Que tal o dia 6 de outubro, domingo, para as prévias do PSDB?

A esperança é a última que morre. Agora os serristas começam a falar em prévias, já que Serra não tem para que lado ir. Sozinho no PPS só é bom para o Roberto Freire eleger uma bela bancada em São Paulo, dando uma sobrevida ao seu partido. Mas se os serristas querem prévias, o dia certo é domingo, dia 6 de outubro de 2013. Um dia depois do prazo final para mudança de partido político. Serra estaria apostando todas as suas fichas nas prévias. Se não vencer, fica no PSDB e vira candidato a deputado ou senador. Se vencer, vira candidato a presidente. E acaba a novela.

Um Brasil de generalistas num mundo de especialistas. Obrigar jovens formados a trabalhar por dois anos no SUS é acabar com a excelente medicina do Brasil.

O aloprado Mercadante acaba de informar que os médicos recém formados não terão que cursar mais dois anos de graduação como serviço obrigatório no SUS. No entanto, o objetivo de fazer com que os jovens médicos atuem no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não foi descartado. Segundo ele, os dois anos extras serão transferidos para a residência médica, que passará a ser obrigatória.
 
Ora, hoje metade dos médicos brasileiros não cursam a residência médica por falta de vagas. Podem exercer a profissão como clínicos gerais, não como especialistas nas dezenas de especialidades médicas. Uma residência médica pode durar de dois a quatro anos, dependendo da formação desejada. Agora imaginem um jovem talento que queira ser neurocirurgião enfrentar seis anos de curso, mais dois anos de residência obrigatória no SUS (onde cuidará de clínica geral) e outros quatro anos de especialização. Ele demorará doze anos para concluir os seus estudos.
 
Isto é uma catástrofe porque, obviamente, muitos destes jovens, sustentados pelos familiares mediante imensos sacrifícios, vão perder a motivação para fazer alguma especilaização. Quem perde é o país. Num mundo de especialistas, o PT está criando um país mostrengo de generalistas. Em breve, não estaremos mais importando clínicos gerais. Estaremos importando neurocirurgiões. É mais uma herança maldita do maldito PT.

Dilma ouviu a sociedade civil e os usuários de transporte, conforme pactuou com o povo brasileiro, antes de dar R$ 8 bilhões para o Haddad?

Em 26 de junho, diante de prefeitos de capitais e governadores, Dilma Rousseff anunciou a destinação de mais de R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana. "Essa decisão é reflexo do pleito pela melhoria do transporte coletivo no país, onde as grandes cidades crescem e onde no passado houve a incorreta opção de não se investir em metrôs", declarou.
 
Outro anúncio durante a abertura da reunião foi a criação do Conselho Nacional do Transporte Público, com a participação de representantes da sociedade civil e dos usuários, para assegurar "uma grande participação da sociedade na discussão política do transporte" e "uma maior transparência e controle social no cálculo das tarifas".
 
Este foi um dos Pactos da Dilma com o povo brasileiro. Ao que parece, eles não resistem 30 dias. Hoje Dilma deu R$ 8 bilhões para a cidade de São Paulo. Não ouviu ninguém. Não ouviu a voz das ruas. Só ouviu o PT, preocupado com os 18% de aprovação de Haddad. Cadê o pacto, Dilma?

Governo e o toma-lá-dá-cá das emendas. Isso é ouvir a voz das ruas?

A presidente Dilma Rousseff montou uma operação para tentar reduzir os riscos de derrota em votações prometidas para agosto, às vésperas da retomada dos trabalhos no Congresso, e com sua base parlamentar rebelada. Para acalmar os ânimos, Dilma resolveu mexer no "bolso". Ontem, em reunião com dez ministros e assessores no Palácio da Alvorada, ela autorizou a liberação de R$ 2 bilhões em emendas feitas por deputados e senadores ao Orçamento da União. Apesar de prometidos e programados desde maio, esses recursos estavam represados por decisão do próprio Executivo devido às limitações fiscais deste ano.
 
Apesar da concessão, a presidente fez uma cobrança aos ministros políticos --aqueles indicados por aliados. Eles deverão trabalhar para garantir a fidelidade de suas bancadas em votações de interesse do Planalto. A exigência resulta do diagnóstico segundo o qual os partidos contemplados com cargos no primeiro escalão não têm votado com o Executivo. A avaliação é que as derrotas sofridas pelo Palácio do Planalto no Legislativo foram armadas a partir de grupos aliados do próprio governo.
 
Na reunião de ontem, estavam ministros do PMDB, PP, PC do B, PSB, além do próprio PT. Anteontem, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) já havia pedido ajuda ao PSD de Gilberto Kassab (SP), este formalmente fora da base, mas com afilhado no Ministério da Micro e Pequena Empresa. Dilma e sua equipe discutiram também investimentos que serão anunciados hoje em São Paulo, ao lado do prefeito Fernando Haddad, em mobilidade urbana, área sensível e, por isso, motor das manifestações de junho.
 
Aliados de Dilma diziam ontem, em tom de brincadeira, que o governo começou a se preparar para enfrentar agosto, o "mês do cachorro louco". Segundo uma crença popular, o período é propício para acontecimentos traumáticos. Para ficar em dois exemplos brasileiros: o suicídio de Getúlio Vargas e a morte de Juscelino Kubitschek. O Congresso reinicia os trabalhos na próxima semana, e reserva dias de tensão para o Planalto. No centro das preocupações está a apreciação de vetos presidenciais.
 
Até o recesso, vigorava a regra que facilitava o engavetamento de vetos. Agora, pelo novo sistema definido no Congresso, eles precisam ser votados em 30 dias a partir de sua leitura no plenário. Se isso não ocorrer, os vetos trancam a pauta de votação. No cardápio de vetos com risco de serem derrubados está o que impediu o fim da multa adicional de 10% sobre o saldo das contas de FGTS na demissão sem justa causa de trabalhadores.
 
Na lista de projetos a serem votados, estão a medida provisória do programa Mais Médicos e a proposta que reverte os royalties do petróleo para educação e saúde. A Câmara quer aprovar mecanismo que destina 50% da receita do fundo social do pré-sal para educação, enquanto o governo defende apenas o rateio de seus rendimentos. (Folha Poder)

Partidos recuam e deixam Serra sem garantia de apoio.

A dois meses do prazo final para o ex-governador José Serra (PSDB) decidir se troca de partido, as legendas procuradas para construir uma aliança em torno do nome dele para a eleição presidencial em 2014 já dizem que dificilmente o tucano terá um compromisso de apoio por parte delas até outubro. Uma das condições para Serra tentar uma candidatura à Presidência fora do PSDB é ter aliados de peso, que garantam a ele competitividade, cenário cada vez mais distante.
 
Lideranças do PV, PSD e PTB alegam que não há como definir questões como essa um ano antes da disputa eleitoral. O partido que mais se aproxima do tucano hoje é o PPS. Serra foi convidado em abril a se filiar à sigla. Mas o PPS tem menos de um minuto no horário eleitoral, o que inviabilizaria uma candidatura solteira — sem apoio de outros partidos. Por isso, o ex-governador tem passado as últimas semanas em conversas com dirigentes partidários para avaliar as chances de alianças.
 
Serra tem até 5 de outubro para decidir se fica ou sai do PSDB, onde, com o avanço do senador Aécio Neves, não deverá haver espaço para ele na próxima corrida presidencial. Se permanecer no PSDB, Serra terá como opção se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados. Na primeira alternativa, é possível que tenha de brigar pela vaga. No caso de disputar uma cadeira de deputado federal, o ex-governador já ouviu a proposta de aliados, mas rechaçou prontamente. A avaliação de dirigentes tucanos é que Serra só deverá se filiar ao PPS se tiver a certeza do apoio, ao menos, do PSD.
 
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, que fez o convite a Serra para se filiar à sigla, diz que a situação do amigo não é fácil. — No máximo, o que pode haver são alguns encaminhamentos (com os potenciais partidos aliados), mas nenhuma grande definição sobre alianças é tomada um ano antes da eleição — afirmou. Freire disse que renovou o convite a Serra após a fusão entre o PPS e o PMN fracassar. O ex-governador já esteve com outros dirigentes do PPS para tratar do cenário eleitoral de 2014. Mas a indefinição dele tem gerado reclamações. Um grupo alinhado a Marina Silva, liderado pelo secretário de comunicação do PPS de São Paulo, Maurício Huertas, encaminhou na semana passada uma carta ao dirigentes nacional do PPS cobrando prazo de 15 dias para que Serra dê uma resposta. Freire descartou essa possibilidade.
 
Tendência do PSD é apoio a Dilma
 
Segundo o ex-líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos, o partido não deverá tomar nenhuma decisão sobre esse assunto este ano. — O José Serra sempre é um grande nome, tem consistência e representatividade e deve ser levado em consideração. Não existe, contudo, neste momento, nada fechado. O partido ainda não se definiu e há uma tendência de apoiar Dilma Rousseff. A decisão deve ser tomada apenas no início do que vem, que é o timing correto de definição de apoios — afirmou.
 
Em conversas reservadas, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem lembrado a aliados que, ao ter ocupado uma pasta no governo federal, a sigla assumiu um compromisso com a reeleição de Dilma, mas não tem descartado o apoio a Serra caso a presidente não recupere a popularidade perdida nos últimos meses. O ex-governador tem mantido contato com Kassab e, segundo aliados, encontrou-o no Hospital Sírio-Libanês, na semana passada, onde fui submetido a um cateterismo.
 
