
O deputado Carlos Sam­paio (SP), novo líder do PSDB na Câmara, admitiu que ele e o grupo que analisou o vídeo não se ativeram às nuances de pigmento, mas minimizou a importância do assunto. "Entendemos ser vermelho, mas isso é um deta­lhe pequeno que faz parte de um contexto. Ela pode usar a cor que bem entender, só qui­semos mostrar a mudança no comportamento dela. É a pri­meira vez que aparece nessa cor porque em pronuncia­mentos anteriores, como no último, ela vestiu preto com uma renda branca por cima."
 
Quem falou com a estilista Luisa Stadlander, que assina a maioria dos modelos usados por Dilma, disse que ela está chateada com a polêmica. Ela se recusa a falar publicamen­te sobre o assunto. O fato é que os tucanos acer­taram a dizer que Dilma vem apresentando mudanças no visual. "Em doses homeopáti­cas", comenta Kamura. (Do Estadão)

Blog em viagem.

O Blog está entrando no avião neste momento, mas é voltinha rápida. Em seguida os comentários serão liberados. Até daqui a pouco. Abaixo, algumas notícias e mais tarde tem mais.

Pelegos de Dirceu de também atacam mídia e PGR.


Ao anunciar, em reunião da bancada do PT na Câmara, que uma das prioridades do partido este ano será a luta pela democratização dos meios de comunicação, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, voltou a atacar setores da mídia e do Ministério Público, que se tornaram alvo dos petistas desde o julgamento do mensalão. Segundo Falcão, há no Brasil uma oposição mais forte que a parlamentar, formada por setores da mídia e do Ministério Público. Falcão disse que essa "oposição sem cara" tenta interditar e desqualificar a política, abrindo margem para aventuras golpistas.

- Essa oposição extrapartidária abarca setores da mídia monopolizada, abarca altos funcionários do Estado que conluiam para fazer essa oposição que não se conforma em ter um presidente operário, em ter uma presidente que foi guerrilheira. São esses que tentam interditar a política no Brasil e o fazem, ao mesmo tempo, desqualificando a política. E quando a gente desqualifica a atividade política, a gente abre campo para as aventuras golpistas, a gente abre campo para experiências que no passado levaram ao nazismo e ao fascismo - disse. - Combater essa oposição sem cara, mas com voz, é um dos objetivos do PT.

No encontro com a bancada, Falcão pediu apoio dos deputados para a regulamentação de artigos da Constituição Federal que tratam da liberdade de expressão (artigos 220 a 222), afirmando que é preciso garantir a desconcentração do mercado, a produção cultural regional, a valorização da produção independente, a universalização da banda larga, e o direito de resposta.

Em entrevista, Falcão disse que setores do Ministério Público têm tido atuação partidária. Indagado se o PT defenderia o projeto do marco regulatório da mídia, apresentado pelo ex-ministro Franklin Martins no final do governo Lula, negou: - O projeto dele (Franklin), se transformado em marco regulatório, ajuda muito a ampliar a liberdade de expressão no Brasil. Quem vai votar o marco regulatório, se ele for apresentado, é o Congresso. Nós, nas nossas campanhas, documentos, vamos sustentar a necessidade de ampliação da liberdade de expressão no Brasil - afirmou. ( O Globo)

Ainda solto, José Dirceu continua sua campanha contra a Imprensa e o Judiciário.


O ex-ministro-chefe da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu prometeu uma cruzada nacional para questionar o julgamento do mensalão e combater o que chamou de "campanha da direita e da mídia contra o projeto político do PT".

"Temos agora os recursos e temos a revisão criminal e temos as cortes internacionais. Mas temos, principalmente, a luta política e a mobilização", afirmou, sobre as possibilidades que os condenados no julgamento ainda têm. Segundo ele, não houve desvio de dinheiro público. "Não há uma testemunha que diga que houve compra de votos."

De acordo com ele, a mobilização servirá "para enfrentar a ofensiva que estão movendo contra o PT e contra o companheiro Lula [Luiz Inácio da Silva] e o governo da companheira Dilma [Rousseff, presidente da República]". Dirceu reafirmou que o mensalão não foi a compra de apoio político, mas um financiamento de campanha do PT. De acordo com ele, o julgamento público dos líderes do partido começou antes do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele culpou a mídia pelo que chamou de condenação pública dos réus e pelo que classificou de pressão sobre o Supremo e sobre o parlamento.

"Se houvesse democracia nos meios de comunicação, nós não estaríamos hoje aqui, porque teríamos sido absolvidos", disse. Dirceu afirmou que mesmo com a grande visibilidade do julgamento, a oposição teve uma derrota nas urnas na última eleição.

"Toda vez que eu falo que é preciso ir às ruas, há um discurso de que nós estamos fazendo uma afronta ao STF. Pelo contrário, [questionar o julgamento] é um serviço pela democracia", disse. "Não vou baixar a cabeça. Tudo o que eu queria era estar exercendo um mandato ou estar no governo trabalhando pelo Brasil", acrescentou. Dirceu foi condenado pelo STF a dez anos e dez meses por formação de quadrilha e corrupção ativa, além do pagamento de multa de R$ 676 mil.

O ex-ministro participou ontem à noite de um debate organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para questionar supostos erros cometidos pelo STF no julgamento do mensalão, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. (Valor Econômico)

Tucanato unido como sempre.


Em um esforço para tentar diminuir as resistências à sua candidatura ao Palácio do Planalto dentro do próprio PSDB, o senador Aécio Neves (MG) pediu ontem o apoio do governador Geraldo Alckmin e prepara uma ofensiva em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Com o aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ele programa para os próximos meses agenda de encontros com lideranças estaduais da sigla, entre elas, aliados de José Serra.

O diagnóstico é que, sem o apoio das alas do partido em São Paulo, o senador mineiro enfrentará dificuldades para se viabilizar como presidente nacional do PSDB, em maio, passo considerado fundamental para garantir sua candidatura em 2014. No final de fevereiro, ele participará de Congresso do PSDB em São Paulo e, em março, pretende reunir-se com as bancadas paulistas do partido na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa.

No encontro de ontem, em São Paulo, Alckmin garantiu a Aécio que disputará a reeleição no ano que vem e sugeriu que o calendário eleitoral não seja antecipado para 2013, porque é preciso respeitar "o tempo de São Paulo". Nos últimos dias, num contraponto a Aécio, aliados de Serra vinham defendendo a candidatura de Alckmin para o Palácio do Planalto. Em São Paulo, Aécio reuniu-se também com Fernando Henrique e José Serra. (O Globo)

Observação: ontem Alckmin tuitou uma foto dele com FHC. Sobre o encontro com Aécio Neves, nenhuma linha.

Renan, apesar de Renan.


