Segundo Joaquim Barbosa, José Dirceu já deve passar o inverno na cadeia.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse esperar que as penas de todos os condenados na ação penal do mensalão sejam aplicadas até julho deste ano. Isso significa que, se não houver qualquer medida protelatória das defesas dos réus, 22 dos 25 condenados a prisão poderão ser presos até esse prazo.
Joaquim Barbosa, presidente do STF
O mensalão, caso considerado o maior escândalo de corrupção da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), foi julgado pelo Supremo no ano passado. Em quase cinco meses de julgamento, o STF concluiu que houve desvio de recursos públicos para abastecer um esquema de compra de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula.
 
Para que as penas sejam de fato executadas, porém, a Corte ainda deve publicar o acórdão do julgamento. A previsão, segundo o presidente do Supremo, é que isso ocorra em março. Na semana passada, 3 dos 11 ministros do STF que participaram do julgamento concluíram a revisão de seus votos para posterior publicação. "Por mim, encerraria [o processo] ontem. Infelizmente, tenho que respeitar os prazos", disse Barbosa. Questionado se os demais ministros estão demorando a liberar seus votos para constar do acórdão, ele disse que isso é "detalhezinho". "Por que vocês gostam de detalhezinhos? Vamos falar de coisas mais substanciais, grandiosas."
 
Para Joaquim, julho é um prazo razoável para que a ação transite em julgado e, uma vez concluída, a pena deve ser aplicada automaticamente. "[Uma vez] encerrado, acabou. Encerrado você aplica a decisão tanto no cível quanto no crime. 'Executa-se' é a palavra que se usa tanto para matéria criminal quanto civil." Ele não descarta, contudo, que haja tentativas de se adiar a aplicação das penas. "Tudo é possível, mas há meios de se coibir isso também", disse.
 
As penas variam entre os 40 anos de prisão aplicados ao publicitário Marcos Valério Fernandes, considerado o operador do mensalão, e os dois anos que recebeu o ex-deputado José Borba, do PMDB. Entre os 25 condenados figuram nomes como o de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil de Lula, o ex-presidente do PT José Genoino, seu ex-tesoureiro Delúbio Soares e o atual deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
 
Mais cedo, ele disse, em entrevista restrita a correspondentes estrangeiros, que "as ordens de prisão devem ser expedidas" antes de 1º de julho. Na ocasião, o presidente do STF, no entanto, afirmou que as prisões dependerão do cumprimento das últimas etapas do processo. "Eu espero encerrar toda essa ação até julho deste ano", afirmou, segundo a agência Reuters.
 
Na entrevista a jornalistas estrangeiros, o ministro rebateu a alegação de que as penas aplicadas no julgamento do mensalão foram "duras". Para ele, pela magnitude do caso -- que significou o desvio estimado em mais de R$ 100 milhões de verbas públicas--, na realidade, as penas foram "baixíssimas".
 
Barbosa disse também que, devido a diversos benefícios legais, a maioria das penas será reduzida com o tempo e nenhuma delas chegará a ser cumprida em sua totalidade. O presidente do Supremo opinou que esses benefícios são sintomas de um sistema penal "fraco", que "favorece o réu", acaba ajudando os "corruptos" e faz com que o sistema penal não tenha o devido efeito. Para Barbosa, esse conjunto de fatores reforça a "sensação de impunidade" que existe no Brasil em relação aos políticos corruptos. Barbosa, no entanto, diz acreditar que o mensalão apontou um "caminho" na direção contrária.
 
"Seguramente muitos juízes se sentirão mais encorajados agora" quando tiverem que processar algum político, argumentou Barbosa, para quem, no entanto, isto não acabará com as "incoerências" do processo penal no país. Sobre a popularidade adquirida após o julgamento, Barbosa diz acreditar que o fenômeno nada tem a ver com seu carisma social, mas sim porque "a sociedade está cansada dos políticos profissionais". (Folha Poder)

2014: Alckmin bota campanha na rua.

No mesmo dia em que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou que será candidato ao governo de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, virtual candidato tucano à reeleição, participou nesta quinta-feira (28) de um evento oficial que teve clima de campanha eleitoral. Cerca de 50 pessoas vestidas com camisetas do PSDB e bandeiras do partido acompanharam Alckmin em um ato no qual o governador anunciou a construção de 20 mil casas no centro de São Paulo. O evento aconteceu na sede da Secretaria Estadual de Cultura, na Estação da Luz (centro).
 
Patrocinados pelo deputado Ramalho da Construção (PSDB), que é vice-presidente da Força Sindical, os militantes disseram que foram até o local para fazer uma "homenagem" a Alckmin.Após o ato, o governador caminhou, cercado pelos militantes, pelas ruas do bairro da Luz, onde cumprimentou algumas pessoas e tomou um café em uma padaria.
 
O prefeito Fernando Haddad (PT) também participou da cerimônia, mas não acompanhou Alckmin na caminhada. O projeto de habitação é uma PPP (Parceria Público-Privada) que deve contar com recursos da prefeitura, governo estadual e federal. "É o que nós temos feito na cidade de São Paulo como por exemplo na habitação, segurança, creches, transporte: fazer uma boa sinergia", afirmou Alckmin, sobre projetos em comum com a nova administração da prefeitura. "A democracia é bom que você diverge, mas é que você também converge", disse Haddad, sobre a parceira com o governo. (Folha Poder)

13.000.000 de acessos.

O tempo passa e este Blog já completa 13.000.000 de acessos. Este 13 a gente pode comemorar sem medo da História. Obrigado a todos pela paciência e audiência.

O dia em que o PT roubou 2005 da História.

Cenas de xingamentos, empurra-empurra e confusão marcaram um ato realizado pelo DEM como contraponto aos atos do PT em comemoração aos dez anos do partido à frente do Palácio do Planalto. A confusão começou quando o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), mostrava uma placa gigante onde eram retratado o ano de 2005 e as reportagens sobre a existência do mensalão. Irritado com a placa, o deputado Amaury Teixeira (PT-BA) surpreendeu os poucos parlamentares da oposição que estavam no local e, literalmente, saiu puxando a placa pelo corredor da Câmara que liga o Plenário e as comissões.
 
Mensaleiros ficaram irritados com a História. Para eles, 2005 nunca existiu
 
Uma espécie de outdoor, a placa foi colocada estrategicamente em frente à mostra fotográfica que está ocorrendo na galeria da Câmara e que mostra a história cronológica do PT. Nela, o ano de 2005 foi esquecido. Por isso, o DEM colocou a placa em frente à mostra fotográfica que entre os anos de 2004 e 2006, de forma a "preencher" no painel petista o ano de 2005.
 
- Que coisa de moleque! Isso é falta de respeito! - gritava Amary, enquanto carregava a enorme placa.
- Mensaleiro! Mensaleiro! - responderam parlamentares do DEM e outros participantes do ato.
 
O deputado Onxy Lorenzoni (DEM_RS) chegou a brincar: - Eles roubaram até a placa do mensalão.
 
Amaury foi seguido pela galeria afora, inclusive por deputados como Felipe Maia (DEM-RN). Cercado, o deputado foi socorrido pelo colega Edson Santos (PT-RJ), que passava pelo local. A placa foi levada por assessores por uma escada lateral, que dá acesso à liderança do PT na Câmara. O DEM disse que ela foi levada à liderança do PT na Câmara, mas os petistas negam.
 
Amaury ficou muito irritado com os ataques. - Moleque, sou homem direito! Quem me chamou de mensaleiro? - dizia Amaury.
 
A placa tem foto de Lula, a estrela e diz que a palavra mensalão surgiu, pela primeira vez, em junho de 2005. Há ainda reproduções dos jornais da época. Os ânimos continuaram exaltados no Plenário. O deputado Onyx Lorezonzi usava o microfone para tentar explicar o ato do DEM, quando levou um tapa no ombro do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). - Canalha! Canalha! - gritou Devanir.
 
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) interveio. O deputado Zca Dirceu (PT-PR) também chegou a se aproximar de Onyx. Mais comedido, o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), foi à Tribuna lembrar que a exposição sobre os 33 anos do PT tinha autorização da Câmara para ser realizada.
 
O líder do DEM, Ronaldo Caiado, disse que a ideia era lembrar do ano de 2005, que fora esquecido na mostra sobre a história do PT. - Estamos preenchendo aquele hiato que existe na história de 33 anos do PT - disse Caiado. Curiosamente, o PT marcou, para o mesmo local, uma festa para o final da tarde com a presença do presidente do partido, Rui Falcão. Assessores da Casa correram para saber se a oposição voltaria, mas foram tranquilizados de que não. ( O Globo)

Haddad corta gastos em Saúde em 9%.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (SP), determinou a redução de gastos com Organizações Sociais (OSs) como uma de suas primeiras medidas na área da saúde. Além de contingenciar até 9% dos gastos com OSs, que administram hospitais e postos de saúde, Haddad fará cortes nos contratos e reforçará a fiscalização.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior (PT), a prefeitura prevê economizar R$ 6 milhões ao mês (R$ 72 milhões por ano) com o contingenciamento parcial das despesas com OSs. "Vamos reavaliar ainda mais e vamos fazer um corte maior", disse ontem Filippi, em entrevista ao Valor. O secretário ainda está revisando os contratos e deverá reduzir as despesas com custeio nos próximos dois meses.
 
Em dois meses de governo petista, a fila de pedidos de exames e consultas com especialistas aumentou para 802 mil . Há 300 mil pessoas à espera de exame e 502 mil na fila para consulta de especialista. E o deficit de médicos foi ampliado para 2,6 mil profissionais. No entanto, Haddad optou por fazer cortes no orçamento das Organizações Sociais, contrariando o que havia prometido na campanha eleitoral.