No PV, a situação é parecida. Com o anúncio do ex-deputado federal Fernando Gabeira de não disputar a sucessão presidencial, o partido também decidiu que só tomará uma decisão sobre quem apoiará na disputa presidencial no início de 2014, quando o quadro eleitoral estiver mais claro. Serra almoçou com o presidente nacional da sigla, José Luiz Penna, há cerca de duas semanas na capital paulista. Segundo Penna, o tucano estava animado com as possibilidades para 2014, mas disse ainda não ter um “horizonte definido”.
 
Além de Serra, o PV tem sido sondado por lideranças da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. — A decisão do partido será tomada ano que vem. Não fomos nós que antecipamos o quadro eleitoral. Faremos a nossa agenda de conversas conforme o tempo eleitoral — afirmou Penna.
 
O PTB, assim como as outras siglas, só deve definir o seu apoio em 2014. Presidente nacional do partido, Benito Gama ressalta que a legenda caminha para o apoio a Dilma. É aguardado um encontro entre o tucano e lideranças do PTB para os próximos dias. — Nós temos um compromisso com o governo federal e caminhamos para essa direção. Não há data certa para a definição de apoio, mas eu acredito que será no ano que vem — disse Gama. ( O Globo)

Trem bala descarrilou de vez.

dilma lula cabine trem bala Trem bala pode custar até 45% mais que o previsto, diz estudo
Lula e Dilma, em plena campanha eleitoral de 2010, vendendo o trem bala para os eleitores brasileiros que, três anos depois, saem às ruas porque não tem ônibus para chegar ao trabalho.
Dilma, a maquinista do Brasil, anuncia o edital que não sai em dezembro passado, em Paris, na 81ª Assembleia Geral da UIC. O japonês da foto, presidente do trem bala japonês, ri deliciado.
 
Uma conjunção de novos fatores, como os protestos no país e a perda de apetite dos investidores internacionais, criou mais dificuldades ao já complicado projeto do trem-bala, o que deve adiar novamente o leilão do projeto, marcado para 13 de agosto. Anunciado em 2007, o projeto ligando São Paulo ao Rio teve dois adiamentos e a terceira tentativa de concorrência não atraiu interessados.
 
Setores do governo defendem o adiamento imediato, sem data de retomada. Dizem que há risco de o leilão fracassar, o que pode prejudicar a imagem do país e afetar negativamente outras disputas, como as de rodovias e aeroportos. Outro grupo defende a continuidade. A decisão caberá à presidente Dilma.
 
O fato é que desde junho vem piorando o clima para a realização do projeto orçado em R$ 35 bilhões --o maior de infraestrutura do país.Protestos nas ruas por melhoria do transporte fizeram a oposição retomar o discurso de retirar dinheiro do trem-bala e investi-lo em metrôs.Apesar de o governo dizer que há recursos para ambos, a tese vem ganhando força até entre aliados do Planalto. Os protestos também reduziram o apetite de investidores a projetos de risco no país.
 
As empresas ainda interessadas em disputar a concorrência para fornecer os equipamentos e operar o trem pelos próximos 35 anos não estão encontrando parceiros para financiá-las na disputa.Também pesou um tímido aumento na taxa de retorno. O governo havia sinalizado que ela chegaria a 8,5%, mas ficou em 7%. A taxa é menor que a de outros projetos de infraestrutura que serão concedidos, com risco menor que o trem-bala.
 
O principal fator, porém, a afastar os interessados é a indefinição em torno da participação de fundos de pensão como sócios do empreendimento. Com a participação dos fundos, as empresas teriam que entrar com cerca de R$ 500 milhões de recursos próprios. Sem eles, o valor supera R$ 1 bilhão. O governo se comprometeu com as empresas que os fundos entrarão, mas isso não foi oficializado ainda. Se isso ocorrer, as empresas precisarão de prazo para refazer cálculos e submetê-los à aprovação de suas direções.
 
Mas o fator que pode ter definido de vez o adiamento foi o acidente com um trem na Espanha na semana passada. Regra no edital proíbe empresas de participarem em caso de acidentes fatais. Ao lado de franceses, os espanhóis eram os que demonstravam mais interesse no negócio. (Folha de São Paulo)

Mesmo com R$ 2 bilhões em emendas, Congresso promete derrotar governo.

Para acalmar os ânimos, Dilma resolveu mexer no "bolso". Ontem, em reunião com dez ministros e assessores no Palácio da Alvorada, ela autorizou a liberação de R$ 2 bilhões em emendas feitas por deputados e senadores ao Orçamento da União.Apesar de prometidos e programados desde maio, esses recursos estavam represados por decisão do próprio Executivo devido às limitações fiscais deste ano.
 
Insatisfeita com a articulação política e aproveitando o desgaste na popularidade da presidente Dilma Rousseff, a base aliada do governo prepara, na retomada dos trabalhos no Congresso, a votação de um conjunto de projetos que desagradam o Planalto.  O fim do "recesso branco" de deputados e senadores está marcado para amanhã, mas as votações só devem recomeçar na próxima semana.
 
Na Câmara, o governo deve enfrentar dificuldades já nas primeiras sessões. Os deputados precisam concluir a votação do projeto que destina receitas de petróleo para educação (75%) e saúde (25%). O governo queria 100% para educação. Outro impasse é quanto ao uso do fundo social --espécie de poupança dos recursos de exploração de petróleo-- para educação. O governo não aceita que seja aplicado o capital do fundo: defende a destinação só do rendimento.Também enfrenta resistência palaciana a proposta do orçamento impositivo para as emendas parlamentares, uma das bandeiras do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
 
Alves marcou a votação do texto para 6 de agosto na comissão especial e pretende levar o projeto ao plenário no dia 7. O governo alega que tornar obrigatória a execução das emendas pode engessar o Orçamento. Hoje a liberação do dinheiro não é obrigatória, o que leva o Executivo a usar esse mecanismo como moeda de troca nas votações.
 
A lista de projetos que preocupam o governo também tem o marco regulatório de mineração, o que garante aposentadoria especial para garçons e abre brecha para conceder o benefício a outras categorias, além da proposta que limita em 20 o número de ministérios (hoje são 39). "Temos uma pauta que a gente costuma chamar de indigesta", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
 
No Senado, os projetos que mais incomodam o governo são o que dá o passe livre para estudantes no transporte público e o que destina 10% da receita corrente bruta da União à Saúde. Eles podem provocar um rombo de R$ 45 bilhões nos cofres públicos. Há ainda preocupação com os vetos de Dilma: desonerações de produtos da cesta básica, rejeição da licença hereditária para taxistas, fim da multa adicional do FGTS em casos de demissão sem justa causa e mudança na divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Estados. (Folha de São Paulo)

Lula, junto com as FARC, participa do Foro de São Paulo.

As FARC, guerrilha assassina da Colômbia, que sequestra, explode bombas e assassina a sangue frio, faz parte ativa do Foro de São Paulo, fundado nos anos 90, por iniciativa de Lula e Fidel Castro. Hoje Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Bolívia, Evo Morales, são esperados para participar do 19º Encontro do Foro de São Paulo, que reúne partidos e organizações de esquerda da América Latina, que se realiza em São Paulo. Entre as legendas que integram o Foro no Brasil estão o PT, o PC do B, o PSB do Eduardo Campos, o PDT e o PPS do José Serra.O encontro começou anteontem, em São Paulo, e vai até domingo. Lula deve participar da abertura oficial do evento, que será realizado na noite de sexta-feira, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da cidade. Morales é aguardado na cerimônia de encerramento, no domingo.

Dilma dá aumento de mais de 9% nos planos de saúde. 50% mais do que o INPC.

 
A Dilma acaba de autorizar um aumento de mais de 9% nos planos de saúde. Aquele plano de saúde que você paga apenas porque a Saúde não funciona no governo do PT. O INPC ficou em 6%. É este índice que regula o seu aumento salarial. 6% a mais no salário. 9% a mais no boleto do plano de saúde que você não deveria estar pagando, se a Saúde petista funcionasse. E aí, vai revalidar a Dilma em 2014 ou vai mudar o Brasil?

Tucanos comemoram superioridade sobre os petistas no IDH.

O Instituto Teotônio Vilela (ITV), braço de formulação política do PSDB, comparou em carta publicada nesta terça-feira o avanço do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em períodos que coincidiram com os governos do tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (iniciado em 2011), destacando o que seria um melhor desempenho dos tucanos na melhora do índice.
 
Nesta segunda-feira, 29, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou o IDHM e mostrou que nos últimos 20 anos, de 1991 até 2010, houve crescimento de 47,5% na avaliação do País, que passou da nota 0,493 para 0,727, deixando de ser um País com desenvolvimento considerado "muito baixo" para ser classificado como "alto".
 
"Na média, o IDHM geral saltou 24% de 1991 a 2000 e, no período seguinte, melhorou mais 19%. Na educação, a diferença é cavalar: na primeira metade das duas últimas décadas, ou seja, na fase predominantemente tucana, o avanço obtido pelo país foi de 63%, porcentual que caiu para 40% no decênio seguinte", destaca o documento do ITV.
 
Prosseguem os tucanos: "Os avanços na renda praticamente se equivalem nos dois períodos: 6,9% entre 1991 e 2000 e 6,8% de 2000 a 2010. Apenas a progressão no indicador específico para longevidade foi mais elevada, ainda que levemente, nos anos que coincidem majoritariamente com os da gestão petista: aumento de 12% no período mais recente, ante 10% no decênio inicial", emendou a nota.
 
