Muda pra mim.

Se você ainda não tinha um motivo para querer mudar o Brasil e tirar o PT do poder, fique com este. Dica da Crisiko, mãe da Helena. 

Pobre Padilha, nem Maluf o quer mais.

No último dia do prazo para a composição de alianças para as eleições de outubro, o PP decidiu abandonar nesta segunda-feira (30) a campanha de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo e apoiar o rival Paulo Skaf (PMDB). A decisão foi tomada por "maioria absoluta" da Executiva estadual, segundo nota divulgada pelo partido.

Apontada pela cúpula do PT como a prioridade das eleições estaduais, a campanha de Padilha prometia formar a maior aliança do partido numa corrida ao Palácio dos Bandeirantes, mas acabou desidratada por partidos alinhados com a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Agora, o petista reúne o apoio de PC do B e PR.

A principal opção dos "dilmistas" no maior colégio eleitoral do país foi Skaf, também escolhido por PROS, PDT e PSD.

Nos bastidores, interlocutores dos partidos justificam a adesão a Paulo Skaff pelo maior capital político do peemedebista que é presidente licenciado da Fiesp e protagonizou nos últimos meses uma série de campanhas da entidade na televisão, além de ter disputado as eleições de 2010, ficando em quarto lugar, com 4,56 % dos votos. O empresário tem como principal fiador o vice-presidente da República, Michel Temer.

Afilhado político de Lula, Padilha estreia em eleições e é uma aposta para quebrar os 20 anos de gestão tucana no Estado.

Ele deixou o comando do Ministério da Saúde do governo Dilma no começo do ano para se tornar mais conhecido. O efeito das caravanas realizadas por mais de 100 cidades paulistas ainda não se refletiu nas pesquisas. O petista ocupa a terceira colocação, com 3% das intenções de voto, atrás de Skaf (21%) e Alckmin (44%).

O QG de Padilha, no entanto, alega que a campanha só começa após a Copa e que ele deve manter o tradicional eleitorado petista em São Paulo de 30%, além de crescer.

VICE

A mudança de rota do PP ocorre um mês após o partido declarar apoio a Padilha. Na época, o presidente estadual do PP, Paulo Maluf, protagonizou uma foto com o petista, que celebrou a união. O rompimento começou a ser discutido na semana passada após pressão da maioria da bancada federal do partido em São Paulo. O comando do partido era contra, mas acabou derrotado.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), tentou reverter o quadro, chegando a discutir eventuais nomes para a vice de Padilha, mas não teve sucesso. Com a saída do PP, o PT vai retomar conversas com PR e PC do B para definir o nome para vice na chapa que tem o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) buscando a reeleição.

Os petistas negociaram com o PR a indicação do presidente estadual da sigla, Tadeu Candelaria, para a primeira suplência de Suplicy. Nos últimos dias, após ameaça de uma nova debandada do PC do B, tradicional aliado, o PT passou a pressionar o PR para indicar o vice. O nome seria do deputado Milton Monti (PR-SP). Já o PC do B lançou Nivaldo Santana para o posto. (Folha Poder)

Aloysio denuncia discurso de ódio do PT.

Em seu primeiro discurso após ser escolhido vice do candidato do PSDB Aécio Neves à Presidência, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse nesta segunda-feira, 30, que o "ódio" é o único discurso do PT. "Tenho o couro duro. Mas o ódio é contraproducente para quem se utiliza dele como arma política. Parece que não sobra ao PT, não sobra à presidente Dilma nenhum outro argumento a oferecer a não ser este, uma vez que ela não tem mais nada de novo e de relevante para oferecer ao Brasil", afirmou o tucano.

Em discursos recentes, o ex-presidente Lula tem acusado a oposição de pregar o ódio contra o PT. As investidas contra o partido, segundo Lula, teria como origem, além dos opositores, "a elite conservadora e a imprensa".

Ungido por unanimidade pela Executiva Nacional do PSDB, Aloysio Nunes reconheceu ter pisado numa "casca de banana" após ter sido vítima do que considera como "provocação insolente" no início de maio. Na ocasião, ele xingou, nos corredores do Senado, uma pessoa que o questionou sobre o suposto envolvimento com o cartel de Metrô de São Paulo. "Alguém que estava lá apenas para atirar uma casca de banana no meu caminho, eu pisei nessa casca de banana", afirmou, ao dar o episódio como encerrado.

Aécio Neves negou que a escolha de Aloysio tenha ocorrido devido ao fracasso do PSDB de buscar aliança com outros partidos políticos. "Ao contrário, jamais nós buscamos aliança que negociasse qualquer posto no governo. O que houve foram manifestações explícitas de outros partidos políticos de disposição e vontade pessoal de participar da nossa chapa", disse, ao destacar que a coligação do partido contará com sete legendas.

O presidenciável do PSDB fechou a aliança com DEM, PTB, Solidariedade, PMN, PTdoB e PTC. Os acordos devem lhe render cerca de quatro minutos na propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

Além da escolha de Aloysio Nunes, que conquistou 11,1 milhões de votos nas últimas eleições para o Senado em São Paulo, Aécio Neves fez questão de exaltar que o PSDB está "mais unido do que nunca" ao citar o ex-adversário dentro do partido José Serra. Aécio disse que Serra talvez seja hoje um dos interlocutores mais próximos que tem dentro da legenda. 

Antes do anúncio de Aloysio, que é ligado a Serra no PSDB, o presidenciável disse ter conversado com o ex-governador. Ao anunciar a decisão, Aécio destacou que Aloysio está preparado para servir ao Brasil "em qualquer eventualidade". (Folha Poder)

Aécio confirma Aloysio Nunes como vice.

Anúncio ocorreu há pouco na sede do PSDB, em Brasília.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi confirmado na manhã desta segunda-feira (30) como o vice na chapa presidencial do tucano Aécio Neves. Ex-deputado estadual, federal, ministro de duas pastas (Justiça e Secretaria-Geral da Presidência) na gestão Fernando Henrique Cardoso e secretário de José Serra na Prefeitura de São Paulo e no governo do Estado, Aloysio, 69, foi escolhido após fracassarem as tentativas de Aécio de usar a vaga de vice para atrair mais um partido de porte grande para a sua coligação.

"Hoje tenho a alegria enorme de poder anunciar como meu companheiro de chapa o senador Aloysio Nunes Ferreira", disse Aécio na sede do partido, em Brasília. "A indicação é uma homenagem à coerência, matéria essencial na vida pública", acrescentou. Segundo Aécio, a razão da escolha não é a conveniência da campanha, mas o "interesse do Brasil".

No ato de anúncio de Aloysio Nunes, Aécio também comunicou que o presidente do DEM, José Agripino Maia, será o coordenador-geral de sua campanha. O DEM havia sido vice na chapa presidencial do PSDB em 2006 e 2010, mas o enfraquecimento do partido o levou a não repetir a dobradinha agora.

Dentro do PSDB, pesaram dois fatores na escolha do senador: ele ser de São Paulo, Estado mais populoso do país e prioritário na campanha do mineiro Aécio, e ser muito próximo a Serra. Candidato à presidente pelo PSDB em 2002 e 2010, Serra sempre travou uma disputa interna com Aécio, circunstância que o mineiro pretende ver superada na atual campanha. (Folha Poder)

Segunda-feira negra da Dilma: governo tem deficit nominal de R$ 33 bi em junho. Dívida externa chega a R$ 720 bilhões.

Depois de o primário do governo central registrar o pior resultado para meses de maio, o setor público consolidado repetiu o feito e ainda registrou o segundo pior resultado da história, ao registrar um déficit de R$ 11,046 bilhões. O resultado só foi melhor que dezembro de 2008, quando o saldo foi negativo em mais de R$ 20 bilhões. Os dados foram divulgados há pouco pelo Banco Central.

Em meses de maio, nunca havia sido registrado um resultado negativo. O superávit mais baixo, de R$ 487,1 milhões, foi visto em maio de 2010. Em abril, o resultado foi positivo em R$ 16,896 bilhões. Em maio do ano passado, houve superávit de R$ 5,681 bilhões.

O resultado primário não inclui o pagamento de juros da dívida. O déficit primário consolidado de maio ficou perto do piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que iam de um saldo negativo de R$ 11,7 bilhões a um déficit R$ 7,5 bilhões.