Mesmo cercado por denúncias, a expectativa é de que Renan Calheiros (PMDB- AL) obtenha entre 55 e 60 votos e seja o sucessor de José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado. A eleição ocorre amanhã. As dissidências deverão ficar entre 20 e 25 votos. 

Prevendo a vitória, Renan já acertou com os partidos o loteamento de cargos na Mesa Diretora da Casa. Sucessão no Congresso. Apesar de denúncias de irregularidades e da biografia manchada pela ameaça de uma cassação em 2007, peemedebista acatou pedidos de partidos para controlar Mesa Diretora e conseguirá retomar comando do Senado sem forte oposição

 Depois de sacramentar com os partidos o loteamento de cargos na Mesa Diretora do Se­nado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) entra na dis­puta amanhã pela presidência da Casa como o franco favori­to. Mesmo sob denúncias, a es­timativa é que Renan obtenha entre 55 e 60 votos favoráveis à sua candidatura para suce­der José Sarney (PMDB-AP), atual presidente do Senado. Para se eleger, é necessário pe­lo menos 41 votos (maioria simples). As dissidências deve­rão ficar entre 20 e 25 votos. 

"Ele (Renan) consegue se ele­ger tranquilamente, com uma grande folga de votos", afirmou ontem o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO). Os senadores Randolfe Rodri­gues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) reúnem-se hoje para decidir se manterão as duas can­didaturas alternativas ou se lan­çarão um candidato único. A ava­liação é que Taques tem mais chances de conquistar votos do que Randolfe. A estimativa é que Taques ob­tenha entre 20 e 25 votos, caso saia candidato. Já Randolfe con­seguiria apenas arregimentar cerca de dez votos. 

Os tucanos ficaram irritados com Randolfe, que acusou o PSDB de ter feito acordo para sal­var o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira em troca de apoio à candidatura de Renan. Liderança. Para consolidar sua vitória na eleição de amanhã, Re­nan trabalhou nos últimos dias para acabar com o racha em tor­no da disputa pela liderança do PMDB. O senador Romero Jucá (RR) ameaçou disputar a lideran­ça do partido contra Eunício Oli­veira (CE). Essa divisão interna no PMDB foi encarada como um risco à sua candidatura. Afinal, o derrotado poderia se "bandear" para a can­didatura alternativa ou até se abster de votar. 

Eunício será ungido hoje co­mo novo líder do partido no Se­nado. A fim de pacificar o parti­do, a estratégia de Renan foi vol­tar atrás e concordar em dar a 2.ª Vice-Presidência do Senado pa­ra Jucá. Esse cargo já havia sido oferecido ao PTB do senador Gim Argeílo (DF), que abriu mão e irá ocupar a 2.a Secretaria do Senado com João Vicente Claudino (PI). O PTB também ganhou a presi­dência da Comissão de Infraestrutura, que ficará com o ex-pre­sidente e senador Fernando Collor de Mello (AL). 

No loteamento de cargos na Mesa empreendido por Renan coube ao PR ficar com a 3.ª Secre­taria. Para o cargo, será indicado João Ribeiro (TO) ou Magno Malta (ES). O ex-governador Blairo Maggi (PR-MT), que já ga­nhou o troféu "motosserra" por promover desmatamento nas suas plantações de soja, será o novo presidente da Comissão de Meio Ambiente. Prefeitura da Casa. 

Considera­da uma espécie de prefeitura do Senado, responsável por um or­çamento de R$ 3,5 bilhões para este ano, a 1.ª Secretaria deverá ficar a cargo do PSDB, provavel­mente nas mãos do senador Flexa Ribeiro (PA). O cargo poderá, no entanto, ser disputado por um candidato "alternativo", caso os tucanos decidam fechar questão contra a eleição de Renan. O argumento é que se os tuca­nos não respeitarem a proporcio­nalidade para a presidência do Senado também não é preciso respeitar a mesma regra para preencher a 1.ªa Secretaria. 

Daí a dificuldade do partido de fechar questão contra a candidatura de Renan, mesmo depois de o sena­dor e presidenciável Aécio Ne­ves (MG) ter ido a público pedir a renúncia do peemedebista. Aécio. O tucano defendeu a ma­nutenção do critério da propor­cionalidade nos cargos da Mesa Diretora - ou seja, a presidência cabe ao PMDB que, provavelmente, indicará hoje Renan para comandar o Senado pelos próxi­mos dois anos. Com uma bancada de 11 sena­dores, atrás do PMDB e do PT, os tucanos têm regimentalmente o direito de ocupar a 1.a Secretaria do Senado. 

Já o PT, segundo maior partido do Senado, ficará com a 1.a Vice-Presidência a car­go do petista Jorge Viana (AC). O PT garantiu apoio integral à eleição de Renan Calheiros para evitar confrontos com o PMDB. (Do Estadão)

Você vai pagar R$ 250 mil para Daniel Dantas por danos morais.

A Caixa, que ninguém consegue explicar porque patrocina o blogueiro do esgoto Paulo Henrique Amorim, o colecionador de processos e causas perdidas na Justiça, vai pagar R$ 250 mil de indenização por danos morais para Daniel Dantas. Quer dizer: eu, você e o povo brasileiro vamos pagar, novamente,  pelos crimes deste delinquente. Leia aqui no Implicante. 

Para levar São Paulo ao segundo turno, Kassab será sparring(*) em 2014.

O líder do PSD na Câmara, deputado Guilherme Campos (SP), afirmou nesta quarta-feira que "são grandes as chances" do presidente nacional do partido e ex-prefeito Gilberto Kassab disputar ao governo de São Paulo em 2014, quando Geraldo Alckmin deve tentar a reeleição.

A fala foi dirigida para uma plateia de prefeitos do PSD que estão em Brasília participando de um encontro promovido pelo Palácio do Planalto com chefes dos municípios. Campos e Kassab também estiveram hoje reunidos com prefeitos do partido. "São grandes as chances de termos o nosso presidente nacional, o ex-prefeito da capital de São Paulo, como candidato ao governo do Estado", disse Campos.

Em entrevista à Folha publicada ontem, o vice-governador Guilherme Afif também confirmou que Kassab pode disputar ao governo de São Paulo. (Da Folha Poder)

(*) aquele que treina os verdadeiros lutadores no boxe

Lavem a Câmara!