Na mesma nota que contém as comparações entre períodos, o ITV criticou a realização constante de comparações entre governos feita pelos seus adversários petistas, dizendo tratar-se do "esporte preferido dos petistas". "É algo tão descabido que equivaleria a ver Fernando Henrique cotejando-se a João Baptista Figueiredo lá na metade inicial de seu governo", prosseguiu a nota.
 
Segundo os tucanos, a importância do estudo do Pnud é apontar um caminho a ser seguido pelo País. "O que o Pnud, mais uma vez, deixa evidente com o IDHM é que nosso grande gargalo é a educação: entre nossos jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% completaram o ensino fundamental e, entre 18 e 20, só 41% concluíram o médio", ressaltaram.
 
O ITV diz ainda que esse estudo mostra quem "mais fez pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos últimos 20 anos". "Se é para comparar, a vitória é dos tucanos." (Estadão)

ONU comprova que IDH cresceu 28% mais com FHC do que com Lula. Tucano afirma: "verdades da História sempre vencem a propaganda política populista".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou sua página pessoal no Facebook para comentar estudo divulgado pelo ONU sobre Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil e criticar seu adversário político e sucessor, o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Recomendando uma notícia publicada no site do PSDB que diz que, em seus oito anos de governo, o crescimento do IDHM foi maior do que na era Lula, FHC afirmou: "verdades da História sempre vencem a propaganda política populista".
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal brasileiro subiu 47,5% nas últimas duas décadas, saindo da classificação "muito baixo" para o nível considerado "alto". Essa é a uma das principais conclusões do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, pesquisa da ONU feita com a ajuda do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), subordinado à Presidência da República, e da Fundação João Pinheiro, do governo de Minas Gerais. Os dados foram calculados usando os Censos de 1991, 2000 e 2010 --e não captam, portanto, o governo Dilma Rousseff.

Comparar o "Mais Médicos" com o "Médicos sem Fronteiras"? O PT rompeu as fronteiras do ridículo.

 
"Médicos sem Fronteiras" é um modelo altamente profissional de medicina. Sim, os MSF trabalham em condições adversas, em campos de batalha, em áreas com epidemias, em regiões paupérrimas. No entanto, são altamente treinados e possuem equipamentos adequados às atividades que irão exercer. Vejam, abaixo, qual o campo de ação de um médico do MSF e quais os requisitos para ser contratado:
Atividades em campo:
Atenção primária à saúde, criação e gestão de postos de saúde, gestão de centros de alimentação e ambulatório, clínicas e hospitais, planejamento e implementação de campanhas de vacinação e organização de programas de saúde materno-infantil.
Requisitos básicos:
  • Mínimo 2 anos de experiência profissional
  • Experiência em supervisão, gestão de pessoas e treinamentos
  • Comprometimento com os objetivos e valores de MSF
  • Estar de acordo com os protocolos de MSF
  • Registro no Conselho Regional de Medicina para brasileiros ou equivalente para latino-americanos
  • Diploma em Medicina Tropical ou experiência profissional relevante em ambiente tropical
  • Capacidade para trabalhar bem como parte de uma equipe multicultural e multidisciplinar
  • Capacidade para organizar e priorizar o volume de trabalho e ter iniciativa
  • Disponibilidade para trabalhar em áreas instáveis
  • Adaptabilidade e capacidade de trabalhar em equipe
  • Flexibilidade e capacidade de gestão do estresse
  • Motivação pelo trabalho humanitário
  • Fluência em francês ou inglês
Experiência em uma ou mais das seguintes áreas:
Veja aqui o que é exigido de um cirurgião, de um anestesista, de um obstetra para trabalhar na organização. Já no "Mais Médicos" do PT basta ter um diploma em Cuba.

Deputada petista acusada em fraude de R$ 300 milhões.

Lucia Helena de Carvalho

O Ministério do Planejamento decidiu afastar a chefe e um funcionário do órgão que cuida do patrimônio da União no Distrito Federal. Os dois são acusados pela Polícia Federal de participarem de uma fraude que pode chegar aos R$ 300 milhões. Foram exonerados a superintendente da SPU (Secretaria do Patrimônio da União) do DF, Lúcia Helena de Carvalho, e João Macedo Prado, atualmente na Divisão de Identificação e Fiscalização do órgão que é vinculado ao Ministério do Planejamento. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial desta terça-feira (30).
 
Como a Folha revelou no último sábado (27), Lúcia Helena, ex-deputada do PT e com fortes laços políticos, é acusada pela polícia de "patrocinar interesses privados" e de assinar "documentos que balizaram a demarcação comprovadamente fraudulenta" de um terreno no DF, causando "prejuízo milionário à União".
 
O Planejamento informou que recebeu na segunda-feira (29) o relatório da PF que não só pedia o afastamento como indiciou Lúcia Helena por cinco crimes, entre eles fraude processual, falsidade ideológica e formação de quadrilha pelo repasse de uma área de valor milionário do governo federal para mãos privadas, após fraude em documentação. "O Ministério do Planejamento recebeu hoje [ontem], às 16h42, o relatório do Inquérito Policial (nº 0699/2012-4) relativo à Operação Perímetro e decidiu exonerar os servidores da Superintendência do Patrimônio da União do Distrito Federal (SPU-DF) Lúcia Helena de Carvalho e João Macedo Prado", diz nota do Planejamento.
 
Na semana passada, os dois foram indiciados por terem participado do repasse de um terreno público a privados, por meio de documentos falsos, segundo o inquérito policial. Outras cinco pessoas, entre elas dois funcionários da SPU, também foram indiciados por participar do esquema investigado pela PF. A história da venda do terreno, que a PF afirma ter sido feita com documentos fraudados, remonta à construção de Brasília. Naquela época, foram medidos 1.807 hectares, e o governo pagou uma indenização pela terra.
 
Depois de novas medições feitas em 2008, na gestão de Lúcia Helena, a SPU concluiu que uma área extra de 344 hectares deveria ser repassada a posseiros e ao espólio dos donos da área. O valor total da área é avaliado em R$ 300 milhões e parte dela já foi comercializada com uma construtora.
Os peritos da PF dizem que os laudos técnicos elaborados pela SPU para justificar a venda eram irregulares com erros grosseiros na medição.
 
A polícia descobriu ainda que a medição foi feita por técnicos privados, contratados por interessados em vender o terreno, que usaram fraudulentamente documentos com timbres oficiais do governo e que, posteriormente, foram assinados pela SPU. Também identificaram que um laudo do Exército, feito antes da gestão de Lúcia Helena, contradizia o documento elaborado posteriormente pela SPU.
 
Segundo a investigação, Lúcia Helena se empenhou pessoalmente para concretizar o repasse do terreno. Os erros técnicos foram tão gritantes que o tabelião responsável pelo registro da terra se recusou três vezes a fazer a operação. Lucia Helena foi até o cartório pressionar o tabelião. Também viajou até São Paulo para conversar com um juiz que atuava no caso. O registro só foi feito depois que a Justiça deu uma ordem para que o cartório fizesse. (Folha Poder)

"Mais Médicos" encerra primeira fase com médicos de menos.

Até a meia-noite de domingo, 4.657 médicos entregaram toda a documentação necessária para participar do programa Mais Médicos, informou ontem o Ministério da Saúde. O governo se disse satisfeito com o resultado, mas o número de profissionais inscritos será capaz de preencher apenas 30% das 15.460 vagas abertas pelos 3.511 municípios que aderiram ao programa federal.
 
Entre os médicos com registro no Brasil, apenas 3.891 — 24% dos 16.530 que começaram o processo de adesão — entregaram toda a documentação necessária. O prazo final era meia noite de domingo. Houve queixas de médicos a respeito de problemas no sistema informatizado que teriam impedido inscrições.
 
No caso dos médicos com registro em outros países, 766 já concluíram processo de inscrição. Mas, neste caso, o número ainda pode aumentar, porque outros 1.154 que começaram o processo de inscrição têm até o dia 8 de agosto para entregar toda sua documentação. Dos 1.270 médicos residentes que começaram o processo de inscrição, apenas 31 (2,4%) concluíram a adesão. As regras do Mais Médicos impedem que eles participem do programa e façam residência médica ao mesmo tempo. Assim, a grande maioria optou por continuar onde está.
 
A lista de onde os médicos com registro no Brasil vão trabalhar sairá na quinta-feira. Os números foram divulgados pelo secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Salles, durante audiência promovida pela Comissão de Direitos Fundamentais do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para discutir o programa Mais Médicos. Apesar dos números baixos, o secretário mostrou otimismo. Ele se disse satisfeito com o número de médicos que finalizaram sua inscrição e lembrou que haverá novo processo de adesão, a partir de 15 de agosto.
 
— O que nós temos bem avaliado é a adesão de 3.600 profissionais médicos — disse Mozart, fazendo confusão com os números de inscrição. — Esses sim, nós esperamos contar com eles participando do programa. E é por isso que vamos continuar apostando no processo. Nós vamos ter as outras fases. Vamos reabrir para inscrição em 15 de agosto. Então é uma perspectiva continuada.
 
Mais de 7 mil médicos com CRM inválido
 
O programa tem por objetivo ampliar o número de médicos no país e levá-los a regiões onde há carência desse tipo de profissional. Mas tem alguns pontos polêmicos, como a possibilidade de trazer médicos formados no exterior sem passar pela revalidação do diploma, e enfrenta forte resistência das entidades médicas brasileiras, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Associação Médica Brasileira (AMB).
 