Pedagogia da corrupção: tucanos negam participação nas denúncias contra Chalita.

O ex-governador José Serra e o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) negam com veemência que tenha havido oferta de dinheiro para sustentar acusações contra Gabriel Chalita. "Não conheço os fatos nem as pessoas citadas", disse Serra, sobre Milton Leme (ex-presidente da FDE que acusa os tucanos) e Roberto Grobman.
 
Feldman afirma que Grobman trouxe para ele, à época da campanha para a prefeitura no ano passado, acusações contra Chalita. O tucano diz ter respondido: "Nós não trabalhamos com esse tipo de acusação. Se você tem alguma denúncia, apresente ao Ministério Público. É onde esse tipo de investigação deve ser feita".
 
Um jornalista que trabalhou na campanha de Serra, Ivo Patarra, acompanhou Grobman nos depoimentos. O deputado diz ter feito "o que qualquer cidadão faria". A conversa com Leme no shopping Higienópolis "foi muito boba", de acordo com Feldman. "Não falamos nada e não tivemos nenhum contato posterior".
 
Segundo Grobman, a versão de Milton Leme sobre a oferta de dinheiro dos tucanos é "mentirosa". Ele afirma que Leme dissera que sustentaria as acusações contra Chalita até o momento em que foi procurado por representantes de Chaim Zaher. "Ele está sendo pago para dizer essas coisas." (Folha de São Paulo)

Malha da "Rede" da Marina ficou bem larga: não pega ficha-suja e nem limita doações.

Se você é um ficha-suja que nenhum partido quer e, melhor ainda, se for um grande empresário, corra para a "Rede" da Marina. Ali é o seu lugar. Abaixo, matéria da Folha de São Paulo.
 
Com brechas nos critérios de filiação para impedir candidatos "ficha-suja" e sem definição sobre um teto de doações, integrantes do partido Rede registraram ontem em cartório o estatuto da legenda. O ato, realizado em Brasília, foi comandado pela ex-senadora Marina Silva e contou com a participação dos deputados Alfredo Sirkis (PV-RJ), Walter Feldman (PSDB-SP), Domingos Dutra (PT-MA) e militantes.
 
O capítulo do estatuto que trata das condições de filiação diz que resolução da comissão nacional estabelecerá as hipóteses de inelegibilidade. Impedimentos previstos na Lei da Ficha Limpa, como condenações por crimes de corrupção, improbidade administrativa etc., deverão, porém, ser seguidos.
As hipóteses de flexibilidade na filiação devem ocorrer em casos em que a pessoa foi condenada por sua participação em movimentos sociais.
 
Apesar de prever que haverá um teto para doações de pessoas físicas e jurídicas, o estatuto não define o limite das contribuições. Dessa forma, o partido fica livre para arrecadar para as eleições de 2014, quando Marina poderá disputar a Presidência da República.
 
O registro no cartório é só mais uma etapa para a criação da legenda. Para que a Rede saia do papel, é necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas em nove Estados. Segundo integrantes do partido, desde o lançamento, ocorrido no último dia 16 de fevereiro, até ontem, 32.363 pessoas já baixaram na internet a ficha para coleta de assinatura.

PT tenta apagar 2005, Dilma tenta apagar FHC.

A presidente Dilma Rousseff usou ontem a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", para rebater críticas da oposição, da imprensa e de economistas, antecipando estratégia para a campanha eleitoral de 2014. Para uma plateia de ministros, empresários e representantes sindicais, Dilma discursou reafirmando o que tem chamado de "pilares da estabilidade" econômica e defendendo suas políticas.
 
Em resposta a oposicionistas, em especial ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que antes de o PT chegar ao poder "não existia" cadastro único de programas sociais. Na semana passada, ela disse não ter herdado "nada" do antecessor tucano, ao que ele respondeu dizendo que ela "usurpou" seus projetos e que ela era "ingrata".
 
Criado em 2001 pelo ex-presidente tucano, o cadastro foi ampliado repetidas vezes durante os últimos dez anos de gestão petista. É por meio dele que o governo decide quais serão os beneficiados por programas sociais como o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria. Ambos foram bandeira de Dilma em 2010 e devem novamente ser o carro-chefe da campanha no ano que vem.
 
Na semana passada, a presidente anunciou que o governo vai zerar a extrema pobreza no Brasil ao assegurar a todos os cadastrados renda mensal acima de R$ 70. "Nós tivemos, óbvio, de fazer toda uma engenharia, uma tecnologia social. Criamos um cadastro, porque não existia cadastro. É conversa que tinha cadastro. Nós levamos um tempão para fazer. E para limpar o cadastro, e para ver se não tinha gente em duplicidade? E até hoje fazemos isso", disse Dilma.
 
A troca de farpas entre petistas e tucanos começou na semana passada, quando Dilma foi lançada à reeleição por Lula na festa do PT para comemorar os 10 anos do partido no poder federal. (Folha de São Paulo)

DEM completa ano que faltava na mostra do PT.

Deputados Ronaldo Caiado e Ônix Lorenzoni, do DEM, inauguram painel que faltava na exposição do PT na Câmara dos Deputados. Parece que o PT ficou envergonhado e "afanou"o didático poster. Carregou para dentro do gabinete da liderança. Pois é. Agora o PT deu pra roubar cartazes?

Lula: " por que a gente não começa a organizar a nossa mídia"?

Observem bem a reprodução acima do site Brasil 247. Os três patrocinadores são do governo petista. Caixa, BRB e Banco do Brasil. Na matéria, Lula ataca a mídia e quer fazer uma mídia como a que Raul Castro tem. Amordaçada,. censurada, comprada como a do Brasil 247. Leiam a matéria. Lula odeia a imprensa livre. O PT quer o controle social da mídia. Já existem veículos de comunicação e blogs que estão dentro deste conceito. Pagos pelas estatais. É hora de dar um basta nisso.

TCU investiga rombo de U$ 1 bilhão na Petrobras. Petistas pagaram dez vezes o que valia uma refinaria nos EUA.

O Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU) representação contra a Petrobrás sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. O procurador Marinus Marsico encaminhou ao ministro-relator do TCU, José Jorge, pedido para que apure responsabilidade da companhia no negócio. Após meses de investigação, o procurador considerou que houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos.

O Estado apurou que o prejuízo da companhia pode ser de cerca de US$ 1 bilhão. A presidente Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição. A representação é uma denúncia, o pontapé inicial de um processo formal. "A representação foi encaminhada e saiu como sigilosa, pois contém informações que poderiam ser consideradas de ordem comercial. Mas defendo que não seja confidencial", disse Marsico.
 
O processo está tramitando internamente. É possível que o ministro-relator se posicione já na próxima semana. José Jorge pode, por exemplo, apontar em despacho indícios de responsabilidade, pedir novas investigações (diligências) ou abrir para defesa da empresa (contraditório). Caso o ministro aceite o pedido e a área técnica do TCU inicie fiscalização na Petrobrás, o resultado do trabalho, com eventual identificação de responsáveis, será julgado em plenário.
 
O processo foi motivado por reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, de julho de 2012, mostrando que a refinaria foi adquirida em 2005 pela Astra/Transcor, uma trading belga da área de energia, por US$ 42,5 milhões. A mesma unidade foi vendida à Petrobrás no ano seguinte, em duas etapas, por US$ 1,18 bilhão, embora valha cerca de dez vezes menos.
 
As possíveis concessões à Astra foram feitas em ano eleitoral no Brasil. A belga contava em seus quadros com Alberto Feilhaber, um ex-executivo da Petrobrás. O caso também é acompanhado pelo Congresso Nacional e pelo Ministério Público Federal, de onde pode sair futuramente uma representação de ordem criminal. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) questiona a compra, considerando o negócio prejudicial. Ele lembra que a Petrobrás pagou 28 vezes mais o valor inicial da empresa.
 
A refinaria é um dos ativos que a Petrobrás pretendia vender no exterior de forma a angariar recursos para o pré-sal brasileiro. A venda está temporariamente suspensa. No balanço do quarto trimestre, a Petrobrás lançou uma baixa contábil de R$ 464 milhões referente à refinaria, portanto valor que já reconhece como perdido. A companhia agora pretende investir na unidade para melhorar seu preço de mercado antes de retomar as negociações, segundo a presidente Graça Foster informou na coletiva de divulgação do balanço. "Não vamos vender Pasadena ao preço que está", disse ela. (Estadão)

Dilma descarta Chalita como ministro.

O Palácio do Planalto decidiu excluir o deputado Gabriel Chalita (SP) da reforma ministerial preparada pela presidente Dilma Rousseff. Ele era cotado para assumir a pasta de Ciência e Tecnologia após ter apoiado a candidatura de Fernando Haddad em São Paulo no 2º turno, mas foi descartado após as acusações de que teria recebido propina quando era secretário da Educação do Estado, na gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
 
Para compensar o PMDB, Dilma planeja pôr o partido do vice-presidente Michel Temer no Ministério dos Transportes, hoje comandado por Paulo Sérgio Passos, que é do PR, embora a direção da legenda diga que ele integra a "cota pessoal" da presidente. A ideia de Dilma é abrigar o deputado Leonardo Quintão, do PMDB de Minas, na vaga hoje ocupada por Passos, mas ela ainda não bateu o martelo sobre a indicação.
 