Pagamento de juros. Foram gastos R$ 21,397 bilhões com juros em maio. No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma R$ 101,555 bilhões, o equivalente a 4,90% do PIB. No mesmo período do ano passado, o gasto com juros estava em R$ 100,466 bilhões ou 5,23% do PIB. Já nos 12 meses encerrados em maio, a despesa chega a R$ 249,945 bilhões ou 5,01% do PIB.

Com isso, o déficit nominal  - que inclui o pagamento de juros - foi de R$ 32,444 bilhões em maio, o segundo maior da história, atrás apenas de dezembro de 2008, quando havia sido de R$ 38,166 bilhões. Nos 12 meses encerrados em maio, o déficit nominal está em R$ 173,887 bilhões, ou 3,48% do PIB.

Acumulado em 12 meses. As contas do setor público acumulam um superávit primário de R$ 76,057 bilhões no acumulado em 12 meses até maio, o equivalente a 1,52% do PIB. O esforço fiscal caiu em relação a abril, quando o superávit em 12 meses estava em 1,87% do PIB ou R$ 92,785 bilhões. Além disso, o superávit em 12 meses está abaixo da meta de 1,9% do PIB (R$ 99 bilhões), definida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Dívida externa. O Banco Central informou nesta terça-feira, 24, que a estimativa para a dívida externa brasileira em maio de 2014 é de US$ 326,695 bilhões (R$ 720 bilhões ao câmbio de hoje). Em abril de 2014, último dado verificado, a dívida estava em US$ 326,252 bilhões. No fim de 2013, estava em US$ 308,625 bilhões.

Brasil da Dilma tem segunda-feira negra: mercado prevê PIB a 1,16%, pessimismo da indústria cresce pelo sexto mês seguido.

Do Valor Econômico:

Os analistas de mercado reduziram pela quinta semana consecutiva suas estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2014 e cortaram pela sexta vez a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central.

A previsão para o cerscimento do PIB de 2014 saiu de 1,16% para 1,10%, enquanto a do próximo foi de 1,60% para 1,50%. Há um mês, esperava-se expansão de 1,50% neste calendário e de 1,85% em 2015. A estimativa para a produção industrial em 2014 foi mantida em queda de 0,14%, mas a de 2015 foi revista de avanço de 2,30% para 2,20%.

As avaliações sobre a economia têm se deteriorado inclusive entre órgãos oficiais. Na semana passada, o BC informou em seu Relatório Trimestral de Inflação ter cortado sua estimativa para o crescimento do PIB em 2014, de 2% para 1,6%. O governo federal, em seu mais recente relatório de receitas e despesas, ainda considerava crescimento de 2,5%.

O Focus mostra que o mercado não mudou suas projeções para a taxa de juro e para a inflação. Assim, a expectativa é de Selic a 11% no fim de 2014 e de 12% em 2015. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram mantidas as projeções de alta de 6,46% neste calendário e de 6,10% no próximo ano. Para junho, foi conservada a estimativa de elevação de 0,34% para o IPCA. Em 12 meses, a perspectiva segue em 5,91% de aumento.

Os analistas Top 5 - os que mais acertam as previsões - também mantiveram suas posições. As estimativas de médio prazo para a inflação seguiram em 6,33% e 7,03% em 2014 e 2015, respectivamente; para a Selic, seguiram em 11% em ambos os anos. A projeção para o câmbio seguiu inalterada pela quarta semana consecutiva. Dessa forma, o dólar deve encerrar em R$ 2,40 neste ano e em R$ 2,50 em 2015.

Da Reuters:

A confiança do empresário brasileiro continua abalado e teve em junho a sexta queda seguida, segundo medição feita pela FGV (Fundação Getulio Vargas). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 3,9% em junho sobre o final de maio. No mês anterior, a queda havia sido de 5,1%.

"A queda adicional da confiança e a expressiva diminuição do nível de utilização da capacidade no mês sinalizam o aprofundamento do quadro de deterioração do ambiente de negócios que vinha sendo observado ao longo do segundo trimestre. A piora persistente das expectativas, por sua vez, mostra que o empresariado industrial ainda não vê sinais de melhora no curto prazo", destacou a FGV.

A produção industrial brasileira iniciou o segundo trimestre do ano ainda mostrando contração, com recuo de 0,3% em abril. O ICI passou em junho a 87,2 pontos, contra 90,7 pontos no mês anterior. O indicador varia de 0 a 200. Medições abaixo de 100 indicam pessimismo, e acima, otimismo.

O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 2,4%, para 90,1 pontos, influenciado principalmente pela avaliação sobre o nível atual de demanda. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, recuou 5,4%, para 84,4 pontos, com destaque para a previsão de produção.

A FGV informou ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada foi a 83,5% em junho, queda de 0,8 ponto percentual sobre maio, atingindo o menor patamar desde novembro de 2011 (83,3%).

Vice de Aécio é Aloysio.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi avisado por interlocutores do mineiro Aécio Neves que será anunciado como vice na chapa do presidenciável tucano nesta segunda-feira (30). A indicação encerrará meses de especulações sobre quem seria o companheiro de Aécio na disputa presidencial de outubro. A comunicação foi feita no fim da noite deste domingo (29). Ao longo do dia, o senador ainda dizia a aliados ter duas opções: Aloysio Nunes e a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie.

Aécio fez um cálculo político para manter o sigilo de sua decisão. Quis criar um fato novo no ambiente eleitoral depois de os principais adversários, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), terem feito suas convenções e apresentado seus aliados. Com o anúncio tardio, Aécio quer garantir mais exposição na imprensa.

Aloysio sempre foi o mais cotado entre os tucanos. Senador mais bem votado em São Paulo nas eleições de 2010, a escolha de seu nome simboliza que São Paulo é uma prioridade de Aécio em sua campanha e fortalece o discurso de que o partido está unido em torno da candidatura do mineiro. O senador é um dos nomes mais ligados ao ex-governador José Serra, com quem Aécio disputou por anos o protagonismo no PSDB.

SUSPENSE

O último passo para a decisão foi dado por Aécio na noite de domingo, quando ele consultou, pelo telefone, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A interlocutores, disse que "só depois de ouvi-los" bateria o martelo.

Desde a formalização de sua pré-candidatura, pessoas próximas a Aécio apresentaram à imprensa diversos nomes como possíveis candidatos a vice do mineiro. Já estiveram na lista o ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, o ex-governador José Serra e até FHC, que se apressou em dizer que, aos 83 anos, não seria mais candidato. A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi cotada para a vaga, mas as negociações não prosperaram. Até domingo, ela não havia sido contatada por Aécio para tratar do assunto.

Nos últimos dias, o presidenciável tucano deu pistas de que poderia trazer "uma surpresa". A aliados, chegou a dizer que tinha um terceiro nome "em sua cabeça", além de Aloysio e Ellen Gracie, e depois, em agenda no Nordeste, afirmou que sua vice poderia ser uma mulher. No fim de domingo, no entanto, sinalizou ter feito a opção mais segura e com maior amparo dentro do PSDB e entre os partidos aliados. (Folha de São Paulo)

TCU responsabiliza Dilma e gestores da Petrobras por U$ 126 milhões de prejuízo para o país na compra de Pasadena.

Um relatório inédito da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que os gestores da Petrobras causaram um dano de pelo menos US$ 126 milhões aos cofres da estatal por terem desconsiderado um laudo de avaliação da refinaria de Pasadena, elaborado por uma consultoria contratada pela própria companhia e com apontamento de um preço do empreendimento inferior ao que acabou sendo pago. 

O documento do TCU, obtido pelo GLOBO, cita ainda que a estatal declarou ter pago US$ 170 milhões pela metade de um estoque que não valeria US$ 66,7 milhões.

Os auditores do TCU consideram que, no caso dos estoques, há indício de irregularidade na maneira como a Petrobras tratou do assunto. A estatal informou ao mercado que pagou os US$ 170 milhões por estoques de produtos que estavam na refinaria na época da compra. Mas, ao analisar os detalhes do contrato, os auditores dizem que essa cifra efetivamente paga e declarada ao mercado não tinha relação com os estoques. Era de outra natureza, fazia parte de ajuste de preço na transação comercial.

Os indícios de irregularidades são citados no primeiro parecer técnico elaborado pela Secretaria de Controle Externo (Secex) de Estatais do TCU, responsável pelo amplo pente-fino realizado no processo de compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O procedimento foi instaurado em fevereiro de 2013, sob a relatoria do ministro José Jorge. Em 27 de novembro, o diretor da Secex Bruno Lima Caldeira, supervisor da fiscalização, concluiu um documento de 17 páginas com apontamentos de indícios de irregularidades na aquisição de Pasadena.