Questionado sobre as razões da desistência de tantos médicos que começaram o processo de inscrição mas não o concluíram, Mozart Salles respondeu: — Evidentemente que nós temos, como já é de muito sabido, muitas oportunidades e muitas opções de vínculo de médico no Brasil. E, evidentemente, a atenção básica é uma delas. Na medida em que os profissionais têm vários vínculos para optar, aqueles que optaram pela atenção básica, através do treinamento em serviço na modalidade de especialização em atenção básica no programa Mais Médico, foi esse número.
 
Segundo o balanço anterior, divulgado na sexta-feira, dos médicos com registro no Brasil, metade (8.307) tinha registro inválido nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs). Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, evitou associar o alto número de CRMs inválidos com uma tentativa de boicote ao programa. A denúncia de sabotagem por médicos — que estariam se inscrevendo para depois desistir e, assim, atrasar o cronograma do programa — ainda está sendo investigada pela Política Federal. Ontem, o Ministério da Saúde informou que 7.278 médicos ainda continuavam com CRM inválido no cadastro do programa.  (O Globo)

Exterminador de mensaleiros deixa o cargo dia 15.

Após quatro anos de mandato, o chefe do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel, responsável pela acusação dos réus no julgamento do mensalão, deixará o cargo no dia 15 sem ter um "herdeiro" para cuidar da apreciação dos recursos do caso. Gurgel cumpriu no dia 10 de maio seu último momento importante no processo. Enviou parecer ao Supremo em que pediu a rejeição de todos os recursos dos advogados. A presidente Dilma Rousseff não deve indicar o sucessor do atual procurador-geral antes do dia 15, o que deixará o cargo vago. Dilma recebeu em meados de abril uma lista tríplice de nomes escolhidos pela categoria. (Estadão)

PT abandona mensaleiros à própria sorte.

Na certeza de que os recursos impetrados contra o resultado do julgamento do Mensalão não serão aceitos, o PT já prevê que os mensaleiros estarão na cadeia antes do final de setembro. Por isso, estrategicamente, nenhum petista fala mais neles. José Dirceu, José Genoíno e outros foram abandonados à própria sorte. Dirceu ainda consegue alguma defesa na sua rede montada na esgotosfera, mas Genoíno, por exemplo, não resistiu e teve complicações cardíacas. Os companheiros estão sendo abandonados à beira da estrada pelo partido dos trambiques.

PT vermelho "amarela" para o PMDB.

O PT decidiu ontem suprimir críticas a partidos aliados e à política econômica do governo Dilma Rousseff que faziam parte de documento discutido pelo Diretório Nacional da sigla há dez dias. A primeira versão do texto, que havia sido revelada pela Folha, cobrava rompimento de alianças com partidos considerados "conservadores", mas ainda ainda dependia de aprovação do comando executivo petista. A resolução foi discutida ontem em São Paulo, durante uma reunião extraordinária do Diretório Nacional convocada inicialmente para tratar das eleições internas do PT, marcadas para novembro.
 
Apesar de a versão final do documento não ter sido divulgada até ontem à noite, as críticas à política de alianças foram suprimidas. Petistas têm reclamado da atuação de seus parceiros no governo, incluindo o PMDB."Havia uma proposta de rever alianças, mas não dizia em que direção, com quem [o PT poderia fazer acordos], então essa emenda foi rejeitada", disse o presidente do partido, Rui Falcão.
 
O dirigente usou justificativa semelhante para a supressão dos trechos que defendiam ajustes na política econômica do governo. "É muito genérico você falar que precisa fazer inflexões na política econômica. Inflexões em que direção? Então nada disso foi mantido", afirmou.O ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão, participou da reunião. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), também sentenciado na ação penal, deixou o encontro logo no início.
 
CONTRA O PMDB
 
O veto às alianças do PT com legendas "conservadoras" visava atingir principalmente o PMDB e era defendido por dirigentes da alas mais radicais do partido, como Markus Sokol, da corrente interna O Trabalho, e Valter Pomar, da Articulação de Esquerda. Ambos são candidatos à presidência do PT. Ao falar com jornalistas após a reunião, Sokol defendeu o rompimento com o PMDB e atacou o vice-presidente da República, Michel Temer, que é do partido."O Temer é um sabotador. Quando a Dilma apresentou a proposta do plebiscito [para a realização da reforma política], ele foi o primeiro a sacar a faca e ir contra", disse. Segundo Sokol, ficou acertado que a política de alianças do PT entrará em pauta em uma futura reunião do Diretório Nacional, ainda sem data para ser marcada.
 
O documento aprovado ontem incluiu trechos da carta que a presidente Dilma enviou à direção petista no último dia 20, na qual defendeu o plebiscito para a reforma política. O PT culpa seus aliados no Congresso pelo fracasso da proposta do governo.(Folha de São Paulo)

Marina Silva sacrifica partidários para montar um partido para chamar de seu.

A pouco mais de dois meses do prazo final para se credenciar à disputa eleitoral de 2014, coordenadores da Rede Sustentabilidade afirmam que, mesmo que consigam registrar a tempo o novo partido, não haverá palanques relevantes nos Estados para sustentar a candidatura presidencial de Marina Silva.Com isso, a pretensão da ex-senadora de suceder Dilma Rousseff não contará com dois dos principais trunfos das campanhas: fortes alianças estaduais e espaço na propaganda de rádio e TV.
 
Terceira colocada na corrida ao Planalto em 2010, com 19,3% dos votos válidos, Marina está sem legenda desde 2011, quando rompeu com o PV. Desde então seu grupo articula a montagem da Rede, mas só no início deste ano começou a coletar as 492 mil assinaturas necessárias para colocar a legenda de pé --até ontem, dizia ter obtido 818 mil, mas só 125 mil haviam sido validadas pelos cartórios.
 
Para que Marina se candidate, é necessário que seu novo partido passe por todo o processo burocrático de aprovação na Justiça Eleitoral até o início de outubro deste ano. Em resumo, os aliados da ex-senadora argumentam que o processo de criação da legenda inviabilizou a articulação de chapas relevantes de candidatos a governador, senador e deputados, discussão já a todo vapor entre os partidos estabelecidos.
 
O deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), coordenador da última campanha de Marina, diz que a falta de palanques fortes nos Estados "foi um problema em 2010 e pode ser maior em 2014"."Mas a realidade é essa, vamos trabalhar com isso. Tem gente que acha que basta a candidatura da Marina, outros acham que ela precisa de alianças. Mas, a rigor, essa discussão nem começou."O também deputado Domingos Dutra (PT-MA), reforça: "Como diz o ditado, ou toca o sino ou acompanha a procissão. Priorizamos o recolhimento de assinaturas, infelizmente não vamos ter chapas fortes nos Estados".
 
O esvaziamento das chapas estaduais, com o consequente recuo de políticos que ensaiavam ingressar na Rede, se reflete no tempo de propaganda eleitoral na TV, que é calculado com base no número de deputados federais que a legenda possui.Como a filiação de deputados federais à Rede deve ser menor do que a dos seis previstos até há alguns meses, Marina teria pouco mais de 1 minuto em cada bloco de 25 minutos, menos do que o já pequeno espaço que teve em 2010 (1min23s).
 
"Um minuto de TV da Marina pode ser equivalente a 30 minutos de outros candidatos", rebate o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP). Ele cita a internet como meio de escapar às dificuldades. "Se está fugindo dos métodos políticos convencionais, por que não buscar formatos de apoios alternativos nos Estados também?"
 
Aliados de Marina esperam que a insatisfação das ruas favoreça a ex-senadora. Segundo o Datafolha, a ex-senadora subiu de 16% para 23% das intenções de voto após os protestos. Em 2010, Marina já havia tentado esse modelo, mas a arrecadação pela internet foi pífia: R$ 170 mil, menos de 0,6% do gasto total. (Folha de São Paulo)

IDH: estados governados pelo PT desabam, estados governados pelo PSDB sobem.

Na comparação de 2003 a 2013, que envolve o período petista, os números não mentem. No confronto PT x PSDB, os tucanos ganham de lavada.
 
À exceção do Distrito Federal, que manteve a sua posição por motivos óbvios, Acre, Bahia, Rio Grande do Sul e Sergipe perderam posições no ranking do IDH. Um fiasco em termos de gestão. De cinco estados, apenas um manteve a sua posição, os outros quatro pioraram.
 
Já os estados governados por tucanos, à exceção do Pará, que perdeu posições, de Alagoas e Paraná que mantiveram os seus postos, cinco estados melhoraram o IDH: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Roraima.
 
O IDH não é feito pela mídia golpista, nem tampouco pela elite fascista. É um índice da ONU. Portanto, só resta ao PT reconhecer que faz o marketing da miséria muito bem. Já acabar com ela são outros quinhentos.

Tanto é que em 2003 o IDH do Brasil era 0,792. O IDH de 2013 ficou em 0,727. Uma queda de mais de 8%. Por isso, os espertinhos estão comparando tudo com os últimos 20 anos. Mais um motivo para comprovar que o PT apenas puxou os índices para baixo.

PT: uma década perdida no IDH?

Se olharmos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) publicado em 2003 com o apresentado hoje, pelo IPEA, temos um quadro que pode estar expressando uma década perdida, marcada pelas duas gestões de Lula. O IDH 2013, que cobre a gestão do petista, é menor do que o IDH 2003, que abrange a gestão tucana. Ao que parece, de forma esperta,  o IPEA resolveu analisar 20 anos, em vez de 10 anos. O que faz desconfiar que existe, aí, uma manipulação safada dos dados para não mostrar que o Brasil melhorou mais, no IDH, com FHC do que com Lula.