Quintão abriu mão da candidatura a prefeito de Belo Horizonte, no ano passado, para apoiar o petista Patrus Ananias, que perdeu a eleição para Marcio Lacerda (PSB), aliado do senador Aécio Neves (PSDB). O deputado fez o gesto atendendo a um pedido de Dilma. Agora, o governo poderá pagar a fatura. O dilema da presidente é onde abrigar o PR . Dilma disse a parlamentares que não quer transformar o ministério em um "paulistério", com maioria dos representantes de São Paulo, e pediu a auxiliares indicações de outros Estados, principalmente de Minas. Hoje, dos 38 ministros, 11 são de São Paulo.
 
Hoje, há quatro ministros do PT que sonham com a cadeira de Alckmin. Alguns têm chance de obter o aval do partido, outros não, mas o fato é que Alexandre Padilha (Saúde), Aloizio Mercadante (Educação), Marta Suplicy (Cultura) e José Eduardo Cardozo (Justiça) são os nomes do primeiro time à espera da bênção de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
"Me inclua fora dessa", desconversa Padilha, que já programou a transferência do seu domicílio eleitoral do Pará para São Paulo. Mercadante, por sua vez, repete como mantra que só pensa em seu trabalho na Educação. "É nisso que estou focado", diz. Nas fileiras do PMDB, Chalita também é pré-candidato ao governo de São Paulo. O peemedebista nega as acusações de enriquecimento ilícito e diz não ter envolvimento com fraudes no governo paulista. (Estadão)

Irmãos Gomes detonam candidatura de Eduardo Campos.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse ser um "caminho natural" de seu partido apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff -em vez da candidatura própria do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.A declaração foi dada depois de encontro de mais de duas horas com Dilma e do racha no PSB exposto por seu irmão e ex-ministro Ciro Gomes -que criticou a falta de proposta de Campos e outros presidenciáveis para 2014.
 
"Votamos no governo da presidente Dilma, participamos do governo da presidente Dilma. É um governo que tem acertado, que tem boa intenção, que tem aprovação popular. Portanto, acho que nosso caminho natural é apoiar a reeleição, caso ela seja candidata", disse Cid. Ele afirmou ter tratado de "assuntos administrativos" com Dilma, como uma refinaria com obras atrasadas no Ceará. A presidente acertou viagem ao Estado em março.
 
No fim de semana, Ciro Gomes já tinha dito a uma rádio que Campos, presidente do PSB, "não tem estrada". O ex-ministro esteve ontem em Salvador, onde foi ainda mais enfático ao questionar a "decência" do PSB caso a sigla deixe para romper com a petista perto das eleições -em vez de entregar os cargos que tem no governo Dilma. Ciro falou em chances "ínfimas" de Eduardo Campos.
 
"O partido começa em quarto lugar. Com probabilidades ínfimas de ascensão, pela qualidade do processo, porque Dilma hoje não é mais desconhecida. Ao contrário, está se qualificando cada vez mais na opinião pública brasileira", disse à Folha. Apesar de elogios à presidente, Ciro disse que será difícil para ela "escapar" da aliança com PMDB -para ele, um "banquete fisiológico".
 
Ele também criticou Lula -a quem chamou de "perdidão da vida". "Ele pensa que é Deus e está descobrindo que não é. Tentará buscar de novo essa deidade [divindade], mas não achará nunca mais." Lula respondeu à noite: "Voltar a ser Deus? E sou eu que estou doido na vida?"
 
INGERÊNCIA
 
Embora tenha peso minoritário dentro do PSB, a família Gomes acabou provocando um desgaste no partido. Aliados de Eduardo Campos -que é presidente da sigla- atribuem os ataques dos irmãos Cid e Ciro Gomes a "ingerência" do PT. "Quando mais desejarem interferir no PSB, mais vão unificar o partido pela decisão de candidatura própria", disse Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara.
 
Após a reunião com Dilma ontem, Cid Gomes procurou atenuar a crise, classificando tudo como "mal entendido." Tanto petistas quanto membros da oposição apostam no racha do PSB. Integrantes do DEM e do PSDB já acenaram que Campos poderia ter apoio deles no Sul e Sudeste para montar palanques estaduais. O presidente do PPS, Roberto Freire, declarou que deve trabalhar por um bloco alternativo, em sinalização clara de apoio a Campos. (Folha de São Paulo)

Lewandowski vai liberar voto revisado do Mensalão em... primeiro de abril.

Revisor do processo do mensalão, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski disse ontem que vai liberar a revisão de seu voto respeitando "rigorosamente" o prazo regimental, que é de 60 dias e termina no dia 1º de abril. Lewandowski disse que respeitar não significa esgotar o prazo. Ele afirmou que não fará nenhuma retificação na essência de suas teses levantadas no processo.
 
O reexame dos votos é essencial para a publicação do acórdão, que traz o resultado do julgamento e abre o prazo de cinco dias para as defesas dos 25 condenados apresentarem recursos questionando contradições dos ministros. Só após a análise dos recursos o processo poderá ser considerado transitado julgado, ou seja, finalizado, e as penas como prisão e multas começam a ser cumpridas.
 
"Eu tenho mais de 2.000 páginas em notas taquigráficas para reexaminar. Não vou retificar nada na essência", disse Lewandowski. Dos 11 ministros que atuaram no julgamento, concluíram a revisão Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, além de Ayres Britto e Cezar Peluso, que já se aposentaram. Luiz Fux e Rosa Weber dizem que devem liberar o voto nos próximos dias. Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Celso de Mello não se manifestaram. (Folha de São Paulo)

"Rede" de Marina Silva pode sair, mas não terá tempo de TV e fundo partidário.

O Congresso Nacional já bateu o martelo. Uma lei será aprovada ainda no primeiro semestre impedindo que a "Rede" de Marina Silva tenha o bem mais precioso de um novo partido: tempo de TV. Fundo partidário também não será estendido à nova legenda. Este aspecto, no entanto, não preocupada Marina Silva: grupos poderosos como Itausa, Natura e outros financiam a idéia. Abaixo matéria da Folha de São Paulo.
 
Depois de os pré-candidatos a presidente pelo PT, PSDB e PSB se atacarem mutuamente nos últimos dias, ontem foi a vez de Marina Silva também fazer observações ácidas sobre sua principal adversária em 2014. Ao falar sobre a administração de Dilma Rousseff, a pré-candidata a presidente da República pelo novo partido Rede Sustentabilidade disse à Folha e ao UOL que o Brasil teve um "crescimento pífio" nos últimos dois anos. "Um presidente da República não é para ser o gerente do país. O presidente da República é para ter visão estratégica". Ela concedeu a entrevista ao projeto "Poder e Política".
 
Para Marina, "o desafio do Brasil é a mudança do modelo de desenvolvimento" e "a presidente Dilma não foi capaz de entender. Mas não só ela. O PT não foi capaz de entender. O PSDB não é capaz de entender essa nova agenda que se coloca para o mundo". Entre os possíveis adversários na corrida presidencial de 2014, só Eduardo Campos, do PSB, foi poupado por Marina. Ela apenas diz considerar legítimo que o governador de Pernambuco dispute o Planalto.
 
Ao criticar a gestão federal, Marina disse que a "apologia do gerente" foi feita em relação a Dilma Rousseff, e isso criou uma expectativa. "Talvez um erro de quem fez a sua campanha", afirmou. O estatuto e o programa partidário da Rede, como é chamado o partido de Marina, serão registrados hoje, às 10h, no 1º Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de Brasília.
 
Indagada sobre o gênero da nova legenda -se seria "o partido Rede" ou "a Rede"-, Marina disse que o correto é usar a forma feminina. Portanto, "a Rede". E os filiados ao partido devem ser chamado de "redistas", assim como os do PT são petistas? Não, a designação correta, segundo Marina, é "os redes". A Rede já se prepara também para contra-atacar no caso de o Congresso aprovar uma lei impedindo a criação do partido nos mesmos moldes do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab -que recebeu a adesão de deputados e assim aumentou sua presença no tempo de TV para fazer propaganda. Se a regra for mudada, os redes vão contestar na Justiça.
 
A Rede fará restrição a doações de empresas ligadas a fabricantes de bebidas alcoólicas, armas, fumo e agrotóxicos. Mas permitirá a captação de dinheiro de empreiteiras ligadas à construção de usinas nucleares. Para Marina, não há problema. A empresa ligada à energia nuclear ao doar para a Rede agiria com "desprendimento", sabendo que o partido é contra é fonte de energia.
 
Refratária a se declarar candidata a presidente desde já, Marina também rejeita a hipótese de fracassar o registro da Rede a tempo de se habilitar para as eleições de 2014. De maneira cifrada, cita o PPS (antigo Partido Comunista) como uma legenda que se ofereceu para ajudar os redes -essa legenda pode ser seu destino no caso de a nova sigla não estar pronta para o ano que vem.
 
Evangélica, Marina reafirma que a flexibilização da prática do aborto ou do consumo da maconha são temas para o país decidir em plebiscito. Ela é contra. Já sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, nega ser a favor de também submeter esse tema a uma consulta popular. Acesse a transcrição completa da entrevista.

Pedagogia da corrupção: acusador de Chalita apresenta provas.

O analista de sistemas Roberto Grobman, 41, deve entregar hoje ao Ministério Público o disco rígido de seu computador com e-mails que comprovariam que o grupo educacional COC pagou parte da reforma do apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário estadual da Educação.
 
