E temos a declaração mais idiota do ano político.

Jorge Viana, do PT, na tribuna do Senado, afirmou que o Plano Real, lançado às vésperas da eleição de 1994, tinha como único objetivo eleger presidente Fernando Henrique Cardoso. "O plano não foi feito para dar certo, foi feito para Lula ser o perdedor". O irmão do Tião governador do Acre, que gosta mesmo é de helicópteros da Avibras, cunhou, hoje, a  declaração mais imbecil e idiota do ano político.

Índios dizimam PT em Roraima. Um belo exemplo para o Brasil.

Antes de Raposa Serra do Sol, o PT dava banho em Roraima. Depois de Raposa Serra do Sol, não há um só deputado estadual, federal ou vereador em Boa Vista do partido naquele estado destroçado. O governador é tucano. Dilma levou uma esfrega do Serra em 2010, assim como Lula já havia sido derrotado por Alckmin em 2006.
 
Este é o exemplo a ser seguido pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia, onde a FUNAI, sob a vista grossa da Dilma, está expropriando legítimas propriedades rurais, como fez em Roraima. Leia aqui o post do Questão Indígena.
 
E assista esta declaração de amor à Dilma, feita por um pequeno produtor rural, expulso da sua terra pelo PT do Gilberto Carvalho e do Paulo Maldos.
 

Reagir é preciso.

Com petistas, todo cuidado é pouco. O país assistiu, nos últimos dias, a uma tentativa escancarada de ataque à democracia. Enquanto artistas da esquerda caviar protestavam contra o pastor Feliciano, dando beijos uns nos outros, os "mensaleiros" da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tentavam usurpar o poder do STF à surdina. Montesquieu ficaria horrorizado com tanto descaso à divisão entre os poderes.

A autoria da proposta de emenda constitucional aprovada é de Nazareno Fonteles, deputado petista pelo Piauí. Não é sua primeira proposta absurda. Em 2004, ele apresentou um projeto de lei complementar que estabeleceria uma "poupança fraterna". Puro eufemismo: tratava-se de uma medida avançada rumo ao socialismo.

O artigo primeiro dizia: "Fica criado o Limite Máximo de Consumo, valor máximo que cada pessoa física residente no País poderá utilizar, mensalmente, para custear sua vida e as de seus dependentes." Acima desse valor arbitrário definido pelo governo, a renda seria confiscada para essa poupança compulsória coletiva. Uma bizarrice que nos remete ao modelo cubano.

É realmente espantoso que, em pleno século 21, ainda tenhamos que combater uma ideologia tão nefasta quanto o socialismo, que deixou um rastro de escravidão, morte e miséria por onde passou. Mas uma ala petista, com outros partidos da esquerda radical, ainda sonha com essa utopia assassina. Tanto que chegaram a assinar carta de apoio ao ditador coreano!

São os nossos "bolivarianos", que se inspiram no falecido Hugo Chávez, cujo "socialismo do século 21"é exatamente igual ao do século 20. Vide a militarização crescente imposta por Maduro, o herdeiro do caudilho venezuelano, assim como a inflação fora de controle e o aumento da violência. Socialismo sempre estará associado ao caos social e à opressão.

Países que já sofreram na pele com esse regime não querem mais saber de partidos ostentando tal ideologia. A Hungria, seguindo outros países do Leste Europeu, acaba de vetar símbolos nazistas e comunistas. Não há por que proibir a suástica e permitir a foice com o martelo. Ambos representam regimes assassinos, totalitários, antidemocráticos.

Se o socialismo é o mesmo de sempre, a tática para chegar a ele mudou. Hoje, os socialistas tentam destruir a democracia de dentro, ruindo seus pilares, mas mantendo as aparências. Eles aparelham toda a máquina estatal, infiltram-se em todos os lugares, e partem para uma verdadeira revolução cultural, sustentada pelo relativismo moral exacerbado.

Não existem mais valores objetivos, ninguém pode julgar nada, vale tudo, e quem discorda sofre de preconceito e é moralista. Com essa agenda politicamente correta, os socialistas modernos vão impondo uma mentalidade fascista que, em nome da "tolerância" e da "diversidade", não tolera divergência alguma.

Triste é ver que alguns homossexuais aderem a esse movimento, ignorando que o socialismo sempre perseguiu os gays. Chega a ser cômico ver o deputado Jean Wyllys usando boina no estilo Che Guevara, um facínora que achava que os gays tinham de ser "curados" em campo de trabalho forçado.

Como não temos uma oposição política organizada que valha o nome, resta como obstáculo a esse golpe bolivariano basicamente a força de quatro instituições: família, igreja, imprensa e Judiciário. Não por acaso são esses os principais alvos dos golpistas. Eles sempre menosprezam o núcleo familiar tradicional, atacam ou se infiltram nas igrejas (vide a Teologia da Libertação ou a própria CNBB), insistem no "controle social" da imprensa, e desejam diluir o poder do Ministério Público e do STF.

Há até mesmo uns dois ali que mais parecem petistas disfarçados de ministros. Não é exclusividade latino-americana tentar ir por esse caminho. Roosevelt tentou expandir a quantidade de ministros da Suprema Corte para diluir a oposição ao seu "New Deal", claramente inconstitucional. Mas as instituições americanas são mais resistentes e suportaram o golpe. Na América Latina, infelizmente, há terreno mais fértil para populistas autoritários.

Nesse ambiente, os defensores da liberdade e da democracia não podem cochilar jamais. É preciso tomar cuidado com as cortinas de fumaça criadas para esconder o jogo sujo dos bastidores. Foi marcante, por exemplo, a discrepância entre a reação histérica ao pastor Feliciano, e a postura negligente com os "mensaleiros" na CCJ. Estranhas prioridades.

Nossa liberdade corre sério perigo, e seus principais inimigos são os jacobinos disfarçados de democratas. Acorda, Brasil!
 
Artigo intitulado " O risco bolivariano", de Rodrigo Constantino, publicado hoje, em O Globo

Dilma se esconde no Dia do Trabalhador. Onde foi parar aquela enorme popularidade?

Presidenciáveis usarão as comemorações do 1º de Maio, amanhã, para fazer críticas à pauta trabalhista do governo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a ex-senadora Marina Silva já confirmaram presença em evento da Força Sindical, em São Paulo. Convidada para comemoração da CUT, também na capital paulista, a presidente Dilma Rousseff não irá - sindicalistas já disseram que a petista seria alvo de manifestantes. Ontem, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo tem "muito o que comemorar" no 1º de Maio. Ele representará Dilma nos eventos da CUT e da Força Sindical.

Brasil caminha para uma crise econômica: cai poupança, cai arrecadação, cai produção, inflação sobe e a Dilma não para de fazer gastos eleitoreiros.

A economia feita pelo governo federal para pagar os juros da dívida caiu 41% no primeiro trimestre, mas, diferentemente do discurso oficial, o relaxamento fiscal não foi puxado pela alta dos investimentos. No período, as despesas com investimentos tiveram alta nominal (sem descontar a inflação) de 7,4%, menos da metade do crescimento dos gastos com custeio e programas sociais e também bem abaixo da expansão dos gastos da Previdência. As despesas totais cresceram 11,5%.
 
A equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda) já anunciou que a meta do chamado superavit primário, fixada em R$ 108,9 bilhões para o governo federal, não será cumprida integralmente neste ano, mas justifica que a redução da economia ocorrerá em benefício dos investimentos, em um esforço para aumentar a capacidade de crescimento do país. O argumento é que a dívida pública está em um patamar considerado aceitável e faria sentido, nesse cenário, que o governo diminuísse sua economia.
 
De janeiro a março, o superavit foi de R$ 19,9 bilhões, ante R$ 33,8 bilhões no mesmo período de 2012. Em março, o saldo foi de apenas R$ 285,7 milhões, o pior resultado para o mês desde 2010. "Consolida-se uma rápida piora do quadro fiscal que já estava em franca deterioração desde o início de 2012", disse a economista-chefe da consultoria Rosenberg e Associados, Thaís Marzola, destacando o fraco desempenho das receitas e do investimento e o maior gasto com custeio.
 
As despesas totais com investimentos somaram R$ 16,8 bilhões no primeiro trimestre, segundo dados do governo que também levam em conta gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida. Desse valor, R$ 9,9 bilhões foram gastos com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com aumento de 10,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. No período, as despesas com o custeio da máquina pública e programas sociais aumentaram 15,5%, para R$ 59,3 bilhões.
 
ARRECADAÇÃO
Do lado das receitas, o fraco crescimento econômico e as desonerações promovidas pelo governo comprometeram a arrecadação do trimestre. Descontada a inflação, a arrecadação da Receita Federal caiu 0,48% no trimestre e 9,32% em março. Para a Receita, a arrecadação do trimestre foi influenciada principalmente por uma queda no pagamento do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). Em março, a receita com esses tributos caiu 25,4% na comparação com o mesmo mês em 2012.
 
Contribuiu também para a queda na arrecadação de janeiro a março o volume de desonerações tributárias. A renúncia fiscal em 2013 foi R$ 5 bilhões maior que no mesmo período de 2012.O secretário do Tesouro, Arno Augustin, admitiu o impacto negativo das desonerações na arrecadação, mas afirma que, no médio prazo, o efeito é positivo para as contas. "[As desonerações são] feitas com objetivo de melhorar a capacidade da economia de responder. Isso está acontecendo, portanto a receita tende a responder a isso."
 
INFLAÇÃO
O BC tem destacado que a redução da economia feita pelo governo contribui para pressionar a inflação, que já superou o teto da meta de 6,5% nos 12 meses até março. Quando o governo eleva seus gastos em custeio, aumenta a demanda por bens e serviços na economia sem contribuir diretamente para um aumento da oferta. (Folha de São Paulo)

MP paga diárias para promotores e procuradores protestarem contra PEC 37, que eles chamam de PEC da Impunidade.

