EBC no ritmo do Fórum Social Mundial.

A EBC, Empresa Brasil de Comunicação, montou um grande aparato para cobrir o Fórum Social Mundial com o dinheiro dos nossos impostos. Integrou em um único site a cobertura da TV Brasil, da Agência Brasil e da Rádio Nacional da Amazônia. Hoje, quando você clica sobre a data de 31 de janeiro, aparece a seguinte frase: "ops, nenhum artigo foi encontrado..." As últimas fotos publicadas são de 29 de janeiro. As matérias em áudio, texto e vídeo pararam de ser produzidas ontem. A cobertura da EBC tem a cara do Fórum Social Mundial: um imenso desperdício de dinheiro público, organizado para cobrir apenas a visita de Lula e de Dilma Rousseff.

Battisti: "assassino da pior espécie".

O procurador adjunto de Milão, Armando Spataro, um dos encarregados do processo contra Cesare Battisti, declarou na noite deste sábado à televisão que ele era "um assassino da pior espécie". Ele se diz inocente "porque isso se arranja, porque encontrou primeiro na França e, depois, no Brasil pseudo-intelectuais que o apóiam, mas as condenações pronunciadas contra ele são pesadas como chumbo", acrescentou o procurador --um dos mais célebres da Itália, especializado em questões do terrorismo. Dois ex-companheiros de armas de Cesare Battisti denunciaram neste sábado as acusações "infames" do ex-ativista de extrema-esquerda que atirou sobre eles a inteira responsabilidade pelas mortes pelas quais foi condenado; uma carta dos mesmos sobre o assunto foi entregue à agência italiana da Ansa. Leia mais aqui.

Tarso aplaudido por maconheiros do Fórum.

Pelo menos 200 pessoas participaram de uma manifestação pela legalização da maconha na tarde deste sábado durante o Fórum Social Mundial, em Belém (PA). A manifestação ganhou um "participante" muito especial: o ministro Tarso Genro , que saía de um evento do Fórum passou pela mesma avenida ocupada pelos manifestantes. Leia mais aqui.

Indignação seletiva.

Campanha no Rio.
Campanha na Itália.
Uma campanha publicitária da Relish, uma rede de roupas femininas da Itália, revoltou as autoridades municipais e estaduais do Rio. Espalhadas em outdoors pelas cidades de Milão, Bolonha e Nápoles, as imagens mostram modelos aparentemente estrangeiras sendo abordadas e revistadas de forma abusiva e agressiva por policiais militares fardados. Em uma das fotos, na Praia de Ipanema, um PM com a farda do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do complexo da Maré (zona norte) coloca a mão por baixo da saia da modelo. As autoridades do Rio não ficaram tão indignadas quando, em julho passado, o Conselho Estadual de Defesa da Criança e da Adolescência espalhou outdoors pela cidade inteira, denunciando a violência policial, em comemoração aos 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.Leia mais aqui.

Até Suplicy detona Bolsa Família.

O programa Bolsa Família, executado pelo governo federal, foi posto em xeque, ontem à tarde, durante o Fórum Social Mundial. Discutido por especialistas, com a participação do senador Eduardo Suplicy (PT) e do próprio ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, o programa foi considerado excludente, injusto e, em certa medida, até mesmo violador de direitos por cercear a liberdade dos beneficiários e diferenciar pessoas a partir de critérios pouco eficientes. Para os debatedores, programas de transferência de renda como o Bolsa Família deveriam ser substituídos por programas de renda básica com caráter universalista, ou seja, para todos. O primeiro a falar - e a condenar o modelo do Bolsa Família - foi o diretor geral do Programa de Igualdade e Desenvolvimento Social da Cidade do México, Pablo Yañez. Segundo ele, as políticas sociais não devem se resumir a garantir direitos àqueles que estão em pobreza extrema ou condicionar o recebimento de recursos a obrigatoriedades - o Bolsa Família obriga à matrícula em escolas e à vacinação em dia. 'Precisamos transformar os programas de transferência de renda em programas que gerem perspectivas de cidadania', disse ele, ao defender que os programas sociais devem se empenhar não só em combater a pobreza, mas diminuir a desigualdade social, promover a inclusão e construir cidadania, respeitando a 'liberdade como um novo direito social'. Leia mais aqui.

Ovelha negra.

A polícia queniana informou que o meio-irmão do presidente dos EUA, Barack Obama, foi preso sob alegação de posse de maconha. O chefe da polícia da área, Joshua Omokulongolo, disse que George Obama foi detido neste sábado e está no posto policial Huruma, na capital.Omokulongolo informou ter encontrado um cigarro de maconha com ele. George Obama e o presidente dos EUA têm o mesmo pai, mas praticamente não se conhecem. As informações são da Associated Press.

Sexo, maconha e futebol.

O Fórum Social Mundial está caracterizado pelo que efetivamente é: um espetáculo da mais completa desorganização. Ao embalo de 600.000 camisinhas distribuídas pelo governo Lula, o Acampamento da Juventude virou o maior motel a céu aberto da história. Na impossibilidade de encontrar o que procuravam na tumultuada programação oficial, sem internet, sem sinalização e sem tradutores, os participantes preferiram dedicar-se aos universais prazeres da carne, da bola e dos alucinógenos, pois neste novo mundo possível a primeira regra é que tudo é permitido e, de preferência, na frente de todos os transeúntes que são convidados a participar de experiências místicas, lúdicas, eróticas e até políticas. Ao final do terceiro dia, o que está valendo é a programação extraoficial desenvolvida em tendas e barracas, onde drogados debatem com bêbados, comunistas praticam yoga com budistas, indígenas trocam odores e sabores com ongueiros, ainda não se tem notícia de caso de pedofilia envolvendo algum membro das dezenas de pastorais presentes. Assim o Fórum Social Mundial vai sendo recriado pelas circunstâncias e pelo entusiasmo dos diferentes grupos. É flagrante a miscigenação de raças, a diversidade de ritmos, cores e preferências pessoais. Não faltam grupos de batucadas, de cantorias, arrastões rítmicos e bandos de estudantes partidários que caminham, proferindo palavras de ordem em coro, como aquela durante um protesto no McDonalds: " não seja insensato, tire a carne do seu prato!" Por dia, os participantes estão produzindo 250 toneladas de lixo. Nos postos médicos, a famosa caganeira é o caso mais comum, seguido de enxaquecas produzidas pelos excessos cometidos. A festa custou mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos. E o resumo do Fórum está expresso no seguinte diálogo, entre um ativista do terceiro setor e um hippie que veio de Woodstock a pé. O ativista balbuciou: " onde estou, tudo é tão estranho...". E o hippie respondeu: " bicho, você está no novo mundo e eu sou Cristóvão Colombo."

Obama: lobby pesadíssimo.

James Steinberg, subsecretário de Estado e braço direito de Hillary Clinton, o segundo na diplomacia americana, é outro assessor de Obama que veio da administração Clinton. Mas, com a era Bush, Steinberg fundou, junto com ex-colegas, o Glover Park Group, contratada pela Colômbia para fazer 'lobby' a favor da aprovação do Tratado de Livre Comércio. Anualmente, a Colômbia paga a Glover cerca de U$ 120.000 por esta assessoria, uma das muitas que a empresa possui pelo mundo à fora. Pelas regras de Obama, nenhum funcionário poderá se relacionar com clientes para os quais tenha prestado serviço na iniciativa privada, o que deixa a situação de Steinberg muito delicada. A Glover Park também representa a Grocery Manufacturers Association, GMA, que faz um trabalho mundial contra os biocombustíveis. Quando a chanceler alemã Ângela Merkel visitou o Brasil, se negou a visitar uma usina no interior de São Paulo com receio de arranhar sua imagem.Assim que regressou ao seu país, ela foi acusada pela líder do Partido Verde no Parlamento da Alemanha, Renate Künast, de ter sido “enganada” por Lula na defesa que fez do nosso etanol “verde-amarelo”. A estratégia da Glover, como reporta em mensagem à GMA, envolve uma campanha para construir uma “coalizão global de centro-esquerda” (curiosa a opção por essa vertente política), o que inclui a “contratação de especialistas” (leia-se: cientistas, políticos) “para ligar a lei do álcool à fome global, demissões na indústria de alimentação e à inflação”. Apenas uma amostra do que pode ser a administração Obama para a América Latina. (com dados de diversas fontes)

O Fórum Social de Davos.

Da Veja:

Diz a lenda que uma vez por ano Karl Marx recebe autorização para abandonar sua tumba no cemitério de Highgate, em Londres, onde ele desde 1883 descansa – se é que comunista descansa –, para participar do Fórum Social. Neste ano seu destino natural seria Belém, no estado brasileiro do Pará. Ele até chegou a dar as caras, mas por ali não encontrou nada muito parecido com o que esperava das classes trabalhadoras. Viu alguns índios e seus líderes invocando entidades incorpóreas que regeriam a vida em um continente chamado Abya Yala, como é politicamente correto se referir na língua indígena kuna ao que conhecemos como América Latina. Pensou em ficar um pouco mais quando o presidente brasileiro Lula chegou ao microfone. Finalmente, alguém mais sério. "Deus escreve certo por linhas tortas, porque o deus mercado quebrou", decretou Lula.
Foi a gota d’água para o velho Karl. Lula também estava mais para fenomenologia do espírito do que para o materialismo histórico. Pegou as malas mas, antes de voltar a Highgate, decidiu ver o que seus tradicionais detratores, os altos dirigentes das democracias capitalistas ocidentais, líderes de empresas e seus agregados nas artes e na academia, estavam discutindo na suíça Davos, na versão 2009 do Fórum Econômico Mundial, sob a temática geral "Dando forma ao mundo pós-crise". Ali, sim, tinha gente articulada, brandindo dados e pondo a culpa da crise econômica no "sistema capitalista". A socialização das falhas que levaram à atual crise financeira mundial – uma das mais, se não a mais, severas e complexas da história contemporânea – foi a tônica em Davos. Ninguém pode ser apontado como culpado. Nem George W. Bush nem Alan Greenspan, o mago do banco central americano que se transformou em bruxo ao reconhecer, candidamente, que ficou "chocado" ao descobrir que os bancos estavam emprestando fortunas a quem assumidamente não podia nem pretendia pagar. Nada de nomes. O culpado é o sistema. Um espectro ronda a Europa e o mundo. Trabalhadores do mundo, unam-se. Tudo que vocês têm a perder é o crédito. Mas, se ele secou para todos, empresas, governos e os próprios bancos, qual é o grande problema? Resumiu Bill Gates, o terceiro homem mais rico do mundo, mais uma vez estrela em Davos: "Acho que nunca acharemos um culpado, um vilão para quem possamos apontar e dizer: Aha... ele fez toda a lambança".
Harry Truman, o 33º presidente dos Estados Unidos, dizia que para um estadista não existem novidades, "mas capítulos da história dos grandes homens que ele não leu". Pois o que mais faltou em Davos foram justamente coragem e lucidez para dar nome aos bois, dizer quem errou, por que errou e como evitar que esse mesmo tipo de gente volte a ter poder de decisão. De modo geral, os conferencistas e panelistas adotaram a visão tão cara aos marxistas de ver as falhas incontornáveis sistêmicas do "modelo" e do "mercado". Teria sido bem mais interessante se cada participante, para obter inscrição em Davos, fosse obrigado a escrever um ensaio sobre "O que EU fiz de errado que ajudou a nos colocar nessa encrenca". Antes de voltar para casa, seria uma boa ideia cobrar deles também um depoimento de despedida com o tema "O que EU farei para que a crise seja menos cruel do que se anuncia e não mais se repita". Como o EU sumiu de Davos, a visão sistêmica e coletivista do determinismo histórico marxista se instalou, mesmo que pouca gente tenha se dado conta disso.
Alguém poderia ter tido a lucidez de lembrar duas coisas que adiantariam muito os debates. Primeiro, a crise atual não foi prevista por Marx. Nem em sonho ele poderia ter imaginado o estágio de desenvolvimento e complexidade que os mecanismos de crédito atingiriam nestes primeiros anos do século XXI. Marx achava que o capitalismo encontraria seu fim ao cabo de cada vez mais fortes crises recessivas clássicas – aquelas ocasionadas por excesso de produção e falta de demanda, com a crescente insatisfação dos proletários produzindo a energia revolucionária para que se passasse de forma violenta ao comunismo. Nenhuma dessas condições está presente na atual crise. O que se observa é o estouro de uma bolha financeira que atingiu em primeiro lugar os ricos e a classe média investidora, com a evaporação de 10 trilhões de dólares em riqueza das famílias só nos Estados Unidos. Segundo, as contradições e injustiças que embalaram politicamente as teorias de Karl Marx na Europa da segunda metade do século XIX e por quase todo o século XX praticamente não existem mais nos países avançados e foram minoradas em quase todo o mundo. O capitalismo deu condições extraordinárias de habitação, saúde, conforto e aposentadoria a milhões de habitantes de países onde se instalou. Só nos anos que antecederam a crise atual, tirou da miséria centenas de milhões de famílias no Brasil, China e Índia. É esse progresso que está sendo colocado em risco pela corrente de destruição de riqueza deflagrada pela crise financeira. Foram necessários grandes homens e grandes mulheres para chegar até esse estágio de progresso. É de indivíduos formidáveis, e não de críticas ao "sistema capitalista" emanadas do cemitério de Highgate, que virá a solução para impedir que a crise destrua tudo o que se conquistou e para avançar ainda mais.

Cabo eleitoral.

O novo visual de Dilma, incluindo uma recente cirurgia plástica, não passou despercebido no Forum Social Mundial, durante o seminário A América Latina e o Desafio da Crise Financeira, que reuniu cerca de 5 mil pessoas e contou com a presença dos presidentes sul-americanos. Quando a sua imagem apareceu nos telões instalados no local, a multidão assoviou. Em reunião com os organizadores do Forum, Lula apresentou ontem a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Avaliou que o próximo encontro, em 2011, possivelmente no exterior, contará com a presença da ministra. "Se for em 2010, eu ainda irei como presidente. Mas, se for em 2011, já vai ser a Dilma", disse, sob aplausos de cerca de cem pessoas. Com a recente capitulação do PSDB e do DEM nas eleições para o Senado Federal, tornando-se massa de manobra de Lula para eleger um membro da sua base, um novo mandato petista é possível.

Governo Lula financia corrupção do MST.

O Ministério Público Federal abriu processo administrativo para apurar denúncias de desvio de verbas repassadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário a duas organizações não-governamentais ligadas ao ex-líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) José Rainha Júnior. A Associação Amigos de Teodoro Sampaio recebeu em 2007 cerca de R$ 2,2 milhões para prestar assistência técnica a assentados na plantação de mamona destinada à produção de biodiesel no Pontal do Paranapanema. Já a Federação das Associações de Assentados e Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Faafop), criada por Rainha para desenvolver o projeto do biodiesel, recebeu R$ 1,3 milhão no ano passado. Leia mais aqui.

Fazendo água.

Da Folha:

O Ministério da Integração Nacional afirmou que as empresas LJA e a Ebisa, encarregadas de obras em um dos trechos da transposição do Rio São Francisco, desistiram do projeto. Segundo o ministério, o governo se negou a rever o valor do contrato e convocará as segundas colocadas na licitação para realizar as obras.Em novembro, a Camargo Corrêa havia desistido de outro trecho da transposição.Apesar de o ministério confirmar as informações publicadas ontem no jornal "Valor Econômico" sobre a desistência, ele não deu maiores detalhes.As empresas ainda não teriam iniciado as obras, mas notícia publicada em maio de 2008 no site do ministério afirma que "para a Construtora LJA foram liberados R$ 28 milhões".

Foto do dia.

Milhares de trabalhadores ingleses em greve exigem do governo trabalhista de Gordon Brown que tenham preferência nos empregos e que sejam evitados contratos com empresas estrangeiras. Caros C. Mouro, Hereticus e demais comentaristas, na hora da crise é cada um por si e o deus mercado por todos?

Pergunta que não quer calar.

Por que o DEM e o PSDB, em vez de apoiarem respectivamente o PMDB e o PT, não tiveram respeito pelos seus eleitores e lançaram uma candidatura de oposição que, com toda a certeza, iria para segundo turno nas eleições do Senado? Se os dois partidos de oposição possuem 27 senadores, isto perfaz exatamente 1/3 dos votos, já que a casa tem 81 representantes. Não seria melhor terem honrado os votos recebidos do povo brasileiro e não venderem a sua alma ao diabo, já que tanto com Tião Viana quanto com José Sarney o único vencedor é Lula?

Três metros de corda para Battisti.

O Blog sugere que alguma boa alma do presídio da Papuda entregue três metros de corda para acalmar o terrorista assassino Cesare Battisti, que alega que "desde que soube da concessão do refúgio político no Brasil e sigo preso, a ansiedade, a tensão e o nervosismo me acompanham". Leia mais aqui.

Petróleo: 18 bilhões de barris nas Malvinas.

A Inglaterra anunciou a descoberta, nas águas das Ilhas Malvinas, de reservas estimadas em 18 bilhões de barris, 4 bilhões de barris a mais que as do pré-sal brasileiro. A notícia foi publicada hoje no Clarin e ontem no The Guardian. E por lá o petróleo é mais em cima.
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Vai ver se a Rainha vai dividir esta riqueza com a Argentina, como o Lula quer fazer com Itaipu para beneficiar o seu companheiro Fernando Lugo.

Tarso: derrota por nocaute.

Erislandy Lara, um dos pugilistas cubanos que fugiram do Pan-Americano do Rio, deu entrevista ao Estadão. Conseguiu escapar de Cuba e está em Miami. Depois de ter fugido durante o Pan, foi preso pela Polícia Federal, junto com o seu colega, e repatriado na calada da noite para Cuba, em jatinho enviado especialmente por Hugo Chávez. O governo brasileiro, sob o comando direto do ministro da Justiça, jogou uma cortina de fumaça sobre o fato, afirmando que os boxeadores haviam se apresentado e solicitado a sua volta para Cuba, pois estavam arrependidos. No caso Cesare Battisti, o tema voltou à tona, mostrando que o governo brasileiro usa dois pesos e duas medidas. Tarso Genro voltou a insistir que os cubanos não solicitaram refúgio e por isso foram mandados de volta para Cuba. Ontem, Erislandy Lara desmentiu a versão do petista: "Pedi asilo à polícia no Brasil e não me foi dada a oportunidade", afirmou, em entrevista ao Estado. Leia mais aqui.

"El Cagón" brilha no Fórum Social Mundial.

O surpreendente não é a guerrilha rural do MST, que agora se internacionaliza, reunir os presidentes bolivarianos no Forum Social Mundial, em Belém do Pará, e barrar a presença de Luiz Inácio Lula da Silva em evento que antecedeu o encontro oficial programado pelo governo brasileiro. O espantoso é que Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Fernando Lugo aceitaram o convite do MST, desconsiderando por completo a ausência do presidente do país anfitrião. O fato tem muitos significados mas, na lógica desta esquerda canalha que avança no Brasil, passarão em brancas nuvens. Já o governo Lula, tão preocupado em propalar a sua "soberania" para proteger terroristas assassinos, achou perfeitamente natural ser barrado no encontro de cúpula que discutiu, entre outras coisas, colocado pelo presidente do Paraguai, a necessidade de rever o Tratado de Itaipú. O resultado é que os presidentes bolivarianos e o MST pautaram o discurso de El Cagón que, na reunião oficial, passou a noite inteira amenizando as críticas recebidas à tarde, retribuindo os bolivarianos com as doces palavras de um presidente que pretende ser magnânimo, mas que não passa de um fantoche nas mãos dos espertos socialistas do século XXI.

Tarso montou um Conare paralelo.

A Folha de São Paulo revela que o Conare contrariou as teses defendidas por Tarso Genro para conceder refúgio ao terrorista assassino Cesare Battisti. O mais grave: parece ter montado um "Conare paralelo" junto com Dalmo Dallari, Luiz Eduardo Greenghaldt(advogado do bandido) e outros petistas. Leia abaixo.