Um mensaleiro quadrilheiro condenado tomou posse na Câmara. Onde estão as vassouras, o sabão e os faxineiros?

em referência ao mensalão e sob aplausos, o deputado José Genoino (PT-SP) circulou nesta quarta-feira com desenvoltura em seu primeiro compromisso com a bancada do PT na Câmara. Ele assumiu o mandato no início do mês, em pleno recesso parlamentar. No ano passado, o petista foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a quase sete anos de prisão pelos crimes cometidos no mensalão. Genoino fez questão de cumprimentar um a um os assessores e deputados que estavam na sala. Recebeu abraços apertados e quando foi anunciado como um dos novos parlamentares da bancada foi bastante aplaudido. (Folha Poder)

Crack: surge uma voz lúcida no petismo.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quarta-feira (30) a internação compulsória ou involuntária de viciados em crack em casos que, no entendimento dela, a ação for "necessária". Desde o dia 21, o estado de São Paulo passou a adotar a internação compulsória para dependentes químicos. Essa modalidade de internação precisa ser autorizada pela Justiça.
 
Ela também chamou de "falsa polêmica" a divergência de opiniões sobre esse tipo de internação. A ministra apresentou a novos prefeitos e prefeitas que participam de encontro em Brasília o programa do governo federal para combate ao crack, o "Crack, é Possível Vencer", lançado em 2011. "Vamos acabar com essa falsa polêmica na questão das internações. Toda vez que vislumbramos risco de morte na pessoa e ela não consegue discernir, cabe à família e ao estado decidir. Temos que salvar vidas", afirmou a ministra. ( Do G1)

Entre 335 mortos e feridos na tragédia, todas as autoridades são culpadas. Brasil assiste estupefato ao empurra-empurra entre elas.


Esperadas desde domingo, as explicações públicas para a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul acabaram se resumindo, nesta terça-feira, a um jogo de empurra e de acusações mútuas entre autoridades municipais e estaduais.Pressionados por amigos e familiares dos mais de 230 jovens mortos no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, e pela imprensa nacional e internacional, prefeitura e Corpo de Bombeiros entraram em rota de atrito.

15h30

O primeiro sintoma da crise veio a público às 15h30min, quando o major Gerson Pereira, chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, concedeu entrevista coletiva na sede da corporação no município. No meio da conversa, transmitida ao vivo por veículos de comunicação, ele foi desautorizado a falar com jornalistas pelo governador Tarso Genro.

A reprimenda veio depois que o major, exaltado, disse que “a culpa” pelo incidente não pode ser atribuída à sua equipe, mas admitiu que havia “coisas erradas” na casa noturna. Pereira negou que as falhas fossem de responsabilidade dos bombeiros e insistiu em afirmar que o estabelecimento podia funcionar mesmo com o alvará de prevenção e proteção contra incêndio vencido.

Depois de ter sido chamado com urgência por um colega para o lado de fora da sala, Pereira voltou e avisou que não poderia mais se pronunciar:— Recebi uma determinação de que quem trata desse assunto agora é o governador.

Minutos antes, em outra entrevista no Palácio Piratini, Tarso já havia demonstrado descontentamento com a postura assumida pelos comandos do Corpo de Bombeiros e da Brigada Militar no caso. O governador reconheceu que a danceteria não deveria estar aberta “de jeito nenhum”. — O chefe dos bombeiros não falou demais. Ele falou completamente errado. Bombeiros não autorizam o funcionamento de nada. Quem dá o alvará é a prefeitura — corrigiu Tarso.

16h30

Em mais uma rodada de entrevistas, foi a vez da prefeitura evitar as responsabilidades. Diante de um batalhão de cinegrafistas, fotógrafos e repórteres, o prefeito Cezar Schirmer fez um comunicado oficial de 13 minutos e liberou o acesso a documentos referentes à boate, que comprovam que o alvará de prevenção e proteção contra incêndio perdeu a validade em 10 de agosto de 2012. Mas, visivelmente tenso e cansado, saiu sem responder a nenhuma pergunta. Mais tarde, Schirmer explicou que não tinha condições, naquele momento, de prestar esclarecimentos.

— Eu cumpri rigorosamente o meu dever. Não há como colocar um fiscal ao lado de cada pessoa para ver se ela está cumprindo a lei. A avaliação das condições de segurança foi atestada pelos bombeiros — falou Schirmer, horas mais tarde.

16h45

No meio da tarde, porém, após do pronunciamento do prefeito, o secretário de Governo, Giovani Mânica, garantiu: — A prefeitura não é responsável.

18h00

Na Delegacia Regional da Polícia Civil em Santa Maria, uma quarta coletiva de imprensa havia jogado mais lenha na fogueira. — Ainda não recebemos nenhum documento do Corpo de Bombeiros sobre em que fase estava o processo de renovação da licença da boate e se os requisitos exigidos haviam sido atendidos — disse o delegado regional Marcelo Arigony.

A promessa era de que essas informações chegariam ainda ontem aos inspetores. Até as 18h, conforme Arigony, a espera pela documentação prosseguia. A impaciência dos policiais com os bombeiros em enviar os dados era tanta que um delegado sugeriu ingressar na Justiça para obter o dossiê por força de lei. Foi dissuadido, mas a hipótese não está descartada. Além de aguardar o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio, os responsáveis pela investigação solicitaram uma lista de funcionários municipais responsáveis pela emissão de alvarás e a fiscalização.

19h22

Numa tentativa de amenizar o mal-estar, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, divulgou nota oficial às 19h22min de terça-feira para prestar “esclarecimentos”. Em seu texto, deu a entender que a culpa é dos proprietários do empreendimento. Entre outros fatores, era dever deles, segundo Abreu, “manter as rotas de fuga totalmente desobstruídas, o que não ocorreu”.

O que ainda não tem resposta
  1. Por que a boate seguiu aberta com o alvará vencido?
  2. Por que a Kiss foi autorizada a funcionar mesmo sem ter requisitos básicos de segurança?
  3. Por que as autoridades não mostram o plano de prevenção contra incêndios da casa, que embasou a autorização para o funcionamento?
  4. Por que os efeitos pirotécnicos eram rotina nas apresentações da banda e não foram coibidos?
(Matéria do Jornal Zero Hora, de Porto Alegre)

Isenções, aparelhamento da máquina e "bolsismo": despesas explodiram em 2012.


Num ano em que a economia pisou no freio, as despesas do governo subiram em ritmo mais forte do que as receitas. Dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Fazenda mostram que os gastos públicos atingiram R$ 804,7 bilhões em 2012, alta de 11% sobre 2011. Os benefícios assistenciais foram os desembolsos que mais cresceram: 17%, seguidos por gastos de custeio, com alta de 16,3%. Nessa conta entram despesas com a máquina administrativa, Bolsa Família, desonerações tributárias, entre outras. Já as receitas somaram R$ 880,8 bilhões, alta de 7,7%.

O aumento dos gastos públicos, combinado com crescimento menor das receitas, obrigou a equipe econômica a fazer um malabarismo fiscal para fechar as contas em 2012. O governo não apenas antecipou dividendos de estatais e recursos do Fundo Soberano, como remanejou despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para cumprir a meta de superávit.