Nesses e-mails, aos quais a Folha teve acesso, Grobman dialoga com o empresário Chaim Zaher, então proprietário do COC, sobre o pagamento da automação da cobertura de Chalita em Higienópolis (região central). Em 2010, Zaher vendeu parte do COC para o grupo Pearson. A Folha revelou no sábado que Chalita é investigado em 11 inquéritos pela promotoria, todos baseados em depoimentos de Grobman. Ele afirma que Zaher gastou US$ 600 mil com um sistema de iluminação e o home-theater de Chalita.
 
Anteontem, após conversar com um dos promotores do caso, Nadir de Campos Jr., Grobman se comprometeu a entregar todo o material do seu computador hoje. Os e-mails ainda terão de ser submetidos a uma perícia para análise de sua autenticidade.
 
Em depoimento ao Ministério Público, Grobman afirmou que foi apresentado a Chalita por Zaher em 2003, quando ele prestava serviços para o COC. Passou, então, a trabalhar como assessor informal de gabinete de Chalita -o que o deputado nega. Ainda segundo Grobman, Zaher gastava com Chalita porque tinha interesse em obter negócios para o COC e ter acesso a políticos ligados ao secretário da Educação.
 
Uma empresa ligada ao COC, a Interactive, vendeu R$ 2,5 milhões em software para a secretaria na época de Chalita. O grupo também conseguiu que um de seus diretores, Farid Mauad, fosse nomeado para o Conselho Estadual da Educação.
 
PAGAMENTO NOS EUA
 
Na primeira de uma série de mensagens sobre a reforma do apartamento de Chalita, de 24 de janeiro de 2005, o analista informa a Zaher e a Nilson Curti (executivo de Zaher que cuidava das finanças) o número de uma conta da empresa Valverde no Bank of America na Flórida em que deveria ser depositado o valor gasto com automação. A Valverde é a empresa que cuidou da automação do duplex.
 
O depósito (US$ 41.621,50) representaria 50% do pagamento à Valverde, segundo a mensagem. Os e-mails indicam que o pagamento atrasou. Em 15 de março de 2005, Grobman escreveu a Zaher: "O Cesar da Valverde está me ligando sem parar para cobrar o $ da obra do Apto do Chalita." No dia seguinte, às 5h23, Zaher escreveu: "Curti... Favor pagar isso urgente. Roberto, fale que vc está viajando e que na volta vc paga."
 
O empresário Cesar Valverde confirmou à Folha que a conta no Bank of America era dele e que tinha contato com pessoas ligadas a Chalita. Valverde disse que recebeu a fatura mencionada no e-mail naquela conta, mas não sabe dizer quem fez o depósito. Em e-mail de 18 de março, Grobman se diz preocupado. "Caro Chaim, a situação está ficando bem séria, Chalita vai mudar na quarta-feira desta semana. E ninguém está instalando nada sem receber." (Folha de São Paulo)

Lula defende Dilma e continua sem falar da Rose.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, deveria "ficar quieto" e contribuir para a presidente Dilma Rousseff comandar o país. A declaração do petista foi feita um dia após FHC ter afirmado em Minas, em seminário ao lado do senador Aécio Neves, virtual candidato do PSDB à Presidência em 2014, que Dilma era "ingrata" por negar a herança dos governos do partido (1995-2002).
 
A série de provocações entre petistas e tucanos -numa antecipação da disputa presidencial de 2014- começou na semana passada, quando Dilma foi lançada à reeleição por Lula na festa do PT para comemorar os 10 anos do partido no poder federal. No evento, Dilma afirmou não ter herdado "nada" da gestão tucana, classificada em cartilha petista como um "desastre" neoliberal. O tom da troca de farpas subiu anteontem, quando FHC declarou que a presidente "cospe no prato que comeu".
 
"Eu acho que Fernando Henrique Cardoso deveria, no mínimo, ficar quieto. Acho que, neste país, cada um fala o que quiser e responde pelo que fala", disse Lula ontem à noite em São Paulo, ao chegar ao lançamento do livro "O Brasil", do jornalista Mino Carta, e ser questionado sobre as declarações do tucano.
 
Lula afirmou que, em vez de criticar Dilma, FHC "deveria é contribuir" para a presidente "continuar a governar o país bem". E lançou mão do slogan "Deixa o homem trabalhar", de sua campanha à reeleição, em 2006. "Deixa ela trabalhar. Ela sabe o que faz. Deixa a mulher trabalhar. Porque não é todo dia que o país elege uma mulher presidente", completou o ex-presidente. (Folha de São Paulo)

MP que não é do PT arquiva denúncia contra tucano.

Por unanimidade, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) decidiu na noite desta terça-feira (26) arquivar uma reclamação da promotoria de Defesa do Patrimônio de Belo Horizonte que pedia a retomada de investigação envolvendo o senador e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB-MG). A investigação dizia respeito a repasses publicitários do governo de Minas para uma rádio que tem Aécio entre os sócios. O conselho entendeu que a prerrogativa para analisar o caso era do procurador-geral de Justiça. Na prática, a decisão do CNMP mantém a investigação arquivada, já que esse foi o entendimento do ex-procurador-geral Alceu José Torres Marques quando avaliou a denúncia.
 
A disputa pelo comando do processo contra Aécio começou em 2012. Na ocasião, o coordenador de Defesa do Patrimônio de Belo Horizonte, João Medeiros Silva, decidiu analisar se os repasses de recursos públicos para empresa de Aécio foram constitucionais. Torres Marques, no entanto, avocou o inquérito e decidiu arquivá-lo com a justificativa de que, em 2011, ele já havia iniciado uma investigação preliminar sobre o caso e decidido pela nulidade das acusações. As suspeitas na época partiram de parlamentares de oposição ao governo Antonio Anastasia (PSDB), afilhado político do senador.
 
Uma das irregularidades estaria no fato de Andrea Neves, irmã de Aécio, ter comandado o Núcleo Gestor de Comunicação Social durante o governo do tucano. Para Torres Marques, no entanto, não houve ilegalidade porque ela não deliberava sobre investimentos de publicidade. Na avaliação do CNMP, o ato de Marques de avocar o inquérito respeitou as normas estabelecidas pela Lei Orgânica do Ministério Publico de Minas Gerais, determinando que esse tipo de investigação deva ser conduzida pelo procurador-geral de Justiça, pois envolve o chefe do Executivo local.
 
"Não há dúvidas que sendo o governador a autoridade a ser investigada, o procurador-geral de Justiça é quem tem atribuição para presidir os procedimentos preparatórios e o inquérito civil, porquanto previsto na lei", afirmou o conselheiro Almino Afons, relator do caso.(Folha Poder)

Blog em viagem.

Hoje o Blog, que está atualizado, estará um pouco abandonado. Por mim, não por vocês! Compromisso profissional. Os comentários serão liberados assim que for possível. Obrigado e atualizem o Coronel.

PT arranca R$ 10 mil por empreiteiro em jantar. Garantia é que a "sobremesa" será ótima!

O diretório municipal do PT de São Paulo fez ontem um jantar com empresários, a maioria da construção civil, para arrecadar recursos para pagar dívidas da campanha da campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Cada um dos convites custava R$ 10 mil e a expectativa do partido era de arrecadar cerca de R$ 1 milhão. A campanha petista terminou com uma dívida de R$ 25,9 milhões.
 
 
Secretários municipais participaram do jantar, como Jilmar Tatto (Transportes) e Simão Pedro (Serviços). "Fizemos um esforço para convidar os empresários", disse Simão Pedro, fazendo a ressalva, em seguida, de que era um evento do partido e não da prefeitura. O jantar foi realizado no restaurante Leopolldo, no Itaim, bairro nobre da capital. O PT não permitiu que o Valor acompanhasse o evento e não deu informações sobre os participantes nem sobre quantos convites foram vendidos.
 
De acordo com o tesoureiro do diretório, vereador Alfredinho, os recursos arrecadados serão usados para quitar parte da dívida eleitoral. "Só vai ao jantar quem tem muito dinheiro", brincou. No início da tarde o tesoureiro havia informado que o PT colocaria à venda 200 convites, ao custo de R$ 5 mil cada - metade do preço a que foram vendidos. Os convites foram oferecidos aos "tradicionais doadores" de campanha, segundo Alfredinho. "Tivemos a felicidade de conseguir ajuda para saldar a dívida", afirmou o petista.
 
Segundo Alfredinho, a vitória de Haddad teve pouca influência na arrecadação depois da eleição. "Não sentimos muita diferença. Os fornecedores são os de sempre". O tesoureiro não revelou quais doadores ajudaram depois das eleições. "Combinamos com os doadores de revelar o nome apenas na prestação de contas que será entregue ao TRE. Vamos manter a ética", disse. Depois do fim da campanha, o diretório municipal assumiu a dívida. Segundo o tesoureiro da campanha, Chico Macena, o diretório nacional do PT pagou cerca de 20% da dívida. "O nacional já deu entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões", disse Macena, que é secretário de Subprefeituras.
 
A campanha de Haddad arrecadou R$ 42 milhões e gastou R$ 67,9 milhões. A maior parte da receita foi recebida por meio de doação oculta. A dívida de R$ 30 milhões com a Polis Propaganda e Marketing, do marqueteiro João Santana, ainda não foi totalmente paga, segundo Alfredinho. (Valor Econômico)

Políticos ligados à Cachoeira migram para a Rede de Marina Silva. É a nova política!

Um vereador e um dirigente nacional do PSOL envolvidos no escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira participaram do ato público que marcou o lançamento da Rede Sustentabilidade (REDE), em Brasília, no último dia 16: o vereador de Goiânia Elias Vaz e o segundo secretário de Relações Internacionais do PSOL, Martiniano Cavalcante. O novo partido da ex-senadora Marina Silva está em fase de coleta de assinaturas.
 