Em um documento de 16 páginas, os integrantes do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) justificam a negativa de status de refugiado a Cesare Battisti afirmando que Justiça italiana é democrática e respeita os direitos humanos, que não há "nexo causal" entre a perseguição alegada por ele e o pedido de refúgio e que não caberia ao órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, definir se os crimes atribuídos a ele foram ou não "políticos".A Folha teve acesso ao processo sigiloso do comitê -ontem o Supremo Tribunal Federal pediu uma cópia dessa decisão. Os argumentos do documento foram ignorados por completo pelo ministro Tarso Genro (Justiça), que reverteu o entendimento do órgão e concedeu o refúgio a Battisti.O Conare é um órgão interministerial formado por conselheiros de diversas áreas do governo e da sociedade civil. Suas deliberações, conforme prevê a lei, podem ser revistas pelo ministro da Justiça -como ocorreu com Battisti. Mas isso é raro: desde a criação do comitê, em 1998, houve revisão em só 25 de 2.026 casos de refúgios.A decisão do Conare de negar o pedido de refúgio a Battisti ocorreu em novembro, mas não foi unânime. De cinco conselheiros, três optaram pela negativa e dois pela concessão do refúgio. Votaram contra Luiz Paulo Barreto, presidente do comitê e secretário-executivo do Ministério da Justiça; Gilda Santos Neves, do Itamaraty; e o delegado Antônio Carlos Lessa, da PF, outro órgão subordinado ao ministro.O principal argumento apresentado por Tarso é que o italiano "possui fundado temor de perseguição por suas opiniões políticas". Para os conselheiros do Conare, porém, "não há como considerar que na Itália não vige um sistema jurídico capaz de resguardar a vida daqueles que cumprem pena em seus cárceres". Acrescenta que o país é democrático, com o funcionamento normal de suas instituições, e que não há violações aos direitos humanos.Os argumentos de Tarso, se comparados à decisão do Conare, representam mudança radical na interpretação dos fatos. O ministro afirma que a situação de Battisti na França, onde viveu por mais de uma década, foi alterada com "a mudança de posição do Estado francês, que havia lhe conferido guarida". A França concordou com sua extradição.Já o Conare entendeu o contrário. "Se for feita uma análise real da situação do senhor Cesare Battisti, verifica-se que o mesmo foge da condenação desde 1981." E mais: "A Justiça italiana buscou a sua extradição desde o início, perpassando por diversos governos".Em sua decisão, Tarso cita pensadores como Norberto Bobbio e Hannah Arendt, mas pouco se atém às decisões judiciais da Itália, referendadas anos depois na França e pela Corte Europeia de Direitos Humanos. O Conare reproduz despacho do último tribunal, no qual o italiano teve "direito de defesa e estava informado sobre a acusação contra ele".O Conare se nega a avaliar se são políticos os crimes atribuídos a Battisti, dizendo ser essa "competência exclusiva" do STF, diz que não cabe a ele "instaurar" novo julgamento e atesta a legalidade do processo.Quanto às pressões da Itália para que o Brasil extraditasse Battisti, que agora tanto tem incomodado autoridades brasileiras, os conselheiros do Conare concluíram que a atitude era um "direito legítimo de qualquer Estado que pretende ver cumpridas as suas decisões, como o faz da mesma maneira o governo brasileiro, sem que se caracterize constrangimento à soberania de outros país".

Lula: vista grossa para fraudes de R$4 bi.

Do Editorial da Folha:

"Mais de R$ 4 bilhões deixam de ser recolhidos anualmente aos cofres públicos em razão dessas isenções, que deveriam favorecer entidades educacionais, de saúde e assistenciais.A fiscalização falha já propiciou fraudes bilionárias contra os cofres públicos. A edição da MP 446 procurava sanar esses problemas de vigilância -o controle sobre as entidades passou a ser feito pelos ministérios pertinentes, como Saúde e Educação, e não mais pelo CNAS.Mas a medida provisória também embutiu a escandalosa anistia, o que motivou o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), a devolver a MP ao governo. A atitude foi contestada pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), que entrou com recurso na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e passou a negociar um projeto de lei alternativo.No entendimento da CNAS, no entanto, a MP 446 continua em vigor. Além de atropelar uma discussão em curso no Congresso, a anistia, ao abençoar centenas de entidades suspeitas de fraude, ofende o interesse público e deveria ser anulada."

Berlusconi não vem mais ao Brasil.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou sua visita ao Brasil, prevista para o fim de fevereiro, diante do desgaste das relações bilaterais provocado pelo caso Cesare Battisti, conforme informou ao Estado uma fonte da diplomacia italiana. O gabinete de Berlusconi considerou impossível, neste momento, responder tão prontamente à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roma, em novembro passado, e dar um passo em favor do aprofundamento da parceria estratégica entre os dois países, como estava programado. Leia aqui.
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Espera-se que Lula também tenha vergonha na cara para não ir à Sardenha, Itália, na reunião do G-8, em junho próximo, mesmo que seja convidado, o que não está garantido, pois é Berlusconi o anfitrião. É "persona non grata" na "bota".

Dormindo com o inimigo.

Enquanto Dilma Rousseff usava a máquina pública para lançar a sua candidatura à Presidência da República no Fórum Social Mundial(ver post abaixo), o PSDB anunciava que vai votar em Tião Viana, senador do Partido dos Trabalhadores, vulgo PT, para a presidência do Senado.

Assessoria de imprensa com dinheiro público.

Vejam só a notícia distribuída pela Agência Brasil:

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse hoje (29) durante apresentação no Fórum Social Mundial que “ainda” não é candidata à Presidência da República, mas que o Brasil está preparado para ter uma mulher no comando do país.Dilma foi recebida por um coro de mais de 500 pessoas que gritavam: “Brasil urgente, Dilma presidente” e disse que ficou “comovida” com a manifestação.“O Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, um presidente negro, um presidente índio. O Brasil é uma sociedade democrática. Sinto nessa manifestação aqui no Pará um calor humano, uma força muito grande. É comovente estar aqui. É uma coisa que toca o coração.”A ministra disse que ainda não é candidata porque ainda não houve conversa oficial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito da sucessão.
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Usar uma estrutura de governo para fazer campanha política de uma autoridade é crime. Aqui o release distribuído veiculado no Globo Online. Idêntico ao publicado no Diário do Pará. A mesmíssima notícia também está nos jornais do Grupo RBS. Esta é a matéria original, no site da Agência Brasil.
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Princípios da comunicação pública publicadas pela Agência Brasil. Vejam o item abaixo:
3 - A comunicação pública é apartidária. A Agência Brasil não pratica o proselitismo político de nenhum gênero, não faz a promoção pessoal de governantes ou de autoridades, e não faz campanha em prol de nenhuma causa partidária.

STF intima Tarso e chama Itália ao processo.

O ministro Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta quinta-feira que o governo da Itália se manifeste no processo de extradição do ex-ativista Cesare Battisti. Como relator da ação, Peluso solicitou ao Ministério da Justiça cópia completa da decisão que concedeu status de refugiado político a Battisti. O pedido deve ser cumprido em cinco dias. Especialistas que acompanham o processo informaram que com essa decisão o caso deve entrar na pauta da Suprema Corte apenas a partir da terça-feira (3) e, não mais na segunda-feira (2), como era esperado. O assunto divide os 11 ministros do STF. Leia aqui.

Simon sai em defesa da Venezuela.

"O Senado não deve contribuir para o isolamento da Venezuela, num contexto de construção da integração latino-americana, tarefa na qual o Brasil está empenhado profundamente", afirmou o senador Pedro Simon (PMDB-RS), ao criticar a posição do senador José Sarney (PMDB-AP), referida hoje no "Painel", da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, Sarney, candidato à presidência do Senado, teria se comprometido com os líderes do PSDB e do DEM a "dificultar" a aprovação da inclusão daquele país no Mercosul. Um dos idealizadores do bloco regional formado pelo Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai, que recebe a adesão de outros países, o senador Simon considera que não "pode interessar ao continente, em termos de equilíbrio político e institucional, ter um país como a Venezuela isolada do conjunto das nações da América Latina". Para o parlamentar, "a inclusão no Mercosul pode funcionar como um fator de contenção dos exageros do presidente venezuelano Hugo Chávez". O vetusto senador gaúcho também deve ter azia quando lê jornais. Se estivesse acompanhando o que está acontecendo na Venezuela para que a reeleição ilimitada de Chávez seja aprovada, Simon não estaria jogando a sua biografia no lixo da história, ao defender a implantação de uma ditadura socialista naquele país.

Paraíso de bandidos.

"Eu gosto muito do Rio de Janeiro. É um paraíso. É uma maravilha. Mas na verdade não sei onde vou viver. Acho que minha família vai adorar o Rio de Janeiro".

Declaração do terrorista assassino Cesare Battisti, foco da crise diplomática entre Brasil e Itália, em entrevista à revista Istoé, afirmando que não entende toda atenção em torno do caso. Insiste que não matou ninguém. E que, na Itália, foi condenado por fascistas, numa democracia mafiosa. O Brasil é mesmo um paraíso. Paraíso de bandidos, onde criminosos dão entrevistas alegando inocência e ministros absolvem terroristas alegando soberania.

Blog na estrada.

Hoje o Blog pega a 101 não duplicada, esburacada e engarrafada. Portanto, não tenho hora para iniciar a liberação de comentários. Vou e volto. Obrigado.

Sem efeito.

A exigência de licença prévia para importação de cerca de 3.000 itens está sem efeito. Ontem, foi revogada a medida mais imbecil da história deste país na área econômica, que havia sido instituída por um ministro em viagem à Alemanha, sem consultar ninguém. "A medida foi mal entendida, causou ruídos, foi mal interpretada. Conversei com o ministro Miguel Jorge(ministro do Desenvolvimento), que está em um missão internacional na África, e concordamos pela suspensão para cessar os ruídos", anunciou Guido Mantega ontem, no final do dia, ao lado do ministro interino do Desenvolvimento (MDIC), Ivan Ramalho. Ao contrário do que o ministro afirma, a medida foi muito bem interpretada, muito bem entendida e mostrou muito bem a incompetência da área econômica do governo Lula. Não durou um dia.

Cai o primeiro mensaleiro.

A Controladoria Geral da União, CGU, demitiu ontem João Claudio Genu por improbidade administrativa, caracterizada por enriquecimento ilícito e prestação de consultoria remunerada a uma empresa. Genu, um dos réus na ação penal do mensalão, era assessor do PP na Câmara e teria sacado R$ 700 mil das contas de Marcos Valério. Era o operador do mensalão do PP, encarregado de receceber o dinheiro distribuído pela turma do PT.