Refinaria "Lula & Chávez" subiu de R$ 6 bilhões para R$ 36 bilhões. Consórcio quer aditivo de mais R$ 1 bilhão ou não conclui a obra.

LULA RECIFE
No início da obra, em 2008, Chávez e Lula combinaram o quê? Como um deles já morreu, jamais saberemos as bases de tão próspero negócio para as maiores doadoras do PT. Nenhuma obra no mundo moderno teve um orçamento inicial tão superfaturado.
As quatro gigantes nacionais da construção pediram novos aditivos contratuais à Petrobras para executar as obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que tem inauguração prevista para o fim de 2014. Os pedidos somam aproximadamente R$ 1 bilhão, conforme detectou o Tribunal de Contas da União (TCU) em auditoria recente nas obras.
Eles foram encaminhados por Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. A Petrobras informou que já fez, neste ano, novos acréscimos aos valores pactuados nos contratos. Sem entrar em detalhes, a estatal argumentou que os aditivos "são resultado de análises técnicas de engenharia em busca de melhorias na eficiência da execução da obra e são encaminhados para o TCU para conhecimento, com total transparência".
Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o projeto da refinaria, em 2005, ela tinha orçamento estimado em cerca de US$ 2,5 bilhões. A previsão de investimentos subiu quase sete vezes e chega a R$ 35,8 bilhões, segundo o último relatório quadrimestral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O encarecimento do projeto, entretanto, parece não ter mais fim. Em auditoria no primeiro semestre, com conclusões recém-divulgadas, o TCU investigou quatro contratos que totalizam R$ 12 bilhões. Eles se referem a grandes obras da refinaria e poderão se tornar "ainda mais onerosos" à Petrobras, segundo o tribunal de contas. O nível de execução física desses contratos está adiantado - entre 56% e 83%.
Um dos pontos considerados "graves" pelo TCU é a situação da unidade de coqueamento retardado, objeto de um contrato com a Camargo Corrêa, no valor original de R$ 3,4 bilhões. Os auditores identificaram um pedido de aumentá-lo em R$ 600 milhões. Apesar dos problemas encontrados, não houve recomendação de bloqueio dos pagamentos à construtora pela estatal, sob a alegação de que isso poderia comprometer o cronograma de entrada em funcionamento da refinaria.
O órgão de fiscalização apontou uma sequência de trapalhadas no empreendimento. A começar por uma avalanche de deficiências no projeto básico da refinaria. A resistência do terreno onde está sendo construída a refinaria foi menor do que a indicada no projeto básico, com grande ocorrência de solos moles e excesso de umidade, segundo os auditores. Com isso, a quantidade de estacas de fundação e de estruturas metálicas foi aumentada.
A análise do TCU contemplou um contrato de R$ 4,6 bilhões com a Odebrecht, o maior deles, para a construção da unidade de destilação atmosférica e da unidade de hidrotratamento de diesel. Abrangeu ainda um contrato para a instalação de tubovias (interligações dentro da refinaria), com a Queiroz Galvão, no valor de R$ 2,7 bilhões; e outro com a Andrade Gutierrez, para as dutovias, no valor de R$ 659 milhões.
De acordo com o ministro Benjamin Zymler, relator do processo no tribunal, erros na caracterização do solo elevaram em 568% a quantidade de estacas usadas nas tubovias, por exemplo. Até agora, a soma dos erros de projeto nos quatro contratos gerou aditivos de R$ 943 nos valores originalmente pactuados.
Questionada pelo Valor sobre as razões da explosão nos custos da refinaria, a Petrobras argumentou que as projeções feitas em 2005 "referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia apenas estimativas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais, integração entre unidades e extramuros". "O maior grau de definição e detalhamento, incorporado a fatores como otimização de escopo, ajustes cambiais e aquecimento de mercado, entre outros, fez com que o valor do investimento tivesse um incremento com a evolução do projeto."
A Refinaria Abreu e Lima, com capacidade para processar até 230 mil barris por dia de petróleo quando estiver totalmente pronta, terá quatro produtos principais: óleo diesel, nafta, coque e GLP (gás de cozinha). A inauguração da primeira fase será em novembro de 2014; a segunda está prevista para maio de 2015.

Para oposição, acabou o governo Dilma.

A oposição reagiu à entrevista em que a presidente Dilma Rousseff, no jornal “Folha de S. Paulo”, afirma que não haverá o “Volta Lula” porque ele nunca teria saído. Para os líderes da oposição, Dilma mostrou fragilidade ao admitir que age à sombra de Lula. Em sua página de rede social, o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a “obsessão” de Dilma pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, citado duas vezes na entrevista, e considerou que Dilma anunciou ao país que “o governo não fará nenhum esforço no sentido de diminuir sua estrutura e, com isso, reduzir o seu custeio”.
 
Na entrevista, a presidente negou todas as dificuldades econômicas apontadas inclusive por parlamentares de sua base e pelo próprio Lula, e garantiu que o governo cumprirá a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo. E lembrou que Fernando Henrique não cumpriu a meta em três dos quatro anos dele em que a meta vigorou. Fernando Henrique está em viagem à Europa, segundo sua assessoria, e Lula não quis comentar a entrevista.
 
“Ao insistir em comparar o seu governo com a gestão do ex-presidente, a presidente Dilma zomba da inteligência dos brasileiros ao tratar apenas de números absolutos, ignorando as gigantescas diferenças entre as conjunturas das duas épocas”, defendeu Aécio. “O sentimento que fica ao final da entrevista é o de um governo incapaz de novas iniciativas, refém das circunstâncias que o cercam. Enfim, um governo que chegou ao seu final de forma extremamente prematura”, acrescentou.
 
Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), a declaração de Dilma sobre a indissociabilidade com Lula confirma o que a sociedade brasileira já desconfiava: — Ela é uma marionete, o poder é exercido, nas sombras, por Lula. Isso é muito ruim, nenhum país consegue ser bem administrado por alguém que está nas sombras. E deu uma demonstração de que o governo dela é guiado pelo fisiologismo. Ela só consegue montar sua base em função de tantos ministérios para distribuir entre os petistas e aliados. É puro clientelismo, não tem nada de interesse público nisso. Tudo o que ela diz é uma demonstração de quão incompetente e inepto é o governo dela.
 
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), avaliou que as declarações da presidente são uma tentativa de dividir com Lula e o PT a responsabilidade pelos “acertos e desacertos” de seu governo, em um momento de queda brusca de popularidade. — Ela colocou claramente que a responsabilidade pelo malogro do governo não é só dela. É uma forma de se associar ao Lula e ao PT para dividir seu insucesso. Ela resolveu adotar um discurso demagógico. Basta olhar o resto do mundo: só países de quinta categoria têm tantos ministérios. Dá para cuidar das minorias sem esses ministérios que, até hoje, não mostraram a que vieram — disse Agripino.
 
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), concorda com a presidente quando ela associa seu governo a Lula. Para o deputado, o sucesso e o fracasso de um são estendidos ao outro. — Realmente, não dá para separar uma coisa da outra, então não existe volta Lula e fica Dilma, não dá para dissociar. A responsabilidade já é comum, não pelos motivos que ela coloca, mas porque, para o eleitor, ela foi escolhida e bancada pelo Lula. Cunha, que é autor de uma PEC para limitar o número de ministérios, criticou a presidente por ter se posicionado contrária à diminuição de pastas. — Vamos manter nossa proposta, existe um simbolismo em reduzir, porque você passa para a população que quer cortar gastos. Com menos ministérios, temos menos ministros, menos secretários-executivos e menos pessoas usando avião da FAB.
 
Os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva foram procurados pelo GLOBO e não foram encontrados. A assessoria de Campos não retornou as ligações, e a de Marina informou que, por ser domingo, ela estaria com a família e não iria comentar. ( O Globo)

PMN rejeita fusão com PPS e fecha porta para Serra.

O PMN (Partido da Mobilização Nacional) bateu o martelo neste domingo e decidiu, em convenção extraordinária realizada em São Paulo, desistir da fusão com o PPS (Partido Popular Socialista) para criar o MD (Mobilização Democrática). A presidente em exercício do PMN, Telma Ribeiro, afirmou que a legenda não quer ficar refém à espera de que políticos com mandato ou não decidam se vão para o natimorto MD, entre eles o ex-governador de São Paulo, José Serra. O tucano negociava com o presidente do PPS, Roberto Freire, uma possível filiação ao MD para se candidatar à Presidência da República pelo MD em 2014, caso a legenda fosse criada.
 
Telma disse que o “timing” do PMN e do PPS estão diferentes e que desavenças para decidir sobre cargos nos diretórios regionais da nova legenda também influenciaram na decisão. Segundo ela, caso o MD fosse criado, ele não poderia ficar refém de coisa alguma, inclusive de uma possível ida de Serra. — Partido não é restaurante que você monta e espera os fregueses. Você constrói o partido com os objetivos que justificam as pessoas irem para aquele partido. Não porque A ou B podem ir — disse.
 