Os técnicos transferiram projetos para dentro do programa de forma que eles se tornassem investimentos passíveis de abatimento. Assim, o resultado primário do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) encerrou 2012 em R$ 88,5 bilhões, ou 2,01% do Produto Interno Bruto (PIB). Os R$ 8,5 bilhões restantes para atingir a meta cheia de R$ 97 bilhões, ou 2,15% do PIB, foram descontados por serem classificados como investimentos prioritários.(O Globo)

Estafeta do Lula encara corrupção no PT com naturalidade.


O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou ontem que a abertura de um procedimento administrativo disciplinar para investigar a conduta da ex-chefe de gabinete da presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, é "natural".

"Toda vez que ocorre um problema na gestão pública, eu sempre tenho dito que a única hipótese de (o caso) não ser investigado no nosso governo é não ter erro", disse o ministro.

Rosemary Noronha perdeu o posto após denúncias da Operação Porto Seguro, deflagrada em 23 de novembro do ano passado pela Polícia Federal. Essa operação foi realizada com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados.

Carvalho, que pouco antes havia criticado governos anteriores por "esconder problemas embaixo do tapete", voltou a defender a gestão petista dos últimos dez anos na Presidência. "Não que haja mais corrupção no Brasil. É que tudo aquilo que ficava embaixo do tapete agora não fica mais", prosseguiu.

As irregularidades, segundo o ministro, "vêm à tona porque as instituições não só estão funcionando, como elas têm o apoio para que funcionem". E emendou: elas "têm o apoio para que funcionem, seja contra quem for, doa a quem doer." (Estadão)

Em campanha antecipada, Dilma volta a atacar tucanos.


Incorporada no papel de candidata à reeleição e intensificando a presença no Nordeste, a presidente Dilma Rousseff criticou ontem a oposição em discurso durante inauguração de um parque eólico em Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju (SE). Ao comentar o cenário do setor elétrico, alvo da mais recente briga com os tucanos, Dilma disse que as empresas estatais durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) estavam proibidas de investir porque a "ideia era privatizá-las".

"Ao mesmo tempo, o setor privado não sabia e não tinha garantias de estabilidade para investir", afirmou a presidente, para quem nada funcionava na época, "inclusive o mercado atacadista de energia". "Quando iniciamos o processo (de reforma no setor elétrico), a primeira coisa que fizemos foi deixar todo mundo voltar a investir."

O discurso de Dilma retomou o tom incisivo adotado na semana passada, quando foi anunciada a redução no valor da tarifa da energia elétrica em rede nacional de rádio e televisão. A postura combativa da presidente foi acompanhada pelas demais autoridades presentes à cerimônia - o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), garantiu que o Brasil tem "absoluta segurança energética para o seu crescimento", criticando o "tsunami de desinformação" criado pelos "arautos da desgraça". "Terá duração perpétua (a redução da tarifa), (é uma) decisão que veio e será permanente para o povo brasileiro", disse Lobão.

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), por sua vez, afirmou que a palavra "apagão" pertence a "dicionário que foi jogado no lixo". Para ele, a expressão perdeu o significado graças à "responsabilidade política" e "capacidade de gestão" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma.

A viagem de Dilma ao Sergipe faz parte de um roteiro que pretende reafirmar a imagem da presidente no Nordeste - tradicional reduto eleitoral do PT -, diante da crescente influência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Até o início de março, a Dilma deve ir a seis Estados da região.

A presidente voltou a garantir que a conta de luz será reduzida e que não faltará energia para o País crescer. "Aproveito para dizer que este ano vamos bater um recorde. Vai ser o ano em que mais energia vai entrar na nossa matriz. Estou falando que no Brasil inteiro vai entrar 8.500 megawatts." No País todo, disse a presidente, temos 121 mil megawatts de energia. "Para vocês terem uma ideia, eu estive há três dias atrás no Chile e lá não tem nem 10% de energia. Vamos dobrar os 121 mil megawatts em 15 anos.".

Segundo Dilma, o Brasil é um dos países que está conseguindo chegar cada vez mais próximo em ter energia para todos os lares. "Temos todas as condições para chegar a mais afastada comunidade e garantir a ela energia elétrica. O Brasil com mais essa contribuição, tem energia suficiente para assegurar que este ano será um ano de grande crescimento das nossas oportunidades." (Estadão)

Aécio leva PSDB a votar contra Renan.


Após sinalizar publicamente o desconforto do PSDB com a indicação do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), à presidência do Senado, o tucano Aécio Neves (MG) vai defender que a bancada do seu partido aprove, em reunião marcada para amanhã, posição conjunta contra a eleição do peemedebista.

Para demarcar o campo da oposição, Aécio levará à bancada a proposta de apoio a Pedro Taques (PDT-MT), já que o PMDB mantém a decisão de indicar seu líder. Diante da movimentação de Aécio, Renan trabalha para tentar manter pelo menos metade dos dez votos dos senadores tucanos. Aliados seus dizem que o PSDB poderá perder sua vaga na Mesa Diretora (1ª Secretaria), se não votar no candidato do PMDB, que, pela regra da proporcionalidade, tem direito à vaga. Os tucanos, no entanto, não acreditam que Renan queira iniciar sua gestão com uma relação conflituosa com a oposição.

Nome mais cotado para disputar a Presidência da República pela oposição, o senador mineiro deu declarações na segunda-feira pedindo que o PMDB indique um nome que "agregue todas as forças políticas do Congresso" e seja aceito por toda a Casa, e não apenas por sua bancada, para que o Senado "inicie uma nova fase".

A intenção foi mandar recado internamente (para a bancada tucana) e para o PMDB de que o PSDB respeita o direito do maior partido à indicação, pela regra da proporcionalidade. Mas não está confortável para votar em Renan. Seria uma oportunidade para o PMDB rever a escolha. Caso contrário, os tucanos estariam livres para tomar outro caminho.

Como não houve qualquer sinalização do PMDB nesse sentido, Aécio deu o passo seguinte. Está conversando com os colegas sobre a necessidade de a oposição "demarcar campo" e fechar uma posição contra a escolha de um senador cercado de polêmica, cujas atitudes recentes demonstrariam, na opinião dos tucanos, disposição de conduzir o Senado fazendo o jogo do governo.

Taques é um dos candidatos independentes que Renan enfrentará no plenário. O outro é Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Eles decidiram manter as duas candidaturas, para agregar mais votos. Há resistência do PSDB a Randolfe e do PSB a Taques. A ideia é que, mesmo insuficiente para derrotar Renan, a votação recebida por eles mostre a insatisfação da Casa. O peemedebista reafirmou ontem sua candidatura a vários colegas de partido, pessoalmente ou por telefone, para afastar os rumores de que seu grupo já cogitaria lançar outro nome.