Vem aí o "e-grampo".

O Conselho Nacional de Justiça determinou que os juízes deverão enviar as autorizações judiciais para escutas telefônicas às operadoras apenas por meio eletrônico. O objetivo é evitar falsificações. O sistema, que será unificado para todas as teles, não tem data marcada para ficar pronto. Leia mais aqui.

Curral eleitoral.

No dia em que reuniu os governadores do Norte e Nordeste, as regiões mais pobres do país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou duas medidas que custarão mais R$ 871 milhões por ano ao erário. O Bolsa Família e a merenda escolar foram ampliados, medidas que a oposição julga eleitoreiras e que foram divulgadas um dia após o governo cortar R$ 37 bilhões do Orçamento.O Bolsa Família atenderá mais 1,3 milhão de famílias, e a merenda será estendida aos 7,3 milhões de alunos do ensino médio da rede pública, podendo atingir potenciais eleitores com 16 anos ou mais. Hoje ele atende só o ensino fundamental ."O objetivo é atrair eleitores para 2010", afirmou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (leia texto nesta página). O total de beneficiários do Bolsa Família aumentará de 11 milhões para 12,3 milhões de famílias. O custo será de R$ 549 milhões a mais por ano, o que eleva o Orçamento do programa a R$ 11,95 bilhões.(com informações da Folha)

Dia 13, a festa do botox.

Do Painel da Folha:

Casa cheia. Para o jantar que oferecerá no dia 13 a Dilma Rousseff (Casa Civil), Marta Suplicy (PT) está convidando todos os senadores, deputados federais, estaduais e vereadores do PT de São Paulo, além de prefeitos da região metropolitana.

Desmontando Tarso.

Do Editorial da Folha:

"Se não tivesse escapado novamente -para depois alojar-se no Brasil, Battisti teria sido extraditado da França para a Itália em 2005.Um ano depois, a Corte Europeia de Direitos Humanos, que tem poder de intervir nos Judiciários do bloco em casos de violação de garantias fundamentais, rejeitou recurso de Battisti, que alegava cerceamento de defesa. Na decisão dessa corte foram negados argumentos cruciais que Battisti e seus amigos continuam esgrimindo na mídia brasileira.Sobre a alegação de que o julgamento se deu à revelia, responde o tribunal: "O requerente foi patentemente informado da acusação e do progresso dos trâmites nas cortes italianas". Sobre a suposta falta de ampla defesa: "Recebeu efetiva assistência durante o processo de diversos advogados por ele especialmente indicados". Sobre o fato de não ter comparecido aos juízos: "As autoridades italianas e, subsequentemente, as francesas foram autorizadas a concluir que o requerente inequivocamente abriu mão de seu direito de comparecer e ser julgado em pessoa".A respeitar os sistemas jurídicos italiano, francês e europeu, o ministro Genro preferiu agradar a militância esquerdista incrustada no PT. É espantoso que um tema de Estado tenha recebido tratamento tão leviano.Entende-se que a estridência da reação italiana dificulte, politicamente, a reavaliação do refúgio concedido. Mas revogar o benefício ainda é a melhor decisão a ser tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva."

Em respeito aos mortos por Battisti.

Para registro, aqui a lista dos apoiadores à permanência no Brasil do terrorista assassino Cesare Battisti, que assinaram o abaixo-assinado entregue ao Tarso Genro.

Além de Ministro da Justiça, também quer ser Ministro do STF.

O advogado de todas as falcatruas da esquerda brasileira, Luiz Eduardo Greenhalgh, que defende o assassino terrorista italiano Cesare Battisti, pediu hoje pela terceira vez ao Supremo Tribunal Federal (STF) que solte o seu cliente. No documento endereçado ao vice-presidente do STF, Cezar Peluso, Greenhalgh afirma que a manutenção da prisão está "em descompasso" com garantias previstas na Constituição Federal. O sanguinário Battisti continua preso apesar de há duas semanas o ministro da Justiça, Tarso Genro, ter transformado um bandido comum em refugiado. Greenhalgh não é somente o Ministro da Justiça de fato do Brasil. Também quer ser Ministro do STF. Simplesmente nojento. Leia mais aqui.

Crise piora duas vezes por dia.

Hoje pela manhã foi o FMI, conforme post abaixo, que reduziu as expectativas de crescimento da economia mundial. Foi a piora do dia. Hoje à tarde é Nouriel Roubini, o prestigiado economista que previu com mais precisão o grande cataclisma financeiro que se abateu sobre a economia global a partir de setembro do ano passado. "O crescimento no Brasil pode ser próximo de zero, pode ser 1%, ou pode até acabar sendo negativo; mas para um país como o Brasil, que tem problemas de pobreza e subdesenvolvimento, qualquer coisa abaixo de 3% já é um pouso forçado", disse Roubini em Davos nesta quarta-feira, 28, de manhã, em conversa com jornalistas, enquanto se preparava para uma maratona de encontro e debates durante o Fórum Econômico Mundial. A crise já está piorando duas vezes por dia.Leia mais aqui.

Lula: "asssunto encerrado".

"O presidente Lula considera que este assunto está encerrado", afirmou Marcelo Baumbach, porta-voz da Presidência, que informou ainda que iria se abster de comentar sobre a decisão do governo italiano de chamar o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise. Assim, o Brasil fecha oficialmente as portas para a diplomacia e joga toda a responsabilidade para o Supremo Tribunal Federal. Esta frase, proferida no atual contexto, pode ser entendida como um rompimento informal de relações diplomáticas com a Itália. Uma reação desproporcional, típica de um presidente prepotente, arrogante e mal educado. Leia mais aqui.

Crise piora a cada dia.

A cada dia que passa, surge uma previsão ainda mais pessimista para a economia mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta quarta-feira a previsão de crescimento da economia mundial, alertando que os riscos de deflação estão aumentando e os ativos tóxicos precisam ser removidos do sistema bancário.A estimativa para expansão global neste ano foi reduzida para 0,5 por cento --a mais fraca desde a Segunda Guerra Mundial-- frente à previsão de 2,2 por cento anunciada em novembro.A perspectiva é ainda pior para economias avançadas como os Estados Unidos e a zona do euro, com previsão de retração de 1,6 e 2 por cento, respectivamente.O FMI disse que as economias emergentes devem ser a única fonte de crescimento, com expansão de 3,3 por cento este ano e de 5,0 por cento no próximo. Esse prognóstico, no entanto, é mais baixo que o anunciado há três meses.Para o Brasil, a estimativa é de crescimento de 1,8 por cento este ano e de 3,5 por cento em 2010.(Com informações da Reuters)

Desmentindo Marco Aurélio Garcia.

Assista aqui a entrevista concedida à Sky Tg24 pelo ex-primeiro ministro Massimo D'Alema, onde ele manifesta a sua contrariedade com a decisão brasileira no caso Cesare Battisti, exatamente o contrário do apregoado por Marco Aurélio Garcia, conforme entrevista concedida ao Diário Catarinense, postada abaixo.

Israel expulsa diplomatas da Venezuela.

Os diplomatas da Venezuela tem prazo até manhã para deixar o território de Israel. Foram declarados "personas non grata" pelo governo daquele país, em resposta a expulsão do seu embaixador por parte de Hugo Chávez, durante o conflito em Gaza, quando o protoditador acusou os judeus de cometerem genocídio. Possivelmente, o Canadá representará os interesses dos cidadãos israelenses na Venezuela, da mesma forma que já ocorre em Cuba. Leia aqui.

Não sabem lidar com a crise.

Da Folha:

A decisão do governo de exigir uma licença de importação prévia para quase todos os produtos que entram no país, adotada a partir de anteontem, recebeu fortes críticas de especialistas e empresários. Apesar de o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior afirmar que se trata apenas de um expediente para melhor quantificar as compras feitas pelo Brasil, o setor privado vê a medida como uma forma de controlá-las a fim de reduzir o déficit da balança comercial, que chega a US$ 645 milhões no ano até o dia 25.Os industriais estão calculando os problemas e as perdas que a medida acarretará. A Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), por exemplo, ontem ainda estudava a resolução para saber sobre qual produto haveria impacto.Nos escritórios de advocacia, clientes buscavam esclarecimentos, mas a validade do procedimento é controversa.Para Durval de Noronha Goyos, que foi árbitro do Brasil na OMC (Organização Mundial do Comércio), os países que julgarem que a medida fere as regras internacionais podem levar o assunto ao órgão, bem como as companhias locais que se sentirem lesadas podem entrar na Justiça. "É uma flagrante violação do acordo sobre termos de licenciamento de importação, o qual proíbe que o licenciamento seja utilizado como barreira não-tarifária. Devido ao amplo percentual de produtos sujeitos ao novo regime, esse é o caso", afirma. "O governo está usando essa insensatez para compensar seus erros na condução da política monetária. Os juros altos causaram a apreciação artificial da moeda, o que estimulou as importações."Já Roberto Hering, responsável pelo departamento de comércio exterior do Martinelli Advocacia Empresarial, acha que não há ilegalidade. "Os acordos estabelecem o prazo de 60 dias úteis para a concessão dessa licença", afirma. "Porém, estamos todos em uma insegurança jurídica tremenda. Vai ser uma confusão quando começarem a chegar os artigos que foram embarcados antes da publicação da portaria. E depois, quanto tempo efetivamente levará para a concessão das autorizações? O governo tem funcionários suficientes para fazê-lo com rapidez?"Esse é o temor de Sylvio Mandel, presidente da Abeim (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). "O setor de varejo têxtil é um dos segmentos que não demitiram. Sem mercadorias para vender, entretanto, não vai ter outro jeito."Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior), se diz favorável a um controle temporário das importações para dar às empresas brasileiras oportunidade de se desenvolver. "Compramos diversos itens que não precisaríamos comprar, como calçados", diz. Ele reconhece, entretanto, que setores como o de bens de capital podem sofrer sérios prejuízos. "Nosso parque industrial é antiquado. Precisamos facilitar as importações de máquinas."A imagem do país também sai arranhada. "A decisão vai contra o discurso do governo. Queremos abertura dos mercados no mundo, não podemos adotar práticas do passado", afirma Hering.
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O grande risco deste governo são as atitudes imbecis que começam a surgir em cascata. Primeiro, Lula mandou que todos gastassem para que a economia continuasse funcionando. Depois, Lula mandou emprestar dinheiro público apenas para quem não demitisse , alegando que era hora das empresas gastarem o lucro dos anos anteriores, como se sobre este lucro não tivesse incidido uma carga tributária de quase 40%, enchendo os cofres públicos. Agora Lula manda burocratizar as importações, como se somente exportações criassem empregos e movimentassem a economia, como se o Brasil fosse um país verticalizado, capaz de fornecer todos os insumos para todos os produtos fabricados. Os imbecis estão correndo feito baratas tontas dentro do governo Lula. O que são capazes de fazer é muito mais perigoso do que a própria crise.