A incerteza de Serra sobre uma possível filiação no MD também pesou. Para Telma, Serra teria que estar convicto da importância da legenda. — Não gosto de alguém dizendo “eu vou ver se vou ou não vou”. É sinal de que a pessoa não está nos vendo como parceiros. Quem quer vir, vem. Não fala, no último minuto: “espera aí que eu vou ver, se não tiver nenhum lugar melhor para eu ir ou se o lugar onde estou não ficar melhor, aí eu vou”. Partido não deve ser como mercadoria que você pode escolher entre várias possibilidades, pois isso demonstra que não há ideologia — afirmou Telma.
 
A presidente do PMN disse que não se preocupava com a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir que a fusão dos dois partidos não configuraria a criação de uma nova legenda. A assessoria técnica da presidência da Corte teria redigido um parecer com esse entendimento, o que faria com que o MD não tivesse direito ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão dos deputados que se filiassem à legenda. — Para quem trabalha, televisão é apenas um complemento. Não é uma necessidade — afirmou em convenção do PMN em São Paulo.
 
O PMN, segundo Telma, não viu sentido em esperar que o TSE se pronunciasse sobre a consulta feita pelo PPS. — Eu vou esperar que ele (TSE) diga isso e depois vou esperar se o outro vai dizer que vem? Que é isso? Partido não é isso. Não posso imaginar que todo esse trabalho que tivemos seja apenas para criar uma zona confortável para alguém. O partido deve levar uma proposta para a nação — disse.
 
Segundo Telma Ribeiro, nas conversas para a fusão, PPS e PMN teriam combinado que em metade dos estados do país, o PMN presidiria o diretório estadual do MD e na outra metade seria o PPS. O problema é que, de acordo com Telma, o PPS não estava aceitando que alguns dirigentes do PMN presidissem diretórios regionais do MD. Isso estaria acontecendo em estados como o Rio de Janeiro, Paraíba e Minas Gerais. Além disso, integrantes da juventude das duas legendas eram contrárias à fusão. A presidente do PMN lamentou que a fusão não seja possível. — Fico triste que não dê para caminharmos. Mas se não pensarmos do mesmo jeito não adianta, é tolice. ( O Globo)

Juízes continuam a achacar empresas com pedidos de patrocínios milionários.

Crítico da participação de juízes em eventos patrocinados por empresas em hotéis luxuosos, o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, foi chamado recentemente por magistrados de Pernambuco para fazer uma palestra sobre o tema. Local escolhido: um resort na ilha de Fernando de Noronha. Falcão recebeu o convite como se fosse uma provocação e pediu que o encontro, marcado para um fim de semana de maio, fosse realizado em local mais adequado a um congresso jurídico. O evento foi transferido então para um hotel no Recife, mas o corregedor não compareceu.
 
O episódio foi narrado pelo próprio Falcão ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, como exemplo da resistência imposta pelos juízes diante das tentativas do Conselho Nacional de Justiça de controlar a realização desses eventos. Mello é relator de dois mandados de segurança impetrados por associações de magistrados que querem derrubar a Resolução nº 170 do CNJ. Aprovada em fevereiro, a resolução impõe limites às contribuições das empresas às associações e restringe a participação de juízes em eventos com financiamento privado.
 
As associações alegam que a norma viola os direitos de seus associados à liberdade de atividade intelectual e científica, e ofende a liberdade de associação sem interferência estatal. Não há data prevista para o julgamento dos dois mandados pelo STF.
 
Antes de cancelar o evento de Fernando de Noronha, a Escola Superior da Magistratura de Pernambuco havia feito reservas para 60 pessoas no Dolphin Hotel --que cobra diárias de até R$ 1.200 -- e mais duas pousadas da ilha. O programa do encontro, para o qual foram convidados juízes de vários Estados, previa reuniões de trabalho apenas entre 16h e 19h, deixando os participantes livres para fazer o que quisessem na ilha no restante dos dias. A Folha apurou que o gerente de uma agência de um banco oficial no Recife foi consultado sobre a possibilidade de contribuir com R$ 100 mil para o evento. A instituição recusou o pedido.
 
Falcão também apresentou a Celso de Mello documento que sugere a presença de juízes no Festival Folclórico de Parintins, realizado em junho no Amazonas, a convite do governo estadual, que teria oferecido lugar em camarotes exclusivos e o pagamento de despesas com hospedagem, transporte e alimentação.
 
Em abril, a Associação dos Magistrados Brasileiros promoveu em São Paulo a sexta edição dos Jogos Nacionais da Magistratura, com patrocínio da operadora de planos de saúde Qualicorp, que ofereceu carros e aparelhos eletrônicos como brindes em eventos anteriores de juízes. As associações que foram ao STF contra a resolução do CNJ queriam uma liminar para suspender os efeitos da norma, mas o ministro Celso de Mello rejeitou o pedido.
 
Em sua decisão, o ministro considerou inaceitável a "transgressão a uma expressa vedação constitucional que não permite, qualquer que seja o pretexto, a percepção, direta ou indireta, de vantagens ou de benefícios inapropriados", e recomendou vigilância sobre os juízes. (Folha de São Paulo)

De mãe do PAC à mãe da crise.

Pesquisa qualitativa que chegou a integrantes do governo federal na semana passada mostra que os protestos de rua do último mês atingiram o principal trunfo de Dilma Rousseff na campanha de 2010, a imagem de ''gerente''. Quem viu o levantamento, realizado em São Paulo, relata que os dados revelam que a população começou a questionar a capacidade administrativa da presidente ao considerar insuficientes as respostas do Planalto às reivindicações das manifestações. (Do Painel da Folha)

Joaquim contra os blogueiros anônimos. Toda a generalização é burra.

"Nos últimos meses, venho sendo objeto de ataques também por parte de uma mídia subterrânea, inclusive blogs anônimos. Só faço um alerta: a Constituição brasileira proíbe o anonimato, eu teria meios de, no momento devido, através do Judiciário, identificar quem são essas pessoas e quem as financia. Eu me permito o direito de aguardar o momento oportuno para desmascarar esses bandidos."
 
Do ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, em entrevista publicada pelo O Globo.

É a treva: governo não tem dinheiro para bancar redução da conta de luz.

O governo federal não tem mais recursos em fundos setoriais para as indenizações que terá de pagar às empresas do setor elétrico. Essas empresas aderiram ao pacote de renovação antecipada das concessões, que bancou o desconto médio de 20% na conta de luz para os consumidores. A redução foi anunciada por Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão. Com saldo insuficiente para essa despesa, caberá ao Tesouro Nacional e, em última instância, ao contribuinte, desembolsar pelo menos R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos para reembolsar as companhias.
 
Parte do dinheiro do fundo que foi criado para indenizar as concessionárias foi transferido para bancar outra despesa. Em maio, R$ 2,5 bilhões saíram da Reserva Global de Reversão (RGR) para outro fundo, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que financia o gasto com as usinas térmicas, programas para a população de baixa renda, Luz para Todos e alguns subsídios.
 
Essa operação, descoberta pelo Estado, vem sendo mantida sob sigilo pelo governo. O motivo da transferência é que a CDE não tinha saldo suficiente para pagar as despesas com as térmicas e com subsídios que tiveram de ser elevados porque Cesp, Cemig e Copel não quiseram renovar suas concessões. Com a operação, o saldo da RGR baixou para algo em torno de R$ 2,4 bilhões.
 
Conforme dados da movimentação financeira do fundo, o governo pagou R$ 7,9 bilhões em janeiro para as empresas que optaram por receber o dinheiro à vista. Restavam R$ 12,1 bilhões, a ser pagos em parcelas mensais nos próximos quatro anos. Três parcelas foram pagas, em fevereiro, março e abril, totalizando R$ 1,5 bilhão. Como os dados de maio, junho e julho não foram disponibilizados, estima-se que outros R$ 1,5 bilhão tenham sido pagos nesse período. Faltariam, portanto, R$ 9,1 bilhões em indenizações.
 
Como o saldo do fundo está em R$ 2,4 bilhões, faltam recursos para pagar, pelo menos, R$ 6,7 bilhões em números de hoje. Esses valores serão atualizados pelo IPCA e acrescidos de remuneração de 5,59% ao ano. Como a RGR foi praticamente extinta, a entrada de recursos no fundo é insuficiente para pagar essa conta.
 
Ainda com base na média mensal de indenizações, de cerca de R$ 500 milhões, até o fim do ano o saldo da RGR terá chegado a zero, sem que o total das indenizações tenha sido pago. Para se ter ideia do tamanho da conta, no início do ano, o fundo contava com um saldo de R$ 15,258 bilhões. Não se sabe como o governo vai cobrir esse buraco. Fontes confirmam que a equipe econômica também não sabe ainda como repor as perdas. A ideia do governo era usar dinheiro a receber da usina de Itaipu, mas, na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou essa hipótese e confirmou que serão despesas primárias.
 
Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que a transferência de recursos da RGR à CDE é permitida por lei. Conforme o ministério, a legislação também autoriza repasses da CDE à RGR, até mesmo para o pagamento de indenizações. "É natural da gestão dos fundos que haja transferência de recursos entre a RGR e a CDE, e vice-versa", afirma o MME. Por fim, o ministério afirma que a gestão dos fundos setoriais é delegada por lei à Eletrobrás e que o Ministério da Fazenda é o órgão responsável por autorizar aportes do Tesouro à CDE. O Ministério da Fazenda e a Eletrobrás foram procuradas, mas não se pronunciaram até o fechamento desta edição. ( Estadão)

Aécio cobra de Dilma um "pacto pela verdade".