GESTORES ‘CONHECIAM’ PARECERES

Trata-se de um “exame técnico” preliminar, a partir das primeiras descobertas das equipes de auditoria. As investigações prosseguem até a conclusão do relatório final, que será submetido ao gabinete do ministro para, então, ser apreciado em plenário. A Petrobras continua fornecendo diversos documentos para tentar derrubar os indícios de irregularidades.

No documento, é possível saber pela primeira vez — todo o processo é sigiloso — quem são os gestores listados no rol de supostos responsáveis pelo negócio. Os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Petrobras na ocasião da aprovação da compra, em 2006, são listados como responsáveis a serem investigados. Entre eles, estão a presidente Dilma Rousseff, que presidia o conselho quando era ministra da Casa Civil; o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli; e os ex-diretores Nestor Cerveró, da Área Internacional, e Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, este último preso no Paraná por conta de supostos desvios e lavagem de dinheiro de obras da estatal.

O nível de responsabilidade dos conselheiros na compra da refinaria é um dos pontos analisados pelas auditorias. O relatório da Secex Estatais cita, na página 5, que conselheiros e diretores “tinham conhecimento” dos pareceres da Área Internacional sobre a compra da refinaria. Um desses pareceres foi “um dos principais instrumentos técnicos de persuasão que levaram tanto a Diretoria Executiva quanto o Conselho de Administração a aprovarem a primeira oferta para a compra de 70% das ações da refinaria”.

O parecer da Área Internacional mencionava a consultoria Muse Stancil, que avaliou Pasadena por um preço inferior ao valor efetivamente pago. Anexado a esse parecer estava o documento da área jurídica da Petrobras que analisou a compra da refinaria. No documento, é citada a existência da cláusula contratual de put option, que obrigava a aquisição integral do empreendimento em caso de litígio.

A versão da presidente Dilma é de que o aval à compra de 50% da refinaria ocorreu por conta de um “parecer falho” elaborado por Cerveró. Ele omitiu do sumário executivo levado à reunião do conselho a existência da put option e de outra cláusula contratual, a marlim, que garantiria dividendos mínimos à Astra em caso de prejuízos. Dilma alegou não ter tomado conhecimento de nenhuma das duas cláusulas.

A auditoria do TCU sustenta que os conselheiros decidiram pela compra da primeira metade da refinaria com base em estudo de viabilidade técnica e econômica elaborado pela Petrobras, que apontou um valor de US$ 745 milhões a Pasadena. Mas, ressalta o primeiro exame técnico do TCU, eles também tinham conhecimento do parecer da Área Internacional com a citação à consultoria Muse Stancil. O valor a ser pago por 100% da refinaria, no estado em que se encontrava em janeiro de 2006, era de US$ 126 milhões, conforme o laudo de avaliação da Muse citado na auditoria.

“Fica constatado indício de irregularidade grave na prática de gestão de ato antieconômico por parte dos gestores da Petrobras que, ao desconsiderarem laudo elaborado pela Muse, compraram 50% da refinaria por US$ 189 milhões, resultando injustificado dano aos cofres da companhia no montante de US$ 126 milhões”, cita o parecer técnico. Com os estoques, o valor desembolsado na primeira metade de Pasadena foi de US$ 360 milhões. Após uma longa disputa arbitral e judicial, os outros 50% do empreendimento foram adquiridos pela Petrobras, que desembolsou ao todo US$ 1,249 bilhão.

O “erro de estratégia” na compra da primeira metade foi admitido em relatório da área técnica da estatal, conforme o documento do TCU. Os técnicos reavaliaram em 2010 o estudo de viabilidade econômica e concluíram que deveriam ter sido consideradas “possíveis diferenças de pontos de vista entre comprador e vendedor”.

O relatório do TCU considera “inadmissível” a concessão da Petrobras à Astra de uma receita bruta de comercialização dos estoques de US$ 170,2 milhões. “O pagamento dessa alocação especial foi garantido mesmo que as receitas brutas da trading fossem insuficientes”, cita o documento.

Cláusulas contratuais, ainda segundo o parecer, corroboram que o valor pago não correspondia aos estoques da época. "O valor encontrado pela Astra para o inventário líquido a ser pago pela Petrobras seria de US$ 66,7 milhões. Em nenhuma situação haveria pressuposto para um pagamento de US$ 170 milhões por conta da aquisição dos estoques."

O parecer faz duras críticas às condições em que foi estabelecida a cláusula contratual de put option, que teriam sido favoráveis apenas à Astra. Os pagamentos por estoque da refinaria, decorrente da aplicação da cláusula, teriam levado a um prejuízo de US$ 150,2 milhões. Pagou-se por um bem que não existia, segundo a Secex. Ainda conforme o relatório, o valor pago na entrada do negócio chegou a US$ 644 milhões, superior aos US$ 360 milhões informados pela estatal.

O entendimento técnico do TCU é de que a Petrobras deveria ter “partido diretamente para a arbitragem” na compra da segunda metade da refinaria. Uma carta de intenções elaborada por Cerveró fez a proposta de US$ 700 milhões pelos 50% restantes. “O laudo arbitral fixou o valor referente ao put option da refinaria em US$ 300 milhões, menos da metade do que o senhor Nestor Cerveró aceitava pagar pela via negocial.” A segunda metade da refinaria, depois de uma longa disputa judicial, saiu por US$ 820,5 milhões.

TCU QUER MAIS ESCLARECIMENTOS

O relatório conclui que o “elevado grau de complexidade” demanda maiores esclarecimentos por parte da Petrobras, antes de um pronunciamento definitivo da unidade técnica sobre os indícios de irregularidades. Somente depois dessas explicações é que a unidade deliberaria sobre pedido de audiência dos responsáveis ou abertura de tomadas de contas especiais para pedido de ressarcimento aos cofres públicos.

A decisão de realizar uma audiência — o que pode ocorrer com a presidente Dilma — é do ministro relator do processo, José Jorge. A opção pela audiência indica que o responsável não tem culpa por danos financeiros, mas por má gestão ou por uma determinada irregularidade, o que acarretaria a aplicação de multa. A necessidade de ressarcimento, por sua vez, leva à citação dos investigados.

José Jorge tem mantido o silêncio sobre o processo. Não há previsão de quando ele receberá o relatório final, elaborará o voto e levará o processo a plenário. O ministro se aposenta em novembro. Ele é ex-senador pelo PFL (hoje DEM) de Pernambuco, foi candidato a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 e ministro de Minas e Energia no fim do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ocasião em que presidiu o Conselho de Administração da Petrobras.

Por conta do processo que conduz no TCU, José Jorge entrou no foco dos governistas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista da Petrobras. Eles querem convocá-lo para um depoimento sobre supostas irregularidades cometidas no período em que esteve à frente do conselho da estatal.

O GLOBO procurou a assessoria de imprensa da Petrobras no início da tarde de ontem, mas não houve resposta aos questionamentos até o fechamento desta edição. (Link O Globo)

Escândalo! CGU cobra e Petrobras "não localiza" documentos que comprometem Dilma Rousseff na compra de Pasadena. Atas foram entregues com tarjas pretas ocultando informações.

A Controladoria Geral da União (CGU) cobrou da Petrobras documentos que subsidiaram os integrantes do Conselho de Administração na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, fornecidos pelos assistentes desses conselheiros. O colegiado era comandado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil na ocasião da compra da primeira metade da refinaria, em 2006. 

Num ofício remetido à Petrobras em 17 de abril deste ano, a CGU solicitou provas dos pedidos dos membros do conselho e da diretoria executiva a seus "assistentes ou aos responsáveis" por disponibilizar a documentação de suporte à aquisição da refinaria. Em 27 de maio, a chefia de gabinete da presidente da companhia, Graça Foster, encaminhou o documento com a resposta à CGU: "até o momento", a estatal não localizou os documentos com o teor solicitado e continuará a procurar os papéis.

O pedido da CGU, que abriu auditoria para investigar supostas irregularidades na compra da refinaria, foi mais amplo. Os técnicos cobraram nome, CPF e cargo de todos que participaram da decisão sobre o negócio "em nível de assessoramento". Graça foi instada a fornecer os documentos que esses assessores entregaram aos conselheiros e aos diretores executivos. "A documentação deve referir-se somente ao período de definição da agenda das reuniões/remessa aos conselheiros e até o último minuto de cada reunião", observaram os auditores. A estatal foi provocada também a entregar papéis que comprovem eventuais diligências dos conselheiros, como pedidos de esclarecimentos adicionais às áreas técnica e jurídica.