O Ministério Público do Maranhão pagou diárias para promotores e procuradores que viajaram a Brasília para participar de um protesto da categoria contra a PEC 37, na quarta-feira da semana passada, no Congresso Nacional. Pelo menos 34 promotores e três procuradores, inclusive a procuradora-geral de Justiça Regina Rocha, receberam diárias que variam de R$ 690 a R$ 830, de acordo com os salários dos promotores e procuradores.
 
O valor de uma diária para viagens interestaduais corresponde a um dia de salário dos integrantes do Ministério Público. Promotores e procuradores estão se articulando desde o início do ano para impedir que a Câmara aprove a Emenda Constitucional 37, que exclui o Ministério Público das investigações criminais. Pela proposta do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), a competência para conduzir investigações desta natureza seria exclusiva das polícias civis e Federal. ( O Globo)

"Rede" com muito facebook, twitter e pouca assinatura.

Em vídeo divulgado ontem, a ex-senadora Marina Silva afirmou que a Rede Sustentabilidade conseguiu coletar cerca de 200 mil assinaturas de apoio para o registro do partido na Justiça Eleitoral --100 mil a menos que a meta estabelecida pela própria sigla para o fim de abril. Essa meta é parte de um cronograma definido pela Rede para que as 500 mil assinaturas exigidas sejam obtidas até junho. Por causa do tempo gasto pela Justiça Eleitoral no processo de registro, o prazo é visto como necessário para que o partido seja aprovado até outubro, e Marina possa disputar a Presidência em 2014 pela legenda. O deputado Walter Feldman, da Executiva provisória, diz que a meta inicial era bastante ousada e que novos apoios ainda serão contabilizados nos próximos dias. (Folha de São Paulo)

PT abre nova frente de ataque ao Judiciário.

Apesar do aparente clima de tranquilidade de ontem, o ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) começou a recolher assinaturas para mais um projeto que deve alimentar o clima de crise entre Legislativo e Judiciário. Ele quer apresentar proposta que impede ministros do STF de suspender, de forma isolada, projeto aprovado pelo Congresso. "Parece que um ministro tomou partido em relação a um debate que está sendo feita na Câmara e no Senado", justificou.
 
Vários integrantes do PT foram à tribuna da Câmara ontem para criticar Mendes e defender a proposta que reduz os poderes do Supremo. O ex-líder do PT na Casa Fernando Ferro (PT-PE) chamou o ministro de "capitão do mato". Autor da proposta de submeter decisões do Supremo ao Congresso, o deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) chamou o STF de "cortezinha" que faz "politicagem". (Folha Poder)

PT mensaleiro e aloprado ataca PMDB por distensão com STF.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) chamou nesta segunda-feira (29) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes de "capitão do mato". As declarações de Ferro foi a primeira de uma sequencia de discursos feitos por petistas no plenário a favor do projeto de Nazareno Fonteles (PT-PI), que tira poderes do Supremo. Os petistas também criticaram a liminar de Mendes que suspendeu a votação no Senado do projeto que cria barreiras para o surgimento de novas legendas. "Impedir o debate é censura, é uma postura de capitão do mato do ministro Gilmar Mendes que está desacostumado com democracia", disse Fernando Ferro da tribuna.
 
Minutos antes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disseram que não há "crise" entre os Poderes. A avaliação dos dois ocorreu após encontro na casa de Gilmar Mendes, em Brasília. Contrariando o discurso dos dois peemedebistas e seguindo a mesma linha de discurso de Fernando Ferro, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP) criticou os integrantes do STF. "Quem provoca a crise entre Poderes são ministros precipitados e afobados, que, em vez de tratarem a questão com a necessária cautela, saem assinando liminares e criando confusão", afirmou Berzoini no plenário.
 
 
O deputado também criticou a iniciativa de Henrique Eduardo Alves que pretende apresentar projeto para mudar as regras de votações de emendas constitucionais na Casa. A proposta do presidente da Câmara é que a votação seja sempre nominal, o que obriga o deputado a registrar o seu voto no momento da análise da proposta. "Lamentavelmente, dado o jogo político e a disputa, muitas vezes nós vemos parlamentares, inclusive dirigentes nesta Casa, que, na primeira ameaça do Poder Judiciário, se colocam de cabeça baixa e dizem até que vão mudar elementos de tramitação das PECs nesta Casa", afirmou o petista. (Folha Poder)

Demarcações indígenas: 3.000 produtores rurais vestem branco e protestam contra Dilma no MS.


Vestidos de branco, cerca de três mil produtores rurais de Mato Grosso do Sul e do Paraná se concentraram no Jockey Club de Campo Grande na manhã desta segunda-feira (29), durante passagem da presidenta da república Dilma Roussef à capital. Vindos de todos os municípios sul-mato-grossenses e também do interior paranaense, os produtores protestaram pedindo o fim das demarcações de terras e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações da Fundação Nacional do Índio (Funai).
No total, 284 automóveis e 32 ônibus trouxeram os produtores até a Capital, sendo que alguns deles foram detidos na entrada da cidade pela Polícia Rodoviária Federal e depois liberados. Na solenidade de entrega de 300 ônibus escolares, motivo da vinda da presidenta, os produtores se fizeram notar pedindo em coro “demarcação não” e “respeito à produção”.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Eduardo Riedel, entregou um documento em mãos à presidenta – tal como já feito anteriormente – com informações sobre o impacto econômico da criação de novas áreas indígenas pretendidas pela Funai e pedindo intervenção do Governo Federal para garantir a paz no campo.Os produtores prometem nova mobilização no próximo dia 8, em Brasília, quando a ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, foi convocada a comparecer em audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Câmara Federal.
A questão indígena é gravíssima no Mato Grosso do Sul. Há uma disputa sobre aproximadamente 3 milhões de hectares de terras férteis no estado e uma pretensão da FUNAI de confiscar outros 3,8 milhões de hectares, em função de 25 áreas que estão em estudo.
Estas disputas afetam diretamente: 21% da área do Estado; 28% da população; 25% do PIB; 37% das exportações; 22% dos empregos do Estado; 30% dos estabelecimentos agropecuários; 60% da cultura de soja; 65% da cultura de milho; 57% da cultura de arroz; 43% da cultura de cana-de-açúcar; 22% do rebanho bovino.

O céu é o limite para a politicagem da Dilma.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (29) que o governo irá subsidiar passagens em voos regionais para torná-los mais competitivos. "Vamos subsidiar assentos dos aviões para que se tornem competitivos", afirmou Dilma, durante cerimônia de entrega de ônibus escolares a prefeitos em Campo Grande (MS). "Nós pagamos a diferença entre a passagem de ônibus e o preço médio da passagem de aviação. Para aviões regionais nós vamos bancar." A presidente disse também que serão investidos R$ 201 milhões em oito aeroportos regionais no Mato Grosso do Sul.
 
A presidente foi vaiada diversas vezes no evento por produtores rurais que protestavam contra o sistema atual de demarcação de terras indígenas. Dilma chegou a interromper o discurso para falar com os manifestantes. "Eu acho bom vocês gritarem. Democracia é isso. Só deixem eu concluir", afirmou. A petista também cometeu uma gafe e trocou Mato Grosso por Mato Grosso do Sul. Ao ser vaiada, pediu desculpas e se corrigiu. "Vocês me desculpem. Mato Grosso do Sul sempre vai me lembrar de Bonito", prosseguiu. Ela já havia feito a mesma confusão em 2005, quando era ministra de Minas e Energia, em Sidrolândia (MS). (Folha Poder)
 
 
Levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), realizado em outubro de 2012, mostrou que Mato Grosso do Sul tem 62,7% das principais rodovias em situação regular, ruim ou péssima. À época, eram necessários R$ 4 bilhões para recuperar a malha rodoviária do estado. Mas para Dilma, o negócio é aeroporto e avião. É muita demagogia.

2014, uma eleição para falar de futuro.

Hoje Aécio Neves (PSDB-MG) faz uma crítica a diversos momentos em que o PT foi contra o país, contra a democracia, contra as instituições, em sua coluna na Folha. Tem toda a razão, só que não gruda. O PT é um partido extremamente mentiroso e tem um segredo, que o coloca léguas à frente da oposição: as mentiras combinadas e acordadas são transformadas em verdades por 100% dos membros e da militância. O PT sabe fechar questão na mentira, na desqualificação, na destruição de biografias. Já na oposição, especialmente no tucanato, cada um tem um discurso. Exemplo?  O candidato a presidente ainda acha cedo para ser candidato, mas o presidente do partido insiste em que ele deve ser lançado o mais rápido possível. Será que é tão difícil uma conversa a dois e uma estratégia comum? O PSDB não perdeu as últimas três eleições porque abandonou o seu legado, como muitos ainda insistem. Isto é uma imensa bobagem. O PSDB foi derrotado porque não soube vender um país melhor para o futuro. O PSDB ficou hipnotizado pela própria obra.  Ocorre que depois que os tucanos saíram do poder, o mundo melhorou um bocado. Internet, carro mil, celular, inflação sob controle, orkut, facebook, TV a cabo, redução de tarifas aéreas, aumento da produção agrícola, comida mais barata, globalização, etc.etc.etc. Todas estas coisas foram apropriadas pelo partido que está no governo, como se fossem suas. Nós abrimos a telefonia. E eles respondem: nós criamos o celular de cartão, que tira foto para o face e bota seu vídeo no youtube. O PSDB tem que deixar de ser um partido analógico, um partideco dos tempos do Plano Real, como se aquela longinqua e incompreensível mudança na economia fosse a última coca-cola do deserto. Insisto e repito: mais de 50% do eleitorado não tem a mínima idéia e nunca terá desse tal legado tucano. O eleitor está cagando e andando para o fato do PT ter sido contra isso ou aquilo, o eleitor quer saber se ele vai acordar num futuro melhor, amanhã de manhã, à primeira hora. Vai ter ônibus e metrô melhor? Vai ganhar mais no emprego? Vai conseguir pagar os seus carnês com mais facilidades? É hora de parar com esta prepotência e arrogância de discutir o Brasil como se fossem deuses. Não é FHC? É hora de discutir o brasileiro, seus sonhos, seus pesadelos. É hora de falar com as pessoas. São elas que votam e elegem um Presidente da República. É claro que a vida do brasileiro melhorou nos últimos dez anos, assim como melhorou a vida dos jamaicanos, dos senegaleses, dos bolivianos. Não foi o PT que fez isso. Foi a Humanidade que avançou. As pessoas percebem isso. E quem quiser ganhar eleição, tem que entender, de uma vez por todas, que gente é tocada pelo futuro, não pelo passado.