Lenha na fogueira.

Do Diário Catarinense, entrevista com ele, o assessor, Marco Aurélio Garcia, colocando mais lenha na fogueira. Cita a sua amizade com o ex-primeiro ministro da Itália, com quem tem conversado, lançando uma farpa contra o atual, Sílvio Berlusconi.

Diário Catarinense – O senhor não está falando sobre o parecer da Procuradoria-Geral da República porque esse caso é muito polêmico?

Marco Aurélio – Não. É que esse caso é um problema de competência do Ministério da Justiça, que está conduzindo de uma forma extremamente adequada o caso. Não vejo o que acrescentar.

DC – Tem a ver com a convocação do embaixador italiano, Michele Valensise, para consultas na Itália?

Marco Aurélio – O ministro Massimo D’Alema (ex-primeiro-ministro da Itália), que é meu amigo pessoal, me telefonou outro dia para conversar sobre esse assunto. A posição tanto dele quanto minha é que, respeitada a soberania do Brasil, esse incidente não venha a criar nem um problema ulterior para as relações entre Brasil e Itália, que são muito boas. A preocupação do ex-ministro D’Alema e minha é justamente a preservação dessas boas relações.

DC – O Brasil tem acordos com a Itália que podem ser abalados por esse episódio?

Marco Aurélio – Não. Esse caso tem um enquadramento jurídico muito preciso que foi dado pelo ministro Tarso Genro em relação à qualificação aplicada ao senhor Battisti. Não é um caso clássico de extradição.
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Para os jornais italianos, a história é diferente da contada pelo homem de Lula junto às FARC e aos governos socialistas bolivarianos. O Corriere della Sera apresenta a visão do ministro italiano Frattini e dá grande espaço para considerações do ex-premiê, Massimo D'Alema. De acordo com D'Alema, que governou a Itália entre 1998 e 2000, o Brasil cometeu um "erro grave" ao conceder asilo político a uma pessoa que "não merecia status de refugiado". Para ele, a atitude foi tomada em detrimento de uma "tentativa de retomar o diálogo político para encontrar uma solução para uma história perturbadora".

Acima da lei.

Eduardo Suplicy(PT-SP), que espalhou pelo mundo que Carla Bruni havia intercedido por Cesare Battisti junto à Lula, sendo desmentido pela própria em rede nacional de TV na Itália, é o anfitrião da escritora francesa Fred Vargas, que veio ao Brasil para visitar Battisti na prisão da Papuda. A partir daí, o novo boato espalhado pelos defensores dos "direitos humanos" é que o terrorista assassino está muito doente, muito abalado. A escritora francesa, cuja palavra vale mais para Lula e o seu governo do que a Justiça de um estado democrático, deu entrevista ao Estadão, afirmando que " Battisti não cometeu os crimes. O julgamento foi uma farsa. Seus advogados atuaram com falsos mandatos e se prestaram a um papel sujo. Ele foi condenado à revelia num processo totalmente viciado." Leia mais aqui.

Eminência parda.

Ele sempre foi um militante pela causa dos direitos humanos. Construiu sua carreira política no PT explorando as múltiplas facetas de tão intrincado tema, tornando-se o deputado advogado mais brilhante do partido, muito mais, por exemplo, do que Tarso Genro, um medíocre na sua profissão e um político regional inexpressivo. Luiz Eduardo Greenhalgh passou a ser convocado pelo partido para agir nos casos mais escabrosos, como o do assassinato do prefeito Celso Daniel. Quando Lula chegou ao poder, o LEG passou a usar seu amplo relacionamento e a sua condição de arquivo ambulante de todas as falcatruas companheiras para exercer a profissão sob pressão, uma decisão bem mais lucrativa do que a carreira política. Passamos a ver o advogado petista como representante de grandes empresários como Daniel Dantas, para quem fez lobby dentro do terceiro andar do Palácio do Planalto. Agora, no caso do terrorista italiano, a quem defende, fala como uma autoriade e não como um advogado: "O que não compreendo é a pressão desmedida, desproporcional e ofensiva do governo italiano sobre as autoridades brasileiras", disse. "Acho que é uma ingerência, um desrespeito às autoridades brasileiras." Não existe a menor dúvida de que foi ele quem "inspirou" o texto de Tarso Genro, que embasou a decisão de dar refúgio político a um assassino condenado à prisão perpétua. Greenhalgh vai ganhar muito dinheiro com isso? Não, vai ganhar muito mais do que o vil metal. Vai provar para o Brasil inteiro que é bem mais do que um advogado, que é uma eminência parda dentro do governo Lula. E isto sim, rende muito dinheiro junto a clientes como Daniel Dantas. Cabe ao STF definir de quem é a última palavra sobre a aplicação da lei no Brasil. Se é da Suprema Corte ou se é do "Supremo" Luiz Eduardo Greenhalgh, o ministro da Justiça de fato deste país.

Tiro no pé.

O PSDB está negociando o seu apoio ao senador José Sarney(PMDB-AP) na eleição para a presidência do Senado em troca de um compromisso público de que ele não deixará passar nenhuma proposta que possa abrir a possibilidade de um terceiro mandato para Lula. A mesma condição está sendo levada para Tião Viana(PT-AC). "Como temos sérias dúvidas sobre as intenções democráticas de vários setores do governo, queremos saber dos candidatos se tentativas golpistas teriam êxito", antecipou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). A primeira regra de qualquer batalha é não demonstrar medo e fraqueza diante do inimigo. Existem muitas outras formas de reagir corajosamente contra tal possibilidade. A primeira delas é movimentar a "sociedade civil organizada". O PT entregou ontem, ao STF, um abaixo-assinado com 500 assinaturas a favor do refúgio do terrorista assassino Cesare Battisti. O PSDB deveria ter força para tomar atitudes desta natureza por uma causa muito mais nobre: a preservação da democracia no Brasil. Conchavos entre políticos não são a melhor maneira de conduzir um assunto de tamanha importância, ainda mais quando os interlocutores são um ex-presidente da república fisiológico que, por isso, voltou a ser senador e um senador do partido a quem mais interessa um terceiro mandato de Lula.

Patrimônio da desumanidade.



Os participantes do Fórum Social Mundial da Saúde (FSMS), que antecedeu o Fórum Social Mundial, vão lançar a candidatura do Sistema Único de Saúde (SUS) a patrimônio imaterial da humanidade. A idéia foi apresentada durante ato político que contou com a participação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.Ele afirmou que vai garantir apoio político para a idéia, que classificou como inovadora. Segundo ele, essa é a primeira vez que uma política pública será patrimônio da humanidade. “É uma iniciativa dos movimentos populares e acho importante pela abrangência do SUS e pelo fato de que ele atende indistintamente todas as etinas, todas as nacionalidades que vivem no Brasil”, afirmou Temporão. Sem comentários e sem legendas.

Um novo mundo é possível.

Pela potente câmera Canon, trata-se de um ativista japonês, caracterizado como indígena, filmando os melhores momentos da Grande Parada que abriu o Fórum Social Mundial, hoje, em Belém do Pará.
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Caros leitores, revendo alguns comentários, preciso retificar: a foto é de um indígena, o texto é apenas uma ironia.

Brasil fora do G-8.

Os italianos, que presidem o G-8 começam a avaliar a possibilidade de não convidar o Brasil para participar do grupo de elite das grandes potências. A indignação toma conta da Itália em função da proteção dada pelo governo Lula a um assassino terrorista condenado à prisão perpétua. Leia aqui.

Nunca na história deste país?

Nota Oficial do Itamaraty
"O Brasil tomou conhecimento da decisão do Governo italiano de chamar para consultas o Embaixador da Itália no Brasil, em razão do "parecer expresso sobre o caso Battisti pelo Procurador-Geral da República". O Governo brasileiro considera que todos os procedimentos sobre a questão estão sendo seguidos de acordo com a legislação brasileira.O Governo brasileiro reitera a confiança expressa pelo Presidente da República, em sua carta dirigida ao Presidente da Itália, de que os laços históricos e culturais que unem o Brasil e a Itália continuarão a inspirar nossos esforços com vistas a aprofundar ainda mais as sólidas relações bilaterais nos mais diversos setores".
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Não lembro de que outro país tenha chamado o seu embaixador no Brasil. O governo Lula conseguiu acabar com a neutralidade e o bom senso que sempre caracterizaram a diplomacia do país. E para defender um terrorista assassino, um criminoso comum, um condenado à prisão perpétua, fugitivo da Justiça de uma país democrático.

Caindo na real.

Lula convocou para a próxima segunda-feira (2) uma reunião ministerial para tratar sobre os impactos da crise financeira internacional na economia brasileira, as medidas adotadas pelo governo e eventuais cortes. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou que fará uma análise detalhada sobre a contenção prévia, no valor de R$ 37,2 bilhões, no Orçamento Geral da União para este ano. Ele evitou a palavra "contingenciamento" para demonstrar que há condições de rever os números e recompor perdas. Pelos números indicados hoje pelo ministro, deverão ser contigenciados R$ 22,6 bilhões referentes a custeio e R$ 14,6 bilhões relativos a investimentos. Leia mais aqui.

Começa o Fórum de Dai-vos.