A Petrobras não forneceu nomes de assessores à CGU. Argumentou que a questão é "objeto de aprofundamento" pela comissão interna instaurada para apurar as circunstâncias do negócio: "Com o intuito de preservar o sigilo do que está sendo apurado no âmbito da comissão, a Petrobras se reserva o direito de prestar os devidos esclarecimentos oportunamente." Sobre os documentos que subsidiaram os conselheiros e os eventuais pedidos de relatórios, a estatal disse: "A companhia continuará nas suas pesquisas e encaminhará prontamente a essa equipe qualquer documento que vier a encontrar."

Em março deste ano, Dilma afirmou que só votou a favor da compra da primeira metade de Pasadena por conta de um parecer "falho" emitido pelo então diretor da Área Internacional Nestor Cerveró. Ele omitiu do sumário executivo levado ao conselho duas cláusulas contratuais: a put option, que obrigava a aquisição integral em caso de litígio, o que acabou ocorrendo; e a marlin, com garantias de dividendos mínimos ao sócio em caso de prejuízos. O relatório da área jurídica da estatal, por exemplo, citava a put option. A CGU quer saber se assessores podem ter fornecido aos conselheiros documentos como esse.

PETROBRAS ENTREGA ATAS COM TRECHOS OCULTOS

A Petrobras forneceu atas tarjadas das reuniões do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva relacionadas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e de Okinawa, no Japão. Os documentos com informações ocultas foram entregues à Controladoria Geral da União (CGU) dentro do procedimento aberto para investigar suspeitas de irregularidades na compra. Diante de novas cobranças da CGU, feitas diretamente à presidente da estatal, Graça Foster, os documentos foram entregues ao órgão.

A iniciativa de tarjar atas foi objeto, inclusive, de um ofício do ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, à presidente da Petrobras e de uma troca de e-mails entre os dois. Hage encaminhou o ofício a Graça em 27 de março: “As cópias das atas encaminhadas apresentam avultados trechos tarjados (ocultados), o que poderá vir a determinar a necessidade de novos esclarecimentos, na hipótese de que isso venha a dificultar a análise e compreensão pelas nossas áreas técnicas de Auditoria e Corregedoria”.

No dia seguinte ao ofício, às 9h53m, Hage decidiu enviar uma cópia do pedido também por e-mail. O ministro pediu a Graça para que verificasse a informação sobre quem coordenaria a comissão interna instaurada para analisar a compra da refinaria, “com quem nossa equipe deve manter os contatos”. “O meu cuidado consiste em saber quem é (ou quem são) o(s) interlocutor(es) adequados, do seu lado, tendo em vista a delicadeza do tema e a importância que atribuo à nossa principal empresa”, escreveu o ministro. Graça respondeu três minutos depois, às 9h56m: “Estimado ministro Jorge Hage, prepararemos resposta a vosso ofício, imediatamente.”

PF e MPF também investigam

Uma resposta da Petrobras de 27 de maio, com os documentos solicitados pelos auditores da CGU, relacionou as atas das reuniões da diretoria e do conselho que decidiram sobre a compra das refinarias. Desta vez, a julgar pelo teor da resposta, sem as tarjas.

O pedido foi um dos dez da investigação relacionados à “atuação dos membros da diretoria executiva e do Conselho de Administração” na aquisição da refinaria de Pasadena. O empreendimento custou mais de US$ 1,2 bilhão e o processo da aquisição também é investigado pela Polícia Federal (PF), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A CGU cobrou ainda “documento comprovando os argumentos de cada conselheiro sustentando a aprovação do pleito”, além dos áudios das reuniões. A Petrobras informou que os argumentos não são registrados, nem os áudios são mantidos. (O Globo)

Datafolha mostra Haddad no fundo do poço: só 17% acham gestão boa ou ótima.

Prestes a completar um ano e meio de mandato, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), continua mal avaliado pela população. Pesquisa Datafolha concluída na semana passada aponta que só 17% dos entrevistados classificam a gestão do petista como ótima ou boa. O índice é semelhante aos 18% das duas pesquisas anteriores --em junho de 2013, durante a onda de protestos que resultaram na queda da tarifa de ônibus, e em novembro do mesmo ano.

O governo Haddad é ruim ou péssimo para 36% dos ouvidos; em novembro, eram 39%, uma oscilação dentro da margem de erro --de três pontos percentuais. O índice dos que o consideram regular subiu de 40% para 44%.

A pesquisa constatou que, para 77% dos entrevistados, o petista fez menos do que o esperado. Em outra pesquisa, de abril de 2013, ainda no início de mandato de Haddad, 49% pensavam assim. Apenas 4% acham que Haddad superou as expectativas; em abril de 2013, eram 9%.

Agora, o prefeito recebeu nota média de 4,8. Em novembro, a nota era 4,4. O Datafolha ouviu 1.101 pessoas na quarta (25) e na quinta-feira (26). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

DESGASTE

A sucessiva má avaliação coincide com desgastes que Haddad tem enfrentado do fim de 2013 para cá. Em dezembro, a Justiça barrou tentativa de aumentar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em até 20% para os imóveis residenciais e 35% para os comerciais. O prefeito foi ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a decisão, mas perdeu. Depois, desistiu do reajuste.

Em maio, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) invadiram um terreno próximo ao Itaquerão, na zona leste. Pressionado, o prefeito se comprometeu a incluir, no Plano Diretor, mudança que torna a área passível de receber moradias populares.

Também em maio, motoristas de ônibus entraram em greve. Apesar de não estar envolvida na questão trabalhista --a negociação dos funcionários é com as empresas de ônibus--, o movimento afetou serviço público essencial.

O novo truque de Genoino.

Deu na Mônica Bergamo, a jornalista dos mensaleiros, que apesar da doença gravíssima, Genoino tem trabalhado como nunca. Vejam só!

Os advogados de José Genoino (PT-SP) devem apresentar nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) petição para antecipar a saída dele da prisão, de 25 de agosto para o fim de julho. Como faz faxina na Papuda, ajuda a organizar a biblioteca e estuda direito constitucional, ele pedirá que os dias trabalhados sejam abatidos, diminuindo o tempo de permanência na detenção.

SOLIDÃO - A notícia de que os petistas Delúbio Soares e José Dirceu foram autorizados a trabalhar abateu Genoino. Os dois serão transferidos de prédio na Papuda, deixando-o sozinho na cela que agora dividem.

MAIS DIFÍCIL - De acordo com relatos de condenados do mensalão a seus advogados, a solidão, mais do que a limitação da liberdade ou as más condições da prisão, é o que causa mais abatimento no cumprimento da pena.

Aécio: "PT vai colher a repulsa da população".

Candidato do PSDB à Presidência da República, o senador Aécio Neves disse neste domingo na convenção estadual do PSDB em São Paulo que o PT vai colher a “repulsa” do povo na eleição nacional. Ao pedir o apoio dos paulistas a sua candidatura, o mineiro voltou a dizer que entrega a Presidência ao PSDB se vencer a disputa em São Paulo.

— Aqueles que frustraram a confiança popular e abdicaram de um projeto de país para se contentar exclusivamente com um projeto de poder vão colher nas urnas daqui a três meses aquilo que plantaram: a repulsa da população— discursou Aécio.

Num pronunciamento menos agressivo do que o feito no início do mês ao lançar-se candidato, o presidenciável voltou a criticar o aspecto ético da gestão petista no governo federal. Ele disse que, para muitos dos que estão na administração federal hoje, a possibilidade de enriquecimento através da política se sobrepôs aos interesses públicos.

— Para alguns daqueles que estão hoje no governo federal a vitória das urnas não significou apenas a oportunidade de concretizar um projeto de poder. Significou para muitos deles a oportunidade de ascensão econômica e social e nós queremos resgatar no plano federal a capacidade de construirmos um novo projeto generoso com a federação, permitindo que volte a ter refinanciamento adequado para a saúde e se restabeleça uma efetiva política de segurança.

Mais cedo, Aécio prestigiou a convenção estadual do PTB na capital paulista. Ao agradecer o apoio ao secretário-geral da sigla, deputado Campos Machado, o presidenciável tucano disse que a parceria continuará num eventual governo dele na Presidência da República.