Recordar é reler.

No dia 25 de abril, este blog publicava o seguinte post:

Mandato de cinco anos pode unir Aécio e Campos contra Dilma. Qual o problema para os dois jovens adversários de Dilma Rousseff? Ambos querem tentar a eleição em 2014, se possível para ganhar, mas também de olho em 2018, que marcará, aí com certeza, o fim da era PT. Com um mandato de cinco anos sem reeleição valendo agora, pode haver um acordo entre Eduardo Campos e Aécio Neves. Um deles candidatar-se-ia à presidência, o outro sairia como vice em 2014. Em caso de vitória, o vice viraria o sucessor, depois de cinco anos. Em caso de derrota, o vice ocuparia a cabeça de chapa em 2019, com o outro de vice. Faz sentido?
 
Hoje o Painel da Folha publica duas notas sobre o tema:
 
Subtexto 1 A defesa que Aécio Neves fez do mandato de cinco anos sem reeleição, de pronto subscrita por Eduardo Campos, é vista por petistas e peemedebistas como a senha para acordo entre os dois em eventual segundo turno contra Dilma.
 
Subtexto 2 Como são políticos da mesma geração, Aécio e o governador de Pernambuco estariam, assim, demonstrando disposição de que, se um deles for eleito num pacto PSDB-PSB, cederá espaço ao outro em 2018.

Corrupção galopa no governo petista: CGU alerta para uma média de 123 fraudes por dia, mas não fiscaliza.

Dos 45 mil alertas registrados pela CGU em 2012, 78% se relacionavam a compras do governo. O restante se dividiu em terceirização (13%) e cartões corporativos (9%).  Não há por parte do governo, contudo, um acompanhamento centralizado dos alertas, enviado aos gestores de cada área afetada.
 
O sinal amarelo da corrupção dentro do governo acendeu 45 mil vezes só no ano passado, segundo o relatório de gestão concluído em março pela CGU (Controladoria-Geral da União), principal órgão de controle federal. A marca é 21,6% maior que os 37 mil alertas de transações atípicas contabilizados em 2010 pela CGU ao monitorar licitações públicas, gastos com cartões, diárias e passagens, além de terceirização na esfera federal.
 
Para o secretário-executivo da CGU, Carlos Higino Ribeiro de Alencar, o aumento está mais relacionado os novos mecanismos de controle. "Estamos cada vez mais cruzando dados e informações", disse, comparando o trabalho feito com o das operadoras de cartão de crédito, capazes de identificar padrões e desvios de gastos.
 
Os alertas das despesas do governo federal se enquadram em 40 tipos de possíveis casos de fraudes e irregularidades com recursos públicos que, para a CGU, merecem ser averiguados. Entre elas, estão vínculo societário entre licitantes, pregões nos quais a melhor proposta não venceu, gastos acima de R$ 200 com combustível ou de R$ 1.500 com cartão e servidor demitido que vira terceirizado. Alencar afirma que, dependendo da "trilha", é possível identificar facilmente fraudes como pagamento de pensões e aposentadorias a pessoas mortas ou casos de má gestão como compras de passagens mais caras feitas às vésperas de uma viagem.
 
O uso de cartões corporativos nos fins de semana também podem se confirmar como ato irregular. Um dos alertas da CGU foi o da compra de um equipamento para uma nova rede de computadores de uma agência de regulação. A empresa vencedora ofereceu R$ 17,9 mil, desbancando propostas de R$ 9.700, R$ 9.800 e R$ 11,1 mil. As três foram desclassificadas por não atenderem a todos os requisitos da licitação. Segundo Higino, é comum empresas não qualificadas oferecerem preços mais baixos para desestimular concorrentes e garantir a vitória de uma associada. (Folha de São Paulo)

Rose do Lula chama 21 testemunhas. CGU tenta blindar o governo.

A defesa de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo, vai questionar a Controladoria-Geral da União (CGU) sobre por que deve antecipar as perguntas que serão feitas às suas testemunhas em processo administrativo movido pelo órgão. Segundo o advogado Fábio Medina, o órgão também exigiu que a defesa justifique, de forma individualizada, a inscrição das 21 testemunhas. Entre elas está o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência).A defesa quer saber se o pedido é praxe ou se foi formulado só no caso de Rosemary.
 
O Código de Processo Penal, usado como analogia nos processos administrativos, prevê a convocação de oito testemunhas. A Folha não conseguiu localizar a assessoria da CGU, mas apurou com servidores que o órgão costuma pedir justificativas quando o número de testemunhas supera esse limite. O processo contra Rosemary, íntima do ex-presidente Lula, foi aberto após a Polícia Federal e o Ministério Público a acusarem de envolvimento com esquema de venda de pareceres públicos. (Folha de São Paulo)

Democracia sob ataque: PT criou comissão na Câmara para enfraquecer Judiciário.

Em constante queda de braço com o Supremo Tribunal Federal, o Congresso prepara para outubro um pacote de medidas que tem como um dos objetivos limitar o campo de atuação do Judiciário e do Ministério Público A tarefa cabe à Comissão Especial de Aprimoramento das Instituições Brasileiras, gestada pela cúpula petista.
 
A comissão foi criada pelo ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) --atendendo a requerimento do então líder do PT e hoje secretário-geral do partido, Paulo Teixeira (PT-SP)-- em julho passado, às vésperas do julgamento do mensalão. Foi instalada em novembro, após as eleições e a condenação de petistas acusados de envolvimento no esquema.
 
Eleito em fevereiro, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se reuniu naquele mês com o comando da comissão e delegou ao presidente e ao relator a missão de apresentar, no aniversário dos 25 anos da Constituição, projeto que delimite o terreno do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. "Ele nos disse que era muito importante um projeto que colocasse um marco para essas tensões e estabelecesse protocolos de relacionamento entre os Poderes", disse o presidente da comissão, Saraiva Felipe (PMDB-MG).
 
A fixação de "limites e competências dos Poderes" é, para o relator Rogério Carvalho (PT-SE), "debate central" da comissão. Sua intenção é fortalecer os Poderes eleitos (governo e parlamentares), sob o argumento de que o julgamento das urnas inibe a formação de "instituições absolutistas". Para ele, a concentração de prerrogativas no Judiciário cria "um desequilíbrio entre poderes". Segundo o petista, há hoje cerca de mil projetos tramitando no Congresso, estabelecendo regras de funcionamentos entre os Poderes.
 
Ele diz que uma das possibilidades é incorporar o projeto do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) aprovado em uma comissão da Câmara. O presidente da Câmara, porém, é contra esse projeto, que foi o estopim da recente crise com o Supremo. A comissão também quer analisar a proposta que cria mandatos para futuros ministros de tribunais superiores --hoje o cargo é vitalício. Outra questão que a comissão vai analisar é a do Ministério Público. "Se há risco de formação de instituições com caráter absolutista, temos que rever as bases que dão margem para isso", disse Carvalho. (Folha de São Paulo)

Se Dilma e o governador tivessem vergonha na cara, a frase seria: "comprado com o seu dinheiro".

A presidente Dilma Rousseff vai a Campo Grande (MS) hoje em viagem descrita por petistas como um "puxão de orelha" no governador e neoaliado André Puccinelli. Dilma participará da cerimônia de entrega de ônibus escolares do programa "Caminho da Escola" que, ao chegarem no Estado, tiveram os símbolos da gestão federal trocados pelas marcas do governo Puccinelli (PMDB). Os veículos receberam adesivos com a frase: "Doado pelo governo do Estado de MS".
 
PT e PMDB são adversários no plano local, mas Puccinelli, que em 2010 apoiou José Serra (PSDB), anunciou que vai dar palanque à presidente em 2014. O Ministério da Educação afirmou que "nenhum ente federado tem autorização para alterar a caracterização visual dos veículos". Avisada do caso, Dilma marcou a visita ao Estado.
 
O governo estadual diz que a ocultação da marca federal ocorreu em apenas alguns dos 300 ônibus, por erro da empresa que colou adesivos. Os veículos já foram modificados e exibem os símbolos da gestão Dilma. Mantiveram, porém, a frase "cedido pelo governo do Estado" --pois, segundo a administração, o Estado repassará os ônibus às prefeituras. O MEC diz que isso é permitido.(Folha de São Paulo)

Nazareno, o petista da PEC 33, que triplicou o patrimônio em dois anos, queria limitar por lei o gasto por família. Deveria começar pela dele.

No post abaixo, mostramos que Nazareno do PT, aquele que quer cercear o Poder Judiciário, triplicou o seu patrimônio em dois anos, sem vender, mas comprando imóveis, carros e ainda botando dinheiro no banco. Agora vejam que interessante. Ele aumentou o patrimônio em mais de R$ 400.000 em dois anos, mas um dia fez um projeto de lei determinando um limite mínimo para o consumo de uma família brasileira. Leiam, abaixo, o projeto do Nazareno do PT.
 