Elias Vaz aparece em conversas telefônicas degravadas para a Operação Monte Carlo e frequentou a chácara do bicheiro em Anápolis (GO). Martiniano Cavalcante recebeu um depósito de R$ 200 mil de uma das empresas-fantasmas do esquema, a Adécio e Rafael Construções, abastecida pela Delta Construções. O Conselho de Ética do PSOL abriu dois procedimentos para investigar a atuação dos militantes.
 
No lançamento da REDE, que precisa de mais de 500 mil assinaturas para ser criada, Martiniano defendeu a ética, criticou caciques da política nacional que seriam fichas-sujas e comemorou a assinatura do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) como sendo a primeira coletada para a criação da legenda. Já Elias Vaz estava acompanhado de outros filiados ao PSOL interessados em ingressar na REDE.
 
O depósito de R$ 200 mil a Martiniano, a partir de uma conta da Adécio e Rafael, foi feito em 20 de dezembro de 2011. Depois da deflagração da Operação Monte Carlo pela Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, o dirigente do PSOL — ele é presidente da sigla em Goiás — passou a ser cobrado pela mulher do bicheiro, Andressa Mendonça, que também é investigada pela PF. Um cheque nominal a Andressa, no valor de R$ 220.816,00, foi depositado na conta dela depois da ação da PF.— É um dinheiro que tomei com agiota e paguei juros. Claro que sabia que era do Cachoeira, mas isso não é crime — disse Martiniano.
 
O dirigente do PSOL tem uma empresa de construção civil e afirma não ter feito negócio ilícito com Cachoeira. Segundo ele, as explicações foram dadas à CPI do Congresso que terminou em pizza no fim de 2012. Em setembro, a Executiva Nacional do PSOL afastou Martiniano das funções de direção no partido. Depois, reviu a decisão para assegurar o direito de defesa.
 
— A primeira resolução foi decidida de forma monocrática, imperial, malandra, maldosa. Só não estou à frente do PSOL porque estou saindo. Tenho 40 anos de militância de esquerda — afirma ele.
Já Vaz chegou a ser tratado por um colega vereador, em conversas com Cachoeira, como um “Demóstenes diferenciado”, em referência ao senador cassado Demóstenes Torres, que perdeu o mandato por causa das relações com o bicheiro. Em ligação telefônica, Elias e Cachoeira comemoram decisão da Justiça que paralisou a obra de uma concessionária de veículos. Os dois falam sobre uma reunião com “Martiniano”: “Eu tô com vontade de entrar com ele nisso aí, viu, inclusive a Delta também tem interesse”, diz o bicheiro.
 
— Conheci o Cachoeira, conversei com ele, mas contrariei interesses dele. Existe é muita conversa de terceiros. As suspeitas foram todas esclarecidas, e eu mesmo pedi para ser investigado pelo Conselho de Ética do PSOL — disse Vaz.
 
Em nota ao GLOBO, a Comissão Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade afirma que as acusações contra Martiniano foram informadas por ele aos fundadores do partido. “Ele apresentou elementos usados em sua defesa que foram considerados comprobatórios de lisura empresarial. Não foi identificada nenhuma contradição entre seus atos e os princípios que norteiam o processo de construção do novo partido político”, cita a nota. Sobre Vaz, a comissão sustenta que ele “não faz parte do grupo fundador da REDE”. A REDE excluiu de seu estatuto o veto à filiação de fichas-sujas ao partido. O objetivo, segundo os fundadores, é permitir a filiação de militantes de movimentos sociais que respondem a processos na Justiça.

Adams, da AGU, vai passar pela "Comissão de Lavagem Ética" da Presidência.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu ontem pedir explicações ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, após revelações de que a sindicância instalada na AGU para apurar o envolvimento de servidores no esquema da Operação Porto Seguro encontrou "evidentes indícios" de irregularidade na conduta do ministro.

A sindicância considerou as suspeitas "graves", o que poderia levar à abertura de um processo administrativo disciplinar contra Adams. A suspeita contra o ministro, no entanto, foi arquivada pelo corregedor-geral da AGU, Ademar Passos Veiga. "Pedimos informações (ao ministro). Quando vierem as informações, vamos ver se abrimos ou não abrimos (um processo). Ele vai responder o que quiser, eu não posso dar instruções para a defesa dele", disse o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe. "Eu quero saber tudo, o que houve, o que não houve, se a Corregedoria é realmente independente, se não é, quero saber tudo."

A comissão também vai pedir explicações ao corregedor, que, assim como Adams, terá dez dias úteis para apresentar a resposta. A AGU informou que enviaria ontem mesmo as informações para a Comissão de Ética. Em nota à imprensa, a AGU divulgou os "fundamentos que afastaram quaisquer indícios de irregularidade vislumbrados pela Comissão de Sindicância". "Registre-se que as provas obtidas nas investigações da Polícia Federal na operação Porto Seguro, em especial aquelas decorrentes da quebra dos sigilos telefônicos e da interceptação dos e-mails dos acusados, em nenhum momento coloca o advogado-geral da União como um dos seus interlocutores diretos", diz a nota. Leia mais aqui.

Pedagogia da corrupção: Chalita envolvido com "malas de dinheiro".

O analista Roberto Leandro Grobman, 41, afirmou em entrevista à Folha ter presenciado a chegada de malas de dinheiro ao apartamento do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) em 2005, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. As malas, diz ele, foram levadas ao apartamento pela advogada Marcia Alvim, uma das principais assessoras de Chalita. Na época, Grobman mantinha relacionamento com ela. "Vi Marcia trazendo malas de dinheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava."
 
A Folha revelou no sábado que o Ministério Público instaurou 11 inquéritos para investigar Chalita por enriquecimento ilícito, corrupção e fraude em licitação a partir de depoimentos de Grobman. Ele diz que era assessor informal de Chalita na secretaria, com telefone, e-mail e cartão do Estado. Apresentou fotos de viagem oficial que fez com Chalita e Marcia a Paris, para evento da Unesco.
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O início
Montei a empresa Interactive com Nilson Curti, superintendente do COC [grupo educacional privado], em 1999. Em 2003, fui apresentado por Chaim Zaher [ex-dono do grupo COC] a Chalita. Fui trabalhar na secretaria e tinha sala, e-mail e cartão do governo.
 
Estratégia
Chaim colocou pessoas de sua confiança em cargos estratégicos. O Milton Dias Leme, na diretoria da Fundação para o Desenvolvimento da Educação [FDE], o Farid Mauad, diretor da COC, no Conselho Estadual da Educação, e eu na secretaria. Era para a gente direcionar contratos do governo com o COC.
 
Assessor informal
Como domino várias línguas, passei a acompanhar Chalita ao exterior. A gente acordava cedo, corria e fazia ginástica, compras. Como conheço informática, fui incumbido por ele de cuidar da automação da cobertura em Higienópolis.
 
O custo
Nilson Curti um dia comentou comigo que o "custo Chalita" já era de R$ 11,6 milhões. Era a despesa do Chaim com ele. Curti cuidava de toda a parte financeira. Mas a Interactive era uma empresa de caixa dois, para operação política.
 
As malas
Eu ficava no apartamento de Higienópolis acompanhando a reforma. Vi a Marcia Alvim trazendo malas de dinheiro, eram malas de propagandista, de couro, grandes, grossas. Ficavam guardadas no armário espelhado em frente ao banheiro. Jogava o dinheiro no chão e separava, pagava o estúdio do programa de TV. Também levavam o dinheiro na sala do Paulo Barbosa [braço direito de Chalita, adjunto na época] na secretaria. Ele guardava num cofre verde do lado esquerdo da mesa.
 
O rompimento
Ele já tinha feito toda a reforma no apartamento [em Higienópolis] com dinheiro do empresariado. Eu fazia vista grossa, mas aí a Márcia me falou que ele tinha comprado o apartamento no Rio. Foi o que me fez brigar com ele. Eu fui falar que não era ético e ele respondeu que a ética é relativa, que podia provar isso para mim pela semiótica, que eu deveria calar a boca. Me senti humilhado.
 
As ameaças
Quando disse ao Chaim que havia procurado o Ministério Público, ele começou a me ameaçar, disse que sabia onde meus filhos moram, que o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] era funcionário dele, dava aula na EPD [Escola Paulista de Direito] e ele tinha a PF na mão. Mas não vou me calar. Acredito na cidadania.
 
A compra de livros
O COC comprou 34 mil livros da "Pedagogia do Amor" [de autoria do ex-secretário]. Os livros eram uma moeda de troca do Chalita. Colocamos tudo na minha sala e na sala do Chaim num escritório de operações do Chaim e do Chalita. Havia 34 mil livros e eu tinha medo que a estrutura do prédio não aguentasse. Fui até perguntar para o zelador. Falei que precisava tirar de lá, e quem tirou foi o motorista do Chaim.

Perdeu, playboy.

PMDB avisa Dilma que o candidato do governo ao governo do Estado do Rio é o tal do "Pezão" e não o "Lindinho" do PT.
 
Para impedir a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT), o PMDB do Rio ameaçou abandonar o apoio à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Nota divulgada ontem pela presidência estadual da sigla afirma que o palanque duplo "não se sustenta". O PT do Rio defende a candidatura de Lindbergh para a sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB). O PMDB quer o vice-governador Luiz Fernando Pezão na cabeça da chapa com apoio dos petistas.
 