Sem conseguir entendimento entre os aliados Eunício Oliveira (CE) e Romero Jucá (RR), que disputam a vaga de líder, Renan marcou para amanhã, às 17h, a reunião da bancada para oficializar sua indicação. A proposta de dar a Jucá a liderança do Bloco da Maioria (PMDB, PP e PV) e a do PMDB a Eunício fracassou por questões regimentais. As conversas continuam hoje.

Segundo avaliação do seu grupo, apesar da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra ele e do incômodo crescente demonstrado por senadores de outros partidos com sua indicação, o líder ainda tem votos suficientes para ganhar no plenário. Uma decisão da bancada tucana contra Renan não ameaçaria a vitória, de acordo com os cálculos do grupo, mas reduziria a "margem folgada" de diferença que era prevista. Além disso, seria uma ação política concreta contra ele.

Por enquanto, a bancada do PSDB está dividida. O líder, Álvaro Dias (PR), tem a mesma opinião de Aécio. Aloysio Nunes Ferreira (SP) ainda discutirá o assunto com os colegas, mas sua primeira opinião é que o partido deveria se abster na votação. Seria uma forma de manifestar a "inconformidade" com o processo de escolha do futuro presidente pelo PMDB, sem desrespeitar a proporcionalidade.

A partir de hoje, quando as bancadas partidárias começam a se reunir para tomar posição sobre a eleição da Mesa, será possível aferir melhor o impacto da denúncia de Gurgel e outras notícias negativas envolvendo Renan. Na prática, a indicação do líder do PMDB divide quase todos os partidos da base, como PSB, PDT e PP - além do próprio PMDB, onde há dissidentes. Apesar do incômodo de petistas, o PT mantém seu apoio ao principal parceiro no governo. (Valor Econômico)

Dilma sobe gasolina 6,6%, sem cadeia nacional de TV.

A Petrobras comunica o reajuste nas refinarias de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel, a vigorar a partir da meia noite do dia 30 de janeiro de 2013. A noticia está no Portal da empresa. Dilma, claro, não vai chamar cadeia nacional.

Lula por baixo.

Ao chegar em Cuba, hoje, Lula foi recebido pela vice-ministra de Relações Exteriores, uma tal de Ana Terezita Gonzáles. Nós tempos em que o café ainda era quente, Raul Castro recebia o ex-presidente com tapete vermelho e guarda de honra. Abaixo a foto da chegada. Adivinhem de quem é o jatão.

PSDB aciona Dilma por improbidade administrativa.

O PSDB entrou nesta terça-feira com uma representação pedindo que a Procuradoria Geral da República apresente uma ação de improbidade administrativa contra a presidente Dilma Rousseff pelo anúncio da redução das tarifas de luz. Os tucanos argumentam que Dilma usou a máquina pública para atacar a oposição e, assim, antecipar sua campanha pela reeleição de 2014. Segundo o vice-líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), em cadeia de rádio e televisão na semana passada, Dilma deixou claro que não falava para Nação, mas a seus eleitores.
 
"Ao invés de falar ao povo, ela definiu o povo como sendo contrários a seu governo ou favoráveis", afirmou." Ela não pode se valer da estrutura do Estado para fazer campanha antecipada. A pergunta que não quer calar é que será que ela vai se valer da estrutura do Estado, dos pronunciamentos, para anunciar o aumento da inflação do ano passado, do aumento da gasolina? Não é possível fazer campanha às custas do dinheiro público", completou.
 
Na ação, os tucanos alegam que o pronunciamento usou recursos gráficos semelhantes aos aplicados na propaganda eleitoral de Dilma em 2010. "Ela deixou de usar o brasão da República para usar a logomarca do governo. Ao invés de aparecer o nome Dilma Rousseff, enalteceu-se o nome Dilma, justamente para enaltecer o nome que fez a campanha eleitoral, e ainda usou uma roupa vermelha que é a cor do PT".
 
A declaração de Dilma foi bem recebida pelo PT, que comemorou o tom politizado do discurso. A avaliação era que a presidente precisava responder criticas de eventuais falhas em sua gestão para evitar desgaste na imagem de sua gestão. Para isso, Dilma elaborou o pronunciamento que foi retocado pelo marqueteiro João Santana. Apesar da boa avaliação nas pesquisas de opinião pública, a presidente era alvo de ataques devido à gestão da área de energia, ao pífio crescimento econômico, excesso de intervenção na economia e manobras fiscais para fechar as contas.
 
A estratégia irritou a oposição, especialmente por terem sido tachados como do contra, e provocou reação inclusive do senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano ao Planalto."Na verdade, ela confundiu governo e Nação. Uma coisa é ser contrário a alguns aspectos do governo, isso faz parte da democracia, outra coisa é você tipificar que qualquer pessoa que seja contrária ação de governo seja contra interesses do país", disse Sampaio.
 
O deputado saiu em defesa das companhias energéticas Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais), Copel (Paraná), controladas por governo do PSDB, que não aderiram ao plano do governo. "O governo do PSDB sempre dá sua contribuição no que é possível. Na energia, os governos do PSDB já tinham feito diminuição da carga tributária, principalmente do ICMS pago pelas empresa. Não houve um encontro de contas ao modelo da presidente Dilma", afirmou. (Folha Poder)

PGR avisa que vai mandar investigar Lula. Ele se manda para Cuba.


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta terça-feira (29) que pretende enviar nos próximos dias ao Ministério Público Federal de primeiro grau os trechos do depoimento de Marcos Valério Fernandes de Souza em que o operador do mensalão declara que pagou despesas pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No começo do mês, após informações de que a decisão de remeter o caso já estava tomada, a Procuradoria informou que Gurgel ainda analisava as informações.

Em depoimento dado em setembro, Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como o "operador" do mensalão, disse que Lula autorizou empréstimos dos bancos Rural e BMG para o PT, com o objetivo de viabilizar o esquema, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo".

Segundo Gurgel, antes de encaminhar as investigações para a primeira instância – fato que pode ocorrer ainda nesta semana segundo ele – será concluída a análise sobre o envolvimento de pessoas com foro privilegiado entre os suspeitos. A existência de um acusado com prerrogativa de foro, como deputados e senadores, poderia manter as apurações na jurisdição da PGR.

“Estamos concluindo o exame (sobre pessoas com foro privilegiado). Aparentemente, não há o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro. Premissa que eu devo ratificar nos próximos dias. Assim, não caberá juízo do procurador-geral da República e sim de um procurador da República de primeiro grau”, disse Gurgel ao final da primeira sessão do ano do Conselho Nacional do Ministério Público.