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº , DE 2004
 
Estabelece o Limite Máximo de Consumo, a Poupança Fraterna e dá outras providências
 
O Congresso Nacional decreta:
 
Art. 1º Fica criado o Limite Máximo de Consumo, valor máximo que cada pessoa física residente no País poderá utilizar, mensalmente, para custear sua vida e as de seus dependentes.
 
§ 1º O Limite Máximo de Consumo fica definido como dez vezes o valor da renda per capita nacional, mensal, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em relação ao ano anterior.
 
Art. 2º Por um período de sete anos, a partir do dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao da publicação desta Lei, toda pessoa física brasileira, residente ou não no País, e todo estrangeiro residente no Brasil, só poderá dispor, mensalmente, para custear sua vida e a de seus dependentes, de um valor menor ou igual ao Limite Máximo de Consumo.
 
Art. 3º A parcela dos rendimentos recebidos por pessoas físicas, inclusive os que estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva, excedente ao Limite Máximo de Consumo será depositada, mensalmente, a título de empréstimo compulsório, em uma conta especial de caderneta de poupança, em nome do depositante, denominada Poupança Fraterna.
 
§ 1º A critério do depositante, sua Poupança Fraterna poderá ser depositada no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal, podendo ser livremente movimentada, pelo seu titular, entre estas duas instituições financeiras, as quais desenvolverão seus melhores esforços para assegurar a correta e eficiente aplicação dos recursos assim captados.
 
§ 2º Qualquer pessoa, independente do seu nível de renda, poderá abrir uma conta de Poupança Fraterna.
 
§ 3º Caberá à fonte pagadora reter o valor a que se refere o caput deste artigo, realizando o depósito na Poupança Fraterna, em nome do poupador, no mesmo dia da realização do pagamento ao beneficiário.
 
I – A retenção do valor excedente ao Limite Máximo de Consumo, sem a realização do correspondente depósito na Poupança Fraterna, implicará multa equivalente a duas vezes o valor retido, além de juros de mora.
 
§ 4º As pessoas físicas que auferirem rendimentos de mais de uma fonte deverão, até o quinto dia útil do mês seguinte ao do recebimento, realizar o depósito do valor dos seus rendimentos, excedente Ao Limite Máximo de Consumo, na Poupança Fraterna.
 
I – a não-realização do depósito na Poupança Fraterna, ou sua realização em valor inferior ao determinado no art. 3º desta Lei, por período superior a trinta dias, implicarão a automática e imediata inserção do retentor no cadastro da dívida ativa da União, pelo valor correspondente a duas vezes a diferença entre o valor depositado e o valor devido.
 
A "bobajada" deste cretino segue aqui, por várias páginas...

Nazareno, o petista da PEC 33, triplicou o patrimônio em dois anos.

José Nazareno Cardeal Fonteles, o deputado petista e piauisense da PEC 33, aquela que quer botar o STF de joelhos diante dos mensaleiros da CCJ da Câmara, é um fenômeno nas finanças. Triplicou o seu patrimônio entre 2008 e 2010, segundo as suas declarações patrimoniais depositadas no Tribunal Superior Eleitoral.
 
Em 2008, quando foi candidato a prefeito de Teresina, com o apoio de Lula, sofrendo uma fragorosa derrota para o PSDB no primeiro turno, Nazareno declarou um patrimônio de pouco mais de R$ 200 mil, conforme abaixo.
 
Em 2010, quando não foi reeleito deputado federal, ficando como suplente, a sua declaração de bens triplicou. Nazareno comprou apartamento no Piaiuí por uma pechincha de R$ 90.000, na Visconde da Parnaíba, em Teresina, onde os imóveis giram em torno de R$ 250.000. O mais incrível é que Nazareno também achou outra barbada em Fortaleza, onde comprou um apartamento por apenas R$ 50.000, na Rua Maruoca, na Varjota. Além disso, ainda sobrou dinheiro para aplicar uns R$ 240.000. Veja abaixo:
 
Se alguém de Teresina e de Fortaleza quiser ver onde ficam os novos apartamentos do Nazareno da PEC 33, basta dar um pulinho lá e confirmar. Se o preço for esse mesmo que ele declarou, reserva um em cada lugar para o Corona. Quero ter o prazer de ser vizinho deste gênio das finanças, o Nazareno.

STF vai botar ordem nas Casas.

Ministros do Supremo Tribunal Federal articulam uma resposta categórica e institucional contra a aprovação pela Câmara da proposta de emenda constitucional que diminui o poder da Corte. O porta-voz da reação do Supremo será o decano do tribunal, ministro Celso de Mello, que fará um pronunciamento durante a semana questionando os efeitos da chamada PEC 33.
 
Até o momento, os ministros deram respostas separadas e desarticuladas contra a aprovação da proposta pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que dá aos parlamentares a prerrogativa de rever decisões do Supremo nos casos de ações de inconstitucionalidade e súmulas vinculantes. Com a reação enfática que pretendem dar, os ministros esperam que a proposta seja definitivamente engavetada e que a ofensiva blinde a Corte de novas investidas.
 
Relator do mandado de segurança contra a tramitação da PEC, o ministro Dias Toffoli ouviu de colegas a ponderação para que leve o processo o mais rápido possível a julgamento para que essa resposta pública seja dada. Na sexta-feira, o ministro estabeleceu prazo de três dias para que a Câmara dê explicações sobre a proposta.Os ministros já deram o tom de como será a reação em declarações logo após a aprovação do projeto.
 
Durante a semana, o ministro Gilmar Mendes afirmou que seria melhor fechar o Supremo se a proposta fosse aprovada pelo Congresso. Marco Aurélio Mello afirmou que a votação soava como retaliação. O presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, afirmou um dia depois da aprovação que a PEC fragilizaria a democracia.
 
Retaliações. Para além das declarações, a decisão do ministro Gilmar Mendes de congelar a tramitação, no Senado, do projeto que inibe a criação de partidos políticos também soou como retaliação ao Congresso entre parlamentares e ministros do STF. A liminar foi concedida no mesmo dia em que a CCJ da Câmara aprovou a PEC.
 
Gilmar Mendes avisou aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que concedera a liminar contra a tramitação do projeto logo depois de assiná-la. Mesmo que a liminar seja derrubada, a decisão serviu de recado.Mendes chegou a conversar pessoalmente com o presidente da Câmara sobre o assunto e discutiu a relação entre os dois Poderes. Nesta segunda, Alves deve voltar ao Supremo para uma nova conversa.As reações dos ministros do tribunal já haviam provocado um primeiro efeito. Alves anunciou que não instalaria imediatamente a comissão especial destinada a dar seguimento à tramitação da PEC.
 
Na opinião de ministros do STF, o Congresso já passou recibo com o recuo do presidente da Câmara.Na quinta-feira, um dia após a decisão de Gilmar Mendes, Renan Calheiros convocou para um almoço senadores e consultores de confiança para avaliar a decisão a se tomar. Na conversa, os presentes aventaram uma série de respostas a dar ao Supremo. A mais drástica, descartada pelo presidente do Senado, era simplesmente ignorar a decisão de Gilmar Mendes. Outra era apresentar recurso ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Venceu a posição do agravo regimental, recurso preparado pelo advogado-geral do Senado, Alberto Cascais.
 
Aliados dizem que Renan Calheiros tem buscado adotar um tom conciliador com a cúpula do Judiciário por motivos pessoais. Pouco antes de retomar o comando do Senado, em fevereiro, ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato pelas acusações que o levaram a renunciar à Presidência da Casa em 2007. Segundo o Ministério Público, ele forjou documentos para justificar que tinha patrimônio e não precisaria recorrer a um lobista de empreiteira para arcar com as despesas pessoais.
 
Na opinião de um senador da confiança de Renan, o presidente do Senado deu declarações na quinta-feira no limite do que podia - quando classificou a decisão de Gilmar Mendes como uma "invasão" no Legislativo. A pressão por responder ao Supremo, dizem parlamentares, tem sido maior entre os deputados. As críticas de parlamentares à atuação do Judiciário e do Ministério Público são recorrentes. Recentemente, dois integrantes da base do governo estiveram no Supremo e levaram as reclamações a ministros da Corte.
 
O inconformismo se volta especialmente contra julgamentos da Justiça Eleitoral, contra ações que consideram políticas do Ministério Público e contra decisões do Supremo em temas controversos, como casamento homossexual e aborto de fetos anencefálicos. Em alguns julgamentos recentes, os ministros do Supremo fizeram um mea culpa. Foi o caso, por exemplo, da decisão do ministro Luiz Fux de impedir a votação, no Congresso, dos vetos à nova distribuição de royalties do petróleo.
 
Ministros admitiram ser um erro o tribunal, por meio de liminares, interferir na pauta do Congresso.Mas esses ministros lembraram aos parlamentares que cabe a eles mudar a legislação para coibir eventuais abusos. Para isso, não precisam atacar poderes do Supremo ou esvaziar os poderes de investigação do Ministério Público. (Estadão)

Erenice Guerra vira "consultora", seguindo os passos de Palocci e Zé Dirceu.

Em meio a denúncias de tráfico de influência no governo, onde colocava a parentalha a extorquir empresas, Lula demitiu a chefe da Casa Civil Erenice Guerra, em setembro de 2010, temendo que o escândalo afetasse a candidatura Dilma.