"É dever da Direção Nacional defender o seu principal Estado em termos de votos. Vai caber a Direção Nacional do PMDB dizer à Direção Nacional do PT o seguinte: se a tese de continuidade no plano nacional prevalece, tem que prevalecer no Rio. Se o PT nacional achar que pode abrir mão do PMDB do Rio, não terá nosso apoio evidentemente", disse Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ.Ele disse que Cabral e o prefeito Eduardo Paes apoiam a nota, a ser lida na convenção nacional da sigla no sábado. No documento o PMDB rejeita a hipótese de palanque duplo para Dilma em 2014. Classifica a candidatura de Pezão de "inegociável".
 
"O cenário de palanque duplo para a presidente Dilma não se sustenta. Trata-se de uma equação que não fecha e cujo resultado não será a soma, mas a subtração", diz. A nota foi lançada na semana em que Lindbergh inicia visita aos municípios do Rio para preparar sua candidatura. Ele foi a estrela nos programas do PT do Rio no fim de semana: "O PMDB não pode pensar que vai decidir por nós. A Direção Estadual do PT aprovou por unanimidade a minha pré-candidatura", disse. (Folha de São Paulo)

Merval lança livro sobre Mensalão.

O jornalista Merval Pereira, de "O Globo", lança hoje, às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, seu livro "Mensalão" (Record, 285 págs.). Em São Paulo, o livro será lançado na Livraria da Vila (alameda Lorena, 1.731) no dia 4 de março, às 19h. Já à venda na Record, por R$ 34,00. Um livro para ler e presentear.

2014: FHC chama Dilma de ingrata e quer Lula provando que não sabia do Mensalão.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou ontem de "ingrata" a presidente petista Dilma Rousseff, disse que ela "cospe no prato que comeu" e acusou o PT de ter "usurpado" propostas tucanas após chegar ao poder em 2003. As declarações foram feitas ao lado do senador Aécio Neves (MG), virtual candidato do PSDB à Presidência em 2014, durante seminário para discutir os rumos do partido, em Belo Horizonte.
 
O ataque de FHC sobe o tom das provocações que petistas e tucanos iniciaram na semana passada, quando Dilma foi lançada à reeleição pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na festa em que o PT comemorou os 10 anos de sua chegada ao poder. Questionado sobre o discurso de Dilma no evento, em que a presidente afirmou não ter herdado "nada" da gestão tucana, Fernando Henrique afirmou: "O que é que a gente pode fazer quando a pessoa é ingrata? Nada. Cospe no prato que comeu. Meu Deus".
No início de seu governo, há dois anos, Dilma reconheceu avanços nos governos tucanos e fez demonstrações públicas de apreço pelo ex-presidente, que retribuiu fazendo elogios à sucessora. A antecipação das discussões sobre a sucessão presidencial fez os dois adotarem tom diferente agora. Petistas e tucanos veem a polarização entre eles como uma arma eficaz para mobilizar as bases de seus partidos.
 
Aécio Neves ainda não assumiu publicamente sua intenção de se candidatar à Presidência, mas trabalha para assumir a presidência do PSDB em maio. Ontem, FHC disse que os dois irão percorrer o Brasil "rumo à vitória". O ex-presidente acusou o PT de se apropriar de ideias tucanas após chegar ao poder. "Quem não tem projeto é quem está no governo, porque eles pegaram o nosso. O que aconteceu no Brasil foi uma usurpação de projeto." "Eles tinham duas grandes metas, uma ligada ao socialismo e outra ligada à ética. De socialismo nunca mais ninguém falou. E de ética? Meu Deus, não sou eu quem vai falar a respeito do que está acontecendo", ironizou.
 
FHC disse que o PSDB deveria recorrer novamente ao discurso da ética para combater os petistas, uma estratégia adotada sem sucesso pelo partido em 2006, quando Lula se reelegeu. "Vocês [petistas] que subiram falando tanto de ética, o que vocês fizeram com esse país?", disse, numa referência velada ao mensalão. "Já pedi ao presidente Lula que de público explicasse que não tem nada a ver com isso."
O ex-presidente finalizou as referências ao julgamento dizendo que o PT precisa ser cobrado pelo que fez. "Temos que ser duros nessa matéria. [...] Nós fizemos outras coisas. Nós não roubamos, não."O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é reu no processo do chamado mensalão mineiro, acusado de participar de um esquema semelhante ao que levou à condenação de ex-dirigentes petistas no ano passado.
 
No final da reunião de ontem, FHC foi explícito ao falar da candidatura de Aécio. "Vamos percorrer o Brasil, senador. Vamos plantar a semente do PSDB, a semente da vitória. Nós vamos ganhar."Questionado sobre as críticas do ex-deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao seu nome e aos de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva, Aécio disse que gostaria de falar com Ciro: "Talvez ele se surpreenda com o conjunto de boas ideias que temos". (Folha de São Paulo)

Sem definir se é situação ou oposição, o fisiológico PSB ataca a tudo e a todos em nota oficial.

O PSB publicou nota assinada pelo seu vice-presidente, Roberto Amaral, que assim como Eduardo Campos ninguém conhece no Brasil, respondendo às colocações de Ciro Gomes contra a candidatura precoce do governador pernambucano. Como Amaral não pode dizer nada contra Ciro Gomes, que é seu correligionário, escolheu atacar o candidato tucano Aécio Neves, de forma tosca e deselegante:
 
A próxima reunião da Executiva Nacional parece ser o melhor espaço para nossa discussão. Relativamente à definição da posição partidária com relação às eleições de 2014, insistimos na posição partidária: a antecipação do pleito, quando estamos a pouco mais de dois anos do mandato da presidente Dilma, e quando vivemos crise econômica gravíssima, é uma atitude antirepublicana, e que não atende aos interesses do país. Aliás, interessa, sim, a uma oposição atrasada, desqualificada e sem rumo e a um candidato que precisa de ghost writer para escrever seus discursos, lidos em estilo o claudicante. Não importa que Lula tenha lançado a candidatura de Dilma à reeleição. Ele deve ter lá seus motivos, mas errou.
 
 
O destemperado Amaral já havia atacado o tucano Aécio Neves em artigo na Folha de São Paulo, publicado hoje. O objetivo do PSB é ser protagonista no embate PT x PSDB. Primeiro, tentou deslocar o PMDB da vice-presidência e não conseguiu. Agora faz barulho para botar preço. Em troca de algum ministério volta a ser o que sempre foi, um partido fisiológico, abraçado na corrupção, como o Brasil todo vê nas obras superfaturadas da Transposição do Rio São Francisco.

Se 2014 fosse hoje, Dilma teria mais de 50% do tempo de TV.

Lula montou o ringue de 2014, escolheu os adversários e deu ordem de combate. No "corner" vermelho, com a maioria absoluta do tempo de propaganda na TV, Dilma Rousseff (PT); com luvas azuis e amarelas e nove minutos a menos do que a rival, Aécio Neves (PSDB). À diferença do boxe, nesta eleição presidencial todos os segundos ficam dentro do ringue: Lula e o cronômetro, no canto de Dilma; FHC, no de Aécio. Quem ganha mais?

Do jeito que está armada, a briga é desigual. Com as alianças partidárias em vigor, triplicará a vantagem de propaganda da petista, em comparação ao candidato do PSDB. Nas contas sempre precisas do jornalista Daniel Bramatti, Dilma teria 12 minutos e 51 segundos por bloco de 25 minutos de propaganda eleitoral, contra apenas 3 minutos e 45 segundos de Aécio. Isto é: 3 minutos e 25 segundos da petista para cada minuto do tucano.
Para ter uma ideia do que isso significa, em 2010 José Serra (PSDB), com 69% do tempo de TV de Dilma, recebeu o equivalente a 70% dos votos da petista no primeiro turno. No cenário atual, Aécio teria 49% menos tempo do que Serra teve na TV, e Dilma, 21% a mais do tempo que desfrutou quando foi eleita presidente. Faça as contas.

A menos que, como na luta livre, outros entrem no ringue junto com o tucano e contra a petista, é alta a chance de nocaute no primeiro turno. As entradas de Marina Silva (sem partido), pelo canto verde-amarelado, e de Eduardo Campos (PSB), pelo vermelho desbotado, não dão nenhum segundo a mais de TV a Aécio, mas obrigariam a defensora do título a batalhar em mais de uma frente. Cresce a chance de levar a decisão para o segundo turno.

Mais do que qual ex-presidente está no "corner" de quem, importam para os presidenciáveis quais partidos vão ajudá-los a somar os minutos de que tanto precisam para aparecer na TV e no rádio, tornarem-se conhecidos e terem alguma chance de convencer o eleitor de que são a melhor escolha na hora de votar em 2014.

Por ora, eis o que Dilma tem no seu cronômetro, além dos 2 minutos e 49 segundos do PT: 2'26" do PMDB; 1'19" do PP; 1'10" do PR; 44" do PDT; 38" do PTB; 27" do PC do B e do PSC; 15" do PRB, o tempo de nanicos; e, novidade da próxima eleição, o 1'39" do PSD. Tudo isso somado aos cerca de 50 segundos a que todo presidenciável deverá ter direito e ela chega a 12'51" de 25'. É um arco de tempos e forças bem mais poderoso do que o de 2010.

Enquanto isso, Aécio conta com os 1'43" do PSDB; os 46" do DEM; os 15" do PPS; e se tiver, digamos, sorte, com os segundos de alguns nanicos. Não chega a quatro minutos. É insuficiente, mas é melhor do que a situação das "costelas do projeto petista", como o tucano chamou as candidaturas de Marina e Eduardo Campos.