De acordo com Gurgel, ele não deve encaminhar nenhuma orientação ao procurador da República que irá analisar as suspeitas contra Lula levantas por Marcos Valério. Na visão do procurador-geral, não caberia nenhuma recomendação aos profissionais do Ministério Público Federal que atuam nas instâncias iniciais da Justiça. “Não cabe porque o procurador-geral da República já não detém atribuição para oficiar nesses autos. Então, qualquer juízo que eu fizesse seria indevido e até uma interferência indébita na atuação do colega”, justificou.

Gurgel já havia afirmado que uma eventual investigação sobre os fatos relacionados a Lula, caso haja indício de irregularidade, seriam encaminhados para a Procuradoria de São Paulo ou do Distrito Federal. Leia mais no G1.

(*) Lula viajou para Cuba e não há data prevista para retorno

O Vermelho amarelou.

No post abaixo, lincamos por duas vezes o Portal Vermelho, do PCdoB, órgão oficial da UNE. Eles tiraram os dois links do ar. O primeiro link mostrava o presidente da UNE, no domingo de manhã, festejando em Olinda, O segundo link mostrava que eles apóiam até mesmo greves que não são suas, mas não apóiam os estudantes de Santa Maria. Abaixo o print screen de um dos links tirados do ar. Covardes!

Acima, a foto do presidente da UNE, fazendo festa no domingo pela manhã, segundo publicado no Portal Vermelho. Enquanto isso, a tragédia de Santa Maria
 
ATUALIZAÇÃO 09:36 - AMARELARAM DE NOVO! O POST FOI REPOSTO NO LINK. VER PRINT SCREEN ABAIXO.
 

Até o Papa emitiu nota oficial sobre a tragédia com os universitários de Santa Maria. A UNE não soltou um ai.

Segundo o Portal Vermelho, órgão de divulgação oficial da União Nacional dos Estudantes (UNE), o seu presidente estava no Nordeste, comemorando um evento ao lado do Gilberto Gil. Leia aqui.  Passadas 48 horas da tragédia, a UNE ainda não emitiu nenhum comentário sobre a tragédia de Santa Maria, onde morreram mais de 100 universitários. A UNE costuma emitir notas até para apoiar greves que não são suas. Também foi uma das primeiras a apoiar o mensaleiro condenado José Dirceu. Para isso, o seu presidente teve tempo. A omissão em relação à tragédia de Santa Maria é mais uma prova de que a UNE pode servir para qualquer coisa, menos para apoiar estudantes de ensino superior. Deveria ser banida. Deveria ser colocada na ilegalidade, não por política, mas por insensibilidade. Deveria receber o desprezo de toda a sociedade brasileira.

Abaixo, o drama que a UNE não deu a mínima importância, em entrevista com o reitor da Universidade Federal de Santa Maria, dada ao Estadão.

Algumas turmas estão esfaceladas e terão mais atenção’, diz reitor da Federal de Santa Maria após tragédia. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deve erguer um memorial aos alunos mortos na tragédia da boate Kiss, disse o reitor Felipe Martins Müller, de 46 anos. Segundo ele, o projeto está “quase configurado”. Falta definir, por exemplo, se o local terá indicação dos nomes das vítimas.

Müller soube do incidente na madrugada do domingo, por pessoas que ligaram para prestar solidariedade. Ele esteve nesta segunda-feira, 28, no velório coletivo no Centro Desportivo Municipal acompanhado de Amaro Lins, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). “Levamos palavras de conforto aos pais das vítimas. Eles perderam suas maiores riquezas.”

Existe a intenção de construir um memorial no câmpus?

Vamos estabelecer algumas ações com professores e demais servidores para homenagear as vítimas e minimizar a dor das famílias. Pode ser com a construção de um memorial, um espaço de oração e contemplação, para não deixarmos passar em branco essa situação que muito nos aflige. Tragédias como essa não podem voltar a acontecer no País.

Como o sr. vê a perda de dezenas de alunos de uma só vez para a universidade?

Nossa maior riqueza se esvai. Uma situação dessa magnitude inverte a ordem natural das coisas, quando morrem jovens no começo da vida profissional ou que acabaram de ingressar numa universidade pública após seleção extremamente difícil. Temos de fazer um trabalho muito importante para respaldar e dar tranquilidade ao retorno dos que ficaram.

A universidade planeja oferecer apoio psicológico aos alunos na volta às aulas?

O pessoal da Psicologia e do Serviço Social vai fazer um trabalho conjunto na semana que vem para auxiliar os estudantes, com prioridade para as turmas que perderam mais pessoas e estão mais vulneráveis. Algumas turmas estão esfaceladas. Docentes e servidores também vão receber suporte. Ao longo desta semana teremos reuniões diárias para nos prepararmos para o retorno das atividades acadêmicas. Já marcamos um grande culto ecumênico na próxima segunda-feira.

Muitos alunos têm atuado como voluntários após a tragédia. Como o sr. avalia essa atitude dos estudantes?

Foi uma situação que despertou a solidariedade de toda a cidade. Tivemos demonstrações desde de estudantes de Enfermagem e médicos residentes que foram para o Hospital Universitário no primeiro momento até de servidores que ajudaram distribuindo alimentos. Eles realmente tiveram uma atuação fundamental para minimizar o sofrimento das pessoas.

Existia algum espaço de entidades estudantis dentro do câmpus e que talvez tivesse uma estrutura melhor que a da boate Kiss para a realização de eventos?

O Diretório Central dos Estudantes tem uma área cedida pela universidade onde eles mantém uma boate que atualmente está passando por reformas para se adequar às exigências de isolamento acústico e do Corpo de Bombeiros. O local não funciona desde o ano passado. Lá tem várias portas de acesso, o consumo é pago à vista. Mas não nos cabe agora analisar isso. É hora de dar conforto às famílias e trabalhar para minimizar o impacto dessa dor que é muito grande para todos nós.

Serra em fase de "arrumação".


Em seu primeiro discurso depois de ter perdido a disputa pela Prefeitura de São Paulo há três meses, o ex-governador José Serra (PSDB) ignorou ontem seu futuro político e não citou a disputa pela Presidência em 2014. "Ainda estou em fase de descanso e arrumação", afirmou, após o discurso, ao ser questionado sobre sua atuação política no ano que vem.

Desde que foi derrotado por Fernando Haddad (PT) em outubro do ano passado, o tucano havia aparecido em apenas dois eventos públicos, mas não tinha discursado nem dado entrevistas. Ontem, Serra falou na abertura do congresso do PSDB paulista. Em um discurso de pouco mais de 20 minutos, abordou a reforma política, defendeu o voto distrital e criticou o loteamento de cargos no governo federal.

Em entrevista depois do evento, o tucano criticou também a discussão sobre seu futuro. "Tem tanta plantação e bobagem. [...] Sempre fico sabendo pelos jornais as coisas que estão me acontecendo." Questionado mais de uma vez sobre o tema, Serra não quis falar a respeito da realização de prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência em 2014, tema que disse a aliados que seria abordado em seu discurso.