Pouco mais de dois anos e meio após ser demitida da Casa Civil em meio a denúncias de tráfico de influência, a ex-ministra Erenice Guerra tem defendido interesses de grandes multinacionais que buscam conquistar negócios junto ao governo federal, inclusive em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O escritório Guerra Advogados, do qual é sócia, está representando empresas do setor de energia. Erenice era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia quando a presidente Dilma Rousseff era titular da pasta.
 
Ex-braço-direito de Dilma, de quem foi secretária-executiva na Casa Civil no governo Lula, Erenice assumiu o comando da pasta quando a petista saiu para disputar a Presidência em 2010. A ex-ministra foi prestigiada pela antiga chefe mesmo após ser defenestrada do governo Lula. Erenice estava na ala dos convidados especiais do Palácio do Planalto na cerimônia de transmissão da faixa presidencial de Lula para Dilma. Também foi à festa da posse no Palácio do Itamaraty.
 
Com experiência na administração pública e uma rede de contatos no governo federal, Erenice foi contratada, por meio de seu escritório, pela multinacional Isolux Corsán, com sede na Espanha. Ela atua, por exemplo, em processo administrativo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para rever as condições da concessão de trecho de linhas de transmissão de Tucuruí, sob controle da empresa espanhola.
 
A Isolux afirmou que contratou o Guerra Advogados e outros dois escritórios de advocacia de Brasília “com atuação administrativa junto à Aneel, para a discussão e o encontro de soluções em relação ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de linhas de transmissão — Linhão de Tucuruí.” Área que Erenice conhece profundamente.
 
Na França, está o controlador de outro megaempreendimento do setor elétrico com a participação de Erenice, segundo fontes credenciadas do setor. A ex-ministra atua na disputa de bilhões de reais entre as usinas de Jirau e Santo Antônio pela alteração do nível do Rio Madeira, duas obras do PAC. Ela, segundo essas fontes, presta consultoria para a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), que administra Jirau. A ESBR, que é controlada em 60% de suas ações pela francesa GDF Suez, disse que não se pronuncia sobre o tema da reportagem.
 
Segundo políticos que atuam na área de energia, Erenice está intermediando a negociação para venda de ativos da Petrobras na Argentina. E trabalhando para o grupo argentino Indalo, que fez uma oferta de compra. Procurado, o grupo Indalo não se manifestou. Já a Petrobras disse, em um primeiro momento, que não comentaria o assunto. Duas horas e meia depois, informou desconhecer qualquer ligação de Erenice com o grupo Indalo e esse tema.Erenice não retornou as ligações do GLOBO. Nenhuma das empresas citadas negou relação com ela ou com o escritório dela quando procuradas.
 
No meio político, chamou atenção a passagem de Erenice por Fortaleza, no início de abril, na mesma data em que a presidente Dilma cumpria agenda oficial na cidade. Mas não há informação de que as duas tenham se encontrado. A presidente passou poucas horas na cidade, em eventos públicos. Na ocasião, a ex-ministra teve uma audiência com o vice-governador do Ceará, Domingos Filho (PMDB).
 
Segundo o vice-governador, Erenice pediu o encontro como consultora de uma empresa chamada Brasil Solar. Posteriormente, ao checar a sua agenda, a assessoria de Domingos Filho afirmou que, na verdade, a ex-ministra marcou audiência como consultora da Solar Technics, subsidiária do grupo GDF Suez, o mesmo da usina de Jirau. A empresa trabalha com instalação e financiamento de grandes sistemas industriais de produção de energia solar. — Ela queria saber da política energética do estado. O Ceará é o único polo no Brasil de produção de energia solar. Várias empresas nos procuram para conhecer o projeto — disse o vice-governador ao GLOBO.
 
O governo do Ceará criou o Fundo de Incentivo à Energia Solar (Fies), para atrair investimentos nesse setor. A mulher de Domingos Filho, Patrícia Aguiar, é prefeita de Tauá, localizada em uma região que, segundo estudo, concentra a maior radiação solar do país. Em Tauá está localizado um projeto de produção de energia solar do empresário Eike Batista.
 
Advogada, ex-funcionária pública com carreira na Eletronorte, de onde se desligou no auge do escândalo, Erenice tem atuado basicamente na área de energia, segundo informações obtidas nas duas últimas semanas com diferentes fontes do governo e da iniciativa privada.
 
O nome de Erenice é citado em esquema de fraude do programa Minha Casa Minha Vida, do Ministério das Cidades, como O GLOBO informou no dia 14. Em ação judicial, Fernando Lopes Borges, ex-sócio da RCA, empresa no centro do caso, diz, sem apresentar provas, que o desvio de recursos teria começado com Erenice. Ela teria articulado a entrada de bancos privados na operação do programa habitacional em pequenos municípios. Segundo o denunciante, ela teria direito a R$ 200 por casa construída.
 
Erenice é filiada ao PT desde 1981. Trabalhou no governo de Cristovam Buarque (na época no PT) no Distrito Federal e na assessoria da bancada do partido na Câmara, onde produzia pareceres técnicos na área de energia. No final de 2002, na equipe de transição, passou a atuar na área de infraestrutura, onde conheceu Dilma.(O Globo)

Nazareno tem outra PEC contra o Judiciário.

Nazareno PEC 33, o pau mandado sem mandato do PT, tem outra PEC contra o Judiciário. Altera dispositivos da Constituição Federal, dispondo sobre a forma de escolha e a fixação de mandato de sete anos para Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Contas da União e dos Estados. Leia aqui.

Nazareno, pau mandado sem mandato.

 
O deputado federal José Nazareno Cardeal Fonteles é do PT do Piauí e é membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Corrigindo: Nazareno Cardeal não é deputado federal eleito pelo PT e nem membro da CCJ. É suplente de deputado federal no Piauí, onde lhe faltaram muitos, mas muitos votos para que fosse eleito. Fez 45.000 e o último eleito do seu partido fez 70.000 votos. Também é suplente de José Mentor(PT-SP), o velho e conhecido Mentor, na CCJ. Na verdade, Nazareno Cardeal está na Câmara por acaso, pois não tem voto para tal. Mas como no PT nada é por acaso, João Paulo Cunha (mensaleiro condenado), José Genoino (mensaleiro condenado) e Décio Lima ( protetor da ONG da Lurian, aquela que fez sumir dinheiro da Fome Zero), estão usando o Nazareno Cardeal, que não tem mandato, para fazer o servicinho sujo da PEC 33, que pretende submeter o Judiciário ao Legislativo. Hoje o Nazareno Cardeal pediu a intervenção das Forças Armadas e a prisão dos ministros do STF. Uma manifestação de pau mandado, sem mandato, mas sob medida para esta corja que tomou conta do Partido dos Trabalhadores.

(Publicado originalmente no sábado, às 22:45)

Tarso Genro, o governador-bomba, está na Palestina para fazer negócios que só ele acha que existem.

Em 2012, o Brasil exportou pouco mais de U$ 22 milhões de dólares e importou a ridícula quantia de U$ 880 mil da Palestina. No entanto,Tarso Genro, o genial governador  gaúcho, vê enorme potencial de intercâmbio econômico com aquele não país.
 
O crescimento econômico do território palestino é insustentável porque é altamente dependente de ajuda externa, avaliou o Banco Mundial, em relatório divulgado em julho passado. Nas duas últimas décadas, países doaram bilhões de dólares. O autor do estudo, John Nasir, disse que a Autoridade Palestino fez progressos significativos para fortalecer a estabilidade da região, "mas a economia atualmente não é forte o suficiente para suportar um [possível] Estado".
 
Agora leiam o press-release do governo do Estado do Rio Grande do Sul, sobre a viagem que Tarso Genro está fazendo pela região:
 
Parceria para troca de informações em políticas públicas e em áreas como promoção comercial, educação, direitos humanos, saúde e agricultura. Essa é a síntese de um plano de trabalho do Rio Grande do Sul com a Palestina que começou a ser efetivado neste sábado após uma série de agendas da missão do Governo do Estado em Ramallah.
 
As linhas gerais do plano - que começou a ser elaborado em agendas anteriores - foram tratadas logo pela manhã em reunião com o embaixador Paulo França, no escritório de representação do Brasil na Palestina, onde diversos temas foram levantados. "Temos vários pontos de contato entre a economia gaúcha e a economia daqui. Vamos elaborar esse plano a partir dos acordos já existentes, tendo a embaixada como centro coordenador desse processo", disse o governador Tarso Genro.
 
Um dos pontos de destaque foi a educação. "Há uma janela de oportunidades na área do ensino na Palestina, que tem universidades de alta qualidade, mas que ainda tem muito a crescer", ressaltou França. Já Tarso lembrou das tradicionais instituições gaúchas de ensino superior, além da Rede Escola de Governo, da Uergs, e dos polos tecnológicos.
 
OliviculturaA experiência milenar Palestina na olivicultura e sua vinculação direta com a agricultura familiar é um dos temas de maior convergência. "Podemos trocar as nossas experiências na área do cooperativismo e o nosso acúmulo técnico, através da Emater, além de discutir a possibilidade da comercialização do azeite de oliva nas prateleiras dos supermercados do RS", disse o governador. Aproximadamente 80% das áreas cultiváveis da Cisjordânia tem produção de oliva em maior ou menor escala.
 
As estratégias de cooperação conjunta foram debatidas nas reuniões seguintes da missão. Primeiro, no encontro com o ministro da Economia, Jawad Wadji, e após com a governadora de Ramallah, Laila Ghannam. Wadji entregou ao governador Tarso Genro o Summary of Projects 2013 -2015 (Sumário de Projetos), com as projetos prioritários para crescimento da economia palestina nos próximos três anos.

Para Aécio, Renan e Alves vão bater na porta errada.