Se tiver só o PSB a apoiá-lo, o governador de Pernambuco apareceria por apenas 1 minuto e 54 segundos a cada bloco de propaganda na TV. E Marina Silva, mesmo que atraia toda a bancada do PV para a sua rede, não passaria de 1'11" - ou 11 segundos a menos do que apareceu na campanha de 2010. Campos e Marina estariam à mercê das circunstâncias.

Por causa dessa divisão de tempo inviável para a oposição, os primeiros rounds da luta presidencial serão necessariamente pela busca de alianças partidárias que desarrumem o "corner" de incumbente. Não foi à toa que Lula correu para assegurar ao PMDB seu lugar na chapa como vice de Dilma e garantir seus quase dois minutos e meio para a pupila.

Pela quantidade de segundos que têm a barganhar, PSD, PP e PR devem ser os próximos a serem cortejados, tanto por petistas quanto por tucanos. Por essa lógica, aumenta a probabilidade de cargos no governo e verbas choverem nas hortas das três siglas. Mas não só para eles: PDT, PTB e PC do B devem criar dificuldades para vender facilidades ao governo - qualquer governo. Nesse jogo, Marina tem menos a oferecer.

As siglas que não quiserem ou não puderem se coligar a um nome da oposição sempre podem ameaçar lançar candidatura própria. Quanto mais candidatos a presidente, menor o tempo de TV de Dilma e melhor para quem quer derrotá-la.

Na hipótese analisada neste texto, PSOL, PSTU, PCO, PCB, PSDC e PRTB também lançariam candidatos - além da atual presidente, de Aécio, Campos e Marina. Para cada novo partido que tiver candidatura própria, saem cerca de 50 segundos do bolo que é dividido entre os partidos com representação na Câmara e cujos apoios viram tempo de TV. Não é muito, mas cada segundo conta.

O tempo de TV não é tudo numa eleição. Se a confiança do eleitor-consumidor desabar, não há propaganda que seja capaz de convencê-lo a votar no candidato da situação. Ele vai querer mudar e escolherá alguém da oposição. Mas, mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, Dilma sai favorita e com um tempo de TV capaz de ajudá-la a se reeleger no primeiro turno. Cabe à oposição mudar isso e dar alguma emoção à disputa. (Estadão, coluna José Roberto de Toledo)

Prestes a ir para a cadeia, José Dirceu quer regalias no STF.

Condenado a quase 11 anos de prisão, o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso aos votos dos ministros no julgamento do mensalão antes da publicação do acórdão, que traz o resultado do julgamento e abre o prazo para a apresentação de recursos por parte dos advogados.
 
A defesa de Dirceu argumenta que a medida se justifica diante da "excepcional dimensão" e a "complexidade do julgamento", além da exiguidade do prazo para a entrega de recursos. Segundo os advogados, a antecipação se justifica porque Barbosa já teria esticado o prazo para as chamadas "alegações finais", entregues antes do início do julgamento pelo plenário do STF, no ano passado.
 
A defesa sustenta que as particularidades foram reconhecidas pelo próprio Barbosa, que citou o "elevado número de réus, inúmeros fatos a eles imputados e grande volume de provas" para alongar o período de apresentação das alegações finais. A publicação do acórdão é prevista para 1º de abril. Após essa divulgação, os advogados dos 25 condenados terão cinco dias para apresentar recursos questionando eventuais contradições e omissões nos votos dos ministros.
 
Agora, os ministros trabalham na redação final de seus votos, revisando o material. Na semana passada, o relator do caso e presidente do STF, Joaquim Barbosa, enviou um ofício informando aos demais ministros que já concluiu sua parte para a produção do acórdão. Barbosa, além de ter revisto seu voto, finalizou a chamada ementa, que traz o resumo do julgamento. O documento tem seis páginas e traz as principais teses fixadas no processo.
 
Outros três ministros que participaram do julgamento também já entregaram seus votos: Gilmar Mendes, Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso --os dois últimos já aposentados. O ministro Marco Aurélio Mello entregou parte do material. Após quase cinco meses de julgamento, o STF concluiu em dezembro a análise do processo que tratou do maior escândalo de corrupção do governo Lula. Ao todo, dos 37 réus, 25 foram condenados.
 
O Supremo entendeu que o mensalão foi um esquema de desvio de recursos públicos que, somados a empréstimos fraudulentos, financiou um sistema de compra de apoio político no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula. (Folha Poder)

Começou a guerra de dossiês. Estadão requenta denúncia da esgotosfera do PT contra tucano.É fogo amigo ou inimigo?

Se fosse a Carta Capital ou o Brasil 247 até daria para entender. Mas o Estadão, o velho e paulista Estadão, dar ressonância a dossiês dos blogs do esgoto é incompreensível. E sem ouvir os dois lados, como manda o jornalismo básico.
 
Hoje o velho jornal desenterra uma denúncia contra Aécio Neves, de que ele, como governador de Minas, teria beneficiado emissoras de rádio, onde sua irmã é sócia, com verbas publicitárias estatais. Segundo o jornal, o nome da emissora é Rádio Arco Íris. Na verdade, esta é a  razão social, pois a emissora é a Jovem Pan, uma rede que está entre as maiores do Brasil em audiência. Crime seria o governo fazer mídia de rádio em qualquer lugar do país e não programar uma emissora com tanta audiência quanto a Band, a CBN e outras poucas.
 
Esse Blog não morre de amores pelo Aécio Neves, mas conhece muito bem a máquina de destruir reputações montada pelo PT. O que enoja é ver um grande jornal como o Estadão servindo de canal para propagar este tipo de informação. Pior do que dar ressonância a denúncias já arquivadas, o jornal pode estar indicando que trabalhará contra uma candidatura tucana que não seja paulista. O famoso fogo amigo que alimenta a guerra entre Minas e São Paulo. Para não dizer que estamos vendo pelo em ovo, na última semana, o Estadão já deu um sinal preocupante: foi o único jornal de circulação nacional que não deu capa para o discurso de Aécio Neves, em contraponto ao evento do PT em São Paulo.  Veja abaixo.
 
 
Por trás destas denúncias reproduzidas pelo Estadão, está a mão suja do PT. Muito especialmente um deputado mineiro que ficou famoso por estar envolvido com a Lista de Furnas, uma falsificação grosseira que, de vez em quando, os blogs do esgoto ressuscitam. O nome dele é Rogério Correia. Por sinal, o promotor que quer requentar a denúncia contra Aécio Neves está sentado em cima de um pedido de investigação contra este mesmo deputado, há mais de um ano. Um promotor escolhido a dedo, um deputado do PT e um veículo de comunicação esob medida para reverberar uma denúncia falsa é um esquemão dos mais conhecidos. Lamentável que, desta vez, o veículo de comunicação seja o velho e sério Estadão.
 
Esta mesma denúncia saiu no Viomundo, famoso blog do esgoto patrocinado por estatais petistas, em 2011.  Também saiu no Vermelho há dois anos.  Saiu na Carta Maior, que abriga o lixo do Emir Sader, também em 2011. E agora o Estadão dá destaque? Por quê? Para fazer favor a alguém? A quem?

Para conhecer toda a história desta denúncia que o Estadão espalha sem investigar, clique aqui. O material é claríssimo.  Já as intenções do Estadão podem ser as mais obscuras. Estamos de olho.

"Rede" de empresários.

A "Rede" de Marina Silva nasce comendo na mão dos mesmos empresários de sempre. O dono da Natura e uma das donas do Itaú. São eles que estão financiando todos os passos para a formação do novo partido. Neste quesito, a "sustentabilidade" é poderosa. Abaixo, notícia do Estadão.
 
O partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar neste ano, o Rede Sustentabilidade, deverá consumir pelo menos R$ 500 mil no processo de captação de assinaturas pelo País. O financiamento desses recursos reproduzirá a pirâmide social do "movimento", como os ''marineiros'' chamam a legenda. As menores doações vêm de centenas de entusiastas, que compram uma camisa de R$ 20, mas o grosso é concentrado em uma dezena de fundadores, alguns deles ligados às maiores empresas do País.
 
Os organizadores do partido esperam a obtenção do CNPJ da Rede, que deve sair na próxima semana, para começar a arrecadar as contribuições. Por enquanto, foram levantados pouco mais de R$ 150 mil, destinados a pagar os custos do evento de lançamento da legenda em Brasília há uma semana.
 
Os recursos foram obtidos com a venda de 500 camisetas e outros produtos, mas a maior parte veio de cerca de 80 dos 250 fundadores, entre os quais Neca Setúbal, socióloga e herdeira do Itaú, e Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura, que foi candidato a vice na chapa de Marina, pelo PV, nas eleições de 2010.
 
Questionada sobre para onde vai o dinheiro arrecadado, já que ainda não há uma conta corrente do partido, Neca, responsável pela área financeira da Rede, brincou: "Embaixo do colchão do Marcelo Estraviz", numa referência ao especialista em captação de recursos que atua no "movimento"

Jornais escondem protestos contra Lula e PT.

 
Protesto contra Lula e sua militância agressiva é escondido pela mídia...
 

enquanto manifestação contra Renan Calheiros é destacada
 
No protesto realizado contra Lula, pedindo que seja investigado por liderar o Mensalão, havia mais gente do que nos ataques à blogueira Yoani Sanchez. Também havia o mesmo número que protestou contra Renan Calheiros, ontem, no Rio, segundo divulgou O Globo: 200 manifestantes. No entanto, poucos sites publicaram notas sobre a manifestação. A imprensa continua tendo medo de Lula. Basta ver que teve jornalista da Folha chutada pelas costas em evento do PT, sordidamente agredida, que mereceu apenas um nota de rodapé. E sabe o que a ombudsman da Folha disse? O episódio serviu, pelo menos, para que o PT estadual reconhecesse a importância da imprensa, o que fez ao pedir desculpas pelo ocorrido. É muito servilismo. Vão acabar conseguindo ser censurados e controlados pelo petismo.