O ex-governador ainda trabalha para ser o nome tucano na corrida pelo Planalto, mas o candidato favorito no partido hoje é o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Líderes do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defenderam publicamente o nome do mineiro. O senador Aloysio Nunes (SP), que discursou antes de Serra, disse ter uma "preocupação enorme para 2014", em relação à tentativa de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). "Nossa ação política hoje tem de ser a defesa do governo Alckmin", afirmou.

Afif confirma que será ministro.


Em viagem oficial ao Reino Unido, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), conversou ontem com a Folha já como virtual ministro da Pequena e Média Empresa do governo Dilma Rousseff.

A criação da pasta, que será a 39ª da Esplanada, ainda precisa ser aprovada no Senado, onde a presidente tem ampla maioria. Depois que isso ocorrer, ela deve anunciar seu futuro ocupante. Segundo Afif, rival histórico do PT, o Palácio do Planalto informou que o impasse deve acabar em abril ou maio. Questionado sobre o currículo para o cargo, o vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que é líder empresarial desde os anos 70 e se sente pronto para formular políticas para o setor. "Eu cuidei desse assunto a minha vida toda", afirmou, após participar de encontro com investidores em Londres.

A nomeação faz parte do acordo do PT com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, que tem a terceira maior bancada da Câmara: 49 deputados, mesmo número do oposicionista PSDB. Em troca, o novo partido apoiará Dilma no Congresso e na campanha à reeleição em 2014. Afif disse que a pasta seria criada de qualquer forma, mas confirmou o pacto para a corrida presidencial. "Este ministério não está sendo criado para o PSD. Foi uma promessa de campanha da presidente. Mas em 2014 o PSD estará com a Dilma. Ponto", enfatizou.

Ele afirmou que Kassab não será ministro para se dedicar ao partido e deve se candidatar a governador no ano que vem, quando Alckmin pretende tentar a reeleição.

Inicialmente, Dilma destinaria a nova pasta a uma empresária sem vinculação política: Luiza Trajano, do Magazine Luiza. A ideia esfriou porque a tentativa de criar o cargo por medida provisória ficou travada no Congresso. Afif disse que as negociações com o PSD estão em aberto e ainda podem envolver mais um ministério antes de o partido embarcar oficialmente na bancada governista. "Mas eu não estou cuidando disso. Quem fala é a direção do partido", afirmou.

O vice-governador foi eleito em 2010 na chapa de Alckmin. Os dois apoiaram o então candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que foi derrotado por Dilma. Afif confirmou que busca respaldo jurídico para entrar no governo petista sem ter que renunciar ao mandato na administração tucana. Ele se comparou ao político mineiro Hélio Garcia, que na década de 80 acumulou os cargos de vice-governador e prefeito nomeado de Belo Horizonte. Garcia assumiu o governo quando Tancredo Neves se candidatou a presidente no Colégio Eleitoral. "Não interessa a ninguém brigar por causa disso", afirmou o aliado de Kassab.

O vice disse não ver conflito de interesses caso represente Estado e União ao mesmo tempo. "O vice-governador não tem representação, tem expectativa de poder. Só passa a ter representação se deixar de ser vice. Então não tem conflito de interesse." Afif deixou claro que Serra não terá espaço no PSD caso busque abrigo para concorrer de novo ao Planalto. Ele defendeu que o ex-governador tente o Senado e adote um tom mais propositivo em suas críticas ao governo. "Ele está alijado no PSDB [para a Presidência]. O Serra pode ter uma voz importante no Senado. Mas eu já disse a ele: 'Serra, você não pode se comportar como uma velha ranzinza'", contou.

Afif está em Londres para buscar investimentos no governo paulista. Ele apresentou um pacote de obras estimado em R$ 40 bilhões, incluindo três linhas do metrô. Na comitiva, estão representantes de empreiteiras como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht. O vice-governador é rival histórico do PT desde os anos 80, quando integrava o PDS, sigla de sustentação da ditadura militar. Ele foi secretário de Agricultura do governo Paulo Maluf em São Paulo e disputou a Presidência em 1989 pelo extinto PL. Mais tarde, filiou-se ao PFL, atual DEM, onde fez oposição ao governo Lula. Em 2006, disputou o Senado e quase bateu o petista Eduardo Suplicy. Deixou a sigla para criar o PSD com Kassab.(Folha de São Paulo)

O PT é tão bonzinho...


Depois de prever, no final do ano passado, que em 2013 "o bicho vai pegar" na disputa partidária, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou ontem, durante o encontro com prefeitos do PT, que os petistas não podem aceitar as provocações dos partidos de oposição. "É muito importante que a gente não baixe a cabeça, não aceite a pecha de que o PT é o partido que inventou a corrupção, governa mal ou é o partido da boquinha", disse o ministro, referindo-se às recentes críticas da oposição.

Carvalho disse que todos os petistas devem ter orgulho dos dez anos de governo do partido. "Estamos vivendo momento muito difícil nessa transição. O tom mudou nos últimos tempos. Na medida em que nós começamos a mexer com o capital, a baixar juros, a mexer com energia elétrica, a diminuir lucros, o humor mudou completamente", prosseguiu Carvalho.

"Quem lê os editoriais dos jornais tem a impressão de que o Brasil está indo à bancarrota, de que a economia está quebrada, que há apagão. Vai ser assim o ano todo, até o ano que vem", disse ainda.Segundo Gilberto Carvalho, "foi o PT que teve a coragem de criar uma nova cultura política no País". Afirmou que foram os petistas que criaram a transparência nas administrações públicas. "Vamos para o debate político, ocupar, dar o combate, porque só assim nós vamos fazer frente a essa grande oposição, a essa tentativa de acabar com o nosso projeto nas eleições do ano que vem." (Estadão)

Razão e emoção.

Gaúcho distante dos pagos, lembrei, há pouco, de saber pela cidade de Santa Maria como ela estava se sentindo. E fui buscar o jornal A Razão, o tradicionalíssimo A Razão, fundado em 1934. Nos tempos do curso de Jornalismo, nos anos setenta, muitos colegas foram para lá ter o seu primeiro emprego. E de lá também saíram grandes jornalistas para grandes veículos de comunicação de todo o Brasil. O velho jornal, assim como a Federal de Santa Maria, foram e são grandes escolas. A capa de hoje diz tudo. O velho jornal continua fazendo jornalismo com a mão no coração. Um coração dilacerado por esta tragédia. 