A convenção do PSDB oficializou nesta tarde a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin, tendo o PSB como vice. Lançado candidato à Câmara dos Deputados, o ex-governador José Serra fez um discurso em defesa da continuidade do legado do PSDB no estado e, ao pedir voto para Aécio, ele pediu à população que não tenha medo de mudar.

— Só podemos ter medo de uma coisa na vida pública: o medo do medo de mudar. Não podemos ter medo de mudar. A nossa coragem vai ter que se desdobrar em duas frentes. A primeira é para que esse estado continue a ser uma das grandes forças que movem o Brasil. A segunda é mobilizar o povo de São Paulo para mudar o Brasil elegendo para a Presidência da República Aécio Neves.

Serra recebeu elogios de Alckmin e Aécio. O primeiro referiu-se a ele como "guerreiro incansável" e Aécio disse que ele é um "extraordinário líder político". (O Globo)

Tasso vai ao Senado: vice em aberto.

O ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB) será o candidato ao Senado na chapa em que o senador Eunício Oliveira (PMDB) disputará o governo cearense nas eleições deste ano. O acordo foi confirmado neste domingo (30), durante a convenção estadual do PMDB no Ceará, que vai homologar a candidatura de Eunício. Tasso também é esperado no evento. A candidatura do tucano será oficializada na convenção estadual do PSDB, nesta segunda (30).

Eunício buscou viabilizar a aliança com o PSDB após ter sido preterido pelo PT, que não abriu mão de apoiar o candidato ao governo que será indicado pelo governador Cid Gomes (Pros). A chapa ao governo do Ceará será formada ainda pelo ex-deputado Roberto (PR) como vice e um nome do Democratas para a primeira suplência do Senado. Também integram a coligação PSC, PRP, PPS, PTN e PSDC.

AÉCIO

Com a confirmação de Tasso como candidato ao Senado, fica descartada a possibilidade de o tucano ser indicado para a vice de Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial, vaga para a qual era um dos cotados. Continuam cogitados para a vice do presidenciável tucano o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e a ex-ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie (PSDB). O nome do vice de Aécio será anunciado nesta segunda (30), prazo final para homologação das candidaturas.(Folha Poder)

20 anos de Plano Real. O que o PSDB construiu em 8 anos, o PT está destruindo em 12 anos. É hora de começar de novo.

Em junho de 1994, período em que foi lançado o Plano Real, o Brasil teve uma inflação de 46%. Era o resultado de 30 anos de descalabros que foram resumidos por Joelmir Betting com a seguinte conta:

“Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920.”

Esta foi a guerra vencida pelo PSDB, sempre com a oposição ferrenha do PT, que lutou e sabotou o Plano Real o quanto pode. E que só chegou ao poder num momento de grave crise mundial, que impactou especialmente os países emergentes. Chegando ao poder, Lula, o inimigo número 1 do Real, passou a segui-lo rigorosamente, utilizando os seus fundamentos para que o Brasil retomasse o crescimento. 

Hoje, o que o PSDB passou 8 anos construindo e defendendo, está sendo ameaçado pela gestão incompetente e desastrosa de Dilma Rousseff. A estabilidade está ameaçada. O crescimento está comprometido. A economia patina. A corrupção toma conta do Estado. As soluções desesperadas do governo federal, visando apenas a reeleição, estão destruindo uma conquista de todos os brasileiros. A matéria abaixo é de O Globo.

Passados 20 anos do Plano Real, os números da economia mostram o Brasil com inflação alta de Terceiro Mundo e crescimento baixo de país desenvolvido. Ao cruzar os dois indicadores com os de 32 países de América Latina, Brics (além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Tigres Asiáticos (Hong Kong, Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan) e desenvolvidos, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, encontrou a sétima maior inflação acumulada de 1995 a 2013, de 275,4%, mesmo com a estabilização — o que representou taxa média anual de 7,2%, pouco acima da expectativa de inflação do mercado para este ano, de 6,46%. 

Na América Latina, o Brasil só perde para Venezuela e Colômbia. No ranking de crescimento, o Brasil cai para o meio da lista. Está na 15ª posição, com média de expansão de 3%.

— O que essa tabela mostra é que, em termos de crescimento econômico, o Brasil tem característica de país desenvolvido (países maduros que crescem mais devagar). Já a inflação revela problema crônico de país de Terceiro Mundo. Podemos sintetizar o problema pelo custo Brasil, colocando no preço as nossas deficiências estruturais, como logística, mobilidade urbana caótica, burocracia, tributação complexa e excessivamente elevada.

‘CUSTO BRASIL AFUGENTA CRESCIMENTO’

O economista ainda cita problemas de ingerência política em decisões técnicas, o que provoca insegurança jurídica e baixo crescimento. — Todo esse custo Brasil afugenta o crescimento. Os Tigres Asiáticos estão à frente do Brasil. Crescem quase o dobro, enfrentando adversidades externas maiores que o Brasil. Na comparação com os outros, é emblemática a nossa situação.

Essa situação não é à toa. O processo de estabilização do Brasil combateu 30 anos de indexação (repasse para os preços da inflação passada), afirma o decano da PUC e especialista em inflação Luiz Roberto Cunha: — Ninguém teve 30 anos de indexação como nós tivemos. No crescimento, tivemos problemas sim, não evoluímos nas reformas como o Chile, a Colômbia e o Peru (todos tiveram expansão superior à do Brasil). Eles caminharam melhor do que nós. É claro que a complexidade da economia brasileira também é maior.

Para poder conviver com a inflação, foi criada a correção monetária no período militar, que embutia, na maioria dos preços, a inflação passada. A correção monetária foi extinta com o Plano Real. Cunha afirma que a indexação ainda existe, atualmente causada por uma inflação renitente em 6%: — A demanda por indexação cristalizada em 6% é muito grande, formal e informal. O aumento real do salário mínimo tem como contrapartida a inflação de serviços, que está comendo parte do ganho.

O professor da USP Heron de Carmo teme esse repasse da inflação passada aos preços de hoje. Para ele, o governo errou ao não reduzir para 3% a meta de inflação quando as taxas estavam perto de 4%, entre 2006 e 2007: — A inflação começou a subir com os choques. Agora, vivemos administrando choques. Ainda temos o custo da taxa de juros entre as mais altas do mundo.

Há de se ter cuidado com as comparações, afirma Mônica de Bolle, da Galanto Consultoria, diante de estágios diferentes de desenvolvimento entre os países. Ela cita o exemplo da China, que deu um impulso no crescimento com a migração da população rural para as cidades, elevando a produtividade e o crescimento. O Brasil viveu este fenômeno com mais intensidade nas décadas de 1960 e 1970. 

A economista considera boa a média de 3% de crescimento anual, mas chama a atenção para o fato de esta performance ter piorado nos últimos anos. Para 2014, o Relatório de Inflação do Banco Central, divulgado semana passada, já prevê expansão da economia de apenas 1,6%. Mas a avaliação da economista não se repete para as taxas de inflação:

— Ficamos mal na foto na inflação. É alta a média de 7,2%. Muito longe da meta de 4,5%. Tem havido um enfraquecimento institucional no Brasil. Isso fica claro com a inflação muito alta. Se alguns preços não estivessem represados, poderia estar até acima de 7,2%. Deveríamos estar hoje bem abaixo desta média de 20 anos.

Cunha lembra que mesmo países que sofreram com inflação alta não tinham a tradição de indexação do Brasil, citando a quantidade de índices de preços aqui, com os da FGV, da Fipe e do IBGE. Mônica afirma que Colômbia, Chile e Peru não tiveram o problema inflacionário do Brasil, mas conseguiram adotar políticas de abertura comercial e fazer reformas como a tributária e trabalhista: — Quando se faz reforma estrutural, ganha-se eficiência. O crescimento sobe, e a inflação cai.

REAL: FALTA DE SURPRESA EXPLICA SUCESSO

Para Lia Valls, especialista em América Latina da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Brasil se saiu bem, na medida do possível, principalmente baixando o patamar da inflação: — Dentro do possível, a gente se saiu bem. Conseguimos, principalmente, sair da âncora cambial de uma forma que não causou muito trauma na economia. Conseguimos fazer isso de uma maneira que não a inflação não acelerou. Depois se criou um consenso de que a inflação é algo que a gente não deve aceitar.

Cunha afirma que o sucesso do real veio da falta de surpresas. Num artigo em dezembro de 1993, o professor da PUC explica cada passo do plano, com base na divulgação oficial, ao contrário de planos anteriores, que a população só sabia o que ia acontecer na hora.