Uma marcha pelas ruas e avenidas marcará a abertura do fórum, hoje. Os índios terão posição de destaque nessa marcha. Ao todo, cerca de 2 mil indígenas do Brasil e de outros países da região amazônica deverão participar do evento e, na Tenda dos Povos Indígenas, na Universidade Federal do Pará, discutirão temas como a demarcação de terras, projetos econômicos que afetam as suas comunidades e preservação ambiental. Gays, lésbicas e transformistas também discutirão propostas para combater o preconceito e a violência. Um casamento comunitário entre gays e lésbicas está previsto na pauta. Naturalistas da Europa e da América Latina aproveitarão o evento para realizar uma caminhada nudista pela cidade. 600.000 preservativos estão sendo distribuídos. Ontem foram presos vários participantes que se dirigiam ao Acampamento da Juventude com as mochilas bem fornidas de maconha. À noite, espera-se uma revoada de discos voadores sobre a cidade. Enquanto isso, os trombadinhas, ladrões e assaltantes de uma das cidades mais violentas do país, misturados a 30.000 estrangeiros, prometem ser uma atração à parte. Começa hoje o Fórum Social Mundial, em Belém do Pará. Ou o Fórum de Dai-vos. Leia mais aqui.

Itália retira seu embaixador do Brasil.

A crise entre Brasil e a Itália se agravou nesta terça-feira, 27. O governo italiano anunciou que está convocando de volta a Roma o seu embaixador em Brasília, Michele Valensise, diante da decisão do Brasil de dar status de refugiado político ao ex-ativista de extrema-esquerda Cesare Battisti. O Ministério das Relações Exteriores italiano explicou que não se trata de uma retirada definitiva de seu embaixador do Brasil. "Estamos tomando a decisão política de chamar para consultas o nosso embaixador em Brasília", explicou a assessoria de imprensa da Chancelaria italiana. Leia mais aqui.
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Imitando Lula, a Itália acaba de tomar uma decisão política baseada na sua soberania e amplamente protegida pelas leis nacionais e internacionais. E, principalmente, pela vergonha na cara, uma característica que o governo brasileiro já perdeu há muito tempo.
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" O Brasil se tornará uma terra de fuga e refúgio para terroristas do mundo todo". "Não nos resignaremos ante uma decisão tão desconcertante". " Sua não extradição é francamente inaceitável". Estas são algumas frases de autoridades italianas publicadas hoje, no La Repubblica. A notícia também é manchete no Corriére della Sera, que já sugere que Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro, exija retaliações do G-8.

Elogio à loucura.

O "anão das botinhas cor-de-rosa" chegou ao fundo do poço e acaba de ter um surto paranóico, conforme publicado na Folha:

"O jornalista Paulo Henrique Amorim pediu à Polícia Federal que investigue suposta perseguição contra ele e sua família "por indivíduos a mando" do banqueiro Daniel Dantas e do governador José Serra (PSDB). Disse que dará detalhes à PF.O Ministério da Justiça se colocou à disposição de Amorim. O banco disse que não foi notificado. A assessoria de Serra não o localizou".

Protecionismo brasileiro.

O discurso de Lula dirigido os países desenvolvidos para que evitem o protecionismo que, naturalmente, chega junto com as crises não durou dois meses. O Brasil acaba de adotar inexplicáveis medidas para frear as importações, criando uma série de barreiras não-tarifárias ao ingresso da grande maioria de produtos importados. Na prática, a medida significa a volta do sistema de controle das importações adotado pelo país nas décadas de 70 e 80, quando o Brasil era um pequeno exportador e importava 80% do petróleo que consumia. A partir de agora, a maioria dos produtos deverá receber uma licença de importação que, nos velhos tempos, demorava no mínimo 60 dias para ser concedida, medida que acabou até os anos oitenta. Ontem foram divulgados os números da balança comercial de janeiro até a semana passada. Pela terceira semana consecutiva, a balança registra déficit. Até o dia 25, o saldo negativo chegava a US$ 645 milhões.Nesse mesmo período, as exportações somaram US$ 7,5 bilhões, uma queda de 21,8% em relação ao ano passado. Já as importações totalizaram US$ 8,2 bilhões, uma queda de 8,8% em relação a 2008. Com isso, o governo Lula entrou em pânico e as autoridades não se entendem mais. A medida foi tomada pelo Ministério do Desenvolvimento e não tem a aprovação do Ministério da Fazenda. Muito menos dos empresários,que esperavam que algumas medidas fossem tomadas por paisecos de terceiro mundo,jamais pelo Brasil, pois haverá retaliações.

Caso Battisti:PGR entrega parecer ao STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta segunda-feira (26) parecer encaminhado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, na Extradição (EXT 1085) requerida pelo Governo da Itália contra o italiano Cesare Battisti. Antonio Fernando opinou pela extinção do processo de extradição, sem julgamento de mérito, em razão do que dispõe o artigo 33, da Lei nº 9.474/97, com a consequente expedição do alvará de soltura. Entretanto, salientou que se o STF decidir julgar o mérito, seu parecer é no sentido de dar procedência ao pedido de extradição. O parecer da PGR afirma que o deferimento do refúgio é questão da competência política do Poder Executivo, condutor das relações internacionais do país e que, de acordo com o artigo 33 da Lei nº 9.474/97, sua concessão gera a extinção do processo de extradição, desde que haja pertinência temática entre a motivação do deferimento do refúgio e o objeto do pedido de extradição.
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Resumo: o PGR afirma que, como já foi concedido o refúgio político e esta é uma prerrogativa do Executivo, não cabe ao STF revisar a decisão. Entretanto, se o STF se julgar competente para decidir a questão, o PGR opina que deve ser concedida a extradição. Ou seja: Cesare Battisti é um terrorista assassino, mas a decisão isolada de Tarso Genro impede a extradição, pois ele representa o Executivo. Resta saber se o STF vai abrir este conflito com o Executivo ou se vai lavar as mãos.

Queda da demanda demite 79.000 hoje.

Diante da crise econômica global e na tentativa de reduzir os custos, empresas nos Estados Unidos, Europa e Japão anunciaram nesta segunda-feira, 26, mais de 79 mil demissões, com destaque para o conglomerado Caterpillar, que cortará 20 mil empregos, ou cerca de 18% de sua mão de obra, por causa da redução da demanda. Leia aqui.

Estava demorando.

O Brasil deveria oferecer ajuda ao presidente americano, Barack Obama, para fechar a prisão de Guantánamo. A recomendação é do diretor-geral da Human Rights Watch, Kenneth Roth. "Uma atitude como essa demonstraria o interesse do Brasil em resolver problemas globais. A responsabilidade de ajudar é de todos", afirmou o diretor de uma das principais entidade de defesa dos direitos humanos no mundo. "Uma iniciativa do Brasil de receber alguns dos prisioneiros seria uma grande jogada para elevar o status da política externa brasileira, que em termos de direitos humanos tem se mostrado lamentável", disse. Para ele, a política externa do Brasil não tem sido consistente em relação aos direitos humanos. "O Brasil tem optado por decisões que surpreenderam, ao apoiar alguns governos pouco democráticos nos órgãos internacionais", afirmou. Leia aqui.

De volta ao trabalho.

Fim de férias. O Coturno Noturno retorna ao seu ritmo normal, um pouco mais noturno, não menos coturno. 2009 é um ano de grandes desafios profissionais para todos. Vamos à luta, dar a volta por cima da crise com trabalho e criatividade. Continuem por aqui que a casa é de vocês. Um abraço e obrigado.

Carla Bruni: "é uma calúnia".

Clique aqui para assistir o vídeo onde Carla Bruni, primeira-dama da França e italiana, nega em rede nacional que tenha intercedido por Cesare Battisti: afirma que está surpresa, que este é um problema do governo brasileiro e que tudo não passa de uma calúnia.

Crise: cortar impostos é o caminho.

De Carlos Alberto Sardenberg, no Estadão:

" Outra prova de que as empresas ganharam dinheiro nos anos recentes: contrataram mais trabalhadores e, especialmente, mais trabalhadores com carteira assinada.O presidente Lula não se cansou de alardear esses fatos. Já agora, em meio à crise, as empresas passaram para a categoria de culpadas. O presidente e seu ministro do Trabalho, Carlos Lupi, dizem que as companhias não podem demitir hoje porque ganharam muito dinheiro no passado. Vai daí, o governo ameaça só dar crédito às empresas que não façam demissões.Tudo se passa como se as companhias tivessem acumulado em caixa o lucro obtido nos últimos anos. Ou pior, como se os seus donos tivessem embolsado os ganhos e mandado para algum paraíso fiscal. Agora essa gente estaria ameaçando com demissões para obter favores do governo.Do outro lado estariam os trabalhadores, que, na palavra de Lupi, não criaram esta crise e, portanto, não podem pagar por ela. Logo, nada de demissões nem de flexibilização dos contratos de trabalho ou reduções de salários.Além do clássico sentimento anticapitalista, que percebe as empresas como predadoras, há aí um desentendimento total de como funcionam as companhias e, no geral, como anda a economia". Segue aqui.

Crise: a grande eleitora de 2010.

De Marcelo de Paiva Abreu, Ph.D. em Economia pela Universidade de Cambridge, professor titular do Departamento de Economia da PUC-Rio, no Estadão:

"Para coroar as trapalhadas, ocorreu o episódio Cesare Battisti, no qual o ministro da Justiça, Tarso Genro, a despeito de manifestação contrária do Comitê Nacional de Refugiados, concedeu refúgio humanitário ao impetrante. Embora muitos considerem perigoso o caminho escolhido pelo ministro para amparar a sua decisão, ao questionar os procedimentos judiciais italianos e enfatizar pretensas limitações a efetivo "amplo direito de defesa", não foi a decisão em si que sublinhou o atordoamento do governo. Foram as trapalhadas colaterais. O presidente Lula começou por invocar a soberania brasileira quanto à decisão. De fato, a soberania do Brasil não foi questionada. O presidente parece não avaliar que apenas chefe de Estado que tem dúvidas a respeito da soberania de seu país é que a invoca com tanta frequência. Seguiu-se uma exagerada irritação presidencial com a publicidade prematura dada à carta do presidente italiano. Quanto à substância, nada. Tarso Genro chegou a comparar os casos Battisti e Cacciola, deixando de levar em conta a dupla nacionalidade do ex-banqueiro. Talvez haja ainda um fio de esperança e o Supremo Tribunal Federal possa resolver a trapalhada, viabilizando a extradição. E evitando a façanha de azedar as relações com a Itália". Segue aqui.

Ética dos companheiros.