O senador mineiro Aécio Neves, presidente do PSDB, comentou trechos da entrevista da presidente Dilma Rousseff dada à Folha por meio de sua página na rede social Facebook. Segundo o pré-candidato nas eleições de 2014, o governo de Dilma "chegou ao seu final de forma extremamente prematura". "O sentimento que fica ao final da entrevista é o de um governo incapaz de novas iniciativas, refém das circunstâncias que o cercam", disse.
 
Para o tucano, o governo do PT copia várias das iniciativas do governo do PSDB, mas "perdeu a oportunidade de dar um passo concreto na direção do pacto pela verdade" propondo a suspensão dos sigilos decretados sobre financiamentos oficiais oferecidos para obras no exterior e dos cartões corporativos da presidência. Aécio criticou ainda a decisão da presidente de não reduzir o número de ministérios --são 39 atualmente. Para ele, a medida deveria reduzir custos e não será tomada "mesmo contrariando opinião de aliados". (Informações da Folha)

NYT é muito pra bolinha do Lula.

Apesar da repercussão do artigo de Lula sobre os protestos de junho, o serviço de notícias do jornal “The New York Times”, NYT Syndicate, esperava que a coluna mensal do ex-presidente interessasse a um número maior de países. Na Europa, só o jornal “Público”, de Portugal, comprou os direitos de publicá-la. Na América do Sul, a coluna foi vendida para jornais em quatro países e no México. Nos Estados Unidos, jornais não se interessaram em reproduzi-la e, pelo contrato, o NYT não tem obrigação de publicá-la em seu conteúdo impresso. (Isto É Gente)

Exclusivo: deputado do PT pego em flagrante espalhando a Lista de Furnas

A Lista de Furnas é uma falsificação do PT para atacar seus adversários, tentando igualá-los à quadrilha do Mensalão. Os petistas usam a tal lista para atacar políticos e autoridades honestas, mesmo que a Polícia Federal já tenha comprovado que o documento é falso.
 
A revista Veja fez uma reportagem didática, comprovando que os petistas de Minas são os responsáveis pela sua elaboração, tudo comprovado por gravações da PF que ligam diretamente o falsário Nilton Monteiro ao deputado estadual petista Rogério Correia e seus assessores, bem como ao ex-deputado Agostinho Valente. Quem comanda tudo é o chefe de quadrilha do Mensalão,  José Dirceu.
 
O deputado Rogério Correia não desiste de usar a tal lista. Vejam, abaixo, o diálogo dele no twitter com quem ele achava ser Paulo Henrique Amorim e que, na verdade, é um perfil fake do blogueiro chapa-branca a serviço do PT. O deputado, desta vez, foi pego em flagrante.
Para conhecer todos os detalhes da falsificação grosseira que o deputado acima quer mandar para o criador do PIG, nada melhor do que ler este post de 2011, da Turma do Chapéu.

Até juízes entram na campanha para difamar Joaquim Barbosa.

A campanha contra Joaquim Barbosa fica ainda mais virulenta, na medida em que se aproxima o momento de mandar a quadrilha de mensaleiros do PT para a cadeia. O mote do momento não é mais a compra do apartamento em Miami, que o presidente do STF efetuou à vista, com recursos declarados no imposto de renda. Agora os detratores o acusam de que o endereço da empresa que ele abriu em Miami é o de um imóvel público residencial, o que seria proibido por lei. É uma palhaçada.
 
A empresa que Barbosa constituiu tem o propósito específico de ser a dona do imóvel. Não possui funcionários. Não possui atividade comercial, industrial ou de serviços. Não paga salários ou impostos. A sua única atividade foi a compra e registro do apartamento, exigência das leis americanas. Tanto é que basta Joaquim Barbosa levantar o telefone e mudar o endereço para um escritório de contabilidade em Cacimbinhas. A acusação é pura tentativa de manchar a biografia do presidente do STF. Também alegam e o que pasma é que a alegação vem da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) que, pelo estatuto da magistratura, Joaquim Barbosa não poderia ser sócio de uma empresa. A lei diz:
 
Art. 36 - É vedado ao magistrado:
 
        I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista;
        II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração;
 
Ora, a empresa de Joaquim Barbosa não é um comércio, ele é o único dono e certamente não recebe salário de si próprio por manter um apartamento nos Estados Unidos. É óbvio que este artigo da lei tem o propósito de impedir que um magistrado possa vir a tomar decisões em próprio favor, o que não se aplica ao caso. A compra do imóvel em outro país não tem repercussão alguma no Brasil.
 

A Ajufe está em guerra com Joaquim Barbosa porque ele bloqueou a abertura de mais quatro tribunais federais. E porque está enquadrando, em termos éticos, uma classe acostumada a ser patrocinada por empresas privadas e estatais contra as quais julga ações milionárias. Isto sim, é muito suspeito.

O dilmês no estado da arte.


Nos últimos tempos, as limitações de oratória de Dilma se somaram ao tom oportunista, de autopromoção. Na última quarta-feira, a presidente esteve em Salvador para participar de um seminário em comemoração aos dez anos da chegada do PT ao poder. Como nos tempos da campanha eleitoral de 2010, ela dividiu o palco com o padrinho e antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva. Especialmente em um momento de popularidade baixa, Dilma sabe que não pode se restringir aos pronunciamentos técnicos sobre programas do governo, como costuma fazer. Porém, não consegue se adaptar ao estilo palanqueiro nem tem a empatia de Lula com a plateia. Acabou fazendo um discurso monótono e com alguns trechos incompreensíveis, repleto de elogios a si mesma. "Nós queremos fazer mais e podemos fazer mais, justamente porque fizemos", disse ela. A presidente elencou algumas de iniciativas de seu governo, burocraticamente. Leia mais aqui, em Veja.
 
Dois momentos da língua dílmica:
 
"Achamos imprescindível nos dirigir a essa questão, à questão urbana, que é extremamente grave em outros países do mundo também, em países ricos e desenvolvidos, mas, num país pobre como o nosso, entre parênteses pobre, porque não foi investido suficiente, nos últimos anos, nesta área. Nós somos pobres nesta área, e não foi investido, primeiro, por conta da crise da dívida e, segundo, porque não foi investido." 
 
"Os diplomas, eles valem porque eles representam um esforço de cada pessoa, um esforço e um reconhecimento de que esse esforço, esse esforço adquiriu um valor que você carrega pela vida inteira. É, talvez, a maior riqueza que alguém carrega, porque você carrega só levando o corpo, mais nada."

Quaquá é o cara ( e a cara) do PT no Rio.

Quaquá é o cara do Lula no Rio.
 
Candidato à presidência do PT fluminense, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, nomeou, desde abril, 78 filiados do partido de fora da cidade, situada na Região dos Lagos, para cargos de confiança em sua gestão, além de 54 petistas do próprio município, segundo cruzamento feito pelo GLOBO entre o Jornal Oficial de Maricá e os registros de filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos bastidores da disputa, adversários acusam Quaquá de usar a máquina da prefeitura para comprar votos e financiar sua campanha para presidente do PT.
 
Parte desses militantes é de cidades próximas, como São Gonçalo, mas há petistas de Laje do Muriaé, a 300 quilômetros de Maricá; e de Itatiaia, a 220 quilômetros. De quatro filiados ao PT de outras cidades procurados pelo GLOBO, três não são conhecidos no local de trabalho onde estão lotados.
 
Além de Quaquá, os pré-candidatos à presidência estadual do PT são o atual presidente, Jorge Florêncio, e a deputada federal Benedita da Silva. O prazo para a inscrição de chapas vai até 12 de agosto; a eleição será em novembro.
 
Na terça-feira, o GLOBO telefonou para a Secretaria municipal da Chefia de Gabinete de Maricá e procurou Wilson Ricardo Albino Pereira. Sua nomeação para subsecretário da pasta foi publicada no Jornal Oficial de 10 de junho, com validade retroativa a 2 de maio. No TSE, ele consta como filiado ao PT em Bangu, Zona Oeste. — Com quem? Não tem ninguém com esse nome aqui não. Ele pode estar nomeado aqui, mas não trabalha aqui não, pode trabalhar em outro lugar, entendeu? — afirmou um funcionário identificado como Maurício.
 
Confrontado com a informação de que Pereira seria subsecretário da chefia de gabinete, Maurício insistiu: — Aqui não tem Wilson, quem é subsecretário da chefia de gabinete que eu conheço é a Magda. Ele pode trabalhar em Educação, em Obras, entendeu?O mesmo aconteceu na Secretaria de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Petróleo em relação a Liedio Luiz da Silva, nomeado assessor executivo no Jornal Oficial de 10 de junho, com validade retroativa a 1º de abril. Ele é filiado ao PT de Laje do Muriaé.
 
Diálogo parecido ocorreu com servidores da Secretaria dos Direitos Humanos, onde está lotado Samuel Coutinho de Brito, do PT de São Gonçalo. Ele foi nomeado assessor executivo da Subsecretaria dos Direitos, no Jornal Oficial de 15 de abril, retroativo a 1º de janeiro. — Com quem, meu amor? Samuel? Espera um pouquinho (pergunta para alguém se há algum Samuel). Olha, meu amor, aqui é Direitos Humanos — disse uma funcionária ao telefone. Questionada se a Subsecretaria Executiva dos Direitos funciona naquele local, ela chama um outro servidor: — Funciona (aqui também). Eu sou da (subsecretaria) executiva e nesse momento a gente não tem ninguém assim com esse nome — disse ele.
 