Na avaliação do diretor do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica do Instituto de Economia da Unicamp, Francisco Lopreato, foi a renegociação da dívida externa que viabilizou o sucesso do Plano Real. Segundo ele, a experiência brasileira seguiu a de outros países da América Latina, que conseguiram se livrar da hiperinflação após reestruturar a dívida dos países.

— Não é coincidência que o Plano Real só tenha ocorrido depois da renegociação. Sem querer tirar o mérito do real, que foi um plano inteligente, o acordo da dívida retomou o acesso ao crédito internacional, o que tornou viável o plano.

Olha só o Lula mentindo para empresários.

Lula mentindo para empresários franceses...

Para tentar reconquistar a confiança do empresariado nacional e internacional no governo Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta semana a uma enxurrada de números e indicadores para sustentar a continuidade das conquistas sociais e econômicas de seu governo na gestão de sua sucessora.

Uma análise feita pelo GLOBO do discurso que ele fez num evento da Câmara de Comércio França-Brasil mostra, no entanto, que o ex-presidente cometeu vários deslizes em sua fala. Indicadores como investimento externo direto, dívida bruta e corrente de comércio, citados por Lula como “êxitos dos últimos 12 anos”, na verdade pioraram durante o governo Dilma.

O ex-presidente se enganou ( o jornal evita o termo mentiu, que seria mais apropriado) ainda ao citar dados sobre reajuste salarial, informações sobre exportação de alimentos e também a posição do PIB do Brasil no mundo, em especial na comparação com outras nações emergentes.

MEIA VERDADES DO LULA

- "A ONU adota o bolsa família como o mais importante programa de transferência de renda do mundo" - Embora o programa seja citado como exemplo para a erradicação da pobreza, a ONU também cita o programa Oportunidades, do México, como iniciativa no mesmo patamar.

- "94% dos acordos salariais em 12 anos foram feitos com aumentos salariais reais, acima da inflação" - Segundo o Dieese, apenas em 2012 o índice citado foi alcançado; nos outros anos, não. Balanço de reajustes acima da inflação (%): 2009- 79,9/ 2010- 88,8/ 2011- 87,5/2012- 95,1/ 2013- 86,9

- "O BNDES é o único banco brasileiro com inadimplência zero, é o único que só empresta para quem pode pagar" - A "inadimplência zero” é obtida graças à rolagem constante das dívidas, peculiares de um banco público de fomento. Foi assim em relação às dívidas das empresas de Eike Batista, por exemplo.

- "Entre 2008 e 2013 o país produziu superavit primário médio de 2,58%" -Para alcançar a média, o governo usou artifícios, como o uso de ações da Petrobras compradas pelo BNDES em 2012 e a contabilização do parcelamento de dívidas de empresas, realizado contra a vontade da Receita Federal.

- "O Brasil tem hoje o sétimo PIB da economia mundial, o segundo maior entre os grandes países emergentes, depois da China" - Segundo o Banco Mundial, o Brasil está em quarto colocado entre os emergentes. O cálculo por paridade de poder de compra é a melhor maneira de comparar o tamanho de diferentes economias. Maiores economias: 1- EUA/ 2- China/ 3- Índia/ 4- Japão/ 5- Alemanha/ 6- Rússia/ 7 Brasil

- "O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos" - Na verdade, é o quarto. Exportação de alimentos no mundo, segundo a OMC (em dólares): EUA: 138 bilhões/ Holanda: 84,3 bilhões/ Alemanha: 78,4 bilhões Brasil: 77,2 bilhões

- "Estamos ampliando o investimento público em educação há 12 anos" - Nos três primeiros anos do governo Lula, o investimento em relação ao PIB foi menor que no último ano de FH. Subiu apenas a partir de 2006. Investimento em educação (% do PIB): 2002: 4,8%/ 2003: 4,6%/ 2004: 4,5%/ 2005: 4,5%/ 2006: 5%/ 2012: 6,4%

MENTIRAS COMPLETAS

- "O PIB per capita passou de 2,8 mil dólares para 11,1 mil dólares" - No primeiro ano de Dilma, o PIB cresceu até 12,5 mil dólares, mas caiu e não voltou ao mesmo patamar, segundo o Banco Mundial. PIB per capita (em dólares): 2010- 10,9 mil/ 2011- 12,5 mil/ 2012- 11,3 mil/ 2013- 11,7 mil

- "Há 10 anos consecutivos a inflação se mantém dentro das metas estabelecidas pelo governo" - Para o mercado, ao comemorar índices que ficaram distantes do centro da meta, o governo passa a mensagem que a meta real não corresponde ao centro, como aponta o discurso oficial. Para manter dentro da margem, o governo segura preços, como da energia elétrica, gasolina e diesel.

- "A reserva de 380 bilhões (de dólares) corresponde a 18 meses de importações" - Para não perder reservas, o governo atua no mercado futuro de câmbio. Até o fim do ano, deverá manter uma posição vendida de cerca de 100 bilhões, o que equivale a quase um quarto das reservas.

- "Saímos de fluxo de balança comercial de 107 bilhões de dólares em 2007 para fluxo de 482 bilhões em 2013. Não é pouca coisa" - O crescimento dos anos Lula não se repetiu e o fluxo ficou estagnado. Corrente de comércio, segundo o MDIC (em bilhões US$): 2010: 383,7/ 2011: 482,3/2012: 465,7/2013: 481,8

- "Há três anos o Brasil está entre os cinco maiores destinos de investimento externo direto do mundo. Em 2013 foram 64 bilhões, um bilhão a menos que em 2012" - Segundo a ONU, o Brasil caiu da quinta para a sétima posição no ranking de investimento direito em 2013, quando recebeu 4% a menos de investimento. No fluxo mundial o aumento foi de 11%. Entre os emergentes, de 6%.

- "A dívida pública bruta está estabilizada em torno de 57% do PIB" - A dívida pública cresceu no governo Dilma. Dívida pública bruta, segundo o BC: dez/2010: 53,3%/ dez/2011: 54,1%/ dez/2012: 58,8%/ abr/2014: 57,7% (Resumo matéria publicada em O Globo)

Confronto entre Alckmin e Skaf não é ruim para a Oposição.

Geraldo Alckmin e Paulo Skaf: ambos o oposto do PT.

Não há dúvida alguma que Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf(PMDB) disputam, em grande parte, o mesmo eleitorado. E que a FIESP e o PT tem divisões históricas irreparáveis. Quem não lembra que o então presidente da entidade, Mário Amato, declarou que se Lula ganhasse as eleições, em 1989, "800 mil empresários deixarão o país"? Anos depois, em entrevista à revista Veja, o petista confirmou que aquela frase foi decisiva para a sua derrota.

Claro que os tempos são outros e que o partido dos trabalhadores não tem mais nada a ver com o nome e talvez esteja mesmo mais próximo de ser um partido dos empresários, mas isto está apenas na cúpula. Como diria Gilberto Carvalho, esta simpatia pela FIESP não vai "gotejar" para as bases da militância petista. Inimaginável ver a máquina petista, rifada pelo Skaf no primeiro turno, a ele se associar em eventual segundo.

Por isso, o segundo turno entre Alckmin e Skaf, como se avizinha, não é ruim para para a Oposição. O PT recolherá as bandeiras e Dilma não terá palanque na hora decisiva no maior colégio eleitoral do país. Se Skaf chegar ao segundo turno sem ela, jamais dará o seu apoio a quem já disse que quer bem longe do seu palanque. Os dois discursos terão conteúdo muito parecido e não haverá aquele populismo que só beneficia o PT. Além do que, com segundo turno, a oposição não poderá ir para casa montar o próximo governo, como de resto fizeram José Serra e Aécio Neves em relação a Geraldo Alckmin em 2006 e Alckmin e Aécio em 2010 em relação a Serra. Porque, infelizmente, não tem santo no PSDB. 

Serra troca Senado pela Câmara.

Quase 30 anos depois, quando se elegeu pela primeira vez, José Serra deve voltar à Câmara dos Deputados. Depois de ser ministro de Estado, prefeito de São Paulo, governador e candidato à presidência pelo PSDB por duas oportunidades, deve fazer uma votação histórica. A foto mostra Serra em 1986. 

O ex-governador José Serra (PSDB) decidiu se candidatar a deputado federal por São Paulo. Segundo integrantes da Executiva do PSDB, aliados do tucano formalizaram sua inscrição na chapa neste sábado (28). A decisão ocorre após um impasse interno. Em maio, Serra formalizou em seus canais de internet disposição em disputar o Senado ou uma cadeira na Câmara.