O novo código de ética do PT proíbe a prática do caixa dois. Este não é um problema de ética. Caixa dois é crime, que envolve lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Pelo menos é uma confissão de culpa em relação a todo o esquema que elegeu Lula em 2002. Se no código de ética dos companheiros é necessário proibir o crime de caixa dois, poderiam acrescentar que também não é mais permitido formação de quadrilha, gestão temerária, improbidade administrativa e corrupção ativa, entre outros, que são os crimes pelos quais muitos coroados do partido estão respondendo como réus no processo do mensalão.

Tudo por dinheiro.

A eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara garantirá aos escolhidos não só o imenso poder político dos dirigentes do Legislativo, mas também um Orçamento de R$ 6,27 bilhões - próximo ao de um Estado do porte do Rio Grande do Norte -, daí a grande disputa pelo cargo, o jogo de rasteiras de última hora e traições que deixam marcas para sempre. Juntos, Senado e Câmara têm mais de 20 mil funcionários, hospitais, gráfica, TVs, rádios e centros de informática.Os eleitos terão ainda o livre arbítrio de mexer ou não na gigante estrutura administrativa das duas Casas, que, se bem montada, lhes será fiel por muito tempo, até mesmo depois de deixarem o poder.O Senado tem 44 diretorias, pouco mais de uma para cada dois senadores. Cerca de 400 funcionários garantiram, ao longo dos anos, salários iguais aos de diretor - R$ 16.252 -, apenas R$ 260,09 a menos que o dos senadores, de R$ 16.512,09. Ou seja: 444 funcionários da Casa têm salário praticamente igual ao dos 81 senadores. Leia mais aqui.

Não é por falta de espaço.

Enquanto o mundo inteiro corta custos, o Itamaraty, cujo trabalho deveria ser justamente fora do país, está construindo o Anexo 3, um gasto de R$ 140 milhões. Para 2009, já teve 50% do dinheiro aprovado em orçamento. O responsável pelo projeto é o arquiteto comunista Oscar Niemeyer. A previsão é que o edifício seja concluído em 2010. A assessoria do Amorim diz que é preciso criar espaço para o aumento do quadro de funcionários promovido pela atual gestão. Seria bom que contabilizassem que a "atual gestão" não obteve nenhum sucesso diplomático nos últimos seis anos. Já os fracassos deveriam gerar demissões e não contratações.

Economia de guerra.

A crise em 2009 será mais profunda do que se imaginava. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial será bem menor do que a entidade estimava há apenas dois meses, até mesmo em relação aos países emergentes. Para o Fundo, o mundo crescerá entre 1% e 1,5% em 2009 e estará em sua pior situação desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Leia mais aqui.

Fiasco verde-amarelo.

A libertação de seis reféns sequestrados pelas Farc na Colômbia demorará pelo menos mais 12 dias porque o Brasil não está preparado para ceder de imediato os helicópteros e o apoio logístico necessários à operação, informou no domingo uma fonte próxima do processo. Esperava-se que a entrega do ex-governador Alan Jara, do departamento de Meta, do ex-deputado Sigifredo López, de três policiais e de um soldado ocorresse nesta semana, depois que a Colômbia autorizou o Brasil a dar apoio logístico à libertação. "O Brasil não estava preparado para iniciar de imediato a operação. Precisa enviar uns delegados para analisar as possíveis distâncias que devem voar os helicópteros e as necessidades logísticas", informou uma fonte à Reuters. Leia mais aqui.

Bolívia dividida.

As províncias mais densamente povoadas por indígenas e cocaleros aprovaram a Constituição retrógrada de Evo Morales com cerca de 60% dos votos, segundos as pesquisas de boca-de-urna. Já as províncias produtivas, onde a oposição comanda, deram vitória ao "não", mas não alcançaram a maioria. A Bolívia continua dividida e as províncias contrárias a Evo afirmam que não vão cumprir a nova Constituição.

Carla Bruni desmente Suplicy.

A primeira-dama da França, Carla Bruni, foi à TV italiana no domingo para negar reportagens dando conta de que ela teria persuadido o Brasil a não extraditar o guerrilheiro italiano Cesare Battisti, depois de ter sido criticada em sua terra natal no ano passado por apoiar uma militante exilada na França. A cantora e ex-modelo italiana, que casou-se com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, há um ano, disse à emissora pública de TV do país que está "muito surpresa que a mídia italiana pense que eu desempenhei tal papel". A informação havia sido dada pelo senador Eduardo Suplicy(PT-SP), segundo o qual a primeira-dama havia feito o pedido à Lula. Leia mais aqui.

Fórum Social Mundial transforma escolas em motéis.

Não são apenas os R$ 154 milhões que Lula entregou para a realização do Forum Social Mundial, que acontece de 27 de janeiro a 1 de fevereiro, em Belém do Pará. A petista Ana Júlia Carepa, também está abrindo o patrimônio público para receber um público que vai consumir, entre outros itens, 600.000 preservativos durante o evento. Por exemplo, as escolas públicas da rede estadual vão transformar as suas salas de aula, banheiros e secretarias em motéis baratos para os participantes do Forum. Os funcionários das 46 escolas que serão utilizadas, possivelmente recebendo diárias e horas extras, terão as seguintes responsabilidades:
  • A Direção da Escola com sua equipe se responsabilizará pela manutenção, limpeza e organização dos espaços como: banheiros, área externa e alojamentos;
  • Controle de ingresso dos/as participantes na Escola Adentrarão no espaço da escola apenas as pessoas constantes da listagem oficial fornecida pela coordenação do FSM, devidamente cadastradas e identificadas através do Crachá Oficial e documento de Identidade com Foto;
  • Cada escola deverá compor sua equipe de trabalho, composta de equipe de acolhimento, equipe de apoio bem como montar a programação cultural;
  • A taxa de manutenção da escola advinda das taxas de hospedagem de R$ 5,00 por pessoa por dia, que será gerido pela direção da escola com supervisão da Coordenação Financeira da Secretária de Estado de Educação e será utilizada para a higiene e conservação da escola e outras necessidades da equipe de trabalho.
  • Qualquer dano causado ao Patrimônio Público, será imediatamente apurado pela Direção da Escola e comunicado oficialmente a comissão organizadora do FSM da Secretaria Estadual de Educação que tomará as providências cabíveis

Já os hóspedes terão que seguir algumas normas:

  • Conservar e manter o espaço limpo;
  • Não consumir bebida alcoólica e drogas nas dependências da escola;
  • Não se fazer acompanhar de pessoas estranhas ao evento e que não estejam oficialmente cadastradas e hospedadas na escola;
  • Não circular de trajes íntimos nas dependências da escolas;
  • Não lavar roupa nos banheiros e não estender roupas nos corredores da escola;
  • O hospede que infringir as Regras de Convivência será abordado verbalmente , em não atendendo ao apelo da Direção sua permanência no espaço da Escola não será permitida.

Leia mais aqui.

Serra vê Brasil em forte recessão.

"Nada mais fora de lugar,no mundo de hoje,do que o ar de paisagem em relação à economia real. O choque de realidade veio em janeiro, com os dados sobre um colapso do emprego no Brasil: 655 mil postos de trabalho foram fechados no mês passado. O emprego já estava desabando quando a ata da reunião de dezembro do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, concluiu que os juros deveriam cair. Seus integrantes, contudo, decidiram não fazer nada porque não havia acordo! Apenas em janeiro, depois do desastre, o Copom baixou em um ponto percentual a Selic, a taxa de juros básica da economia. Melhor do que nada, e cabe aplaudir a decisão. Mas é muito pouco, muito tarde.A política monetária do Banco Central mantém o Brasil na liderança mundial dos juros reais e tem desperdiçado boas oportunidades para corrigir, sem maiores traumas, uma das grandes distorções da economia brasileira. Perdeu-se tempo, o que ajudou a empurrar a economia para uma forte recessão". Leia a íntegra do artigo de José Serra, candidato tucano para 2010, aqui.

Fidel tramou morte de Che.

O ex-guerrilheiro cubano Daniel Alarcón Ramírez, o Benigno, que vive na Itália, acusou o ditador cubano Fidel Castro de trair o seu companheiro de assassinatos Ernesto Che Guevara por ordem de Moscou, que o considerava "uma personalidade muito perigosa para suas estratégias imperialistas". O companheiro de Che Guevara, que conseguiu fugir da armadilha, afirma que a morte do El Cochino " se deveu a uma maquinação pela qual foram responsáveis Fidel Castro e a União Soviética". Mandados para a Bolívia por Fidel, com a promessa de toda a estrutura, descobriram, ao chegar, que não possuíam nem mesmo o apoio do partido comunista local. Haviam caído numa armadilha. Leia aqui em espanhol. Aqui em italiano.

Refundar a Bolívia, afundar a democracia.

Hoje um referendo popular deverá aprovar a nova Constituição da Bolívia, criando uma espécie de socialismo-bolivariano-indigenista, com profundas implicações para as relações comerciais do Brasil com o vizinho país e com novos prejuízos à vista para a Petrobras, que já teve duas refinarias nacionalizadas por Evo Morales. "As empresas estrangeiras, por exemplo, terão problemas para remeter lucros para seus países de origem, porque a nova legislação exige que eles sejam reinvestidos na Bolívia", diz o economista e cientista político Gonzalo Chávez, da Universidade Católica da Bolívia. "Ela também prevê que o Estado boliviano não aceitará arbitragem internacional. Quem investir no país só poderá apelar para a Justiça local." Sem dúvida alguma, a Bolívia consolida, a partir de hoje, a condição de um dos países mais pobres do mundo, com um agravante: sem democracia. Leia mais aqui.

Lincoln ou Roosevelt?

Barack Hussein Obama está em busca de uma identidade. Dias antes da sua posse, partiu de trem da Filadélfia rumo a Washington, refazendo a rota percorrida por Abraham Lincoln há um século e meio. O seu discurso de posse foi inspirado em textos de Lincoln e o seu juramento sobre a mesma bíblia usada pelo décimo sexto presidente americano. Já devidamente entronado, Barack Hussein Obama agora informa estar inspirado em Franklin Delano Roosevelt que, nos seus cem primeiros dias, durante a Grande Depressão dos anos 30, conseguiu aprovar 16 leis em regime de emergência. Para isso, leu um livro sobre os cem dias de Roosevelt durante a transição. Segundo assessores da campanha, ele se inspirou nas "conversas perto da lareira" de Roosevelt para ganhar apoio da população, por meio de e-mail, YouTube e TV, para o pacote de estímulo econômico que está no Congresso. Barack Hussein Obama parece estar suprindo uma imensa lacuna na sua trajetória de fenômeno midiático, moldado em cima de uma palavra e de uma pequena frase: change e yes, we can. Até o presente momento já foi Lincoln, já foi Roosevelt. Espera-se que Barack Hussein Obama assuma a própria identidade e que ela seja maior do que a raça, a simpática família e a brilhante oratória. Nunca o mundo precisou tanto de um presidente nos Estados Unidos da América que vá muito além das palavras.