O senador Aécio Neves (PSDB) fez coro com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e afirmou, na tarde deste sábado (28), que é o Poder Executivo, e não o Judiciário, que interfere na autonomia do Legislativo. O tucano disse que as medidas provisórias do Executivo "impedem o Congresso de legislar" e que existe uma "submissão absoluta da Casa às vontades do poder central".
 
No dia anterior, Mendes rebateu acusações de que a corte invadia atribuições do Congresso dizendo que uma "eventual usurpação" partia do Executivo. A fala foi uma resposta às críticas de que o houve "intromissão" do STF na pauta legislativa após Mendes conceder liminar que paralisou a tramitação de projeto que dificulta a criação de novos partidos.
 
"Li agora cedo nos jornais que o presidente da Câmara e o presidente do Senado pretendem visitar o STF para garantir a autonomia do Poder Legislativo. Quero dizer que eles acertaram de praça, mas estão errando de prédio. Sugiro que eles atravessem a Praça dos Três Poderes, se querem mesmo garantir a autonomia do Poder Legislativo, e subam a rampa do Planalto", afirmou.
 
O tucano completou dizendo que os peemedebistas devem dizer a presidente Dilma Rousseff que "o Congresso Nacional não aceita mais essa enxurrada de medidas provisórias que vem impedindo o Congresso de legislar e essa submissão absoluta da Casa hoje às vontades do poder central."Aécio, que participou do Congresso Estadual do PSDB-MG, em Belo Horizonte, afirmou ainda que quem "fragiliza" e "submete a constrangimentos" o Legislativo são "aqueles que aceitam a imposição da vontade do governo central". "Infelizmente, apoiado por uma ampla maioria, o Poder Legislativo vem se transformando em uma extensão do Palácio do Planalto", afirmou.
 
DESENTENDIMENTO
A tensão entre o Legislativo e o Judiciário teve início depois que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou projeto que submete algumas decisões do Supremo ao Congresso.
Pouco depois, Mendes concedeu decisão liminar que interrompeu a tramitação, no Congresso, do projeto que impõe barreiras a novos partidos. (Folha Poder)

Dilma reage ao "fogo amigo" de Campos. PSB perderá cargos no governo.

Ontem, Aécio Neves(PSDB-MG) saudou Eduardo Campos (PSB-PE) com um "bem-vindo à oposição". Não faltaram socialistas para defender a continuidade do pé em duas canoas, dizendo que o programa na TV, com duras críticas ao governo, não havia sido de oposição. Dilma Rousseff teve o mesmo entendimento de Aécio e vai empurrar Campos para fora da sua canoa. A notícia abaixo é do Estadão.
 
A presidente Dilma Rousseff decidiu reagir às críticas do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à sua gestão e à montagem da equipe de auxiliares, feitas no programa político do PSB que foi exibido na quinta-feira. Provável candidato à Presidência em 2014, Campos não citou diretamente o nome da presidente, mas o Planalto entendeu a mensagem do programa como ataque ao governo e, nos bastidores, já se prepara para tirar do PSB os cargos que possui na esfera federal.
 
Há um mês, todos os socialistas que estavam nas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) foram demitidos e substituídos por petistas. No governo, o entendimento é de que o discurso do PSB tem sido de oposição. A ira da presidente deve atingir primeiro os cargos do PSB na presidência da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), com orçamento de investimentos de R$ 1,9 bilhão para este ano, e a direção da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), investimentos previstos de R$ 112 milhões. Tanto João Bosco de Almeida, da Chesf, quanto Marcelo Dourado, da Sudeco, são ligados a Campos.
 
Ministérios
 
Sorte diferente podem ter os ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Portos), que já estariam negociando a saída do PSB. Bezerra pode estar a caminho do PT, enquanto Cristino deverá ir para o PSD ou para o PRB. Patronos de Cristino, os irmãos Cid e Ciro Gomes negociam a filiação dele ao PSD, partido do ex-prefeito Gilberto Kassab, que esteve na quinta em Fortaleza para uma conversa com o governador.
Cid e Ciro apoiam a reeleição de Dilma e discordam da provável candidatura de Campos em 2014. O senador Eunício Oliveira (PMDB), que comanda o PRB no Ceará, também ofereceu o partido para Cristino.Oficialmente, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou que Dilma Rousseff não faria comentários sobre o programa do PSB. De acordo com a secretaria, a presidente não assistiu ao programa, pois estava de viagem à Argentina.
 
O Estado apurou, porém, que todo o conteúdo da fala do governador de Pernambuco foi transmitido a Dilma, que teria ficado furiosa. No Recife, Campos não quis comentar o iminente rompimento. De acordo com sua assessoria, ele está tranquilo e continua dizendo que só trata de 2014 em 2014.
 
Se depender do PT, o PSB deverá sair do governo o mais rápido possível. "O Eduardo Campos é candidato à Presidência e está em campanha. O governo tem de decidir logo essa situação. Não dá para ficar protelando até o final do ano, pois o PSB já rompeu com o governo", afirmou o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). "Separou, separou. Cada um vai para seu lado cuidar da vida. Só não pode ocupar os cargos no governo e fazer o papel de oposição", acrescentou ainda o líder petista.
 
'Padrinho forte'
 
O que mais desagradou à presidente Dilma Rousseff no programa eleitoral do PSB, segundo auxiliares, foi a afirmativa de Eduardo Campos de que "cargo público tem que ser ocupado por quem tem capacidade, mérito, sobretudo espírito de liderança; e não por um incompetente, que é nomeado somente porque tem um padrinho político forte". No Planalto, assessores da presidente devolvem com uma pergunta: "Será que esse incompetente não é afilhado do Eduardo Campos?"
 
A limpeza dos quadros do PSB do governo de fato já começou. Há exatamente um mês o Diário Oficial da União publicou a demissão de três dirigentes do partido: Alfredo Tranjan Filho, então presidente da INB e os diretores Samuel Fayad Filho e Athayde Pereira Martins. Todos eles foram substituídos por petistas. O presidente do PSB fluminense, Alexandre Cardoso, que também é prefeito de Duque de Caxias, ficou irritado com as demissões, feitas de surpresa. "Estamos sofrendo pressão do governo e do PT por todo lado", disse Cardoso.
 
Principais cargos do PSB no governo federal
 
Min. da Integração NacionalFernando Bezerra Coelho. Aliado político do governador Eduardo Campos, ex-PDS, PFL e PMDB, ele pode agora deixar o PSB e migrar para o PT.
 
Secretaria dos PortosLeônidas Cristino. Nome da cota do ex-ministro Ciro Gomes e de seu irmão, o governador Cid Gomes (Ceará), pode também deixar o PSB e ir para o PSD.
 
Superintendente da SudecoMarcelo de Almeida Dourado. Historiador, ex-secretário de Turismo do DF, foi indicado pelo senador Rodrigo Rollemberg, líder do PSB no Senado.
 
Presidente da ChesfJoão Bosco de Almeida. Engenheiro elétrico, nome de confiança do governador Eduardo Campos, de quem foi secretário de Recursos Energéticos.
 
Superintendente da SudeneLuiz Gonzaga Paes Landim. Indicado pelo governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), com o apoio do governador pernambucano Eduardo Campos.

Corruptos do PT tentam dominar a Justiça.

 
A capa da Veja é brilhante, tanto na imagem quanto no texto. O julgamento do Mensalão comprovou para o país o quanto parte considerável do PT é dominada por uma máfia de corruptos, movida pelos piores instintos, como diria o seu denunciante, Roberto Jefferson. A partir do momento em que o STF passou a julgar com transparência os quadrilheiros do Mensalão, a máfia petista tentou assestar todo o tipo de golpe contra a democracia. Controle social da mídia, perseguição pessoal contra ministros e, por fim, a tentativa desesperada de aprovar leis que acabem com as atribuições constitucionais do Poder Judiciário. Com a condenação dos principais líderes petistas, a verdade acabou escancarada: João Paulo Cunha e José Genoino, dois dos petistas condenados à cadeia pelos crimes do Mensalão, sentados na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, fizeram aprovar a PEC 33, que fere cláusula pétrea da Constituição e desfigura a independência dos poderes da República. Mesmo às vésperas da cadeia, eles não desistem. São irrecuperáveis para a democracia.

Valor da Petrobras privatizada para o PT desaba.

Desde a sua capitalização, em setembro de 2010, a Petrobras já perdeu 33,6% de seu valor de mercado — caiu de R$ 254,851 bilhões para R$ 240,779 bilhões. No mesmo período, o Ibovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 20,4%. Para especialistas, a queda é reflexo, principalmente, do uso da companhia como instrumento de combate à inflação.
 
Com menor valor de mercado, a Petrobras caiu para a sexta posição entre as maiores petroleiras do mundo. Logo após a capitalização, ela ocupava o terceiro lugar no ranking, atrás apenas da Exxon e da Petrochina. Atualmente, está atrás também da Chevron, da Royal Dutch Shell e da British Petroleum. Pedro Galdi, da corretora SLW, diz que a perda de valor de mercado foi influenciada ainda pelas promessas em torno do pré-sal e a falta de rodadas de petróleo. (O Globo)

Sucateada pelo PT, Petrobras tem nova queda de produção e lucros.

Uma queda recorde na produção de petróleo e gás, de 5%, derrubou o resultado da Petrobras no primeiro trimestre. A empresa registrou lucro líquido de R$ 7,69 bilhões, 17% abaixo dos R$ 9,21 bilhões dos primeiros meses de 2012. O resultado magro no início de 2013 veio depois do tombo de 36% nos ganhos de 2012 — o lucro líquido da companhia foi de R$ 21,18 bilhões, o menor em oito anos. Em relação ao quarto trimestre de 2012, quando a companhia registrou ganhos de R$ 7,7 bilhões, houve queda de 1% no lucro nos três primeiros meses de 2013. Entre janeiro e março, a produção de petróleo e gás foi de 2,5 milhões de barris diários, contra 2,6 milhões em igual período de 2012. A Petrobras informou em nota que a queda na produção se deveu ao maior número de paradas programadas de plataformas para manutenção e ao declínio natural dos campos de petróleo. Até 2011, a empresa vinha adiando as paradas de manutenção para manter a produção acelerada. (O Globo)

Gritos e sussurros.