Lula quer um encontro de prefeitos para chamar de seu. Municípios petistas vão pagar a festa.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (CE) aproveitou hoje (28) a reunião de prefeitos do partido em Brasília para convocar todas as lideranças locais do partido para um novo encontro no final de fevereiro. Enquanto, nesta semana, os prefeitos de todo o País estão envolvidos com o evento chamado pelo Planalto, em fevereiro, os prefeitos do PT terão um compromisso com um cunho assumidamente político, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O objetivo é aproximar os prefeitos da direção do partido tendo em vista a necessidade do partido está integrado para o grande desafio que teremos em 2014 que será a reeleição a presidenta Dilma Rousseff”, disse o líder.
 
As ações da direção do partido têm como base um diagnóstico de que os prefeitos petistas, principalmente os que administram cidades menores, se ressentem de não usufruírem das políticas ou do legado do PT. “Os prefeitos não querem ser lembrados apenas na hora do voto”, destacou Guimarães. “Diante dessa queixa, podemos perceber que há uma demanda deles e que isso é muito bom”, observou.
 
O encontro ocorrerá na Câmara dos Deputados e também marcará os 10 anos de administração petista no plano nacional. Entre os assuntos pautados está a recuperação do que é chamado “legado petista”.“Precisamos recuperar o que chamamos de jeito petista de governar. Precisamos recuperar experiências vitoriosas como a que ocorreu em municípios administrados pelo PT como Diadema (SP) e Icapu (CE), por exemplo”, destacou.
 
No encontro que reuniu prefeitos do partido hoje pela manhã, as queixas de distância política entre as lideranças locais e a cúpula do partido foram a tônica das falas. Houve prefeito de municípios pequenos que reclamou da dependência de deputados federais de outros partidos da base, como o PMDB, para liberar emendas junto ao governo federal. “Precisamos achar um meio de fazer essa aproximação. Quando o PT tinha 50 ou 40 prefeitos esse diálogo era permanente, diário. Agora temos 650 prefeitos e precisamos achar uma forma de estarmos próximos”, disse ( Do Portal IG)

Aécio critica pronunciamento de Dilma.

Artigo do senador Aécio Neves (PSDB/MG) publicado no jornal Folha de São Paulo, intitulado "Ausência de limites"

A redemocratização brasileira nos deixou um importante legado: a certeza de que a democracia é mais que um voto depositado nas urnas. Ela se baseia na garantia das liberdades e num rigoroso respeito às leis. Assim, não é possível fechar os olhos para o viés autoritário que ganha substância no governo petista.
 
A governança por medidas provisórias, a profunda subordinação do Congresso, a forma como foram promovidas as mudança de marcos regulatórios, a ausência de diálogo e as diversas tentativas de “regulamentar” a mídia são algumas das expressões dessa perigosa tendência.
 
Mas a fala da presidente da República e a lamentável utilização da rede nacional de rádio e TV para, entre outras coisas, desqualificar os brasileiros críticos ao seu governo é, certamente, a mais evidente delas. Não se sabe se incomodada pela pressão das articulações que gostariam de ver o ex-presidente Lula candidato ou com a simples motivação de tirar o foco dos fracassos acumulados, constatados pelo pífio resultado da economia, a presidente resolveu antecipar o debate eleitoral.
 
É nesta posição que ela se permitiu propagar aos brasileiros a visão maniqueísta de uma nação dividida ao meio, na qual os que amam o Brasil são otimistas e estão com o governo enquanto que os que não querem o bem do país, os “do contra”, os pessimistas, estão na oposição.
 
Essa é uma postura que agride a diferentes gerações de democratas. É impossível não revisitar, com ironia, a gênese petista do “quanto pior melhor”. Ou voltar no tempo para lembrar o nacionalismo canhestro dos governos militares que buscava confundir governo com nação, transformando a crítica em ato impatriótico e que agora ganha estranha atualidade.
 
O conteúdo do pronunciamento foi atípico e agressivo.
 
Na parte dedicada à energia, de forma desleal, o texto transformou os que apenas defenderam um outro caminho para a diminuição da conta de luz –no caso a redução de tributos federais– em adversários da ideia. Para a construção do falso raciocínio, sonegou ao país até mesmo a informação de que empresas estaduais criticadas aderiram à proposta do governo nas áreas de transmissão e distribuição.
 
E, por ironia, são justamente os Estados governados pelo PSDB que, sem alarde, oferecem há muitos anos as maiores isenções de ICMS na conta de luz… O pronunciamento da presidente tem vários significados. Nenhum deles é bom para a democracia, patrimônio de todos brasileiros.

Para que não me chamem de oportunista.

Às 10:25 da manhã de domingo, saudei a presença da Presidente da República no local da tragédia, em Santa Maria.
Após a sua visita, novamente registrei a discrição de Dilma, que estava retornando para Brasília sem aproveitar politicamente a tragédia.
Fui advertido por amigos virtuais do que poderia acontecer. Continuei duvidando.

Após a partida de Dilma Rousseff, foi liberada esta foto. Oportunista. Politiqueira. Marqueteira. Como dizia antes, queimei a minha língua. Eles não conseguem ser politicamente corretos. E, abaixo, lamentei. 

Retrato de um país corrupto.


Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios concluiu que 3.588 cidades brasileiras (64,4% do total) estão impedidas de celebrar convênios com o governo federal por irregularidades apontadas pelo Cadastro Único de Convênios do Tesouro (Cauc). O Cauc é um serviço auxiliar de informações para transferências voluntárias que visa a reduzir a burocracia dos processos de convênios e volume de papéis, além de ampliar o nível de controle de exigências, possibilitando maior transparência, Também compete ao cadastro facilitar a entrega de relatórios de gestão fiscal, execução e balanço anual apenas uma vez pelo ente que assina o convênio, e não diversas vezes, como era antes. Ao mesmo tempo, o sistema verifica a situação das prefeituras quanto às obrigações de adimplência financeira, prestação de contas de convênios, obrigações de transparência e constitucionais legais.

O governo promove hoje e amanhã um encontro nacional de prefeitos atrás de apoio político à presidente Dilma Rousseff. As parcerias federais com as cidades, no entanto, têm sido perdulárias, segundo relatório de fiscalização da Controladoria-Geral da União divulgado há nove dias.

Foram detectadas irregularidades nos 24 municípios fiscalizados desde agosto do ano passado. Há fraudes no pagamento do Bolsa-Família, desvios em programas de Saúde, Educação e merenda escolar, entre outros casos. As auditorias são feitas desde 2003 via sorteio. Ao todo, já foram feitas 37 vezes. E os problemas citados sempre reaparecem.

Segundo o ministro da CGU, Jorge Hage, algumas irregularidades ocorrem por falta de informação dos gestores ao lidar com a verba federal. "Quando fazemos a fiscalização, procuramos verificar qual é o grau da irregularidade", diz Hage. Na avaliação dele, porém, desvios para enriquecimento ilícito são os mais comuns.(Informações do Estadão)