Na última semana, no entanto, o governador Geraldo Alckmin ofereceu a vaga de senador ao PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab. Houve reação de líderes do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidenciável da sigla, senador Aécio Neves (MG), que defendiam Serra como o nome para o posto.

A desavença interna levou o ex-prefeito a abandonar as negociações com o PSDB e se aliar ao candidato do PMDB, o empresário Paulo Skaf, que hoje aparece como o principal adversário de Alckmin em sua campanha à reeleição. Em retribuição ao convite, Skaf ofereceu a vaga de senador em sua chapa ao ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Ele prometeu responder ao convite na segunda-feira (30), mas o PMDB está confiante de que aceitará a empreitada.

O impasse em torno da vaga também levou Serra a optar por disputar uma vaga na Câmara. Dirigentes do PSDB de São Paulo disseram ao ex-governador que não poderiam garantir que ele seria o único candidato a senador da chapa de Alckmin, que conta com o apoio de 14 partidos. Isso reduziria muito o tempo de propaganda na TV a que o tucano teria direito.

Os principais aliados de Serra esperam que sua candidatura à Câmara amplie a votação na legenda no Estado e garanta o aumento da bancada de deputados federais alinhados ao PSDB. Serra participará neste domingo da convenção que irá lançar a candidatura de Alckmin. A decisão do PSDB sobre seu candidato ao Senado deve ficar para a segunda. (Folha de São Paulo)

Dilma amarela e FIFA volta atrás.

Após anunciar que Dilma Rousseff iria entregar o troféu da Copa do Mundo à seleção campeã, a Fifa voltou atrás e informou neste sábado que aguarda a decisão da presidente do Brasil. Segundo a porta-voz da entidade, Delia Fischer, Dilma foi convidada a participar da cerimônia de premiação do Mundial, mas não há confirmação sobre sua presença.

"É um tipo de tradição que o presidente da Fifa e o chefe de Estado do país-sede entreguem o troféu para o time vencedor depois da final. No entanto, caberá à presidente Dilma Rousseff a decisão se ela irá aceitar o convite feito pela Fifa", disse Fischer, em nota, à Folha.O anúncio havia sido feito pelo secretário-geral Jérôme Valcke, na sexta, durante entrevista coletiva de balanço da primeira fase do Mundial. 

Dilma tem tido uma participação bem diminuta na Copa. Para evitar as fortes vaias ouvidas na Copa das Confederações de 2013, ela abriu mão de fazer um discurso no jogo de abertura, entre Brasil e Croácia, no dia 12, no Itaquerão. Mesmo sem discursar, a presidente foi vaiada e ofendida por parte da torcida. (Folha Poder)

Aécio JK.


O senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) se comparou ao ex-presidente Juscelino Kubitschek e disse que, 60 anos depois, o país voltará a ter um presidente mineiro. Rouco e praticamente sem voz, o tucano fez um discurso que durou menos de cinco minutos na convenção que homologou a candidatura à reeleição do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

"Se há 60 anos coube ao mineiro Juscelino Kubitschek colocar os seus olhos sobre as potencialidades extraordinárias de desenvolvimento dessa região, eu quero garantir a cada uma e a cada um de vocês que, 60 anos depois, será mais uma vez um mineiro a ajudar Marconi a fazer o maior governo de toda a história de Goiás", disse Aécio. Natural de Diamantina (MG), JK foi presidente do Brasil de 1956 a 1961, e governou Minas Gerais de 1951 a 1955.

No curto discurso, Aécio elogiou o governo tucano de Perillo e afirmou que é preciso "resgatar parcerias com o governo federal".

Música do dia.

Clique no link e ouça Marcha dos Infames, um hino contra a corrupção e o ódio do PT, uma obra-prima do Lobão. Gênio! 

Foto de ontem.

Pedro Ladeira/Folhapress
Dilma Rousseff com uma peça publicitária que lembra os seus tempos de membro ativo de organização terrorista, envolvida em assaltos a bancos, sequestros, assassinatos, atentados à bomba e outros crimes contra a segurança nacional. Muito animada, a presidente, com o resgate do seu passado.

O impasse do vice.

Aécio deverá decidir, até segunda-feira, quem será o vice da sua chapa. Tudo indica que será um paulista, mais provavelmente o senador Aloysio Nunes Ferreira. Poderá ele unir novamente o partido no maior colégio eleitoral do país? Ou será melhor buscar um vice nordestino, mesmo que por lá não existam nomes que agreguem votos como um representante do maior estado brasileiro? Leiam, abaixo, o trecho de matéria da Folha, de hoje, para ver o que está ocorrendo no PSDB de São Paulo. Os tucanos continuam sendo, como sempre, os maiores adversários de si mesmos. 

Kassab vinha negociando há meses um acordo com os tucanos. No auge das negociações, foi sondado por emissários de Alckmin sobre a possibilidade de ser o vice na disputa à reeleição. Mas a negociação naufragou por decisão do próprio Alckmin, que preferiu fechar aliança com o PSB na vice.

O PSDB paulista, então, ofereceu na última quarta-feira (25) a vaga de senador a Kassab. A iniciativa contrariou tratativas do próprio governador com o candidato dos tucanos à Presidência, o senador Aécio Neves (MG), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Dias antes, em encontro reservado, Aécio e FHC defenderam que o ex-governador José Serra (PSDB) fosse o candidato ao Senado. Alckmin não se opôs nem disse que iria ofertar o posto a Kassab. Serra, que em maio havia mencionado a intenção de concorrer a senador, foi avisado por Aécio da articulação. Quando soube que a cúpula da sigla havia concordado em defender seu nome, disse, então, que topava.

Essa conversa ocorreu na noite da última terça-feira (24). No dia seguinte, Alckmin disse à imprensa que havia oferecido a vaga de senador a Kassab. A atitude do governador deflagrou descontentamentos em série no PSDB, e chegou ao auge na quarta (25) à noite, quando FHC, por telefone, discutiu com Alckmin. O ex-presidente teria cobrado o compromisso firmado anteriormente. Alckmin viu na atitude uma "intervenção" em seu palanque.

No dia seguinte, Serra foi ao Bandeirantes reafirmar a disposição de concorrer ao Senado. Ouviu que seu nome não era aceito por alguns dos partidos que integram a aliança de Alckmin e que o governo não poderia garantir que ele seria o único candidato da chapa.

Do Bandeirantes, Serra seguiu para uma reunião com Kassab. O ex-prefeito é um dos políticos a quem ele é mais ligado. Kassab apenas ressaltou sua "lealdade pessoal" a Serra. Não disse o que faria. Na manhã seguinte, reuniu aliados no partido e anunciou o apoio a Skaf.

No início de abril de 2018, Geraldo Alckmin estará deixando o governo de São Paulo para concorrer a um novo mandato de senador, deputado ou até mesmo para pleitear uma indicação partidária para concorrer à presidência da República. Deixará no seu lugar um vice do PSB, maior adversário do PSDB depois do PT. Este vice terá seis meses para consolidar a sua candidatura a governador, certamente apoiado por todos aqueles que querem varrer os tucanos de São Paulo. Claro, isto ocorrerá se Alckmin se reeleger. As suas últimas decisões somente o afastaram do próprio partido e alimentaram um inimigo que fica cada vez mais forte. 

Até Maluf quer largar Padilha.


O PP de Maluf, tão festejado pelo PT quando deu as mãos para Padilha, ameaça abandonar o barco dos companheiros depois que o PSD formalizou apoio ao PMDB.  A cúpula do partido decidiu empurrar para segunda-feira a formalização da aliança, o que deveria ter ocorrido nesta sexta-feira.

“Até segunda-feira estamos abertos para conversas. Não é surpresa para ninguém que o PSDB e o PMDB têm nos procurado”, disse Jesse Ribeiro, secretário-geral do PP em São Paulo e braço direito de Maluf. Segundo ele, desde o anúncio da aliança, no dia 30 de maio, o PT ainda não procurou a legenda para negociar o formato da aliança proporcional nem a escolha do vice. “Nós não temos conhecimento do que eles (petistas) pretendem fazer. O PR chegou depois da gente e já indicou o suplente de senador sem que fossemos sequer consultados”, disse Ribeiro.