Exportações desabam.

A crise da economia mundial, aliada à escassez de crédito, acelerou de forma acentuada a queda das exportações brasileiras e acendeu um sinal de alerta na indústria e no governo. Entre agosto e dezembro do ano passado, 18 setores da economia, responsáveis por 76% das vendas externas, viram suas receitas de exportação encolher 30%, apesar da alta de 49% na cotação do dólar, revela estudo feito pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Em volume exportado, a queda ficou na casa de 20%.O movimento persistiu nos primeiros dias de 2009 e assustou o governo. Até a terceira semana de janeiro, o saldo da balança comercial apresentava déficit de US$ 390 milhões, fato que não ocorria no País desde janeiro de 2001. Na semana passada, até quinta-feira, o resultado acumulado havia piorado. A esperança é que o movimento desta última semana consiga compensar parte das perdas. Mas a possibilidade de janeiro terminar com déficit aumentou. Se isso ocorrer, o País vai romper uma série 93 meses de superávits consecutivos. "Foi um susto. Esperávamos um resultado ruim, um superávit pequeno, mas não um déficit já nas primeiras semanas do ano", destaca o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro. Leia mais aqui.

Devo não nego, pago quando puder.

Da Folha:

A crise atingiu em cheio o caixa das empresas. A inadimplência das pessoas jurídicas explodiu no final de 2008. A alta foi de 36,1% em dezembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo o indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Jurídica. Foi o maior aumento do índice registrado pela pesquisa desde que ela foi iniciada, em 1999.A velocidade da crise impressiona. De março a outubro, a taxa acumulada no ano era negativa, o que significa que a inadimplência das empresas estava em queda. Até outubro, a queda era de 0,3%. O ano fechou, no entanto, com um crescimento de 4,8%.Segundo o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, são dois os fatores que explicam essa alta recorde da inadimplência. Primeiro, a restrição ao crédito (aumento dos juros, maior seletividade nos empréstimos e prazos menores dos financiamentos). Segundo, a retração da atividade econômica."A crise bateu nas empresas com os juros altos, a falta de crédito e a queda na demanda", diz Almeida. Por consequência, o "spread" (diferença entre o custo de captação do crédito para o banco e a taxa cobrada dos clientes) deve demorar ainda mais para cair.A pesquisa já havia registrado a alta da inadimplência em novembro, quando o indicador subiu 28,2% em relação ao mesmo mês de 2007.As perspectivas não são nada favoráveis. A tendência é a inadimplência continuar em alta. No início do ano, as empresas arcam com aumento de despesas para pagamento de impostos, como IPTU e IPVA, e a receita cai. A crise deve ajudar a agravar esse quadro."A inadimplência deve continuar em alta", diz Almeida.A inadimplência dos consumidores também aumentou. Na semana passada, a Serasa Experian divulgou o indicador de inadimplência para pessoa física. O índice subiu 8% em 2008 em relação ao ano anterior, a maior variação desde 2006. Só em dezembro, o crescimento foi de 12,8%, ante o mesmo mês do ano passado.

Terroristas italianos vivem no Brasil.

Da Folha:

Antes de Cesare Battisti, outros quatro ex-comunistas italianos conseguiram refúgio no Brasil. Luciano Pessina, Achille Lollo, Pietro Mancini e Pasquale Valitutti foram beneficiados por decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) contra pedidos de extradição da Justiça da Itália ao longo de 15 anos.A Folha localizou três deles vivendo no Rio de Janeiro. No dia a dia dos antigos militantes, a política deixou de ser prioridade. E a ideologia, quando muito, serve apenas de pano de fundo para atividades essencialmente comerciais.Pietro Mancini, 60, ex-militante comunista, tem hoje uma produtora: a Studio Line-Baribrá, que recebeu R$ 1,5 milhão para fazer a campanha do deputado federal Fernando Gabeira (PV) para a Prefeitura do Rio em 2008.Naturalizado brasileiro, Mancini foi condenado na Itália por subversão e assassinato, crimes que ele nega ter cometido. "Pela lei, só poderei voltar em 2024", afirma.Segundo o produtor, que também é sociólogo, anistia é palavra proibida na Itália."Essa perseguição aos políticos dos anos 70 é muito poderosa. Fazem do ódio uma política permanente, realimentada", afirma. O caso de Mancini, em 2005, opôs os ministros do STF, que acabou classificando os crimes como "políticos".Achilles Lollo, 57, foi preso em 1993 a pedido da Itália, mas o Supremo também negou a extradição. Era acusado de duplo homicídio culposo, por causa de um incêndio de uma residência realizado pelo grupo Poder Operário.A pena de 18 anos de prisão foi extinta há quatro anos. No Brasil, Lollo flertou com o PT e o PSOL. Atualmente, dedica-se a elaborar documentários de conteúdo progressista.Produzida por ele, a película "Brasileiros em Cuba", por exemplo, inaugurou o cineclube da Casa da América Latina, núcleo que reúne no Rio militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), dos Círculos Bolivarianos e outros grupos de esquerda que atuam no Brasil."Tudo o que faço tem um conteúdo político. Já fiz revistas relacionadas com o PT e o PSOL. Hoje faço uma coisa mais individual, com liberdade. Mas há uma orientação de esquerda, progressista", afirma.Luciano Pessina, 60, ex-membro da Autonomia Operária, também conseguiu reverter sua extradição no Supremo, em 1996. A Itália o acusava de roubo e participação em grupo armado. De acordo com ele, a decisão do ministro Tarso Genro (Justiça) a favor de Cesare Battisti foi correta.Para Pessina, o clima de perseguição se dá por causa da "intransigência dos comunistas" e do "ódio dos católicos". "Eles incitam as famílias das vítimas a não perdoarem os crimes do passado, a não esquecer."No Rio, Pessina abriu o restaurante Osteria Dell'Angolo. Como os demais, é membro do Carp (Comitê de Assistência a Refugiados Político), grupo de caráter informal. Pessina conta que foi procurado por Battisti pouco antes de ser preso."Não sabíamos que ele estava no Brasil até que ele nos procurou, por meio de um conhecido, pedindo apoio logístico. A ideia era marcarmos um encontro, mas nunca ocorreu", afirma.O ex-militante lembra que o grupo de Battisti, o Proletários Armados pelo Comunismo, teve breve duração na Itália.A Folha não conseguiu localizar Pasquale Valitutti. De acordo com Lollo, Valitutti vive numa comunidade de anarquistas próxima ao município de Curitiba.
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Como informa a matéria, todos continuam fazendo a mesma coisa, apenas sem assassinar inocentes. Pelo menos que se tenha conhecimento. E vivem aqui com todo o apoio da esquerda brasileira.

É mesmo photoshop.

Conforme antecipado neste Blog em primeiríssima mão, em nível internacional, a foto de Fidel com Cristina Kirchner é uma montagem. Leia aqui.

O mico do gato.

Repercute lá fora o pagamento da Bolsa Família para o gato Billy. Acima, Lula e o gato, no portal espanhol 20 minutos.

O andróide da Casa Branca.

Diogo Mainardi, na Veja da semana:

O androide é acionado. É uma réplica exata de Abraham Lincoln, o presidente dos Estados Unidos, morto em 1865. Há uma grande expectativa por parte de seus idealizadores, donos de uma fábrica de instrumentos musicais de Idaho. Depois de alguns instantes, o androide abre a boca e pronuncia suas primeiras palavras. Um defeito elétrico permite que ele fale apenas de trás para a frente. Abraham Lincoln tem de ser consertado.
A passagem anterior é de We Can Build You, de Philip K. Dick. Qualquer romance que contenha um androide é um mau romance. Qualquer romance ambientado no futuro é um mau romance. Um mau romance – contendo um androide e ambientado no futuro – é o que melhor representa o presente.
O presente é ele: Barack Obama. A analogia com o romance de Philip K. Dick é simples. Desde que foi eleito, Barack Obama apropriou-se da imagem de Abraham Lincoln. Ele seguiu seus passos, apresentando-se despudoradamente como sua réplica. O mimetismo intensificou-se nas últimas semanas. A caminho de Washington, ele reproduziu a viagem de trem de Abraham Lincoln. Depois discursou no Lincoln Memorial. Depois usou a Bíblia do antigo presidente em seu juramento. No dia da posse, em seu primeiro discurso, ao contrário do androide de Philip K. Dick, Barack Obama evitou falar de trás para a frente (só Aretha Franklin, por causa de um defeito elétrico, cantou num patoá desconhecido), mas pronunciou vacuidades igualmente desprovidas de significado sobre o fim das ideologias, a economia de mercado, a regulamentação financeira, a energia alternativa e o terrorismo árabe.
O paralelo com Abraham Lincoln foi soprado pelos marqueteiros do próprio Barack Obama. A imprensa diligentemente tratou de espalhá-lo. É assim que trabalha a imprensa nos tempos de Barack Obama: ecoa a propaganda presidencial. A estratégia de associá-lo a Abraham Lincoln revela o aspecto mais aventureiro e caricaturesco da figura do presidente americano. Ele está para Abraham Lincoln assim como Hugo Chávez está para Simon Bolívar. Benito Mussolini sempre era comparado aos imperadores romanos. Ele compreendeu perfeitamente a utilidade de se agregar a um passado glorioso, organizando festividades como o bimilenário de Virgílio ou de Augusto (este último, depois da conquista da Etiópia). Num documentário americano de 1933, o narrador Lowell Thomas, embevecido por um de seus discursos, comenta: "O momento é solene: César renasce".
O androide de Abraham Lincoln oferece bons conselhos ao protagonista do romance de Philip K. Dick. Até o dia em que ele manifesta seu lado esquizoide, que o impede de agir, como o Abraham Lincoln original. Barack Obama não é um Abraham Lincoln. Ele é apenas seu simulacro com a fiação invertida.