Henrique Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, voltou atrás pela segunda vez em embates com o STF. No seu discurso de posse, bradou contra a cassação automática dos deputados mensaleiros, dizendo que a medida era uma prerrogativa do Legislativo. Bastou uma conversinha com Joaquim Barbosa para dizer que vai cumprir a lei. Agora, quando Gilmar Mendes brecou o projeto que tira tempo de TV e fundo partidário para novos partidos, Alves levantou a voz para dizer que não aceitava a intromissão de um poder no outro. A revolta durou um dia. Já ligou para Mendes e, na próxima segunda, vai ter um encontro com o ministro para "buscar o diálogo necessário". Entre gritos e sussurros, o peemedebista vai andando em cima do muro, mais PMDB do que nunca.

Desistindo de ser candidato, Mercadante virou mais candidato do que nunca.

Candidato do PT ao governo de São Paulo em 2006 e em 2010, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse ontem que não disputará o cargo novamente na eleição do ano que vem. "Não serei candidato em São Paulo, vou me dedicar ao Ministério da Educação, uma prioridade para o país garantir um crescimento sustentável nos próximos anos."
 
Os dois maiores problemas do país, reconhecidos pela esmagadora maioria dos brasileiros, são saúde e segurança. Imaginem a fragilidade da candidatura de Alexandre Padilha, ministro da Saúde, ou de José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, ao governo de São Paulo. Apanharão, sem dúvida alguma, da manhã à noite, pois não têm nada a mostrar. Aliás, teriam que ser gênios para esconder a incompetência petista nestas duas áreas. Sobra quem? Guido Mantega, o ministro da Inflação? Por fim, o outro nome citado é Luiz Marinho, o amigo de Lula, atual prefeito de São Bernardo do Campo.   Seus votos são concentrados na região do ABC e na capital. Marta Suplicy? Sobre ela não falaremos, pois, recém-casada, pediu para não ser incomodada nos próximos dias. Ao desistir da candidatura, Mercadante mostrou o quanto ela é, dentro da pobreza de nomes do PT, a mais viável ao governo de São Paulo, apesar do Enem, dos hospitais universitários e das falcatruas sem fronteira.

Com nova lei, Dilma fica com 61% do tempo de TV.

Patrocinado pelo Planalto e pelos seus dois principais aliados no Congresso, PT e PMDB, o projeto de lei que restringe a criação de partidos políticos no Brasil vai, se aprovado, turbinar em 26% o tempo de propaganda na TV de Dilma Rousseff em 2014. Esse incremento daria à candidatura à reeleição da petista a maior fatia de TV da história das disputas presidenciais --15 minutos e 18 segundos em cada bloco de 25 minutos, ou 61% do total.
 
A medida foi incluída por uma emenda no projeto aprovada pela Câmara no final da noite do último dia 17. Ela retira uma fatia do tempo de TV que hoje é distribuída de forma igual a todos os candidatos e a destina principalmente às grandes siglas. Com isso, a principal beneficiada é a aliança projetada para Dilma --que inclui PT, PMDB e PSD, três dos quatro maiores partidos da Câmara.
 
Gestado, entre outros motivos, para barrar as pretensões da ex-senadora Marina Silva de criar uma legenda e disputar a Presidência, o projeto que inibe os novos partidos teve a tramitação suspensa na quarta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o que desencadeou nova crise entre Congresso e Judiciário. Mendes disse que o projeto tinha o objetivo casuístico de prejudicar as minorias. A cúpula do Congresso, comandada pelo PMDB, entrou no dia seguinte com recurso para tentar derrubar a decisão.
 
Em linhas gerais, o projeto de lei --que está hoje no Senado-- praticamente aniquila as possibilidades de criação de partidos ao vetar a eles maior acesso ao fundo partidário e à propaganda eleitoral, mecanismos essenciais ao funcionamento das siglas. A medida prejudica Marina, mas afeta também os outros dois prováveis adversários de Dilma, o tucano Aécio Neves (MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE). Isso porque interessa a eles o maior número de candidatos competitivos em 2014 como forma de evitar uma vitória do PT no primeiro turno.
 
PROJEÇÃO
O cálculo feito pela Folha toma como base a lei eleitoral e o atual cenário político --a definição oficial das alianças só se dá em junho de 2014. A ampliação de 26% do tempo de TV de Dilma inclui não só os blocos fixos, mas as propagandas veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras, as chamadas "inserções". Se o projeto passar, Dilma terá em torno de 7 inserções de 30 segundos por dia contra cerca de 3 de Aécio.
 
O palanque eletrônico, que ocupa a programação de TVs e rádios nos 45 dias anteriores às eleições, é o principal instrumento das campanhas. A marca de 61% do tempo da propaganda supera a de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na campanha à reeleição, em 1998, que teve 47%.
 
Entre os adversários de Dilma, Aécio elevaria sua fatia em 13%. Ficaria com 5min13s, menos do que José Serra em 2010 (7min19s). Campos perderia um pequeno percentual (ficaria com 10%) e Marina, caso consiga montar a Rede Sustentabilidade a tempo, praticamente desapareceria. Seu tempo, que foi de 1m23seg em 2010, iria para 19 segundos nos blocos fixos, só 4 a mais do que os 15 segundos que notabilizaram a oratória acelerada de Enéas Carneiro em 1989.
 
ESTADOS
A emenda terá ainda um efeito cascata de beneficiar nos Estados os candidatos dos maiores partidos, principalmente PT e PMDB. Ela foi gestada pelo oposicionista DEM, que recupera um pouco do tempo de TV perdido após a debandada de filiados para o PSD de Gilberto Kassab. Mas a votação na Câmara foi capitaneada pelo PMDB e contou com o apoio da maioria dos partidos aliados. A aprovação foi simbólica, sem registro nominal de votos. O PT liberou sua bancada a votar como quisesse. (Folha de São Paulo)

Foi o Legislativo que entrou no Judiciário contra o Legislativo. Onde está a crise? No Legislativo.

O STF não tomou iniciativa alguma com o objetivo de contestar um projeto de lei ainda em discussão no Legislativo. Foi um Senador da República, chamado Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, que entrou com um mandado de segurança pedindo para que fosse retirada a urgência da lei que cassa o tempo de TV e o fundo partidário de novos partidos. Demandado, o STF, através do ministro Gilmar Mendes, concedeu liminar, baseado em jurisprudência criada quando do surgimento do PSD. Estão vendo chifre em cavalo por um motivo muito simples: o Legislativo não está pensando no país. Todos estão pensando nos seus objetivos meramente eleitorais. Ou alguém não sabe que Rodrigo Rollemberg, do PSB de Eduardo Campos, será candidato ao governo do Distrito Federal contra o PT de Agnelo, com o apoio de Marina Silva?

Um Brasil vassalo dos caloteiros.

 
A foto acima é oficial. É a foto distribuída aos jornais pela Equipe CFK, com a legenda "Rousseff pediu "diálogo" com das autoridades argentinas com a petroleira Vale". A foto é um acinte. Mostra a presidente brasileira de costas, em posição ridícula, sendo recebida quase que com bondade por Cristina Kirchner. A foto é um acinte, mas é merecida. O governo argentino vem roubando o Brasil de todas as formas. Quando ameaça nacionalizar uma planta que a Vale não quer mais construir, porque a inflação passa de 30%, quando o Kirchner diz que está em 9%. Ora, a Vale é do Brasil, por mais que os petistas tenham mentido sobre isso. Cerca de 54% do capital da empresa pertence ao Tesouro ou a estatais. A ameaça argentina é contra o bolso de todos nós. O governo argentino também nos assalta no comércio exterior,imponto taxas absurdas que o Brasil reverente da Dilma, essa figura ridícula aí da foto, engole. Ontem, Dilma foi à Argentina pedir "diálogo". Deveria exigir o cumprimento da lei e dos tratados internacionais. Trouxe nada de volta, a não ser promessas. E mais um pedido. Cristina Kirchner quer dinheiro do BNDES para construir duas hidrelétricas, obras que seriam tocadas por empreiteiras brasileiras. Dilma ficou de estudar. Talvez Lula desembarque por lá na semana que vem para bater o martelo.

PEC 33: Planalto tenta lavar as mãos.

No Palácio do Planalto, a versão é que o governo também foi pego de surpresa com a aprovação, na quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que submete ao Congresso decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). nesta quinta-feira, diante de clima beligerante entre Congresso e Judiciário, o vice-presidente Michel Temer entrou em campo e formalizou a posição do Planalto contra a aprovação intempestiva da PEC 33.
Eu lamento até dizer isso, mas acho que houve uma demasia. Na verdade, a palavra última deve ser sempre do Poder Judiciário, especialmente em matéria de constitucionalidade, e mesmo em matéria de vinculação de uma determinada decisão para os tribunais inferiores — disse Temer, que é advogado constitucionalista. A orientação do governo, segundo auxiliares palacianos, era retirar o assunto de pauta, mas o autor da proposta, deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), surpreendeu ao pedir preferência para a apreciação da matéria e conseguir aprová-la em votação simbólica, o que geralmente ocorre em temas que não são polêmicos.
 