Caso a debandada se confirme, será mais um golpe na campanha de Padilha. Lançado por Lula para ser o mais novo “poste” do ex-presidente, o ex-ministro era visto como a esperança do PT para quebrar o ciclo de 20 anos do PSDB à frente do governo de São Paulo. A avaliação corrente no PT era que Padilha, embora nunca tenha disputado uma eleição, alia experiência política acumulada no Ministério das Relações Institucionais de Lula com realizações administrativas na Saúde, como o programa Mais Médicos.

Apesar da estrutura poderosa construída pelo PT para alavancar sua candidatura, incluindo o publicitário João Santana e até um ônibus para transportá-lo pelo interior do Estado, Padilha sofreu o primeiro tropeço quando o deputado André Vargas (sem partido) o envolveu no esquema investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. 

Na sequência, a presidente Dilma Rousseff causou mal estar ao dizer que a “fórmula” para desbancar os tucanos do Palácio dos Bandeirantes seria ter dois candidatos, o petista e Skaf. Por fim o Tribunal Superior Eleitoral proibiu a realização da Caravana Horizonte Paulista, o principal palanque petista na fase da pré campanha.

Embora os partidos que ameaçam debandar da candidatura de Padilha aleguem motivos políticos como a composição da chapa majoritária e a coligação proporcional, o principal fator é o fraco desempenho de Padilha nas pesquisas. Segundo o Datafolha, o petista tem apenas 3% das intenções de voto contra 21% de Skaf e 44% de Alckmin. (Com informações do Estadão)

PTroubras da Dilma x Petrobrax de FHC.

Alguns momentos da trajetória de Dilma no cargo de maior poder dentro da Petrobras, em contato direto com o diretor preso da estatal, Paulo Roberto Costa. Isto sim é um escândalo!

Ontem, na tentativa de responder ao mar de lama que envolve a Petrobras, Dilma Rousseff, que mandou na estatal de 2003 até 2010, como Presidente do Conselho de Administração, pois tudo sabia e tudo aprovava, voltou a falar na Petrobrax, uma ideia que um diretor da empresa teve de mudar o nome da companhia. O objetivo era facilitar a leitura em outras línguas. Dilma é a principal responsável pelos escândalos ocorridos na empresa e, por isso, tenta desviar o foco para o passado. Dilma comprou Pasadena. Dilma autorizou Abreu e Lima. Dilma fez e aconteceu à frente da estatal, no seu maior posto. Agora que a lama jorrou e sujou a sua biografia, a grande responsável pela PTroubras lembra da Petrobrax. É muita cara de pau. Abaixo matéria da Folha de São Paulo, dando a real dimensão do que Dilma Rousseff protagonizou na maior empresa do Brasil.

As maiores empreiteiras do país, como OAS, Mendes Junior e UTC Constran, serão investigadas em 23 inquéritos abertos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A suspeita é que repasses feitos por elas a uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, acusado de comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro, tenham servido para pagar propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

O suborno teria origem em contratos superfaturados na refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída pela estatal em Pernambuco, segundo a força-tarefa criada para apurar suspeitas de desvios de recursos da Petrobras. Costa é acusado de ter intermediado os contratos superfaturados da refinaria.

Tanto Costa como Youssef estão presos em Curitiba em razão da Operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras é réu num processo sob acusação de peculato --crime que funcionário público comete quando desvia dinheiro.

O TCU (Tribunal de Contas da União) já apontou que o superfaturamento na refinaria Abreu e Lima chegou a R$ 1,32 bilhão até 2010. Orçada inicialmente em US$ 2,3 bilhões (R$ 5 bilhões), a refinaria deve custar US$ 20 bilhões (R$ 44 bilhões) quando ficar pronta, em 2015. Como diretor de distribuição da Petrobras entre 2004 e 2012, Costa era um dos responsáveis por este projeto em Pernambuco.

Os 23 inquéritos foram abertos a partir de dois documentos da Operação Lava Jato: 1) um laudo da PF com 17 empresas que fizeram depósitos na conta da MO Consultoria, firma de fachada de Youssef; 2) um manuscrito encontrado pela PF que relaciona 13 fornecedores da Petrobras e relata a disposição de seis deles em contribuir com campanhas políticas.

A MO Consultoria recebeu R$ 89,7 milhões de contratados e subcontratados da Petrobras, segundo o laudo da polícia. Os procuradores escreveram numa denúncia que "todos os recursos repassados à MO Consultoria são recursos de propina".

Entre as empresas que fizeram pagamentos à MO, estão o Consórcio Rnest (formado pela EIT e Engevix), a Galvão Engenharia, a Construtora OAS e a OAS Engenharia. Muitas dessas empresas, segundo os procuradores, eram subcontratadas pelo consórcio CNCC (no qual a Camargo Corrêa tem participação de 90% em Abreu e Lima) e teriam a função de repassar suborno. A CNCC também fez pagamentos diretos a Youssef, de R$ 29,2 milhões, segundo planilha apreendida no escritório do doleiro.

O documento manuscrito com as promessas de doações teria sido escrito por João Cláudio Genu, segundo a Folha apurou. Ele foi chefe de gabinete da liderança do PP em Brasília e recebeu R$ 2,9 milhões no mensalão para os líderes de seu partido. Condenado a quatro anos de prisão pelo STF, Genu cumpre pena em regime aberto.

Ele trabalhava com o deputado federal José Janene (PP-PR), também investigado no mensalão, que morreu em 2010. Janene introduziu o doleiro Youssef no mundo político, segundo a polícia, e indicou Costa para a diretoria da Petrobras.

Ana Amélia com Aécio.

Oficializada nesta sexta-feira (27) como candidata ao governo gaúcho pelo PP, a senadora Ana Amélia Lemos, 69, disse que poderá "pintar na testa" o nome de Aécio Neves (PSDB) para ajudar o tucano a conquistar votos no Rio Grande do Sul.

A direção nacional do PP definiu nesta semana pelo apoio à reeleição da presidente Dilma, contrariando o desejo da senadora gaúcha, que defendia a "neutralidade" do partido em relação à corrida presidencial. Ana Amélia Lemos teve a candidatura ao governo gaúcho confirmada em convenção do partido, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Além do PP, a coligação estadual tem o Solidariedade (SDD), o PSDB e o PRB, esse último que integrava o governo Tarso Genro (PT) até semanas atrás. Na chapa, a vaga de vice será do deputado estadual Cassiá Carpes (SDD). A candidata ao Senado é presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Estado, Simone Leite (PP).

Com a decisão nacional do PP, Aécio Neves não poderá participar da propaganda de rádio e televisão de Ana Amélia Lemos. Para a senadora, a proibição não deve trazer problemas para o candidato presidencial no Rio Grande do Sul.

"Já conquistamos o que queríamos, que era demonstrar de que lado estamos. Queríamos a neutralidade, não foi possível, porque o presidente [do PP, Ciro Nogueira] impôs uma decisão homologatória apenas. Agora vamos trabalhar para dar a vitória ao Aécio Neves aqui no Rio Grande do Sul", disse.

"Eu posso fazer o que fiz agora [na convenção do partido]. Quantas pessoas foram impactadas? Isso é suficiente para você fazer uma boa campanha. E as pessoas sabem de que lado nós estamos. Eu posso botar na minha testa o nome do Aécio. E vou fazer isso se for preciso", completou a senadora.

De acordo com Celso Bernardi, presidente do PP gaúcho, a área jurídica do partido tem segurança de que Aécio Neves só não poderá participar da propaganda no rádio e na TV.

"Temos absoluta segurança de que juridicamente ele [Aécio Neves] poderá participar da campanha. Só não poderá participar do horário de rádio e televisão, porque se trata de uma concessão e teremos de respeitar o fato de o partido nacionalmente estar apoiando a presidente Dilma", disse o presidente do partido.

Na convenção que a confirmou como principal adversária do governador Tarso Genro (PT), Ana Amélia Lemos defendeu a eficiência do Estado e a valorização dos servidores públicos.

A candidata também reforçou seu "apelido" criado especialmente para a campanha: "Meu nome é Ana Amélia, mas podem me chamar de Esperança". "A cidadania gaúcha precisa ser respeitada em seus direitos. Quero trazer a paz de volta ao Estado", disse a senadora.


Senadora em primeiro mandato, Ana Amélia Lemos foi eleita em segundo lugar, com 29,54% dos votos, atrás de Paulo Paim (PT), com 33,83%. Antes de entrar para a política, ela trabalhava como articulista do jornal "Zero Hora" e comentarista da RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul. (Link Folha)