A exceção entre os quatro procurados foi Luiz Gabriel dos Santos, filiado ao PT na capital e cuja zona eleitoral é Ramos. Na Secretaria de Ações para Idosos, a informação é que ele é reflexologista e atende às sextas-feiras. A nomeação de Santos foi publicada em 17 de abril, retroativa a 1º de janeiro.
 
Nessa leva de petistas que foram nomeados em Maricá a partir de abril, 13 são de Bangu, base eleitoral de Lourival Casula, coordenador da campanha de Quaquá à presidência do PT e secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Petróleo de Maricá. Casula é de Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Desde abril, ainda foram nomeados 20 petistas de São Gonçalo para a prefeitura de Maricá, 17 deles na Secretaria dos Direitos Humanos, cujo titular é Miguel Moraes, ex-vereador pelo PT. ( O Globo)

O poste caído (3)

Apesar da pressão pública e até de aliados, a presidente Dilma Rousseff diz que não cogita reduzir o número de ministérios. Diz que já tomou todas as medidas para diminuir custos do governo, afirma que o desemprego subiu na "margem da margem da margem", nega que tenha relaxado no controle da inflação e diz que não pretende mudar a equipe econômica: "O [ministro] Guido [Mantega] está onde sempre esteve: no Ministério da Fazenda". Ela defende também o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, criticado até no PT por supostamente defender as empresas de telecomunicações e interditar discussões sobre eventual regulação do setor de radiodifusão. "A regulação em algum momento terá de ser feita", afirma a presidente.
 
Folha - O PMDB engrossou o coro dos que defendem o enxugamento de ministérios.
Dilma Rousseff - Não estou cogitando isso. Não acho que reduza custos. As medidas de redução de custeio, nós tomamos. Todas. E sabe o que acontece? Vão querer cortar os de Direitos Humanos, Igualdade Racial, Política para as Mulheres. São pastas sem a máquina de outros. Mas são fundamentais. Política de cotas, por exemplo: só fizemos porque tem gente que fica ali, ó, exigindo.
 
A senhora sabe falar o nome de seus 39 ministros?
De todos. E todos eles ficam atrás de mim [risos]. Eu acho fantástico vocês [jornalistas] acharem que, nesse mundo de mídias, o despacho seja apenas presencial. Os ministros passam o tempo inteirinho me mandando e-mail, telefonando, conversando.
 
O ministro Guido Mantega está garantido no cargo?
O Guido está onde sempre esteve: no Ministério da Fazenda. E vocês podem me matar, mas eu não vou falar de reforma ministerial.
 
O desemprego em junho subiu pela primeira vez em quatro anos, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Querida, o desemprego... [Consulta papéis.] Olha aqui, ó. É fantástico. Tem dó de mim, né? Como não podem falar de inflação, porque o IPCA-15 [prévia do índice oficial] deu 0,07% neste mês... E nós temos acompanhamento diário da inflação, tá? Hoje deu menos 0,02%. Tá? Ela [inflação] é cadente, assim, ó [aponta o braço para baixo].
 
E o emprego?
Houve uma variação. Foi de 5,9% para 6%. É a margem da margem da margem. Foram gerados 123.836 empregos celetistas. Em todo o primeiro mandato do Fernando Henrique Cardoso foram gerados 824.394 empregos. Eu, em 30 meses, gerei 4,4 milhões. Você vai me desculpar.Com a inflação, também... Alguém já disse quanto é que caiu o preço do tomate? Ou só comentaram quando o tomate aumentou? [Pede para uma assessora checar os números. Ela informa que o tomate está custando R$ 4,50 o quilo.]. Eu não sou dona de casa, não posso mais ir no supermercado e não sei o preço do tomate hoje. Mas sei a estatística do tomate. Teve uma queda, se não me engano, de 16%. Eu ia naquele supermercado ali, ó [aponta a janela]. Não posso mais.
 
A senhora acha que os críticos do governo exageram?
Eu propus cinco pactos [depois das manifestações]. E eu tenho um sexto, sabe? Que é o pacto com a verdade. Não é admissível o que se faz hoje no Brasil. Você tem uma situação internacional extremamente delicada. Os EUA se recuperam, mas lentamente. Nós temos um ajuste visível na China. O Fed [Banco Central dos EUA] indicou que deixaria o expansionismo monetário, o que provocou a desvalorização de moedas em todo o mundo. E o país, nessa conjuntura, mantém a estabilidade. Cumpriremos a meta de inflação pelo décimo ano consecutivo. Sabe em quantos anos o Fernando Henrique não cumpriu a meta? Em três dos quatro anos dele [em que a meta vigorou].
 
A inflação subiu por vários meses no período de um ano.
Nós tivemos a quebra na produção agrícola americana, que afetou os mercados de commodities alimentares. Tivemos uma seca forte no Nordeste e também no sul.
 
A crítica é que a senhora relaxou no controle da inflação para manter o crescimento.
Ah, é? Tá bom. E como é que ela tá negativa agora?
 
Há dúvidas também em relação à política fiscal.
A relação dívida líquida sobre PIB nunca foi tão baixa. A dívida bruta está caindo. O deficit da Previdência é 1% do PIB. As despesas com pessoal, de 4,2%, as menores em dez anos. Como é que afrouxei o fiscal? Quero falar do futuro. De agosto até o início do ano que vem, faremos várias concessões, rodovias, ferrovias, aeroportos e portos, o que vai contribuir para a ampliação dos investimentos e para melhorar a competitividade da economia.
 
Mas o Brasil cresce pouco.
O mundo cresce pouco. Nós não somos uma ilha. Você não está com aquele vento a favor que estava, não. Nós estamos crescendo com vendaval na nossa cara.
 
O modelo de crescimento pelo consumo não se esgotou?
É uma tolice meridiana falar que o país não cresce puxado pelo consumo. Os EUA crescem puxados pelo consumo e pelo investimento. Nós temos que aumentar a taxa de investimento no Brasil. Aí eu concordo. Tanto que tomamos medidas fundamentais para que isso ocorra. Reduzimos os juros. Desoneramos as folhas de pagamento. Reduzimos a tarifa de energia. E fizemos um programa ousado de formação profissional, o Pronatec.
 
Os investimentos estão lentos e isso é creditado ao governo. Os empresários reclamam que a senhora não tem diálogo.
Eu? Veja a agenda de qualquer tempo da minha vida. Participei de todos os leilões, do período Lula e do meu. Entendo que eles [empresários] queiram conversar comigo, como faziam sistematicamente. Mas sou presidente. Eu não posso mais discutir taxa interna de retorno.
 
É outra crítica: o governo interfere, quer definir até a taxa.
É da vida o empresário pedir mais, o governo pedir menos. Aí ganha no meio. O Tribunal de Contas da União exige a definição de uma taxa de retorno. E o governo tem de ter sensibilidade para perceber quando está errado.
 
A senhora teria características que não contribuiriam para que projetos deslanchem. Seria centralizadora, autoritária.
Não, eu não sou isso, não. Agora, eu sei, como toda mulher, que, se você não acompanha as coisas prioritárias, tem um risco grande de elas não saírem. É que nem filho. Você ajuda até um momento, depois deixa voar.
 
A senhora já fez ministros chorarem com suas broncas?
Ah, que ministros choram o quê! Aquela história do [ex-presidente da Petrobras José Sergio] Gabrielli? Um dia escreveram que ele era pretensioso e autoritário. No dia seguinte, que eu tinha brigado e que ele chorou no banheiro. A gente ligava pra ele: "Eu queria falar com o autoritário chorão". Ô, querida, você conhece o Gabrielli? Ah, pelo amor de Deus.
 
A senhora não é dura demais?
Ah, querida, eu exijo bastante. O que exijo de mim, exijo de todo mundo.
 
Isso não inibe ministros?
Não tenho visto eles inibidos, não. Nenhum projeto de governo sai da cabeça de uma pessoa só. Não funciona assim. Se funcionasse, eu tava feita. Não trabalharia tanto.
 
Uma das questões que Lula encaminhou no fim do governo foi o da regulamentação da radiodifusão no país. A senhora enterrou esse assunto?
Não. Agora, o que eu e Lula jamais aceitaremos é que se mexa na liberdade de expressão. Vou te dizer o seguinte: não sou a favor da regulação do conteúdo. Sou a favor da regulação do negócio.
 
O que acha de o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, ser chamado por críticos de "ministro do Plim-Plim"?
É um equívoco, uma incompreensão. Essa discussão [da regulação] está sempre posta. O [ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social] Franklin [Martins] deixou um legado importante. E agora vai ter mais discussão. A regulação em algum momento terá de ser feita. Mas ela não é igual ao que se pensou há três anos. É algo complexo, até o que deve ser regulado terá de ser discutido.
 
Por quê?
Hoje o que está em questão não é mais empresa jornalística versus telecomunicações, TV versus jornais. Hoje tem a internet. Tem um problema sério, nos EUA, no Brasil, para jornais escritos, revistas. Vai haver problema de concorrência da internet, da plataforma IP, em TV. Temos de discutir. Eu não tenho todas as respostas. Todo mundo terá de participar. O Google hoje atrai mais publicidade que mídias que até há pouco eram as segundas colocadas. A vida é dura. E não é só para o governo. [Dilma pede que a conversa seja encerrada, alegando cansaço]. Gente, preciso ir. Estou tontinha da silva [risos].
 
Ia perguntar sobre seus prováveis adversários em 2014, Aécio Neves e Marina Silva.
[Em tom de brincadeira] Não fica triste, mas sobre isso eu não ia responder, não.