No caso da liminar do ministro Gilmar Mendes suspendendo a votação do projeto contra os novos partidos, apesar da defesa que o Planalto faz da proposta, ao governo não interessa uma crise entre Judiciário e Legislativo. Por isso, Michel Temer conversou com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
 
Nessa conversa, Temer disse não concordar com a PEC 33 nem com a liminar concedida por Gilmar Mendes. Considerou inadequada a liminar, pois, acredita, o STF só deveria se manifestar depois que o assunto tivesse sido aprovado. Mesmo assim, recomendou aos dois peemedebistas que abram um canal de diálogo com o Judiciário e não estimulem uma disputa entre os dois Poderes. ( O Globo)

Porque Marina Silva é inimiga da democracia.

Hoje, em seu artigo na Folha, Marina Silva ataca, novamente, a Legislatura, forma mais suave de agredir ao Legisltivo. Em certa parte, que deve interessar muito a mais de 400 parlamentares que votaram a favor do Código Florestal e mais de 200 que estão assinando a CPI da FUNAI, para acabar com esta guerrilha que o órgão está organizando por todo o Brasil, ela afirma:
 
A atual legislatura tem pouco tempo para evitar ser caracterizada como a legislatura do retrocesso, dedicada a destruir os avanços institucionais que ali mesmo foram construídos desde a redemocratização e a Constituinte. Começando pelos mais indefesos, que não tem "bancada", foram acolhidas várias iniciativas para desmontar a legislação que protegia o patrimônio ambiental e as comunidades indígenas e tradicionais.
 
É com esta inimiga da democracia que muita gente boa está abraçada, por interesses pessoais. Marina não é a favor do Brasil. Marina é uma representante do Brasil que existia antes dos portugueses chegarem. Estão recriando um monstro que a democracia tinha degolado na votação do Código Florestal.

Campos fecha com Aécio pelo fim da reeleição.

Como este Blog antecipou ontem, o fim da reeleição pode criar uma chapa Aécio-Campos ou Campos-Aécio...Por isso, a grita até mesmo de alguns tucanos, naturalmente paulistas, já começou.
 
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aliou-se ao pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), e declarou-se "defensor convicto do fim da reeleição". Assim como o tucano, Campos deverá disputar a Presidência em 2014. O Estado informou ontem que Aécio vai apresentar proposta no Senado propondo o fim da reeleição, mandato de cinco anos e coincidência entre eleições no País.
 
Eleição de dois em dois anos, segundo o pernambucano, promove a "eleitoralização da política". "Tudo o que se faz ou deixa de fazer é interpretado como relacionado com a eleição, o que é muito ruim para o País", justificou Campos. "A cada dois anos, por exemplo, o Estado para, não pode contratar nem fazer convênios com municípios por um determinado período".
 
A ideia de Aécio não é recebida de maneira uniforme no PSDB, ainda que José Serra e Geraldo Alckmin - ambos ex-candidatos à Presidência - já se tenham pronunciado favoravelmente ao fim da reeleição. Ontem, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) defendeu as regras atuais e chamou a proposta de "extemporânea".
 
"Trata-se de uma proposta lateral, que nada diz em relação ao enfrentamento com o governo. Temos de apresentar proposta para derrotar o PT. Tamanho de mandato e coisas semelhantes são propostas recorrentes e não dizem respeito à campanha. Campanha fala de programas, mostra o que está errado", criticou Aloysio, que prefere deixar as regras como estão. "Sou a favor do jeito que está, quatro anos de mandato com reeleição. O eleitor tem o direito de julgar o governante. Se não gostar, muda. Se gostar, reelege."
 
O ex-líder tucano Arnaldo Madeira (SP) também criticou a proposta de Aécio: "Incrível! Voltamos ao supérfluo. Discutir cinco anos de mandato e coincidência das eleições. O passado nos chama", escreveu ele no Twitter. "Cinco anos de mandato para todos, nos três níveis, significa enrijecer de tal forma o sistema político que só o velho golpe para resolver crises", complementou.
 
Já o ex-governador Alberto Goldman diz que, hoje, é a favor do fim da reeleição. "Hoje eu não votaria a favor da reeleição, mas, sim, a favor de um mandato um pouco maior como o Aécio afirmou. A experiência não me faz ter o mesmo entendimento de antes", disse.O PT é contra a proposta de Aécio. Também o governo não vê razões para entrar no debate neste momento, ainda que a presidente Dilma, se reeleita em 2014, não corra o risco de ser prejudicada pela proposta do tucano. Ao contrário. Teria cinco em vez de quatro anos de mandato. "Não vamos mudar as regras no meio do jogo, como foi feito no governo Fernando Henrique para permitir a reeleição", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães.
 
O vice-presidente da República, Michel Temer, acha "complicado" aprovar o projeto de Aécio. E se houver mudanças, avisou, haverá recursos ao STF. "E quem vai resolver é o Judiciário." O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mostrou-se também favorável ao fim da reeleição. (Estadão)

O ataque do PT mensaleiro ao Judiciário é pior que o chavismo.

Não há nenhum exagero em se acionarem todos os alertas democráticos diante do que está sendo urdido pelo PT na Câmara. A PEC 33/2011, de autoria de Nazareno Fonteles do PT do Piauí, é um absurdo gigantesco que só poderia mesmo seguir adiante no cenário atual, em que seu partido comanda hegemonicamente todas as ações políticas do país, está acuado com a iminência de ver líderes históricos na cadeia e encontra na aplicação das Leis um obstáculo para a memória do partido.Para terem uma visão mais técnica do que faz a PEC 33, recomendo o artigo “PEC 33: Golpe governista” . Mas há outros pontos a ressaltar.
 
A PEC 33 é apenas parte do ativismo deste deputado contra entes do nosso Estado que têm competência para frear seu partido ou crimes governamentais. Este mesmo deputado propôs, pelo Requerimento de Indicação número 2918/2012, a imediata exoneração do Procurador-Geral da República Roberto Gurgel:
“A rigor, os fatos demonstram que o atual PGR – para quem as conclusões das investigações promovidas pela CPMI do Congresso Nacional deverão ser enviadas para tomada de providências – não mais desfruta da confiança e respeito do povo brasileiro, absolutamente imprescindível ao mais alto posto do Ministério Público de nosso País”
 
Para continuar a ler o excelente artigo do Da Cia, no Reaçonaria, clique aqui.

Mandato de cinco anos pode unir Aécio e Campos contra Dilma.

Qual o problema para os dois jovens adversários de Dilma Rousseff? Ambos querem tentar a eleição em 2014, se possível para ganhar, mas também de olho em 2018, que marcará, aí com certeza, o fim da era PT. Com um mandato de cinco anos sem reeleição valendo agora, pode haver um acordo entre Eduardo Campos e Aécio Neves. Um deles candidatar-se-ia à presidência, o outro sairia como vice em 2014. Em caso de vitória, o vice viraria o sucessor, depois de cinco anos. Em caso de derrota, o vice ocuparia a cabeça de chapa em 2019, com o outro de vice. Faz sentido?

Dilma inventa a "inflação de base". Começa a construção de uma grande mentira eleitoral.

Como a inflação em alta será um dos temas da campanha de 2014, o PT já ensaia a vacina: 5% a 6% é uma inflaçãozinha. Resta saber como a oposição vai fazer o povão, não a mídia, entender o que é inflação e os seus efeitos. Que o PSDB bote a equipe de campanha na rua hoje mesmo, registre os preços de 2013 para voltar nos mesmos lugares em 2014, com os mesmos eleitores, mostrando a diferença.  Farmácia, supermercado, poupança no banco, etc. Fica a dica.
 
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, diz que o Brasil tem uma "inflação de base" renitente "entre 5% e 6%" --acima do centro da meta do BC, de 4,5%.Ele não enxerga, porém, nenhum risco de um surto inflacionário no horizonte. "Pelo que a gente observa, a inflação de base no Brasil está nessa faixa de 5,5%... Entre 5% e 6%. Ela não supera isso, mas também dificilmente fica abaixo disso", disse Pimentel em entrevista à Folha e ao UOL.
 
A inflação (IPCA) nos últimos 12 meses terminados em março estourou o teto da meta de 6,50% e atingiu 6,59%. Para que se possa "ter uma inflação de base mais baixa", diz, será preciso que a competitividade da economia se recupere como um todo. Quando será? "É um processo um pouco mais lento, mas ela [a inflação] vai cair." Para Pimentel, um dos ministros mais próximos da presidente Dilma, isso será possível com as medidas de combate aos gargalos logísticos, que vão reduzir os custos e elevar a produtividade das empresas brasileiras.
 
Enquanto isso, Pimentel admite que o país tem "um limite para o crescimento" sem produzir alta de preços. Ele evita precisar qual seria esse PIB potencial. "Deve estar mesmo nessa faixa de 3% a 4%. Talvez um pouco mais, de 4,5%. A partir daí você começa a ter problemas, porque advém dos gargalos logísticos, de uma pressão excessiva sobre o mercado de mão de obra." Por isso, reconhece que, até solucionar seus gargalos logísticos, o país vai conviver com "taxas de crescimento que não são exuberantes, mas suficientes para sustentar o pleno emprego e o crescimento da renda". Em seus cálculos, "isso vai levar dois, três anos para resolver".
 
O ministro diz que as medidas do governo estão surtindo efeito e provocando retomada dos investimentos neste ano, após seguidas quedas que travaram o crescimento em 2012 --de 0,9%.Ele diz, contudo, que a retomada é mais "lenta do que a gente gostaria". E reconhece que o saldo comercial em 2013 não será dos melhores. "Vamos ter um superavit que vai ser mais ou menos no padrão do ano passado. Se conseguirmos isso, acho que vai ser um excelente resultado." O ministro diz ainda que a decisão do BC de subir os juros em 0,25 ponto percentual foi "cautelosa, não foi exagerada", tomada mais para combater as expectativas do que "os índices reais" de inflação.(Folha de São Paulo)