Finalmente, um discurso de oposição.

Artigo de Aécio Neves (PSDB-MG) na Folha de São Paulo de hoje, intitulado "Intolerância".
 
"Não herdamos nada", disse a presidente Dilma no evento comemorativo dos dez anos do PT no governo federal. O que à primeira vista pode parecer apenas arrogância esconde, na verdade, um estímulo à intolerância que começa a ficar cada vez mais evidente no discurso e na prática de setores do PT.
 
A tolerância é componente importante da vida política, assim como o respeito ao contraditório é pressuposto dos regimes democráticos: ambos garantem a convivência entre diferenças. As recentes celebrações do petismo explicitaram com nitidez essa grave distorção.
 
Para muitos, trata-se de um traço do partido agravado pela posição defensiva que foi obrigado a assumir após a comprovação das irregularidades cometidas. Até a legítima defesa de iniciativas do governo passou a vir embalada por desnecessária agressividade, refletindo projeto de poder apequenado pelos seus próprios interesses. Ao mesmo tempo, talvez não por acaso, limites éticos e republicanos que ultrapassam o sentido formal da legalidade vão sendo atropelados. Foi o caso da presença da presidente em rede oficial de rádio e TV para atacar adversários.
 
Ao lado da defesa do controle da imprensa, ataques e calúnias que tentam destruir reputações, distribuídos nas redes sociais de forma orientada, transformaram-se em autêntica jornada contra instituições, como o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público e a imprensa; contra autoridades constituídas e forças políticas que militam em outros campos.
 
São outras faces dessa tendência, que tem como objetivo dificultar o debate democrático. Nunca é demais lembrar que a intolerância é a antessala do autoritarismo. Acredito que esta postura, crescente em alguns setores do PT, pode ser explicada também pelo desconforto causado pela percepção da sociedade sobre as contradições entre o discurso do passado e as práticas do partido no presente.
 
Nesse sentido, fiz há poucos dias perguntas que, acredito, são de muitos brasileiros. Qual PT celebra dez anos no poder? O que fez do discurso da ética durante anos a sua principal bandeira eleitoral ou o que defende em praça pública os réus do mensalão?
 
O que condenou com ferocidade as privatizações conduzidas pelo PSDB ou o que as realiza hoje sem nenhum constrangimento? O que discursa defendendo um Estado forte ou o que fragiliza empresas públicas nacionais, como a Petrobras e a Eletrobrás?
 
O que ocupou as ruas lutando pelas liberdades ou o que, no governo, apoia ditaduras e defende o controle da imprensa? O PT que considerava inalienáveis os direitos individuais ou o que se sente ameaçado por uma ativista cuja única arma é a sua consciência?
 
Qual?

Ciro Gomes abre a matraca.

Muito mais conhecido do que Eduardo Campos, o presidenciável do PSB, Ciro Gomes começa a minar a candidatura socialista.
 
O ex-ministro Ciro Gomes (PSB) abriu uma crise em seu partido ao usar o espaço que tem como comentarista esportivo numa rádio cearense para criticar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência . À rádio "Verdes Mares", Ciro disse que nem Campos nem os demais prováveis candidatos Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva têm proposta para o país.
 
"O Eduardo não tem estrada ainda. Não conhece o Brasil. O Aécio não conhece o Brasil. A Marina Silva representa uma negação ética, uma negação desses maus costumes, mas não representa a afirmação de rigorosamente nada", disse.
 
"Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina não têm nenhuma proposta, nenhuma visão", afirmou Ciro.
As falas causaram revolta no PSB. Um assessor de Campos disse à Folha que os irmãos Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará, são uma corrente "marginal" na sigla e que se não estiverem dispostos a "se dobrar" à opinião do PSB, "só vai ter o caminho de sair". O vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, classificou a opinião de Ciro Gomes de "desinformada". (Folha de São Paulo)

Chalita nas mãos de Gurgel.

O Ministério Público de São Paulo encaminhou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cópia de um depoimento do analista de sistemas Roberto Grobman que denuncia o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) por suposto enriquecimento ilícito e fraudes com recursos públicos quando exercia o cargo de secretário da Educação no governo Geraldo Alckmin (PSDB).
 
Na condição de parlamentar federal, Chalita só pode ser investigado em âmbito penal perante o Supremo Tribunal Federal. Gurgel vai examinar o conteúdo das acusações de Grobman e decidir se abre ou não investigação criminal. No âmbito cível, porém, a investigação por suposta improbidade permanece sob responsabilidade da Promotoria do Patrimônio Público.
 
O relato de Grobman enviado à Procuradoria-Geral foi tomado em novembro de 2012 pelo Ministério Público. O denunciante afirma que, embora sem vínculo com a secretaria, era mantido como tal, com direito à sala e secretária. Ele aponta lista de eventos e contratações na gestão Chalita que teriam sido marcados por irregularidades. (Estadão)

#Os200doMasp

O grupo conhecido como #Os20doMasp cresceu e já é conhecido como #Os200doMasp
 
Motoristas enfrentavam trânsito na avenida Paulista, na tarde deste domingo (24), devido a uma manifestação de cerca de 200 pessoas que ocupavam parte das pistas por volta das 17h30.  Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), no mesmo horário, o grupo estava próximo à alameda Ministro Rocha Azevedo, sentido Paraíso. Policiais militares e agentes de trânsito acompanhavam a manifestação.  O grupo protestava contra o ex-presidente Lula e contra o governo da presidente Dilma Rousseff. As autoridades afirmaram que a manifestação acontecia pacificamente. (R7)

Protesto contra "Lula ladrão" fecha Paulista.

Movimento #Os20doMasp cresce a cada dia, pedindo que investiguem o Pai do Mensalão. Mais detalhes pelo twitter.

Merval demole números petistas (2).

O texto abaixo, de Merval Pereira, colunista de O Globo, completa outro artigo publicado ontem, aqui no Blog. Clique aqui para ler.

Estas tendências, entre outras, segundo ele, são desindustrialização; reprimarização das exportações; maior dependência tecnológica; desnacionalização; perda de competitividade internacional; crescente vulnerabilidade externa estrutural; maior concentração de capital e política econômica marcada pela dominação financeira.

Até mesmo no campo social o professor da UFRJ vê ilusão onde o governo vende “conquistas notáveis”. Para ele, as políticas distributivas não atingem a estrutura de concentração de riqueza e não alteram a distribuição funcional da renda (salários versus juros, lucros e aluguéis). No que se refere ao desenvolvimento social, tomando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como referência, Gonçalves constata “a total ausência de ganhos do país relativamente ao resto do mundo”.

O Brasil Negativado também aparece em outro importante indicador de desempenho econômico, a inflação. Durante os governos petistas a taxa média de inflação é 6,1% (preços ao consumidor). Segundo o estudo, a taxa de inflação no Brasil é maior do que média mundial em 6 anos e maior do que a mediana mundial em 9 anos.

A melhora na distribuição de renda, na visão de Gonçalves, não é vigorosa ou sustentável em decorrência da própria natureza do modelo de desenvolvimento, que envolve trajetória de desempenho fraco e instável. Ele alega que os indicadores capturam fundamentalmente os rendimentos do trabalho e os benefícios da política social, e a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), que serve de base para o cálculo dos indicadores de desigualdade, subestima os rendimentos do capital (juros, lucros e aluguéis).

Segundo o estudo, a distribuição da riqueza, muito provavelmente, não se alterou tendo em vista a vigência de elevadas taxas de juros reais no governo Lula, o reduzido crescimento do salário médio real, a concentração de capital e a ausência de medidas que inibam práticas comerciais restritivas (abuso do poder econômico) das grandes empresas.

Também como exemplo de concentração de capital e de riqueza, Gonçalves ressalta que no início do século XXI o valor dos ativos totais dos 50 maiores bancos era igual aos ativos totais das 500 maiores empresas; em 2011 os ativos dos 50 maiores bancos eram 78% mais elevados do que os ativos das 500 maiores empresas.

A base de dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com coeficientes de Gini (que mede a desigualdade) num painel de 110 países mostra que, apesar de haver queda da desigualdade na América Latina na primeira década do século XXI, os países da região continuam com os mais elevados indicadores de desigualdade de renda no mundo.

Em meados desta década, lembra Reinaldo Gonçalves, 4 entre os 5 países com maior desigualdade estão na região (Colômbia, Bolívia, Honduras e Brasil). No conjunto dos 10 países mais desiguais, há 8 países latino-americanos. Segundo o levantamento, o Brasil experimentou melhora marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, saiu da 4ª posição no ranking mundial dos mais desiguais para a 5ª posição.

Gonçalves ressalta que os avanços que ocorrem no Brasil não implicam ganhos em relação ao resto do mundo durante os governos petistas. Ele toma como exemplo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do PNUD. Embora ao longo do período 2000-11 o IDH do Brasil tenha aumentado de 0,665 em 2000 para 0,718 em 2011, este mesmo fenômeno ocorreu com a maioria dos países. Em consequência, destaca Gonçalves, não há mudanças nas diferenças entre o IDH do Brasil, que se manteve praticamente estável (70ª posição) durante os governos petistas, e a média dos IDHs dos outros países. ( O Globo)